O Protegido

O Protegido Peter V. Brett




Resenhas - O Homem Pintado


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Cleber 11/08/2023

A luta contra o medo
Comecei essa aventura sem grandes expectativas e fui surpreendido com a qualidade da escrita. Medo, ação, aventura e superação, tudo contado com base em um universo surpreendente. Como acontece na maioria dos livros de fantasia eu não gostei muito do protagonista central, mas a Leesha e o Rojer compensam a história. O livro é um calhamaço de mais de quinhentas páginas, mas tudo acontece com tanto dinamismo e ação que não se percebe as páginas passando.
Gostei muito do primeiro livro e já estou me preparando para a continuação.
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Henrique 27/09/2014

Entra em um mundo onde a noite pertence aos demônios [SEM spoiler]
[Sobre carroças atoladas e barris de vinho]

Peter V. Brett nos transmite a sensação de que escrever é um trabalho tão árduo quanto tentar desatolar uma carroça carregada com meia dúzia de barris cheios de vinho usando apenas a força dos braços. Ou você encontra uma maneira de tirar a carroça da lama (algo como tirar uma história de toda bagunça de ideias) ou você lamentará sua vida inteira pelo vinho deixado exposto ao sol ou à chuva, pelo prazer não compartilhado.

Penso que assim se sentem esses grandes escritores, como João Ubaldo Ribeiro (O Sorriso do Lagarto) , Stephen King (A Dança da Morte), George Martin (As Crônicas de Gelo e Fogo), Tolkien (O Hobbit), Marion Zimmer Bradley (As Brumas de Avalon), Lauren Beukes (Iluminadas), Julio Verne (Vinte Mil Léguas Submarinas), entre tantos outros. Sentem-se como se, enfim, houvessem removido a carroça da lama e depositado o vinho em seu devido lugar. Eu, de minha parte tenho minhas safras inebriantes de Tolkien, Rowling, Shakespeare, e outros ainda por experimentar.

Essa sensação de estar carregando nas mãos um trabalho esmerado de uma vida inteira de dedicação (ainda que não o seja de toda uma vida, apenas pareça), contribui para enriquecer a experiência da leitura que, por si só, já é de grande valia. Ler uma história bem contada nos garante emoções tão profundas e marcantes quanto as emoções vividas por aqueles que ouviram do próprio Beethoven suas sinfonias, em primeira mão. E não é apenas pelo prazer das emoções, mas pelo poder que a leitura (especialmente de fantasia) tem de tocar as coisas antigas, ancestrais que existem em algum ponto obscuro (e maravilhoso) de nossas mentes.

E já que o Peter conseguiu desatolar a carroça, bebamos com fartura desse vinho e nos embriaguemos dessa boa safra!

[Entra em um mundo onde a noite pertence aos demônios]

Arlen, Leesha, Rojer. Através dos olhos desses três grandes personagens e seguindo-os pela infância até a vida adulta, Peter V. Brett nos lança em uma realidade onde o dia é venerado pelos homens e onde a noite é o pior de seus temores. Um mundo que (nas palavras do Stephen King) seguiu adiante. Uma imersão sobre o desejo, o medo, a coragem e os desígnios da vida. Sobre pessoas insignificantes assumindo todo o significado, pequenos tornando-se grandes. O Homem Pintado é uma história de fantasia que transborda de realidade, mas uma realidade de uma forma que os nossos olhos nunca viram até então.

No primeiro livro do Ciclo dos Demônios (que antecede A Lança do Deserto, A Guerra Diurna e O Trono de Ossos - este último a ser lançado em março de 2015) somos introduzidos no vasto e assombroso universo criado pelo autor, um mundo que é atormentado por demônios (conhecidos como corelings\nuclitas, aqueles que habitam o Núcleo) que se erguem na noite para caçar, especialmente humanos. Os demônios são bestas elementares, dividindo-se em espécies e sub-espécies, como areia, rocha, água, ar, etc., cada um com diferentes capacidades e proporções de força. A única forma de se proteger contra os demônios é por meio das "guardas", complexas runas mágicas que podem ser escritas, pintadas ou esculpidas em pedra, madeira, metal, areia etc. Uma falha mínima nas guardas pode significar a morte. Devido aos constantes ataques demoníacos, a humanidade foi reduzida de um avançado estado de tecnologia para a idade das 'trevas'.

[Entretenimento que fala de coisas grandes e subindo]

A abordagem de temas atuais, como a posição da mulher numa sociedade que supervaloriza o homem, a influência da religião para o bem ou para o mal, o estado de ignorância e suas consequências, as divergências entre as culturas, as injustiças advindas das hierarquias sociais, os horrores cometidos em nome da fé cega e questões existenciais equilibram-se em meio à aventura, drama e ação, além de servirem como uma espécie de simulação para os eventos cotidianos, alterando significativamente o modo como enxergamos as pessoas e como compreendemos a nós e aos que nos cercam. A imparcialidade com a qual Brett aborda temas controversos por meio de seus personagens cheios de humanidade é um convite à reflexões inevitáveis por parte do leitor, que encontrará extrema dificuldade em posicionar-se contra ou a favor desse ou daquele personagem.

[Leitores assassinos: nossa vontade insana de matar]

Pode parecer inocente, mas essa vontade incontrolável que muitos leitores experimentam em relação a determinados personagens que saem por aí lançando sal nas feridas alheias; estuprando, matando e destruindo vidas, não é nem um pouco inocente: é puramente assassina (e, não adianta negar, deliciosa). Acredito que isso se deve a sensação de estar fazendo o que é certo, matando aquele personagem e poupando outros de suas ações (é como dar uma de Jeová vingador e destruir os bebês de Sodoma, futuros "pecadores").

