O Inquisidor

O Inquisidor Catherine Jinks




Resenhas - O Inquisidor


13 encontrados | exibindo 1 a 13


Caroline 16/08/2021

Trama investigativa que se passa na Idade Média
?
Primeiro contato que tenho com a escrita da autora e gostei muito. O livro tem um bom ritmo, vários personagens bem explanados, e me deu a sensação de seguir os passos e conjecturas da investigação como se eu realmente estivesse na Idade Média tentando desvendar tudo junto com Pe. Bernard. Essa sensação de fazer parte da história é sem dúvidas o ponto forte de "O Inquisidor".
Além disso temas relevantes são apresentados como o fanatismo religioso, traição, corrupção e o amor em suas várias nuances.

?Cupom 30% off no site da editora: Carol30
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Rickyson.Heverton 25/11/2023

Uma obra mediana
História:

Bom, a obra O Inquisidor, de autoria de Catherine Jinks e publicada aqui no Brasil pelo selo Marco Polo, da Editora Contexto, é um livro ambientado na França, na cidade de Lazet, durante o século XIII. Em plena inquisição ? contra hereges ?, acompanhamos a vida de padre Bernard, um monge dominicano que auxilia o então inquisidor, padre Jacques.

Logo no início da obra, sabemos da morte de Jacques. Este é substituído por padre Augustin, um homem brilhante e, ao meu ver, misterioso. Ao longo da história, observamos os trabalhos desenvolvidos por Bernard e Augustin em busca de condenar hereges, bem como o aprofundamento de relações entre os mesmos, interrompido pelo violento e abrupto assassinato de Augustin.

O padre Augustin foi assassinado a caminho de um pequeno castelo, onde moravam quatro mulheres, algumas sendo semi analfabetas. A fim de interrogá-las a respeito da morte de Augustin, Bernard dirige-se constantemente a essa cidade. Podemos afirmar, com ênfase, que a história começa a partir deste momento.

Opinião:

A narrativa da obra é interessante, mas pode ser um pouco parada. Ela se passa entre o passado e o futuro, pois a história é contada a partir de uma carta que Bernard está escrevendo para um padre, cujo nome não conhecemos.

Não achei o final da história bom. Me parece que a autora estava simplesmente sem ideia e decidiu escrever qualquer coisa somente para entregar a obra a tempo.

O livro tem muitos personagens, o que pode ser confuso. Pra mim, particularmente, esse aspecto é negativo, visto que tenho dificuldade para lembrar suas respectivas funções na narrativa.

Por fim, acredito que vale a pena adquirir a obra, mas somente quando ela estiver num preço razoável ou em promoção. A narrativa é meio parada e a história pode não agradar. A mim de certo modo agradou, pois gosto muito de filmes e livros ambientados no período e que trazem figuras religiosas.
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Simone de Cássia 05/02/2021

A história é o que eu esperava, mas a narrativa não foi das melhores...por vezes e vezes eu me confundia com quem estava narrando, de quem estavam falando...em outros momentos o ritmo se tornava lento, arrastado. É um daqueles casos em que os personagens são interessantes, a premissa é boa, a localização na linha do tempo é a que eu gosto... mas a mistura dos trem não ficou lá muito atraente...Li, mas não me satisfez.
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Kamilla 18/08/2017

Eu não sabia bem o que esperar sobre a obra e fui surpreendida!
Padre Bernard é um investigador no Santo Oficio em Lazet de hereges, aqueles que seguem uma doutrina ou pensamento que fogem do que é estabelecido pela Igreja Católica da época. E sim, há uma perseguição e quando descobertos podem sofrer várias consequências, desde a ficar preso, torturado ou até morto. Porém o Padre Bernard prefere promover uma investigação mais amena e não opta muito por tortura e matanças, e sim com prisões. Ele tem seu superior, denominado de Inquisidor, após o falecimento (por morte natural) do seu superior atual, foi mandado um novo Inquisidor: o Padre Augustin.

O Padre Augustin um velho senhor, que foi uma pessoa reservada em em Lazet e que é um pouco mais rígido com os hereges. Nunca teve um relacionamento muito próximo ao Padre Bernard, mas nunca foi motivo de rixa entre eles. O Augustin começa a visitar uma cidade próxima, com o intuito de ajudar as pessoas e caçar hereges, e uma dessas visitas ele é brutalmente assassinado. Agora cabe ao Padre Bernard investigar a morte de seu ex-superior.

