Contos negreiros

Contos negreiros Marcelino Freire




Resenhas - Contos Negreiros


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Sabrina 15/06/2023

Obra prima brasileira
A escrita é lindíssima. Amei a narrativa e a criatividade para em certas horas lidar com situações complicadas. Digo isso pela forma como ele narra certas passagens.

Esse ano li tanto autor nacional que é bem melhor que estrangeiros.

Acho vergonhoso uma pessoa ler 5 livros de um autor estrangeiro e ficar falando que metade desses livros é mais ou menos mas dois são ótimos. Leia cinco brasileiros, quatro serão ótimos e um será mais ou menos.

Acho uma vergonha aqueles livros famosos que a pessoa fala "até o meio do livro é cansativo mas depois vale a pena".

Tem livro brasileiro que vale a pena desde o começo.

O autor aqui não ficou enrolando com cenas inúteis. Cada cena leva à outra, é tudo uma construção pensada em cada detalhe. Amo isso. Não tem descrições bobas que não representam nada para a história.

Um dos melhores do ano, com certeza. Meu top 10 do ano por enquanto acho que tem 6 brasileiros.
Gleidson 15/06/2023minha estante
Concordo com vc, Sabrina. Tem muita coisa boa aqui no Brasil.


Sabrina 18/06/2023minha estante
Teeeeem




Katia Rodrigues 06/12/2021

"Prosa-rapadura"
Xico Sá no texto de abertura definiu com perfeição a poesia de Marcelino Freire: " É doce, mas não é mole não (...) De tanto punch, de tão amargo, de tão doce — prosa-rapadura, contraditória?!"

"O meu medo é a situação piorar e eu não conseguir arranjar emprego nem de faxineiro nem de porteiro nem de ajudante de pedreiro e o pessoal dizer que o governo já fez o que pôde já pôde o que fez já deu a sua cota de participação hein mãe não sei.

O meu medo é que mesmo com diploma debaixo do braço andando por aí desiludido e desempregado o policial me olhe de cara feia e eu acabe fazendo uma burrice sei lá uma besteira será que vou ter direito a uma cela especial hein mãe não sei."

Essa foi uma das minhas primeiras experiências com audiobook e a única que realmente gostei, creio que por conta da maravilhosa narração do próprio Marcelino Freire e também o fato de que o sotaque pernambucano é lindo ???.

Nos contos, o narrador não se apresenta como um mero receptor e transmissor de informações, bastante visível ele está sempre ali, mesmo que não se veja. Constantemente nos lembra sua existência como na frase que se repete como um mantra no conto Trabalhadores do Brasil: "tá me ouvindo bem?".

Por fim, recorro mais uma vez às palavras de Xico Sá: "Marcelino escreve como quem pisa no massapê, chão de barro negro, como a fala preta amassada entre os dentes, no terreiro da sintaxe, dos diminutivos dobrados nas voltas da língua". Recomendo demais essa obra maravilhosa.


Ig: @ingrisias
Joao 06/12/2021minha estante
Nossa, fiquei com vontade de conhecer essa obra. Adorei o texto!


Katia Rodrigues 06/12/2021minha estante
Valeu, João!
Olha, vc não vai se arrepender. Indico tbm Angu de sangue e Amar é crime ?




tali 15/01/2022

achei a leitura bem fluída e consegui terminar em poucas horas, estou lendo pra completar a lista de leitura do vestibular que vou fazer, mas acabei amando a leitura.
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Gramatura Alta 04/06/2020

http://gramaturaalta.com.br/2020/06/04/contos-negreiros/
A experiência de ler CONTOS NEGREIROS é bem peculiar. O livro traz uma seleção de várias pequenas histórias diferentes entre si, porém todas com o tema sobre a vivência negra na nossa sociedade. Alguns dos capítulos tem o corpo como de um poema, outros de relato e alguns de memórias. Cada um deles aborda um tema especifico, mas que juntos, no final, se provam uma seleção de extremo valor.


As temáticas, na maioria das vezes, são fortes e abordam assuntos pertinentes e até mesmo tabus. Dentre os temas nós temos violência policial, preconceito racial, analfabetismo, pobreza, prostituição e também escravidão. De longe parece que esse último tema será o tópico principal em toda a leitura, mas o autor aqui traz a narrativa para os dias atuais, mostrando a herança dolorosa da escravidão e o ponto de vista dessas pessoas que sofreram tanto nesse período que é uma das maiores vergonhas da raça humana.

A leitura é ágil e com uma grande diversidade de vocabulário entre os seus diversos capítulos. Algumas palavras presentes no texto com certeza não são usadas com frequência no nosso dia-a-dia, mas dentro da leitura e em seu próprio contexto, seu uso é justificado e muito bem-vindo. Cada mini capitulo tem seu próprio início, meio e fim, e é difícil não se sentir tocado em um punhado deles. Os maiores tem menos de 10 páginas e os menores as vezes tem apenas duas, mas nada aqui é corrido, cada trama tem seu tempo respeitado e não parece que faltou algo. O livro tem menos de 130 páginas ao total, uma leitura extremamente rápida e enriquecedora, aquele tipo de texto que deveria fazer parte do currículo das escolas.

Como dito acima, os temas dos capítulos são os mais diversos e, acredite se quiser, o texto arruma até espaço para um pequeno humor ácido, muito bem inserido, exemplificando fortes críticas sociais. A vida da pessoa negra não se resume apenas à escravidão e o texto traz várias diversidade como o amor entre duas pessoas do mesmo sexo, sobre a paixão de criança por ídolos e também sobre sonhos. É uma narrativa que fala, sim, sobre coisas sérias como a violência, abuso sexual e discriminação, mas ainda sim, também sobre vidas diferentes, vivencias que a gente não vê com frequência em outros livros, filmes e séries. E são esses pequenos detalhes que deixam o livro mais completo e com mais substância.

