Tête-à-Tête

Tête-à-Tête Hazel Rowley




Resenhas - Tête-à-tête


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Cibele.Marques 16/04/2021

Um livro incrível, sua leitura é como um passeio pelos pensamentos do Sartre e da Beauvoir. Duas mentes brilhantes que juntos construíram uma história de vida fascinante e enlouquecida, explorando o jogo dos sexos, confrontando a mentalidade hipócrita dos moralista e as nuances entre masculino e feminino.

?Eu estava querendo iludir quando dizia que éramos uma pessoa só. Entre dois indivíduos, a harmonia nunca é um dado: precisa ser conquistada constantemente.? Beauvoir
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Katja 12/07/2012

Sempre tive a imagem de Simone de Beauvoir como uma mulher feita da dureza do aço, independente e que homem nenhum a pudesse dobrar. Uma imagem quase que indissolúvel. Mas hoje, do alto dos meus trinta e alguns, tendo também uma necessidade latente de liberdade, o que nós torna parecidas, pois também me preocupo muito com a questão da mulher na sociedade. Hoje mulher feita sem os arroubos juvenis, consigo enxergar durante a leitura do livro duas Simones.
E se por um lado existia a Simone, dura, engajada, preocupada com sua expansão intelectual e individual, braço direito de uma lenda quanto Sartre e, porque não dizer, sendo sua sombra, por outro lado vemos uma Simone "mulheril", com as mesmas questões que todas nós um dia já passamos. Como confirma a autora:
"Tudo conspirava para fazê-la cair numa armadilha que ela desceria vinte anos mais tarde em ‘O Segundo Sexo’. Havia um capítulo sobre a 'mulher apaixonada', uma mulher para quem o amor é uma fé, que passa a vida esperando, que abandona a sua vida, até o juízo, ou seu homem."
Como todas as mulheres, Simone se sentiu traída, frágil, amor à beira da loucura, se entregou a fantasias. E no decorrer da história que passeia com leveza entre a linguagem da biografia e do romance, havia uma Simone insegura com questões de beleza, ciúmes, infidelidades, perdões, privações e envelhecimento, numa devoção e endeusamento do homem que elegeu sendo o parceiro para toda a vida.
Curioso que esse relacionamento tão aberto beirando entre a liberdade e libertinagem mesmo em se tratando de Sartre e Simone de Beauvoir ainda assim era patriarcal, ainda assim havia concessões por parte dela e nunca por parte dele. Curioso também é que as concessões não eram cobradas, ela se privava de livre e espontânea vontade. Simone em suas relações tanto com Sartre quanto com seus demais amantes (homens) era sempre extremamente passional, porém, esses amores contingentes não poderiam riscar a estrutura de sua relação com Sartre.
Uma verdadeira aula de História, em vários períodos onde as histórias desses dois ícones se cruzam com a história de outros ícones como Albert Camus, Benny Levy, Nelson Algren, entre outros tantos. Delicioso ver que os ídolos são humanos que amam, sofrem, mente, dissimulam, traem como nós meros mortais.
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Ilana_ 25/02/2009

Muito bom!
Amor essencial e amores contingentes: a luta e tentativa pela sinceridade na exposição das entranhas e intenções eróticas, sensuais, afetivas e relacionais de um casal extraordinário. Com as cartas abertas e trocas entre Simone, Sartre e demais convivas expostas, quanta poesia!Difícil não sentir saudade das missivas de outrora, se comparamos com os diálogos via scraps contemporâneos, instantâneos e curtos. A vida se despia nas letras e garranchos desses intelectuais franceses, os envelopes atravessavam guerras, países e anseios e comunicavam sobre filosofia, política e amor. A proposta de "amor essencial" selado por Sartre e Simone não tem o mesmo tom dos "amores líquidos" pós-modernos, por mais que assute por tamanha circularidade, repetição e anseio pelo o que é novo - carne, pessoa, mulher, homem, aventura, vazios. O livro também se apresenta como inspiração e guia para quem quiser conhecer cafés parisienses: manual de viagens, de espírito e de filosofia. Muito bom!
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Kely 11/01/2015