O assassinato foi cruel porque cortaram todas as partes do padre, assim como também fizeram com os seguranças que o acompanhavam. E não deixaram nenhum rastro. O que dificulta muito para o nosso protagonista, porém ele tinha várias pitas sólidas e estava indo no caminho que achava certo. Até o novo inquisidor chegar, Padre Pierre-Julien, que é o típico padre que acha que tudo é culpa de demônios, possessão e coisa do tipo.

“A busca pela verdade é tão longa e dolorosa quanto aquela por um homem em pais estrangeiro. O país precisa ser explorado, com muitos caminhos trilhados e muitas perguntas feitas, antes de conseguir encontrá-lo.”

O Inquisidor foge de tudo que eu sou acostumada ler e devo admitir que por mais curiosa que eu estava pela obra, não sabia bem o que esperar e logo surgiu um receio. Porém, a leitura foi ótima. Catherine Jinks tem uma narrativa ótima, que fisga o leitor e mais que isso, te coloca dentro da história. Falando em narrativa, o narrador do livro é o próprio Padre Bernard, que escreveu essa carta para uma outra pessoa com o intuito de se defender. De que, vocês me perguntam? Só lendo pra saber. Como ele é o narrador, temos muitas citações de religiosos conhecidos como Santo Agostinho e muitas divagações, e isso me incomodou um pouco. Às vezes ele se estendia demais pra falar sobre um assunto que não era tão relevante.

“Eu havia sido um idiota, porque o idiota diz tudo o que lhe vem à mente, e o sábio guarda para depois.”

A obra tem muitas reviravoltas, quando você acha que está chegando em um ponto, você é surpreendido. Quando pensa que vai dá tudo certo, a autora te faz de trouxa e coloca mais tensão e com isso, nos deixa aflitos de como será o desfecho. O livro também nos apresenta vários graus de fanatismo e até onde o homem pode chegar com uma visão distorcida do que é Deus ou amor que por ele sente. Usa-o pra justificar suas ações, mas será essas ações são válidas? A busca por hereges também me surpreendeu, por que é cruel a forma como é imposto o que as pessoas devem ou não segui-las. Como li em um comentário sobre o livro “Os mesmos padres que abençoam, são os que punem”, gerando respeito, medo ou desconfiança?

Padre Bernard é um ótimo personagem, mas não pensem que ele é o típico padre certinho. Ele tem seus defeitos e muitos, além de que tem seus momentos de fraqueza em relação a sua posição. A história em si e seus personagens conseguem conquistar o leitor, alguns te geram pena, entendimento e outros muita raiva. Mas isso é que fez a leitura ser tão prazerosa, já que a autora soube colocar o leitor na história.

“O desespero só resultaria em derrota; se era para dar certo, eu precisava ter esperança.”

Sobre os detalhes: A diagramação está incrível, apesar de ser um livro grosso, a diagramação tem um tamanho de fonte ótima e um cuidado interno bem bacana. Não encontrei erros. Sobre a capa, não é a melhor que tenho na estante, mas não desgosto.

Comentário final: Não quero me alongar na resenha, por isso optei por não falar muito. Indico, inclusive, que não leiam a sinopse da obra que fala um pouco demais. De qualquer forma, O Inquisidor é um ótimo livro e que te deixa curioso a cada página pra saber como vai ser o desenrolar da trama. Leiam, vale a pena!

site: http://www.lendoeapreciando.com/2017/08/resenha-o-inquisidor-catherine-jinks.html
Fabio.Paulino 01/06/2020minha estante
Esse livro foi simplesmente demais eu li ele para sair de uma ressaca literária e acabei entrando novamente
Sem dúvida um dos melhores livros da minha vida


Kamilla 02/06/2020minha estante
Começar a leitura desse pra sair de uma ressaca não foi uma boa ideia, né?! hahah Ele aborda muitos temas bem tensos, entendo bem a ressaca que fica depois.


