Infinitas 06/05/2019
Sabe aquele livro que te deixam curiosa somente pela capa? Quando comecei essa leitura não tinha ideia do que esperar.
O inicio é muito lento e você precisa persistir. Começa com um interrogatório, com o protagonista preso por um crime que precisamos ler para saber qual foi.
Conhecemos Gideon Blake, um soldado que esta completando o seu treinamento para se tornar um Ranger, ele morre depois de uma defeito no paraquedas, só que ele não permanece morto (não estou falando de zumbis). Após acordar em um hospital ele percebe que esta se recuperando mais rápido do que é humanamente possível. Ele descobre que morreu, mas voltou a vida para desemprenhar um papel de muita importância para toda a humanidade.
"- Você quer saber o motivo disso tudo? Eu digo para você. O mal em pessoa esta a solta. Corremos perigo... e não estou falando dos cidadãos norte-americanos. Estou falando da humanidade. Estou falando de todo mundo."
Gideon agora é Guerra, um dos quatro cavaleiros do apocalipse, sua missão é encontrar os outros três cavaleiros: Fome, Morte e Peste e os quatro precisam proteger a chave, que se cair em mãos erradas pode gerar muito caos.
O livro é repleto de ação e a todo o momento temos a impressão de que Daryn sabe mais do que realmente esta contando para os cavaleiros, e passamos a duvidar de quais são suas verdadeiras intenções.
Gideon tem uma personalidade forte e marcante, é audacioso, impetuoso, orgulhoso, focado e tem muita raiva dentro de si.
"Eu ainda tinha comigo essa energia escaldante, uma carga imensa de raiva bem ao meu alcance. Inflamável. Parte de mim se perguntava se isso estava dentro de mim havia algum tempo e eu apenas o estive ignorando. Agora não dava mais. Tudo o que eu podia fazer era tentar controlar."
O inicio foi o que mais me incomodou. O herói começa contando acontecimentos passados, para chegar ate o presente, o que dura boa parte da narrativa, o que mais me chateia nesse tipo de narrativa é o fato de tornar o destino do protagonista ate aquele ponto, previsível.
A narrativa em primeira pessoa nos permite observar apenas o ponto de vista de Guerra, seus desejos, dores, raiva, de modo que não chegamos a conhecer muito sobre os outros três cavaleiros, mas acho que veremos mais sobre eles nos próximos livros.
A autora tem uma escrita leve, divertida e rica em detalhes. O ponto alto com certeza são as batalhas que foram muito bem descritas, de forma que é possível imaginar cada movimento. Com uma narrativa leve, irônica e divertida, fazendo o leitor rir e ao mesmo tempo ensinar sobre a amizade.
A capa é a mesma da original. A diagramação esta bem caprichada, com folhas amareladas. Adorei a parte dos cavalos, os treinamentos e o relacionamento que os cavaleiros criaram entre eles. Eu espero que na continuação de para saber mais sobre os outros cavaleiros e tenha mais revelações, e que assim como nesse primeiro tenha muita ação e lutas.
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