Brett constrói seus personagens com um norte e com um sul. Em outras palavras, humanos, sem maniqueísmo, bons e maus ao mesmo tempo, realistas, (ainda que falhe nesse aspecto em alguns momentos). O ódio ou a raiva que você dedica à um personagem, podem se converter nos sentimentos contrários. Sob um ponto de vista, aquele personagem pode parecer detestável e abjeto, sob outro, alguém a quem você dedicaria seu apoio se pudesse. Portanto, tire seu dragão da chuva caso esteja predisposto a sair apontando adagas aos pescoços dos 'vilões' de Brett, eles podem arrancar-lhes doces beijos no capítulo seguinte.

[Acima de tudo, um livro sobre o medo]

O autor, ao escrever sua história, tinha em mente escrever algo que retratasse a forma como o sentimento 'medo' é divisor de águas na vida do ser humano. Lidar com o medo, seja qual for a sua natureza, é o tema central da história O Home Pintado. O medo está presente o tempo inteiro em um mundo dominado por demônios (e podemos sim usar a liberdade artística e fazer uma alusão com o nosso mundo, onde a 'cultura do medo' se infiltra em cada canto do globo).

Quando pequeno, um dos personagens centrais, Arlen, ouviu falar de um povo que vivia no deserto escaldante e que lutava contra os demônios quando estes se erguiam na noite e os matavam com lanças guardadas\cobertas com runas, ao invés de esconderem-se com medo na segurança de suas casas revestidas de guardas (runas mágicas que impedem a passagem dos demônios). Ouvir essa história só serviu para fomentar cada vez mais a raiva que Arlen sentia dos demônios, a respeito dos quais ele cresceu sendo doutrinado a temer, algo natural, imutável. Mas as histórias fazem isso dentro das pessoas, destrancam portas há muito emperradas. Nos revelam muito ou pouco (mas sempre o suficiente) sobre nós, sobre os outros, sobre o mundo, sobre a vida. Nos encoraja a seguir adiante.

[De modo geral]

Acho desnecessário dizer que O Homem Pintado foi uma das minhas melhores leituras do ano em fantasia e agora configura-se como um livro 'favoritado' no skoob. E, como me disseram, o segundo (que já li) é três vezes melhor. O autor vai aperfeiçoando a história e criando novas possibilidades que só enriquecem o seu universo e a trama.

E nesse tom inacabado, finalizo dizendo que está mais que recomendado!

Por Henrique Magalhães

site: http://pilulasliterarias.blogspot.com.br/
Ricardo 25/02/2015minha estante
Esse O PROTEGIDO é o mesmo livro lançado pela 1001 mundo O HOMEM PINTADO?


Henrique 26/02/2015minha estante
Sim, Ricardo, o mesmo. O que muda é a edição e a tradução, que em O Protegido será pt-br. ;-)


Beth 12/05/2015minha estante
Maravilhosa resenha, Henrique!


Harabel 19/07/2015minha estante
Ando cada vez mais apaixonada pelos livros e pelo capricho da Dark Side! Não sei como não vi o lançamento desse mas agora, depois de ver o folheto dele dentro do Demonologista, fiquei curiosa em saber mais do livro. E a sua resenha só me deixou ainda mais com água na boca e ansiosa para comprar! rs Mais que desejado agora! =)


Jones antonny 01/12/2021minha estante
A noite e uma criança




Tamirez | @resenhandosonhos 21/08/2018

O Protegido
Esse é um daqueles livros em que ao acabar você se pergunta porque não leu antes. A edição é linda, a história parece interessante, mas mesmo assim ficou esquecido. Também não há grandes incentivadores da história na internet, o que é uma pena. Porém, sendo mais um começo de série (e eu já estando definitivamente afogada em séries), resolvi dar o primeiro passo, sem arrependimentos.

A escrita de Peter V. Brett é fluída e cadenciada. O leitor quer continuar a leitura, é preciso descobrir o que virá a frente na história. Há duas divisões dentro do livro, a de ponto de vista e a temporal. Temos três narradores distintos, cada um de uma idade vivendo em locais diferentes desse mundo, todos pequenos vilarejos que sofrem com o mal dos demônios. Percorremos um período de aproximadamente 14 anos aqui e visitamos nossos personagens em momentos específicos de sua história.

Arlen é o que tem mais destaque, com o início da história e os capítulos mais longos. Ele é também o mais velho dos jovens, e aquele que parece carregar o maior peso. Depois do que acontece com sua mãe e da covardia do pai, ele toma para si a responsabilidade de fazer algo a respeito. Eles quer conhecer o mundo fora do pequeno vilarejo, e se tornar um mensageiro, para viajar por todos os lugares. Porém, nada disso acontecerá de forma fácil e haverá um longo caminho a trilhar. Arlen é o garoto corajoso, sonhador e determinado. Ele tem um coração enorme, e é gentil com as pessoas. É focado em seus objetivos e não há quase nada que o desvie do que ele almeja.

“Mas a humanidade queria mesmo ser salva? Merecia ser salva?”

Leesha é a menina que tirou a sorte grande. Ela tem o prometido mais desejado do vilarejo e recebe os olhares invejosos das amigas. Mas, arca também com a reputação da mãe, uma mulher cruel e que não mantém a fidelidade em alta estima. Quando os rumores a seu respeito começam a circular a partir da boca de seu próprio amado, seu mundo desmorona. A mãe lhe acusa, o pai se mantém apático, e é somente a ervanária Bruna que a ajuda. Ela tem uma personalidade forte, mas que somente é moldada ao longo do livro. Ao ser acuada ela fraqueja, mas no decorrer da narrativa cresce muito enquanto personagem.