Fabio.Paulino 04/06/2020minha estante
Eu tbm fiquei assim amiga eu li esse livro pra sair de uma ressaca literária e entrei em outra
Aí eu peguei o outro livro da mesma editora marco polo
Portões de fogo
Se vc não leu eu recomendo muito amiga




Erika 11/02/2019

O inquisidor
Com uma temática a qual não estou mioto acostumada a ler, " O inquisidor" mostrou- se uma grata surpresa.
Ambientado na França medieval " O inquisidor" é um romance histórico carregado de investigação, suspense, amor e fé. Com uma linguagem fácil, e muito bem escrito pela autora Catherine Jinks, o livro retrata os detalhes da inquisição e nos passa uma ampla visão de corrupção, medos, castigos, condenações de quem era considerado um Herege sob os olhos atentos dos inquisidores.
Um romance histórico muito bom que mostra a França Medieval e o Cristianismo.
Foi muito favorável a experiência. É sempre bom sair da nossa zona de conforto e ampliar nosso horizontes literários .
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Milena @albumdeleitura 27/10/2018

O Inquisidor
Ambientado na França medieval de 1318, momento em que a Igreja Católica exercia forte influência sobre o mundo ao seu redor, deparamo-nos com a narrativa em primeira pessoa do padre Bernard, um dos inquisidores do Santo Ofício, que apresenta a história a partir da morte do inquisidor chefe, o padre Jacques. Após este acontecimento, um novo inquisidor se faz necessário para ocupar o seu lugar, e quem assume o posto é o padre Augustin que, com o passar do tempo, identifica falhas nos arquivos do Santo Ofício, as quais ocultam não só a personalidade corrupta do antigo chefe, como também de identidades importantes da cidade de Lazet.

"Padre, veja como esses livros são belos. Abrem-se como as asas de uma pomba branca. Cheiram a sabedoria. Como alguém poderia queimar um que fosse, se são tão belos e inocentes? Padre, eles são meus amigos."

Decidido a fazer justiça, pouco tempo depois, durante uma viagem, Augustin é brutalmente assassinado. Então, cabe ao padre Bernard, seu subalterno, investigar o que levou uma pessoa a cometer esta atrocidade.

Envolto neste mistério, aos poucos ele vai juntando pistas e detalhes do crime, porém, ao tentar proteger quatro mulheres inocentes, Bernard acaba se tornando um dos suspeitos da morte de seu superior e é perseguido como herege, mas tudo piora após a chegada do padre Pierre-Julien, um fanático que enxerga bruxaria e vestígios do demônio por todos os lugares. Agora, o padre Bernard terá que travar uma luta contra o ideais do clero e contra si mesmo em nome da justiça, de sua própria vida e a de seu povo.

"Eu havia sido um idiota, porque o idiota diz tudo o que lhe vem à mente, e o sábio guarda para depois."
"O desespero só resultaria em derrota; se era para dar certo, eu precisava ter esperança."

O Inquisidor é uma ficção histórica, narrada pelo padre Bernard em forma de carta, na qual ele relata a um superior a sua versão dos acontecimentos que abalaram o pequeno povoado de Lazet, na França.

Tendo como pano de fundo a Idade Média e trazendo a tiracolo os bastidores da Inquisição, somos inseridos em uma atmosfera de medo, assassinatos, fanatismo, mentiras, corrupção e intolerância, na qual os padres abençoam, mas também investigam e punem severamente todos aqueles considerados hereges (contrários aos dogmas cristãos).

Essa história de suspense, investigação, amor e fé consegue esmiuçar em riquíssimos detalhes uma época antiga, sem pecar no excesso de palavras difíceis, facilitando a conexão do leitor com a trama que, ao contrário do que muitos podem pensar, não é nem um pouco monótona; a autora possui absoluto domínio do tema e consegue nos inserir em uma tremenda aula de história.

Contendo uma diagramação e uma revisão impecáveis, o selo Marco Polo é a nova aposta da editora para a publicação de romances históricos. Espero que os demais livros sejam tão envolventes, informativos e apaixonantes quanto este! Super indico a todos aqueles que sabem apreciar uma narrativa bem conduzida, sem pontas soltas e que tem muito a nos acrescentar como leitores e conhecedores de um dos períodos mais instigantes da história da humanidade.

site: https://albumdeleitura.blogspot.com/2018/10/dica-de-leitura-176.html
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Jeff.Rodrigues 20/06/2017

Resenha publicada no Leitor Compulsivo.com.br
Faz algum tempo que eu estava sentindo falta de um bom suspense de época pra escapar dos frenéticos detetives e suas tecnologias de ponta na caça por assassinos sofisticados. Não que esses sejam ruins, pelo contrário, mas existe uma magia especial em acompanhar investigações em épocas distantes da nossa realidade. E quando essa época é a Idade Média e traz a Inquisição a tiracolo, acredito que temos uma combinação perfeita para uma excelente história. Assim posso resumir O Inquisidor, lançamento de estreia do selo Marco Polo, da editora Contexto, voltado para grandes obras de ficção histórica.