Demasiado Humanos, ainda bem
Fazia tempo que queria ler esse livro, mas sempre protelava a compra do mesmo, por estar caro ou por não achar. Porém como o projeto de leitura de janeiro do Bastardas era lê-lo e como esse mês é o mês do meu aniversário, decidi me presentear com a obra.
E que belo presente eu me dei.
As 410 páginas desse livro são todas tão intensas, te prendem tanto que não dá vontade larga-lo.
Como é deliciosa a leitura e como é linda a história de amor que se passa nessas páginas.
Sim, porque sobretudo é uma história de amor.
Desde quando eu descobri o feminismo e consequentemente acabei descobrindo a Simone de Beauvoir, a sua história e a sua figura sempre me deixaram apaixonada, a força , a coragem e ousadia dessa mulher, que ousou se impor e se destacar num mundo tão "de homens" como era, e ainda é esse nosso planeta, me fizeram também ter ousadia de romper os padrões de comportamentos submissos e conformados atirados sobre nós mulheres. Simone me ensinou a acreditar que eu posso e devo querer mais. Ela me deu coragem.
E saber da sua história de vida, da sua face humana, tão cheia também de dúvidas, de fraquezas, de ciúmes, enfim de sentimentos comuns a todxs nesse mundo, me fizeram admirá-la ainda mais.
Assim, eu amei a forma como autora humaniza Simone e Sartre, a forma com que ela mostra que acima de seus erros e acertos, eles eram humanos.
E sua relação, baseada no amor intelectual (muito além do físico apenas) é fonte de admiração, embora também seja cheia de erros , como todo e qualquer relacionamento.
Em alguns momentos, a forma como eles mentiam para seus outrxs amantes ou a forma como eles usavam as pessoas (sobretudo Sartre) me chocou, porque ao mesmo tempo que eles ajudavam esses "amores contigentes" tanto financeira quanto intelectualmente, eles os envolviam num turbilhão de lances sentimentais, se ao menos ouvi-los. Mas esse egoísmo não é também outro retrato de sua humanidade?
Eu de fato me apaixonei mais ainda por essa Simone e me decepcionei Sartre, que me parece ser aqui um tanto arrogante e enganador em demasia e enquanto ele recebia os louros de sua produções, brilhantes é claro, Simone muitas vezes era acusada de ser somente uma seguidora, não por culpa dele é claro, mas da sociedade que se incomodava por aquela mulher tão segura, independente e apaixonante.
Enfim, eu amei o livro, eu o li avidamente, eu chorei e senti pela morte de Sartre eu chorei por Simone, e eu os amei, por aquilo que eles tiveram de melhor, além do intelecto, seu amor pela liberdade, seu amor pela vida, sua humanidade e sua vontade de viver tudo agora ao mesmo tempo.
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Lore 15/04/2023

Sem ar
Uma obra crua sobre duas pessoas no ápice de sua humanidade. Me deixou sem ar e de luto pelo amor q ambos nutriam um pelo outro.
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Sergio 19/01/2012

eles...


Acabei de ler Tête-à-Tête, e fiquei fascinado. Fascinado por saber que sou tão humano e frágil como os dois maiores intelectuais que o mundo já teve, por saber que devemos aproveitar a última gota da vida por mais amarga que ela possa ser.
Enfrentamos medos. Medo da solidão, da velhice, da morte sem aviso prévio.
E agradeço por ser forte, conseguindo superar preconceitos, quebrar tabus, caminhar de cabeça erguida nessa cidade provinciana.
Provei da delícia de ser amado, de amar e entender, a muito custo, que ninguém é de ninguém. Seguindo as idéias do existencialismo, você é o que se faz. Nada é predeterminado ou abençoado por deuses intergalácticos.
Quando eu finalmente chegar a Paris, não esquecerei de visitar o túmulo de Simone e Jean-Paul Sartre no cemitério de Montparnasse. Dizem que sempre há flores frescas em suas lápides.
Desculpe, ainda estou emocionado.