Entretanto, é na construção dela que reside uma das duas coisas que me incomodou nesse livro. No final há uma situação péssima que envolve a garota. E tudo é rapidamente superado e ignorado. Algo que não verdadeiramente condiz com um comportamento real. Me parece que na única personagem feminina de destaque do livro, o autor não soube transpor características verossímeis.

Roger é o terceiro ponto de foco, e o mais fraco entre eles. Conhecemos pouco sobre o menino e sobre os anos que se passaram desde o incidente com sua mãe. Eles passou por alguns bons bocados, viajou com o menestrel. Ele é aventureiro, mas temeroso. Galanteador, mas inseguro. E não possui um objetivo definido, já que a única coisa que sempre desejou foi poder viajar como menestrel.

Conforme o livro passa e cada um segue sua jornada, ficamos intrigados sobre como o caminho deles vai se cruzar, pois é evidente que em algum momento chegaremos a esse ponto. Mas, muito mais legal do que conhecer os personagens é desbravar esse mundo. Conheceremos o povo de Krasia, uma civilização diferenciada, guerreira, e uma das poucas conhecidas que ainda persiste na luta contra os demônios ao invés de se esconder toda a noite em suas casas. São lendários, restritos, e detém uma das mais ricas culturas de símbolos.

Eles possuem um vocabulário bem rico de palavras diferenciadas, e acredito que faltou um pequeno glossário ao fim do livro esclarecendo os significados ao leitor. Aos poucos, a importância desse povo vai se mostrando presente, e é entre eles que encontraremos uma grande referência para a sequência.

Apesar dos lapsos temporais, talvez com exceção de Roger, não há realmente falta enquanto continuidade de história. Sabemos o que aconteceu no intervalo de tempo e ao olhar novamente o mundo através dos olhos do narrador, já somos capazes de ver o quanto ele mudou. Arlen é o que mais evolui enquanto personagem, e o que encontramos no final da trama, é bastante diferente e muito mais calejado.

Como acho que já deu para reparar, ele é também meu preferido. Acredito que por ser o mais bem desenvolvido, acabou se sobressaltando entre eles. E fico temerosa por não saber ao certo sobre o seu futuro. Como mencionei, Leesha carrega um pouco do meu desapontamento. Como a única personagem feminina de destaque estava esperando um pouco mais. O foco destacado nela reside em sua sexualidade, na forma como isso influencia seu comportamento e suas escolhas, porém o desenvolvimento pesa pra algo pouco crível ou bem pouco sensível, levando em consideração o que acontece. Acredito que o autor tentou, sem sucesso, descrever como uma mulher lidaria com aquilo.

O final do livro é o segundo contra ponto a todas as coisas positivas do livro. Apesar de termos uma história interessante, um mundo bem construído e uma vontade incessante de descobrir mais e mais sobre esse universo, faltou algo no final para fazer um cliff hanger e prender definitivamente o leitor a já ansiar pela continuação. A Lança do Deserto foi lançado em 2016 e espera-se que o terceiro saia esse ano, dando continuidade a série.

Não acho que essa questão do final desmereça a história como um todo, mas com o potencial apresentado, me pareceu um desperdício fechar o livro sem algo realmente sensacional. Esse é um mundo que quero realmente conhecer mais e com toda certeza quero seguir lendo em 2017. Para a continuação minhas expectativas estão em como a configuração estabelecida no final de O Protegido vai funcionar daqui pra frente e do quanto isso vai influenciar a história e as personalidades dos personagens.

Esse livro possui muito pouco romance, mas há uma chama dele sendo avivada ao final, que pode conduzir para um caminho que eu não gosto muito, e espero que o foco não se volte para isso. De qualquer forma, O Protegido entrou pras 10 melhores fantasias de 2016 e eu recomendo a todos os leitores que curtem o gênero e estão procurando alguma nova história pra apostar. Toda a trama é muito visual e certamente encantara qualquer leitor que se dispor a soltar a imaginação para visualizar esse mundo como ele merece.

site: http://resenhandosonhos.com/o-protegido-peter-v-brett-ciclo-das-trevas/
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Luana.Oliviero 30/08/2020

Eu não consigo entender o motivo de esse livro não ter se tornado super conhecido por aqui, afinal, ele tem tudo para ser apreciado por um amante de fantasia, na minha opinião.

O livro nos apresenta um mundo devastado por demônios, chamados de terraítas, seres que sobem das Profundas (do solo) durante a noite e deleitam-se com seus ataques aos seres humanos, alimentando-se das pessoas e destruindo tudo ao entorno. O único método utilizado contra esses seres são as proteções, símbolos de poder que, se traçados corretamente, criam uma barreira que impede a passagem dos terraítas, mas elas estão longe de impedir mortes, pois possuem buracos e são, muita vezes, falhas.

Antigamente, essas mesmas pessoas lutavam. Mas não mais. Agora, o objetivo é fugir, fugir e se esconder da noite, temendo não ver a luz do sol novamente. Os seres humanos estão padecendo diante desses monstros, o número de vidas está diminuindo e o medo tomou conta do coração e a mínima ideia de levantar e lutar, deixa-os ainda mais apavorados. Porém, nem todos são assim.

Três crianças não seguem esse padrão. Três dessas vítimas querem mais do que simplesmente se esconder. Todas elas nasceram em lugares pequenos, onde o medo é ainda mais arraigado e percebem através de um choque em suas vidas, que não é mais possível viver dentro dos padrões.