O Inquisidor é narrado em primeira pessoa em forma de carta. Uma grande epístola do Padre Bernard para um superior em que ele relata em detalhes os acontecimentos que sacudiram a pequena Lazet, na França. Como a sinopse do livro já adianta, Padre Bernard está investigando o brutal assassinato do inquisidor Padre Augustin, e no meio da trama acaba se vendo como suspeito do crime. Uma trama simples, básica, mas que foi desenvolvida por uma autora com absoluto domínio da época em questão, o que faz toda a diferença.

Esperamos sempre de um bom suspense, aquele mistério que se sustente e segure nossa curiosidade até o fim. O Inquisidor tem esse ingrediente, mas ouso me distanciar desse ponto para dizer que a maior qualidade da história está no retrato feito dos tempos da Inquisição. A leitura nos transporta facilmente para o clima de tensão do período. Os diversos personagens secundários que desfilam pelas páginas vão compondo o cenário de medo constante em que as pessoas viviam. Uma atmosfera que nos envolve e nos deixa tensos também. A Igreja era vista com respeito e desconfiança. Os padres abençoavam, mas também eram aqueles que investigavam e puniam. E a punição era sempre maior que as bênçãos.

É neste clima que o Padre Bernard precisa conduzir sua investigação. Conseguir informações e pistas de pessoas que o olhavam com certa desconfiança, afinal qualquer um poderia ser suspeito apenas por empregar uma ou outra palavra de modo errado. E ainda se atendo a reconstituição histórica, qualidade maior da obra, a autora faz daquele pequeno povoado uma espécie de microcosmos de tudo o que se passava na Europa do século XIV. Fazem parte da construção desse suspense a desconfiança à figura da mulher, geralmente associada à bruxaria; as relações espúrias entre representantes de governo e da Igreja; as figuras ambiciosas de bispos e inquisidores; o culto ao poder e ao dinheiro; e a luta das pessoas de bem para tocar a vida nessa “fogueira” de vaidades e interesses.

A linguagem do livro se prende bem ao estilo de época e à pessoa que está narrando. Sendo o narrador o Padre Bernard, trechos bíblicos ou de ensinamentos de doutores da Igreja vão aparecendo com frequência como complemento ou justificativa de ações. Mas passa longe de ser algo maçante ou de difícil leitura. Na verdade, a trama se desenrola facilmente, e logo somos cativados pela figura do narrador, o que faz de nós também destinatários dessa carta. Padre Bernard é um personagem fascinante. Extremamente espirituoso para um padre da época e com diversas tiradas bem-humoradas, ele nos conquista na sua fé e nos momentos em que essa fé e seus votos são postos à prova.

O Inquisidor vem se somar aos poucos bons suspenses de época que temos disponíveis. Para os fãs de ficção histórica no estilo de Bernard Cornwell, Ken Follet ou Jan Guillou, a obra não decepciona. Um grande mistério numa época fascinante em uma história de fé e amor.

site: http://leitorcompulsivo.com.br/2017/06/16/resenha-o-inquisidor-catherine-jinksund-2/
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Leituras e Delírios 25/06/2017

ótimo romance!
Inquisidor é um dos primeiros livros lançados do novo selo da Editora Contexto, o Marco Polo, que é um selo especializado em romances de época. Foi minha primeira experiência com a autora Catherine Jinks, também, e confesso que fiquei bem intrigada com sua narrativa.

Em 1318, o padre Augustin chega a uma via no interior da França chamada Lazet, para ocupar o cargo de um padre que havia morrido. Disposto a colocar ordem no Santo Ofício da cidade e a rever antigos processos nos quais hereges foram deixados livres. Pouco tempo depois padre Augustin é brutalmente assassinado e Padre Bernard fica incumbido de investigar seu assassinato. Após descobrir segredos que nem imaginava, padre Bernard é acusado de ser herege e terá de lutar por sua vida e a vida de mulheres inocentes.

O que eu mais gostei da narrativa de Catherine é o fato de que além de bem embasada, ela não é óbvia. Muito pelo contrário, vemos pessoas que viviam em uma época que certas tradições eram consideradas heresias, que eram movidas por dinheiro, e principalmente vemos que mesmo dentro da inquisição havia muita corrupção, mesmo que os padres tentassem manter certo grau de santidade.

