Apenas Uma Garota

Apenas Uma Garota Meredith Russo




Resenhas - Apenas uma Garota


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Maria Fernanda 25/07/2017

"A VIDA É SUA E O CORPO É SEU. VISTA-SE COMO QUISER."
Esta é mais uma da série "resenhas tão difíceis de escrever que eu não sei nem por onde começar" pelo seguinte motivo: o livro em questão traz uma personagem trans, e eu sou uma leitora cis, lendo com a minha mente cis. Ou seja, o meu nível de compreensão jamais alcançará a experiência trans - da mesma maneira que a compreensão branca jamais alcançará a experiência negra, ou que homens jamais compreenderão como é ser mulher numa sociedade patriarcal. E isso me deixa em estado de alerta para não acabar falando algo que, mesmo sem intenção, faça um desserviço à comunidade LGBT, que tanto amo e apoio.

Tá vendo? Mais um motivo.

Eu gostaria que justificativas como essa não fossem necessárias. Que um livro sobre uma personagem trans fosse tão comum que apenas pudéssemos lê-lo e avaliá-lo como outro YA qualquer. Mas, infelizmente, a realidade é o que tem pra hoje, e ela me impede de resenhar Apenas uma Garota levando em conta somente o plot e a escrita da autora. Por isso, decidi expor a minha opinião (100% sincera, é claro) sempre balanceando-a com adversativas que considerem as circunstâncias especiais do livro.

Primeiramente, Apenas uma Garota é um livro importantíssimo. Contribui para preencher uma lacuna que não deveria existir, reconhecendo e normalizando a existência de pessoas trans e fazendo com que elas se encontrem na literatura que consomem. Eu fico feliz porque essa história pôde ser publicada e chegar até mim. É de iluminar a alma saber que temos um YA com uma protagonista trans, escrito por uma mulher trans (!!!) e ainda com uma modelo trans na capa. E foi justamente por isso tudo que a forma light como Meredith Russo se posicionou me deixou decepcionada.

Em momento algum eu consegui ignorar o pensamento de que a história da Amanda foi contada para passar a mão na cabeça do leitor cis, pobrezinho, que não saberia lidar com uma narrativa quebradora de tabu verdadeiramente poderosa. Pensamento este que foi confirmado pela própria autora na nota final do livro, onde ela explica que se ateve a estereótipos "para simplificar ao máximo, segundo os padrões normativos, o fato de Amanda ser trans." E isso me deixou bem triste. PORÉM, entendo perfeitamente a escolha dela. Essa temática é super normal para mim pois tenho pessoas trans no meu dia a dia e convivo com LGBTs em geral. Mas e aqueles leitores que vêm de um ambiente preconceituoso e não fazem a menor ideia do que significa ser uma Amanda? Ou, pior, que nem imaginam que existem inúmeras Amandas por aí? Por isso, posso perceber que Russo não quis colocar nenhum obstáculo para que entendêssemos Amanda como uma "simples" adolescente, para que nos sentíssemos próximos a ela.

Mesmo assim, eu queria mais do plot. Eu queria que Meredith Russo não tivesse adaptado a experiência trans para fazer com que os leitores cis a digerissem com maior facilidade - novamente, é entendível, porém lamentável. Eu queria que Amanda não fosse tão afável, e que ela tivesse uma personalidade distinta ao invés de genérica. Eu queria que o romance não tivesse sido instantâneo e irreal. Eu queria que o clímax não tivesse sido tratado com ares de despropósito e insignificância, parecendo mais uma cena do filme Meninas Malvadas. Eu queria que a única coisa marcante no livro inteiro não fosse o fato de que uma garota trans é a personagem principal.

Desculpem, de verdade, mas é o que eu acho. Não vi nada de inovador ou autêntico na narrativa, que é pobremente desenvolvida, aliás, além desse elemento único. Se tirarmos da história o que faz de Amanda quem ela é, e os flashbacks francamente tocantes, o que sobra é mais do mesmo: um YA clichezão e irrelevante.

Não obstante, concluo afirmando que Apenas uma Garota é um livro que deve ser lido. Foi o meu primeiro sobre a temática e aposto a minha estante que também será o de muita gente. Como dito em uma resenha no Goodreads, a questão abordada ocupa um lugar de tremenda importância no momento atual e esse livro provavelmente cimentará o caminho para muitos outros com personagens trans. Melhores, espero.

site: http://instagram.com/_bookhunter
Gisa 12/09/2017minha estante
Perfeita a resenha. É exatamente o que eu acho. Tirando o fato da importância dele, ele acaba sendo Apenas um livro, com o perdão do trocadilho.


T.Alves 10/04/2020minha estante
Gostei de seu comentário, sua resenha me fez ter uma nova perspectiva, ainda gosto do livro,mas seus pontos são relevantes. Embora eu seja cis, leio muito sobre o tema. Até mesmo pra não ter uma postura preconceituosa como vc cita no começo. Não predicamos ser pra tentar entender e respeitar.