O leitor acompanha o crescimento dos protagonistas durante muito anos, vendo como eles estão sendo moldados pelo mundo e pelos terraítas. Arlen é o meu favorito, o principal que percebe que o maior inimigo da humanidade é o medo, e não os demônios. Ele é um garoto corajoso e bondoso, que começa sua jornado como mensageiro. Rojer é o mais novo, começa a história com apenas três anos, mas também é o que mais tem espaço para desenvolvimento nos próximos livros, sendo um menino sem muitas expectativas - além de ser menestrel - e, por último, vem a Leesha, a mais velha, uma protagonista que acaba indo contra as expectativas impostas sobre ela por uma sociedade machista --- mesmo tendo uma quebra de personalidade nela, onde pra mim o autor não soube muito bem trabalhar toda a sexualidade envolvendo-a.

Essa desigualdade, entre homens e mulheres, é algo que o autor trabalha durante o livro, deixando explícito as diferenças que são feitas. Achei bem interessante o fato de ele ir desconstruindo e trazendo reflexões sobre o fato.

Quero ressaltar aqui que eu não me lembro de ter detestado tantos personagens em um único livro como eu detestei nesse, rsrs. Sério, é um personagem secundário pior que outro, salvo poucas exceções.

Sobre os grandes inimigos, os terraítas, eu senti um pouco de dificuldade em visualizar eles. Há vários tipos de demônios: do fogo, madeira, rocha, ar..., e de todos os tamanhos, mas até onde se sabe, não muita inteligência.

Minha última observação é para o fato de que o autor não traz nenhum grande acontecimento nesse volume um, mantendo o ritmo durante todo o livro, o que pode ser ruim ou bom, dependendo do leitor. A escrita cadenciada de Peter V. Brett auxilia nesse fato, tornando a leitura muito instigante e fazendo o leitor ficar desesperado para ver o que vai acontecer.
Os capítulos são divididos por personagem e por linha temporal e você fica a maior parte do tempo torcendo e esperando o encontro desses três protagonistas. Agora, vou ir correndo ler o volume dois para ver como eles vão transformar pessoas que já nasceram com medo e sem expectativas de lutar para pessoas que querem um futuro diferente e melhor.
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Ebanobe 09/05/2022

Uma teia de emoções
Quando você encara bem o livro com 514 páginas, pensa que será algo maçante, cheio de enrolação, uma leitura pesada!

Errado meus caros! Pura emoção, uma narrativa de época, com brigas, amor, matança, histórias pesadas, causando muita ansiedade em saber o que realmente acontece.

Quase infarto com alguns personagens com a vontade de abrir um buraco e deixar eles lá dentro, por que sinceramente temos muitos abestalhados nesse livro, claro que tudo se complementa e traz uma emoção.

Há esse é o só o primeiro livro, termina de um maneira tão no suspense, que a necessidade do próximo é grande.
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Jonas 01/04/2021

Interessante. Basicamente a história se passa em um reino que sofre ataques de demônios elementais todas as noites. São histórias paralelas de 3 jovens que vivem neste ambiente e sua busca por concretizar seus desejos para o futuro. Você fica ansioso para saber como cada um deles lida com os obstáculos que se colocam em seus caminhos.
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Vagner46 18/04/2015

Desbravando O Protegido
Lançamento de março da editora DarkSide, O Protegido é uma das grandes apostas para 2015 no Brasil em termos de fantasia. O autor Peter V. Brett é aclamado lá fora como um dos grandes nomes da literatura fantástica e esperamos que aqui no Brasil também seja!

Desde o início dos tempos, na Era da Ignorância, os demônios sobem à superfície quando a noite chega e tem um único objetivo: destruir os humanos que estão em seu caminho. Os terraítas, como são chamados os demônios, podem ser de vários tipos, como água, chama, rocha, areia, etc. Apesar de estarem em menor número, seus ataques geralmente deixavam dezenas de mortes, até que um dia os humanos descobriram o poder da escrita. Com proteções defensivas, perceberam que era possível evitar o ataque dos terraítas às cidades e vilarejos e assim sobreviverem. Mas o que realmente mudou o rumo da guerra foram as proteções de combate, permitindo assim que a humanidade atacasse e mandasse os demônios de volta para as Profundas.

Com o avanço do conhecimento sobre as proteções de defesa e combate, os humanos conseguiram dizimar os terraítas no que ficou conhecida como a Primeira Guerra Demoníaca, a Era do Salvador.

Como não era mais necessário combatê-los, a humanidade estagnou. As proteções já não eram mais necessárias e foram se perdendo, ao mesmo tempo que, lá nas Profundas, os terraítas esperavam pelo seu retorno à superfície. E quando o fizeram, o baque foi tremendo. Cidades foram dizimadas, milhares de humanos morreram e os demônios tomaram conta da noite novamente.

O tempo passou e as coisas continuam iguais, sendo que agora as proteções de combate estão esquecidas desde a Primeira Guerra. Vivendo durante o dia e sobrevivendo à noite, a humanidade espera pelo retorno d'o Salvador, aquele que irá expulsar os terraítas novamente e trará paz ao mundo, segundo a religião do Criador. É neste contexto que entram os personagens principais desse primeiro livro: os jovens Arlen, Renna, Leesha e Rojer.

Arlen tem 11 anos e vive no Riacho de Tibbet, um vilarejo muito pequeno e tranquilo. Ajudando seus pais nas tarefas comuns, Arlen tem um talento natural no que se refere às proteções mágicas. Sabe desenhá-las como ninguém e entende a importância de uma proteção bem feita. Sonhando em ser mensageiro, Arlen parte para o desconhecido em busca do sonho, deixando para trás algumas pessoas que ama e outra muito próxima que o decepcionou profundamente. Desejando conhecer todos os locais do mundo (Thesa) e viver novas experiências, tudo que Arlen quer é espalhar o seu conhecimento sobre as proteções e procurar as magias antigas, aquelas capazes de matar um demônio e fazer as pessoas voltarem-se novamente contra eles.