CONTOS NEGREIROS não é um livro fácil de se ler, pois a realidade é dura, mas no meio dela, também existe vida, vida rica e diversa. A leitura é extremamente rápida e é possível ler ela todinha em poucas horas. Um livro que vale a pena ser descoberto.

Resenha escrita pelo Rafael para o blog.

site: http://gramaturaalta.com.br/2020/06/04/contos-negreiros/
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isa 03/11/2021

Um verdadeiro tapa na cara
Nunca li nada que chegue aos pés desse livro! Nunca nem li nada parecido.
Esta obra foi capaz de me transportar por histórias diversas, mas focadas em um só ponto: a vivência preta no Brasil.
Pautados pela discriminação, cada canto traz um universo completamente diferente.
O autor nos permite, por meio do mais ácido sarcasmo, ter contato com o que há de mais precioso na arte da escrita e leitura: nos apresenta a vidas diferentes e diversas, nos faz sentir na pele das personagens, provar o gosto amargo presente na história do país e do povo brasileiro.
Quais os efeitos gerados pelos preconceitos. Quantas vidas apagadas. Quantas mortes também.
Marcelino Freire tem um jeito próprio de escrever. Contemporâneo. Irônico. Frio. Verdadeiro.
A leitura, por sua vez, se faz de forma fluida, como um poema, mas na forma de prosa. As rimas trazem a musicalidade e deixam o texto menos bruto. A linguagem informal facilita e transmite sua compreensão.
Já aviso que o conteúdo é pesado, mas assim que começa, se torna impossível parar de ler.
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Mandark 26/03/2022

Problemático.
Leitura fluida, com uma musicalidade bacana, porém foca em temas polêmicos, com os quais ele lida de uma maneira limitada e esteriotipada. Decepcionante em alguns sentidos.
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Lucas.Amorim 30/11/2022

Realismo do negro
Essa obra, mostra escancaradamente a realidade da vida de uma pessoa preta na sociedade que vivemos. Cada texto é um tapa de consciência e verdades.
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Nat K 16/07/2009

Um açoite pós-moderno nos preconceitos de sempre.
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Eduardha 09/01/2022

Foi uma leitura rápida e muito boa. Os contos são ótimos e fluidos, acabei o livro sem nem perceber que o tempo passou!
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Sarah 19/12/2020

É doce mas não é mole não
Eu compreendi o que o Xico Sá quis dizer na apresentação do livro "é doce mas não é mole não". O livro é de fácil leitura, mas o conteúdo, a temática e a crítica são cruas e duras.
Trata da temática de abuso, turismo sexual, esteriótipos, tráfico de órgão, violência.
É um ótimo livro. Não sei como eu não conheci ele antes.
Tá aí um livro que todos deveriam ler ao menos uma vez na vida.
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Acaui 02/06/2023

Esse livro é incrível... Cada conto uma crítica social foda, não tenho palavras para dizer o quanto ele é necessário.
Valeu a pena ter lido esse livro, mesmo que tenha sido pro colégio.
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Dila 13/07/2022

Pura potência
Certa vez escutei em uma entrevista Marcelino Freire dizer que a escrita não precisa de pontuação e sim de pulsação. Esse foi o primeiro livro que li dele e entendi perfeitamente o que ele disse. Os contos pulsam, a cada parágrafo, a cada frase. São cheios de potência e nos envolvem pelo conteúdo, pelo ritmo, e me percebi lendo cada conto com uma voz diferente, com um tom diferente e com uma música diferente lá no fundo da mente.
Marcelino Freire é pura potência!
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01/01/2021

Gostei muito da leitura, muito provocadora.

site: https://lerensinar.blogspot.com/2020/12/alteridade-possivel-aos-ouvintes-contos.html
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yoshii 28/05/2023

Prosa rapadura (referência à apresentação por Xico de Sá)
Um livro que você fica embasbacado com a potência da língua portuguesa.
São contos-crítica de temas variados. Achei todos ótimos, mas o que mais me impressionou foi Solar dos Príncipes, porque realmente... se tocarem sua campainha com uma câmera falando que vão gravar sua vida você pode achar um absurdo ser pego de surpresa assim e ficar desconfiado. Mas, existem muitas matérias cotidianas de programas variados que exploram o cotidiano da favela e isso é muito normalizado (tem/teve até passeio turístisco).
Recomendo a leitura.
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thai.rolim 25/01/2021

Emocionante e Reflexivo (DLL)
Na obra Contos Negreiros, Marcelino Freire aborda temas delicados e polêmicos como racismo, turismo sexual, tráfico de órgãos e homossexualismo.
Tendo como a cidade urbana sendo o cenário dos contos, é uma obra que faz o leitor refletir sobre muitas coisas.

Apesar do nome, o autor aborda contos que vai além da cor da pele, ele ressalta os "invisíveis" pela sociedade, indo de pessoas negras, sendo esse o foco dos contos, a prostitutas e moradores de rua...
Cada conto é um tapa na cara do leitor, mostra a realidade sem filtros, do jeito que ela realmente é.


Marcelino traz em seus contos uma forma poética apesar da forma em que conta, pesada e real, contudo necessária.

Ganhador do prêmio Jabuti de 2006 na categoria crônicas/contos, mostra que uma leitura de 1 hora consegue remeter a mais lágrimas e frustrações do que muitos livros de romance.

Nota: 5 ?????
#dll21 #contos
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