Além disso a narrativa é toda em primeira pessoa no passado, ou seja, o próprio padre Bernard conta sua história e ela é surpreendente. Sim, Catherine Jinks conseguiu me surpreender e olha que isso não é uma coisa fácil de se fazer.

Resenha completa no link:

site: http://www.leiturasedelirios.com.br/2017/06/o-inquisidor-catherine-jinks.html
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Michelle Trevisani 09/11/2017

Uma ótima história
Oi oi gente! Tudo belezinha? Espero que sim! Hoje a resenha que trago aqui para vocês é de um tipo de romance que estou pouco acostumada a ler. Recebi esse livro em parceria com a editora Contexto e devo confessar que não imaginava que esse livro fosse me prender tanto. O Inquisidor, de Catherine Jinks é aquele tipo de livro capaz de te transportar através da história e de esmiuçar com detalhes riquíssimos (e não enfadonhos) uma França de 1318 extremamente incrustada nos seios da religião católica.

O selo Marco Polo é uma nova aposta da editora para publicação de romances históricos. Achei que iria me deparar talvez com um livro de detalhes muito rebuscados e de difícil leitura, mas pelo contrário, a escrita apesar de remontar a uma época muito antiga, não peca nos excessos de palavras difíceis o que facilitou muito eu me conectar com a história.

Lógico que, alguns termos muito próprios da época como “os hereges” (que ou aquele que professa doutrina contrária ao que foi definido pela Igreja Católica como dogma; que ou aquele que professa uma heresia) ou o “Santo Ofício” precisei pesquisar um pouquinho sobre, para me situar melhor enquanto lia o livro. Mas nada que atrapalhe o entendimento, apenas termos que precisei me acostumar para avançar no conteúdo.

Esse livro pode ser tudo: uma grande história de suspense; uma grande história de investigação; uma grande história de amor; uma grande história de fé. Esses temas se convergem e se intercalam, o que pra mim soou extremamente satisfatório. Gosto de histórias com grandes temas e divergentes, assim a leitura não fica nem um pouco monótona e agrada a vários tipos de leitores.
O nosso protagonista é um padre. Padre Bernard. Ele narra todos os acontecimentos do livro como se estivesse confessando seus pecados a alguém. Mais à frente vamos descobrir a quem (e não vou contar quem, você terá que descobrir lendo o livro hahah). Padre Bernard é um inquisidor do Santo Ofício (o chamado Santo Ofício ou Inquisição foi uma instituição formada pelos tribunais da Igreja Católica para perseguir, julgar e punir pessoas acusadas de terem se desviado de seus ensinamentos – os hereges). Mas ele não gosta de utilizar em suas inquisições muito de força física e flagelo. Ele opta mais por manter em cárcere seus prisioneiros e ter conversas francas sobre o que está acontecendo. Quando seu superior falece e um novo inquisidor chefe chega a Lazet - o padre Augustin - parece que as coisas começam meio que sair dos trilhos.

Leia o restante da resenha no meu blog >> LIVRO DOCE LIVRO

site: http://meulivrodocelivro.blogspot.com.br/2017/11/resenha-o-inquisidor-de-catherine-jinks.html
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Lina DC 11/07/2018

"O Inquisidor" é um belíssimo romance que irá retratar a sociedade na época em que as mulheres eram vistas mais como um incômodo pela Igreja do que seres humanos. A história começa com uma carta para o Padre Bernard de Landorra, mestre geral da Ordem dos Pregadores escrita pelo Padre Bernard Peyre de Prouille. Na carta, vemos um pedido sincero de um homem que tem a mente a frente do seu tempo, para que tanto ele quanto aqueles que ele protegem sejam julgados de forma justa, com benevolência. É a partir dessa carta que observamos toda a jornada do Padre Bernard e seu conflito entre sua fé e o que a Igreja acredita que deve ser feito.

Com uma narrativa bem intimista em primeira pessoa, inicialmente observamos as impressões que o Padre Bernard tem do Padre Augustin. Para ele, o Padre Augustin é um homem idoso, que cumpre penitências autoimpostas um pouco rígidas demais e que tem um aspecto de doente. Um homem fisicamente fraco, mas com uma força espiritual e de caráter imensa. Então, quando Padre Augustin é brutalmente assassinado o Padre Bernard é encarregado de investigar e apontar um culpado.