"Tem um mundo inteiro lá fora para aqueles que desejarem desbravar a escuridão."

Renna também vive em Riacho de Tibbet e está prometida a Arlen, mas a moça não possui tanto destaque assim nesse primeiro livro. Vou deixar para falar mais na resenha do 2º, quando sair.

Leesha vive em Clareira do Lenhador e ajuda o pai no negócio da família, ao mesmo tempo que sofre com os maus tratos da mãe. Sendo uma das gurias mais populares de lá e prometida a Gared, tudo muda quando falsos boatos a seu respeito começam a se espalhar. Abalada pelos fatos, Leesha encontra refúgio com Bruna, a antiga Ervanária da cidade. Lá, aprende a arte medicinal e começa a curar os habitantes, mostrando que não são só as proteções que salvam pessoas.

Rojer Faltadedo sofreu muito com um ataque de terraítas à sua aldeia quando pequeno, ainda mais quando as proteções da sua casa não aguentaram e o pior aconteceu. Salvo por um menestrel, Rojer acabou se tornando aprendiz do mesmo e descobre ter muita facilidade em tocar rabeca, o que acaba tornando uma vantagem futuramente, quando percebe que sua mão mutilada não se permite usar todos os truques de menestrel.

Dá pra perceber tranquilamente durante a leitura o cuidado que Peter V. Brett tem com os detalhes da sua obra. Imagino que nada tenha ficado de fora. O jeito mais fácil de perceber isso é o prazer em ler sobre as proteções de defesa e combate. A importância delas é tremenda que até mesmo a chuva e a lama podem atrapalhar os seus efeitos, qualquer traço errado pode comprometer tudo.

Certos conflitos políticos também são percebidos, e imagino eu que do segundo livro em diante eles serão mais abordados. Achei interessante o modo de vida de Krasia, o único local no mundo onde eles realmente combatem os terraítas e tem um modo próprio de fazer isso, o qual deixarei para o leitor descobrir. Sem contar que quero saber mais sobre Jardir, o líder deles. Esse cara...

E os demônios? Muitíssimo bem feitos e inseridos na trama! Devido à variedade de tipos, os próprios terraítas possuem inimigos entre si e características totalmente diversas. Alguns caçam em grupo, outros estão sempre sozinhos e passam por cima de todos que aparecem, assim como outros só aparecem em determinados locais. É bastante material a ser apresentado nos próximos livros.

A narrativa melhora bastante depois dos 60%, quando a ação realmente começa e boatos sobre o Protegido começam a aparecer. Segundo as histórias, o Protegido é um homem que caminha na noite caçando demônios, possui o corpo coberto por proteções dos pés à cabeça, aventurando-se por toda Thesa no lombo de seu cavalo igualmente protegido. Ninguém sabe seu nome verdadeiro, nem se ele é uma pessoa comum, pois muitos dizem que ele é metade humano e metade terraíta.

Ao se depararem com ele, os personagens principais percebem que o medo pode ser escanteado e finalmente erradicado da humanidade. Não é necessário temer os terraítas e sua chegada à noite, assim como a certeza de que eles podem ser destruídos novamente muda a sua personalidade. Parece que tudo está destinado a mudar a partir de agora...

"Arlen sabia que a maior arma dos terraítas era o medo. O que não entendia era que o medo assumia muitas formas. Em todas as suas tentaivas de provar o contrário, Arlen ficara aterrorizado com a solidão. Queria alguém, qualquer um, que acreditasse naquilo que estava fazendo. Alguém para lutar com e por ele."

No começo eu pensava que essa obra não era tão adulta, mas após certo capítulo minha opinião mudou consideravelmente. Boa parte do livro cobre a juventude dos protagonistas, seus medos, suas atividades do dia-a-dia e quem pretendem ser no futuro. Mas é a partir da parte 3 que tudo muda, deixando tudo MUITO mais interessante e intrigante.

O Protegido é uma história sobre pessoas comuns, com vontades simples e cheias de sonhos, todas em busca daquele que finalmente irá acabar com o seu medo dos terraítas. Com uma narrativa fluida e fácil de se entender, recomendo bastante esse volume inicial da série Ciclo das Trevas para aqueles que gostam de fantasia e querem investir em algo com potencial.

Além disso, a edição da DarkSide é linda, capa dura, toda cheia de símbolos e muito bem feita.

Apenas leiam, o retorno é garantido!

site: http://desbravandolivros.blogspot.com.br/2015/04/resenha-o-protegido-peter-v-brett.html
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Café & Espadas 04/08/2015

Resenha Ciclo das Trevas - O Protegido
Ao iniciar a sua carreira, o autor Peter V Brett escolheu um caminho tortuoso que muitos outros não ousaram nem sequer passar perto: a dark fantasy. Esse gênero, que sofreu um forte processo de influência oriundo da literatura gótica, tem uma lista vasta de autores novos e outros já conhecidos de longas datas – como Mark Lawrence, Glenn Cook e Stephen King – que conseguiram compor obras fascinantes e ovacionadas pelo público e pela crítica. Mas ilude-se quem pensa que é simplesmente misturar espadas e sombras em um caldeirão distópico.

A complicação em escrever dentro dessa temática surge no momento de mesclar elementos fantásticos com suspense, sem gerar ambientes piegas e situações previsíveis – e são nesses pontos que esse primeiro volume da saga Ciclo das Trevas irá fisgar tanto o leitor novato quanto o que já é viajante experiente nesses caminhos sombrios.

A obra foi lançamento de março da editora Darkside Books, que comprou a ideia com vontade produzindo um trabalho editorial magnífico, muito detalhista e caprichada, que complementam a viagem pelo mundo criado pelo autor. Um mundo dominado por demônios que rugem e caçam na noite.

