101 dias em Bagdá

101 dias em Bagdá Åsne Seierstad




Resenhas - 101 dias em Bagdá


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yuri thome 07/07/2009

Jornalistico e muito emocionante. É fenomenal como as emoções da autora são detalhadas e esmiuçadas, mas, ao mesmo tempo, elas não influenciam ou confundem o entendimento das emoções dos entrevistados. A leitura de qualquer um dos livros da autora é uma aula de história, psicologia e literatura. Vale a pena.
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@juliaavictorino 03/12/2020

Um relato bem intimista
Uma história real e chocante vista pelos olhos de uma repórter em meio a guerra do Iraque.

Demorei um pouco a pegar o ritmo da leitura e mesmo sabendo que a abordagem seria em relação aos relatos dos dias vividos pela Åsne em Bagdá, senti um pouco de falta de alguns panoramas mais abrangentes, mas não é algo que comprometa a leitura, era algo que eu gostaria de ter para acompanhar os relatos das duas maneiras.
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Kaimy 10/04/2021

Como estudante de Jornalismo ler esse livro me trouxe uma importante autocrítica, como a profissão que eu escolhi traz a responsabilidade de mostrar a verdade, as histórias de pessoas reais, e de sensibilizar o mundo sobre o que se passa no cotidiano das pessoas.
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Livros da Julie 14/02/2020

Retrato de uma ditadura e a vida de uma correspondente de guerra
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"- (...) ninguém diz o que pensa, ninguém pode dizer o que pensa de verdade."
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"- Não falamos nem entre nós. Não confiamos em ninguém, sequer nos nossos amigos íntimos."
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"O medo estava tão presente depois de três décadas de brutalidades que as pessoas tinham se transformado no seu próprio vigilante."
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"- Os iraquianos sempre devoraram livros: são o nosso alimento e, além do amor, é a única coisa de que necessitamos."
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"O Egito escreve, o Líbano imprime e o Iraque lê."
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"- (...) Porque a vida neste país é um sofrimento, como você sabe, e os livros me salvam."
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"- (...) No Iraque estamos preparados para a guerra como vocês, no seu país nórdico, estão preparados para o inverno."
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"- Alá decide o nosso destino, mas, por vezes, nós temos que fazer um pouco a nossa parte."
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"- (...) Ao nos confrontarmos com a morte é importante não ter nada pendente com ninguém."
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"- (...) Estamos esperando, experimentando a morte e a vida ao mesmo tempo."
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"- (...) Em Bagdá ninguém sofre por causa da guerra; bem, tirando os que são atingidos pelos mísseis."
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"- (...) Aprendi a me comportar como um bom iraquiano; ou seja, aprendi a mentir sempre e em toda a parte."
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"- É claro que é triste ter havido mortos., mas é o preço que tínhamos que pagar; e não é alto demais. Pense no medo que desapareceu e no fato de podermos estar aqui conversando. Isso é que é importante."
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101 Dias em Bagdá foi o livro escolhido para o mês de fevereiro, seguindo o #desafioleiamulheres2020, promovido pelo @_leiamulheres (não ficção). Foi uma leitura providencial depois de Plano de Ataque, pois se passa pouco tempo depois do 11 de setembro.

Åsne Seierstad (que também escreveu o famoso O Livreiro de Cabul, disponível aqui, na @livrosdajulie) fala sobre o período que passou em Bagdá como correspondente para jornais, rádios e redes de televisão europeus, entre janeiro e abril de 2003, justamente quando ocorre a invasão americana.

Ela estava lá para tentar obter in loco as impressões dos cidadãos iraquianos comuns, suas opiniões sobre a guerra iminente e sobre Saddam Hussein e o governo. Contudo, os longos anos de ditadura haviam transformado duramente o povo, doutrinando-os a idolatrar cegamente aquele a quem consideravam o pai de todo o Iraque ou a se calar irremediavelmente sobre o que pensavam, com um medo intransponível de serem delatados.

Além disso, havia a censura imposta pelo Ministério da Informação, que escrevia tudo o que os jornais iraquianos publicavam sobre o país e que vigiava atentamente tudo o que era escrito pelos correspondentes para o exterior, para que não houvesse nenhuma menção direta ao regime existente. Também era obrigatória a utilização de um intérprete designado pelo Ministério, que controlava onde, quando e com quem podiam ser feitas entrevistas. Sem falar da aprovação necessária para ir a qualquer lugar, dentro ou fora de Bagdá.

Assim, atrapalhada em seus objetivos pela falta de informação isenta, pela enorme burocracia iraquiana e pela presença constante do intérprete, Åsne basicamente se limitava a narrar os debates na ONU sobre a existência ou não de armas nucleares no Iraque, os pronunciamentos americanos e as reações oficiais dos órgãos de governo iraquianos. Demorou até que ela conseguisse abrandar as amarras que limitavam sua atuação jornalística e pudesse coletar relatos, sensações e opiniões livres de censura de alguns poucos iraquianos corajosos.

A autora busca abordar as diferenças entre o Iraque antes e depois de Saddam Hussein. O contraste entre a rica Bagdá da era medieval, a Bagdá com os melhores sistemas escolar e sanitário do mundo árabe nos anos 70 e a falta de infraestrutura no país e a economia em declínio desde a Guerra do Golfo, com sanções, embargos, altas taxas de desnutrição e mortalidade infantil.