Um grande beijo e obrigado pelo livro.



Sérgio Emiliano.

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Sabrina 24/07/2011

Apaixonante como eles!
Sabe eu conheci a Simone de Beauvoir e sua obra bem antes da do próprio Sartre. Achei ela uma mulher interessantíssima e instigante, sem medo ou pelo menos dúvidas do seu papel como mulher dentro do seu meio social e cultural. Li uma de suas obras e me apaixonei... Depois descobri Sartre e com ele vi uma paixão por outras coisas, outro mundo e outras descobertas que ele foi capaz de ver. Mas depois de saber que os dois eram um casal não conseguia mais tirar da mente o quanto eles de fato pertenciam um ao outro de maneira completa.
Essa biografia esta belamente escrita e eu recomendo de paixão a autora consegue nos fazer imaginar e viajar numa França com esses dois ainda jovens e apaixonados e fazer uma jornada muito real de como foi esse percurso até o fim de suas vidas, mas não de seu amor.

Tête-À-Tête é um livro lindo que merece ser lido por todos os amantes desses dois grandes nomes da literatura e filosofia francesa/mundial.
Acho que até quem não conhece a obra deles vai se apaixonar e dar uma vontade louca de correr e ler seus livros!
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Katita 25/05/2020

Uma divertida leitura aos encontros, trocas de escritas e pensamentos de duas pessoas e sua teorias filosóficas reais bo dia a dia. Uma boa forma de compreeender a necessidade da maturidade das relações, NAS relações. Pensamentos de liberdade e as angústias de sua vivência nos deixa íntimo de Sartre e de sua Castor ( Simone ).
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Rifas 31/08/2021

A parte de alguns problemas de organização, na minha opinião, que tornaram a linha do tempo confusa em certos trechos, não tem nenhuma reclamação. Rowley traz a síntese de uma extensa pesquisa de forma muito interessante, transmitida por uma leitura leve e cativante. Fico muito grato de poder ter conhecido a história desse relacionamento, que é extremamente curioso, em uma fonte como essa, bem pesquisada e bem desenvolvida. Definitivamente me ajudou a entender melhor quem são Jean Paul-Sartre e Simone de Beauvoir, e como suas identidades levaram a criação e desenvolvimento de suas filosofias, as quais acredito serem muito importantes e valiosas. Tenho minhas críticas às ações dos dois em suas vidas, bem mais do que às suas filosofias, mas essas não cabem como componentes para a nota do livro, que se sustenta no conteúdo reunido e organizado.
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@monicadoceu_ 18/02/2022

Tirando o véu
Muito rico o livro, e faz vc enxergá-los para além dos mitos. É admirável como de fato viveram o estilo e filosofia de vida que pregaram, mas fica nítido que Simone, principalmente, não ficou ilesa de sentimentos como ciúme, dor, etc. Da leitura, é quase automática a sensação de que Sartre tinha um comportamento misógino, manipulador e abusivo com as mulheres com que se relacionava, e assediava mulheres jovens demais para o bico dele.
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Let Carvalho 26/07/2022

Gostei muito desse livro e de como ele retrata detalhamento a relação dos dois, os amantes, as dores.
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Biblioteca Álvaro Guerra 11/12/2018

Tête à tête
"Hazel Rowley demonstrou muito cuidado na sua pesquisa para a confecção do livro: apesar de não ter sido uma das testemunhas oculares da relação Beauvoir-Sartre, ela conseguiu obter todas as informações necessárias para encantar o leitor com o seu livro"

Link da resenha completa: https://sensacoesliterarias.wordpress.com/2009/11/24/tete-a-tete-hazel-rowley/


Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/85-7302-782-7
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Ana Lara 05/07/2020

Amei o livro. Através dele é possível conhecer um pouco mais sobre como foi a vida e relacionamento desses dois grandes filósofos. Super recomendo!
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