Arlen, Leesha e Rojer cresceram tendo que conviver com uma realidade: o mundo não é mais propriedade só dos homens. O dia e a sua luz é uma dádiva diária, e a noite se tornou o maior dos tormentos, pois é nela que surgem os terraítas, demônios vindos do centro da terra que assumem formas grotescas de pedra, fogo, madeira, neve e vento. No passado, eles eram poucos, mas mesmo assim assolavam a humanidade com crueldade.

Mas os homens descobriram o poder da escrita, e essa capacidade básica começou a ser usada como a principal arma contra os demônios. Runas mágicas de proteção e de ataque foram utilizadas por guerreiros que a duras penas conseguiram derrubar o poderio demoníaco e manda-los de volta para as profundezas. Mas isso não era o fim.

Logo os humanos se acomodaram em sua paz ilusória. Sem demônios para atormentá-los, a arte da escrita foi sendo deixada de lado ao mesmo tempo que as cidades voltavam a se desenvolver e prosperar. Porém, os demônios ressurgiram, pegando todos os humanos desprovidos dos conhecimentos adquiridos e de guarda baixa. Todo o progresso conquistado foi perdido e, se não fosse os registros antigos que continha ainda o conhecimento sobre as runas, a raça humana estaria perdida.

E assim, chegamos de volta ao ponto de partida, com os humanos se escondendo das bestas, tendo que voltar a um quase primitivismo, quando era mais caça do que caçador.

É neste ponto que somos apresentados ao trio de personagens supracitados. Cada um com a sua história, suas tristes experiências e seu contato com o que há de pior nas profundezas e no coração dos homens. Essas experiências irão transformá-los de forma profunda, e irão mostrar que o principal inimigo a ser combatido é o medo. Seja ele qual for. O erguido pelos monstros, pela própria sociedade, pelos estereótipos ou religião.

A obra de Peter V Brett ganha o seu brilho quando sua narrativa não se limita a falar somente de um mundo assolado e de uma luta pela sobrevivência. O Protegido aborda temas totalmente inerentes a nossa atualidade: hierarquias sociais e suas desigualdades maquiadas de benevolência, o problema da acomodação coletiva, os perigos da fé cega e as imposições sociais e religiosas que – na visão de Brett – limitam o potencial das pessoas.

Tudo está espalhado pela narrativa ágil do autor e pelo o seu mundo monocromático, mas muito rico e diverso. Talvez o único pecado seja a demora para a história engrenar definitivamente, mas nada que se sobreponha a qualidade da história criada por ele. Quando isso acontece, a leitura simplesmente entra em frenesi.

A ambientação do mundo que sobrou da guerra entre homens e terraítas é descrita com riqueza de detalhes, tornando a experiência de contato com a fantasia sombria ainda mais proveitosa. Brett não deve em nada aos outros autores citados nesta resenha, tecendo a sua narrativa com originalidade e impecavelmente instigante.

Sem dúvidas, um dos grandes lançamentos do ano, e uma saga muito promissora. A leitura de O Protegido pode ser uma ótima porta de entrada para os que ainda não conhecem a dark fantasy. Uma prova de que ainda hoje, em meio a tanta leitura genérica, temos obras que se salvam pela capacidade de criação de seus criadores.

site: http://www.skoob.com.br/estante/livros/todos/1288019
Glendinha 05/08/2015minha estante
Resenha perfeita




Wagner Fernandes 29/09/2022

Uma das melhores fantasias que já li!
Que livro, meus amigos!
Eu não me empolgava assim desde que li "DUNA".
"CICLO DAS TREVAS" é ESPETACULAR! É um show de narrativa. Perfeito em todos os detalhes. O acabamento é lindo: CAPA DURA, efeitos de verniz, papel de qualidade, fonte confortável de leitura...
Este livro 1 fecha maravilhosamente. É como ver um filme que sabemos ter continuações, mas que sua trama no volume 1 se conclui com êxito. Você não precisa ler os livros seguintes porque a história está completa, porém DESEJA ardentemente se aprofundar nesse universo.
E o penúltimo capítulo, meus amigos, o CLÍMAX da batalha entre os aldeões e os demônios com Arlen... digo, O PROTEGIDO (que o povo chama de Salvador)... é de nos deixar sem fôlego. Dá pra "VER" as cenas, sentir o clima, os pés na lama, a chuva no corpo...
E o capítulo final também encerra de forma magistral, sem pontas soltas.
Cada livro será uma nova viagem completa por esse universo, aprendendo com os personagens a enfrentar os demônios TERRAÍTAS e conhecendo novos heróis. Parece que, além de Arlen, Leesha e Rojer retornam nos demais livros, além de outros que conhecemos crianças ao longo da jornada desses três protagonistas. Estou encantado com a narrativa. Perfeita. Não deixa você entediado. Uma surpresa atrás da outra. Cenas impressionantes e soluções de problemas bem construídos. Temos um SUPER-HERÓI num mundo fantástico cuja origem foi belamente construída. E temos seus companheiros na tarefa de eliminar os demônios das trevas que assolam o mundo. Cada um dos três com uma habilidade especial, com TRAUMAS a vencer, com um passado trágico que veio sendo contado desde sua origem, na infância deles, até o encontro anos depois.
Arlen: dos 11 aos 26
Leesha: dos 13 aos 27
Rojer: dos 3 aos 17
Cada um passou por momentos dramáticos. Mortes, traição, separação, treinamento rígido nos problemas da vida num mundo assolado por seres monstruosos que surgem do solo toda noite e devoram os incautos que ousam sair às horas noturnas. É emocionante cada história individual. Você se comove, se angustia, se entristece e vibra com as pequenas vitórias que cada um deles conquista com sua inteligência e resignação. NOTA 10 para este livro de apresentação dos personagens.
Só uma ressalva: A REVISÃO deixou a desejar. Não foram muitos erros, mas deveriam ter caprichado mais, contratado uma revisão final para limpar as arestas. Grifei algumas dúzias de errinhos de grafia. Porém, nada que tirasse o brilho dessa história sensacional.
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Jeane Correia 28/04/2020

Excelente!
Primeiro livro da saga Ciclo das trevas, o Protegido, é uma fantasia onde o mundo da narrativa é uma terra habitada por demônios famintos pela carne humana os terraítas. Estes apareceram pelos "pecados" da humanidade, e chegam junto com o cair da noite.