Com a morte do Inquisidor, um novo é enviado ao local e logo fica claro para o Padre Bernard que esse novo Inquisidor tem ideias próprias e fará de tudo para apontar aqueles que acredita serem os culpados.

"E foi assim que perdi a amizade do prior. Eu não entendera, até esse momento, quão profundamente sua escolha para o cargo havia inflado seu senso de dignidade. Eu não entendera que, ao desafiá-lo, parecia, a seus olhos, fazer pouco de sua competência e questionar seu direito ao cargo. Talvez, se tivesse compreendido isso, eu não estaria na situação que me encontro." (p. 180)

Padre Bernard é um homem que realmente acredita na justiça e não saí acusando qualquer um, principalmente as mulheres pelo fato de serem mulheres (descendentes de Eva e do pecado). Agora é uma questão de tempo para que Padre Bernard consiga salvar-se e as mulheres que estão sob a sua proteção. As quatro mulheres citadas na obra, são mulheres que vivem isoladas, mas que tiveram contato com o padre Augustin pouco antes de seu assassinato.

O livro é arrebatador. De forma minuciosa, a autora constrói um enredo rico, cheio de polêmica, mas que demonstra claramente como a Igreja agia na época. A Igreja agia como uma irmandade, mas de forma rígida e autoritária, de forma que não poderiam existir Padres com consciência. Sua doutrina deveria ser pregada e defendida com furor e não havia espaço para indivíduos que não acreditavam que as mulheres eram a representação do pecado e de todo mal na Terra. Com muitos segredos, intrigas, reviravoltas e polêmicas, o enredo irá prender a atenção do leitor do início ao fim.

"E nenhum deles imaginava que meu coração ansiava pelas pessoas que tínhamos deixado para trás." (p. 160)

A linguagem é um pouco rebuscada mas combina perfeitamente com a história e com a época em que se passa. Os personagens são muito bem construídos, complexos e cheios de falhas. E o enredo sem dúvida um trabalho minucioso de pesquisa e dedicação da autora.

Em relação à revisão, diagramação e layout a editora merece os parabéns pelo cuidado com a obra. Com pequenas imagens nas páginas e uma revisão minuciosa, o cuidado da Editora Contexto apenas enriqueceu ainda mais esse maravilhoso texto.

"- E onde há demônios, certamente há magia negra. Acredite, irmão, você é um dos cegos que não querem ver." (p. 244)

site: http://www.alempaginas.com/
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douglaseralldo 27/07/2018

10 CONSIDERAÇÕES SOBRE O INQUISIDOR, DE CATHERINE JINKS OU POR QUE TOMAR CUIDADO COM "A FÉ"
1 – Bem estruturado e com uma narrativa vigorosa e verossímil, O Inquisidor leva-nos a uma viagem pelo tempo, a uma época em que de caçador à presa basta um piscar de olhos, numa sociedade marcada pela desconfiança, pelas denúncias, mas acima de tudo, uma sociedade em que fé e poder estabelecem uma tirania de longo e mortal alcance;

2 – Para tanto, Catherine Jinks leva-nos ao Século XIV, em plena inquisição, a uma pequena comunidade francesa, Lazet, onde o poder da Igreja é absoluto e quem não está com ela, é provavelmente seu inimigo. Nesse ambiente de extremo controle qualquer manifestação individual ou considerada não ortodoxa pode levar a prisão, ou mesmo à morte, de tal modo que o ambiente é tomado pelo medo e pela desconfiança;

3 – Um detalhe interessante da obra inicia-se já pela escolha narrativa da autora, escolhendo um narrador, que embora possua a tradicional desconfiança às vozes em primeira pessoa, é dotado de toda sua subjetividade capaz de tornar palpável e vívida a sua experiência, no caso, do próprio narrador, padre Bernard, que após a morte de um inquisidor, assume a função em meio a um jogo de cambiantes situações em que as ambições pessoais são tão poderosas quanto a própria igreja, além de habitar um espaço em que o profano e o sagrado cruzam-se muitas vezes de forma macabra;

+: http://www.listasliterarias.com/2018/07/10-consideracoes-sobre-o-inquisidor-de.html

site: http://www.listasliterarias.com/2018/07/10-consideracoes-sobre-o-inquisidor-de.html
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