Yasmin.Cade 19/04/2021minha estante
Você traduziu perfeitamente toda a minha experiência lendo este livro




Adrya.Ribeiro 11/09/2017

Quem me conhece sabe que adoro a temática LGBT, e sempre que posso, estou lendo um livro sobre o assunto. Dos que peguei para ler, esse foi o mais genérico deles.
Foi uma boa estória, até mesmo porque dei 4 estrelas, mas por ter sido escrito por uma autora Trans, poderia ter sido muito melhor.
A Meredith, ao final do livro informou que suavizou alguns problemas, comportamentos, etc. para que o leitor Cis não se sentisse incomodado ou escandalizado com as situações. Mas veja bem, eu gostaria de ter me sentido mais incomodada, mais arrebatada pela leitura. Quem se preocupa sabe que a vida de ninguém é fácil, mas é muito mais difícil para quem sofre com o intolerância, preconceito, homofobia, transfobia, então por que esconder? Achei que a autora escolheu uma saída fácil, acomodada e não teve a coragem suficiente para mostrar muito mais dessas pessoas que sofrem tanto.
O romance é bom, gostosinho, mas senti a falta de mais coisa, gostaria muito de ler mais sobre eles todos.
Tay 26/03/2019minha estante
Entendi a posição do autora, mas concordo com você !




Carla1167 08/01/2023

"Qualquer coisa, qualquer pessoa, é melhor que um filho morto"
Quando li esta frase no livro, fiquei emocionada de diversas maneiras. Definitivamente é uma das reações que qualquer pessoa LGBTQIA+ deseja ouvir dos pais, mas, infelizmente, são realidades que maioria não possui. Amanda Hardy, é uma garota trans que deseja viver como qualquer outra pessoa e é impedida por uma sociedade retrograda que não aceitam e fingem que existem pessoas de cores e identidades diversas. Por várias páginas do livro, como uma pessoa LGBT, eu ficava em estado de alerta esperando qualquer sinal de violência que pudesse ocorrer com a protagonista e absorvi, com muita angustia, um ponto de vista que não me pertencia por ser uma garota cis. As notas da autora foram muito esclarecedoras e, como ela afirmou, não é uma educadora e sim uma contadora de histórias. Entretanto, mesmo que seja apenas um conto fictício, ficou claro que Amanda é uma menina, feminina e hétero e ela é válida, independente de seus órgãos sexuais assim como as pessoas trans da vida real. Esse livro me permitiu que eu pudesse compreender apenas uma parte do que é ser uma pessoa como Amanda e lutar todo dia por sua identidade.
LuAsa0 18/01/2023minha estante
esse livro é maravilhosoo




Pedro 15/09/2019

Amanda Hardy é uma linda, jovem e garota trans. Após alguns momentos turbulentos que viveu na sua cidade de Smyrna, em Atlanta, ela precisou ir morar com o pai, num lugar em que não conhecia ninguém. Era a chance de tentar se reerguer e buscar viver uma vida em paz, tentando ser ela mesma. Ser apenas uma garota comum.

Confira a RESENHA COMPLETA + FOTOS no link abaixo! (Blog do Pedro Gabriel)

site: http://www.blogpedrogabriel.com/2019/09/resenha-apenas-uma-garota-meredith-russo.html


Francisco 07/07/2017

Um livro sobre representatividade Trans
No final do livro tem uma carta da autora direcionado a pessoa cis. Não vou reproduzi-la para não gerar ao spoiler, mas em outras palavras ela relata algumas mudanças providenciais que ela teve de fazer, entre ficção e realidade, com objetivo de fazer a história andar. Porque se a vida da Amanda a protagonista dessa história foi dificil. Imagine a de uma pessoa Trans na vida real. É um livro sobre criar empatia por meio do conhecimento. Mesmo que a autora diga que ela tinha objetivo contar uma história, não educar. Num mundo onde o conhecimento é escasso, histórias como essas se tornam pontes para a nossa saída da ignorância rumo ao respeito e tolerância. Mais Amor...
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Bela Lima 22/07/2017

A história não é sobre Amanda e Grant, é apenas sobre Amanda, apenas sobre uma garota.
Amanda não era um menino, nunca foi (vamos deixar isso claro), antes ela tinha um corpo e um nome de menino, mas ela nunca foi de fato um. Desde que se entende, Amanda sabe que que ela não é um garoto, e, quando chega na puberdade, ela tem essa certeza. E, tudo o que menos quer, é viver num corpo que não é seu, presa, sufocada, assim Amanda decide dar um fim ao seu sofrimento, a sua vida.

Mas ela não chega ao fim.

"(...) algo precisava mudar. Porque eu tinha mudado."

Queria fazer uma resenha bonitinha e linear, entretanto o próprio livro não segue uma linha temporal definida - quase sempre no presente, mas, às vezes, alguns anos antes: antes de Amanda sobreviver a sua tentativa de suicido, antes da sua mãe descobrir qual era o seu real gênero e aceitá-la desse jeito, antes da cirurgia que tornou Amanda a garota que ela é.

Dona de um novo nome oficialmente, Amanda vai morar com o pai numa cidadezinha do interior, onde ninguém a conhece, ninguém sabe que antes ela era Andrew, e tudo o que ela menos quer é se envolver com alguém, mas...