O livro faz menção a três personagens Arlen, Leesha e Rojer, jovens sobreviventes que cansaram de viver no mundo daquela maneira e resolveram mudar...

O personagem principal é Arlen, ele morava num pequeno vilarejo com sua família e uma grave tragédia acontece fazendo-o fugir de casa. Arlen descobre o quanto os adultos podem ser fracos...

A partir daí ele começa a viver uma grande aventura cheia de reviravoltas e problemas.
Existia uma magia capaz de fazer com que os demônios não entrassem nos vilarejos, e vocês vão ter que ler para descobrir qual é. Arlen

"[...] não se sentia protegido pela magia, sentia-se aprisionado por ela. p. 74"

Preciso falar aqui da Leesha, ela nem sempre foi forte, mas torna-se uma mulher incrível. Tem um quote que é maravilhoso no livro "Somos o que escolhemos ser mocinha, deixe os outros determinarem seu valor e você ficará perdida por que ninguém quer que as pessoas valham mais que elas." p. 119

Eu amei o livro. A escrita da narrativa é envolvente, você vai passando as páginas e nem percebe. O livro aborda temas como sonhos, futuro, decepções amorosas, angustias, medo, raiva, etc. Uma palavra...perfeito!
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Mappera 14/04/2021

Já empolgado para ler os próximos !
Livro incrível , história que prende à cada capítulo!Sensacional ! Amei os personagens !
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Marcia @belaspaginas 20/04/2020

Incrível!!!!
?Bem-vindo à vida adulta. Toda criança descobre um dia que os adultos podem ser francos e erram como qualquer outro. Depois desse dia, você vira adulto, querendo ou não.?
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O Protegido é o primeiro livro da série Ciclo das Trevas do autor Peter V. Brett. Ao cair da noite, eles surgem por todos os lados, demônios famintos por carne humana. Depois de séculos, a humanidade definhou e se tornou refém da escuridão. Arlen, Leesha e Rojer, jovens sobreviventes, atrevem-se a lutar e encarar as trevas.
Arlen, é um garoto corajoso, determinado e inteligente ele foge de seu pai depois de uma grande tragédia. Leesha, (eu amei ela) uma garota que vive em um vilarejo, aprendiz de Bruna uma velha ervanária e responsável pela saúde de todos naquele local, e Rojer, que fica órfão aos 3 anos após um ataque de demônios, ele vai embora com um menestrel e se torna seu aprendiz. E foi nesse cenário que conhecemos três personagens em um mundo onde as pessoas vivem aterrorizadas muitos demônios, onde vidas são destruídas em uma só noite.
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"? Esconder-se nem sempre é o bastante, Arlen ? interrompeu Ragen. ? Às vezes esconder-se mata algo dentro de você de tal forma que, mesmo se sobreviver aos demônios, não terá sobrevivido de verdade."
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Sabe quando você ler um livro e só consegue pensar: porque não li antes? Tudo é extremamente interessante e cheio de detalhes, a história é envolvente e as 514 páginas passam despercebida, a evolução e o amadurecimento dos personagens é nítido, o livro cobre bem toda a juventude, sonhos, e a incerteza do futuro. Foi impossível não me envolver nesse mundo fantástico cheio medo, destruição, angústia, indignação, medo, raiva, apreensão e carnificina, repleto de magia e de muitas, muitas aventuras. Duas palavras resumem esse livro: Hiper maravilhoso, e ja sei que é certo que vem coisa muito boa por aí querendo logo a continuação.
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?Somos o que escolhemos ser, mocinha. Deixe os outros determinarem seu valor e você ficará perdida, porque ninguém quer que as pessoas valham mais que elas.?
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Luke 09/02/2022

Em um mundo onde a noite traz os piores horrer imaninágeis, o medo é na verdade o maior vilão.
Arlen, Leesha e Rojer são três crianças marcadas por esse medo, entretanto, incapazes de deixar que suas vidas sejam controladas por ele. Em meio a traumas como a perda de familiriades para os terraítas, os demônios que aparecem a noite, Arlen se torna um estudioso das proteções - marcas capazes de repetir tais demônios - e revolta-se ao descobrir o quão pouco as pessoas conhecem sobre o mundo, devido ao medo de enfrentar as longas distância os domínios demoníacos que assombram a escuridão. Rojer, por outro lado, vê sua família ser arrasada em uma única noite por uma falha nas proteções e desde novinho passa a ser criado como um menestrel, aprendendo que a alegria pode não ser o remédio, mas um grande alívio para um coração maltratado pelas trevas. Leesha, no entanto, presa a uma vila onde o papel é da mulher é apenas o de casar e ter filhos, vê a chance de aprender mais sobre a cura pelas ervas e as artes medicinais ao ser aprendiz de uma ervanária, subvertendo e repudiando os paragmas machistas da clareira.
O Protegido é o primeiro volume da série publicada no Brasil pela Darkside Books, assinada pelo escritor norte-americano Peter V. Brett, Ciclo das Trevas, que em uma abordagem de fantasia épica, reenstaura a temática do medo e de criaturas monstruosas que se destaca pela originaridade, escrita dinâmica, estética contida e atraente.
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neo 18/09/2015

Eu tinha grandes expectativas ao começar a ler O Protegido. E, infelizmente, elas foram respondidas apenas em parte.