Antes da guerra, a autora também trata da perda de antiguidades para os museus europeus, do funcionamento da bolsa de valores, dos mercados de leilões, da vida de judeus e cristãos no Iraque, da chegada de organizações pacifistas e escudos humanos ao país, dos preparativos para a guerra e da saída de iraquianos para a Jordânia e outros países vizinhos. Durante, começam os relatos dos bombardeios, dos prédios destruídos, dos feridos levados aos hospitais, dos civis mortos, da inexistência de informações sobre as baixas militares, do ataque a jornalistas, os rumores e a desinformação. Por fim, depois da guerra, as opiniões divergentes sobre a vitória, as pilhagens, as revelações sobre os desaparecimentos dos inimigos do antigo regime, a visita ao luxuoso Palácio Presidencial e a tão sonhada liberdade de, enfim, poder dizer tudo o que se pensa, sem medo de tortura, prisão ou morte.

Em um misto de jornalismo e prosa, é uma obra que traz dois livros em um. De um lado, um relato fidedigno de uma correspondente de guerra, seu cotidiano, seus receios e medos e os riscos corridos, conscientes ou não. De outro, o retrato de um povo sofrido, que nem se preocupava mais em escolher lados, mas que via na invasão a esperança de que algo finalmente mudasse no país.

site: https://www.instagram.com/p/B8jdn60DZwC/
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Andréia Sk 29/08/2009

Guerra no Iraque
Relato de uma jornalista norueguesa que cobriu a invasão norte-americana no Iraque. A autora descreve os dias em Bagdá antes, durante e pós invasão. Relatos, história e cenas vividas. Dificuldades enfrentadas. O relato é bem jornalístico: a autora evita tirar suas próprias conclusões. Aqui ela não romantiza seu texto, o que o torna um pouco "pesado" de ler.
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Kelly 14/01/2011

Guerra do Iraque
Maravilhoso ler um outro ponto de vista sobre a Guerra do Iraque. A jornalista foi capaz de enfrentar a ditadura de Sadam para mostrar o Iraque antes da Guerra, o Iraque durante a Guerra e logo após a Guerra, podendo assim formar sua opinião sobre o Iraque e os EUA, e mostrar este ponto de vista ao mundo.
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denis.caldas 08/05/2022

Antes, durante e depois da Segunda Guerra do Golfo.
A escritora norueguesa Asne nos relata o período de 101 dias que ela ficou em Bagdá, no Iraque, antes, durante e depois da invasão militar ocidental para depor Saddam Hussein, alegando fabricação de armas de destruição em massa por ele.

Mas Asne, embora relate os preparativos e avanços militares, tem o objetivo quase impossível de relatar o que as pessoas comuns pensavam sobre tudo isso, difícil porque elas temiam ser delatadas por alguém, difícil porque o governo de Saddam vigiava todos os passos, difícil porque havia uma propaganda política forte e onipresente. Há momentos muito comoventes, suficientes para nos fazer pensar em como vivemos num país maravilhoso, mesmo sangrando pela malta de políticos e oportunistas que regem o Brasil.

Para finalizar, só quero registrar que livros sobre o Oriente Médio me atraem muito, não sei se por causa do sangue ancestral sírio que corre em mim, não sei se por mera curiosidade pelo exótico; mas sei que, tudo que se relaciona com guerra é triste, mas a humanidade nada mais é do que isso, armas, germes e aço.
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LaLa219 16/11/2020

Amo os trabalhos da autora, ela relata muito bem. Sempre muito interessante.
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asc 19/12/2009

Maravilhoso. As vivências, protagonizadas pela escritora nos trazem um relato que só alguém inserido em Bagdá durante a guerra pode dar. Ela presencia o antes, durante e após dos conflitos. Da iminente guerra até a derrocada de Saddam.
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bandida.com 29/01/2012

Para quem gosta de assuntos polêmicos
Este livro trata de costumes do lado do oriente, costumes tradicionalistas, em que para uma moça foi arranjado um casamento de interesses comerciais, posteriormente por não puder gerar filhos, está mulher casada é desprezada pelo marido, que se casa novamente, a história embora a principio leve o leitor a crer que as duas irão disputar uma posição e estatus de esposa, irão se surpreeender com a hist´ria de união e amizade das duas, que terminará num fim tragico.
KellyJ 16/03/2013minha estante
Vc está comentou o livro errado, este não fala nada sobre casamento.




Rayssa 18/02/2011

Muito,muito,muito,muito bom.
O Jornalismo de guerra tal qual ele é.
Emocionante.
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Analu 23/08/2013

"A minha alma é isto: aqui vivo, aqui sofro. Porque a vida neste país é um sofrimento, como você sabe, e os livros me salvam..."

"Bagdá está envolvida numa nuvem de palavras. As palavras saem, são interceptadas e se enraízam na cabeça das pessoas. Então, dão voltas e fazem sair mais palavras, que esvoaçam para novos ouvidos. As palavras formam frases que ficaram muitos anos esperando para ser pronunciadas. Tornam-se declarações de ódio e conversas amarguradas. Há também gritos de alegria e de agradecimento. As palavras provocam abraços e às vezes beijos."
wharahel 20/03/2018minha estante
Analu, você não deu nenhuma estrela na avaliação do livro. Ps: gostei da sua resenha. Estou áudio lendo esse livro e estou gostando bastante.




Soninha 02/11/2017

Sônia Santos
Uma narrativa marcante e forte ao menos tempo. Uma jornalista Norueguesa viaja para Bagdá antes da invasão do Iraque pelos americanos enviados por Bush. Os repórteres em sua maioria devem deixar o país antes que a guerra comece. Mas Asne consegue seu visto e acompanha a destruição que ocorre em Bagdá, sendo que está, envolve a da cidade, das pessoas, incluindo crianças e idosos, e o pior, a descrença e a divergência de opiniões, de quem agora realmente irá governar o Iraque, se houve uma libertação de um ditador ou a invasão por americanos que querem sua maior riqueza, o petróleo, também conhecido como ouro negro. Gostei muito do livro. Lerei agora da mesma autora, De Costas para o Mundo e farei releitura de o Livreiro de Cabul.
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