O mundo que Brett criou é sim extremamente interessante e bem construído. Dá para realmente sentir que estamos em lugar diferente, com regras e costumes diferentes, e isso, é claro, se deve em boa parte aos demônios e à como os humanos aprenderam a se desenvolver diante do perigo que eles representam.

Os personagens também são ótimos. Os principais, Arlen, Leesha e Rojer, são todos bem desenvolvidos e com personalidades próprias (Rojer um tanto menos do que os outros dois por aparecer pouco nesse primeiro volume, apesar de desempenhar um papel importante mais para o final). O livro os acompanha desde sua infância até a vida adulta, e eu gostei bastante da história dos três. Nessa parte eu mal conseguia desgrudar a cara das páginas de tão curiosa que estava sobre como a trama se resolveria.

Mas aí a última parte do livro fez minha satisfação tomar um tombo daqueles.

O que é bem estanho, já que pelas resenhas que li a parte final do livro foi a preferida de muitos. Mas para mim ela pareceu meio... desconectada, principalmente em relação ao Arlen. Ele se transformou em uma pessoa super diferente do nada; ou melhor, anos se passam em um piscar de olhos e puf, a personalidade dele foi praticamente substituída por outra. Foi como se uma boa parte do desenvolvimento dele tivesse acontecido nesses anos que passaram num piscar de olhos, off page, sem que o leitor acompanhasse. E bem, isso me deixou um tanto chateada.

Na verdade, fiquei com a impressão de que O Protegido teria sido um livro melhor se fosse contado meio que em in media res, aka, com a parte final sendo a inicial e o passado dos personagens sendo flashbacks. Não sei se alguém por aqui já leu As Guerras do Mundo Emerso (segunda série do Mundo Emerso, da Licia Troisi), mas a autora lá faz algo assim no primeiro volume e o resultado, pelo que me lembro, é ótimo. Aqui em O Protegido o Arlen ficou quase como duas pessoas diferentes graças a esse desenvolvimento perdido.

E infelizmente boa parte da minha simpatia por ele morreu quando ele se tornou o ~badass~ da história. O distanciamento que o autor acabou colocando entre o leitor - aka eu - e o personagem foi um tanto grande demais. Arlen se tornou mais uma caricatura do que um personagem de fato.

Outra coisa que me incomodou foi o estupro que uma personagem feminina sofreu lá no final. Não pelo estupro em si (que nem é mostrado na narrativa), mas sim pela falta de impacto que isso tem na vida dela. Veja bem, ela foi estuprada por três caras e tudo indica que foi algo terrível, mas aí dois ou três dias depois ela já está querendo fazer sexo com outro cara (que ela nem conhece, mas por qual sente uma espécie de instalove que me fez revirar os olhos demais) e depois disso o estupro não é mais mencionado. É como se ele não tivesse acontecido - ou melhor, como se ele só tivesse acontecido para prover um tanto de angst necessário naquela época e fim. Pra quê fazer uma personagem lidar com esse tipo de trauma, que na maior parte das vezes dura a vida inteira, né? Pra quê? Pff.

É por essas e outras que homens escrevendo sobre estupro fazem todos os meus alarmes dispararem. E bem, espero que no próximo livro isso seja tratado como se deve.

E sim, pretendo ler o próximo livro. O fim de O Protegido foi meio meh na minha opinião (acho que eu acabaria dando umas quatro estrelas pro livro se não fosse por ele), mas deixou em aberto algo que se bem explorado dará uma história ótima. Não vai ser minha prioridade, mas se a oportunidade surgir lerei A Lança do Deserto sem pensar duas vezes. Enfim, 3.0 estrelas para O Protegido.

site: http://chimeriane.blogspot.com.br/
Deia Guedes 09/04/2016minha estante
Concordo plenamente com você!!!
Acabei de ler O protegido e sim, a segunda parte do livro decepciona bastante! Uma pena, tinha tudo pra ser muito, muito bom...


Bruno 21/05/2016minha estante
SIM!!!
Terminei o livro agora e concordo com quase tudo. No começo temos a apresentação dos personagens, o que foi muito bem criado, a historia estava excelente, mas o final deixou muito a desejar. Fiquei sem entender, Arlen, um personagem com personalidade forte que até então não desistia por nada, mas no fim desistiu de ser ele mesmo. E Leesha, uma grande personagem, mulher forte, esperta, e temida, que do nada foi estrupada e pior, cade a mulher que andava com pó de pimenta, que intimidou o Gared, e que conseguiu manter sua virgindade por tantos anos?
Não gostei o fato desses personagem que tinham singularidade e ideias excelente mudar tudo. O protegido, é ridículo, fico extremamente confuso que uma hora esta de boas e do nada fica um chorão brigão, alem de homem careca de tanga cheio de tatuagens lutando na maioria das vezes com as mão, poxa, menosprezou até os terraítas,pra que armas?. A proteções nas mãos ficaram legais, mas no corpo todo exagerado.
Na minha opinião os acontecimentos finais não precisavam ser inserido no primeiro livro, havia muita coisa para ser explicada e desenvolvida antes, e teria fluido melhor se ele não colocasse o estrupo de Leesha, ou então acompanhasse a personagem de maneira mais profunda, é um assunto sério, que se for colocado em uma personagem principal, requer uma enorme atenção para um melhor desenvolvimento.




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