"Talvez ele tivesse razão, mas o que eu merecia e o que podia esperar da vida eram duas coisas bem diferentes."

Ok, todo mundo sabe o que acontece: garota encontra garoto, se apaixona, esconde segredo, tudo vem a tona e... final aberto. O livro terminou com um final aberto, mas transmitiu a mensagem que queria, a história que pretendia. E a história não é sobre Amanda e Grant, é apenas sobre Amanda, apenas sobre uma garota, uma garota trans que precisa se amar, que merece ser amada, e não necessita da aprovação de ninguém.

Amanda é uma garota, apenas uma garota, independente do sexo que nasceu, do gênero que lhe foi designado. Ela é uma garota, apenas isso. Mesmo que muitos não vejam, se recusem a admitir, nada vai mudar isso.

"Concluí que as pessoas que diziam que Deus não me amava, que diziam que não havia lugar na Terra para mim, estavam erradas. Deus queria que eu vivesse, e esse era o único jeito que eu sabia sobreviver, então era essa a vontade Dele. Era essa a minha vontade. Eu escolhera viver e, ao que parecia, enfim estava fazendo isso."

Apenas uma garota não foi o primeiro livro com protagonista trans que eu li (Todos, nenhum, simplesmente humano; e George), mas, diferentes dos outros, esse não falou sobre se aceitar e contar aos outros sobre isso. Sim, tem isso, todavia é diferente. Eu não sei explicar bem, é algo que só se entende lendo, porque a história é contada de forma tão surpreendente que você sente algo na garganta como se fosse a protagonista, você sente o sofrimento dela para ser aceita como realmente é e como é difícil para as pessoas fazerem isso, entender isso: que Amanda é apenas uma garota.

site: http://sougeeksim.blogspot.com/2017/07/resenha-apenas-uma-garota.html
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Paty Argachof 26/07/2017

Especial!
Viver presa em um corpo que não se identifica sem saber como se expressar. Um conflito interno constante que impede de viver a vida de maneira plena. O medo de não ser aceita. A triste realidade de não ser vista como quer. O preconceito sufocante. Essa é a realidade de Amanda, uma garota que nasceu como menino, ou seja, uma pessoa transgênero que de maneira esclarecida retrata as dificuldades de quem nasce e vive em uma sociedade tão repleta de conceitos segregativos. Só digo leiam “Apenas uma garota” de Meredith Russo lançado pela Editora Intrínseca.

Mais sobre a obra no Canal Borogodó! Link abaixo.

site: https://youtu.be/Y4plKF1VIDw
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Taiany Araujo 17/08/2017

Oi Amanda,

Desculpa estar te escrevendo assim, você nem me conhece. Na verdade, a não ser por umas palavras que li, também não te conheço. Eu só fiquei muito curiosa para saber se você passou para alguma faculdade em Nova York, como tá sendo viver com seu pai, e se agora seus pais estão se falando...serei sincera com você: torço muito para eles resolverem as coisas e quem sabe aos poucos voltarem a ficar juntos, o jeito como você falou deles me fez acreditar que existia muitos sentimentos ali, mas seu pai não conseguiu lidar com tudo. Se quer uma dica, agora que vocês estão melhor, será que não seria legal recomendar uma terapia para ele? Ia ajudar muito. Fale para ele conversar com sua mãe, deu pra ver como o grupo de apoio tá sendo importante para ela.

Eu não sabia como iria falar com você, mas tinha certeza que você existia. Essa carta foi a maneira que encontrei de falar para você que eu sei que você é uma garota comum. Ah, e como estão suas amigas? E a Bee? Imagino como tenha sido difícil voltar para a escola, e concordo com o seu pai, você é muito corajosa. Caso esteja se perguntando como sei tanto sobre você, é que estava ouvindo atentamente enquanto a Meredith Russo contava sua história. Não a história da sua vida toda, não sei qual sua matéria favorita, nem sua sobremesa, se você sabe andar de bicicleta... ela tava contando sobre quando você mudou de cidade e foi morar com seu pai, vez ou outra tinha uns flasback sobre alguns acontecimentos específicos, e mesmo assim, nada que te resumisse. Ao ouvir o relato da Russo sinto que te conheço, mas sei que estou longe de saber quem você é além de uma garota como qualquer outra. Só que tenho certeza que nos daríamos muito bem: você escuta, e eu gosto de falar.

Não posso dizer que sei como é tudo o que você passou, e gostaria de ter sido sua amiga porque o fato de você ter passado boa parte da adolescência solitária me entristece, eu não sei o que seria de mim sem meus amigos. O que eu posso dizer é que mesmo longe eu de alguma maneira estou com você agora, e que apesar dos pesares, não deixe de confiar nas pessoas. Tem muita gente que vai pegar essa confiança, tratar como algo sem valor, talvez até te machucar, só que há tantas outras pessoas para as quais sua confiança será o tesouro mais valioso que poderiam ganhar, elas vão cuidar de você e deixar você cuidar delas. Tenho certeza que você entende do que estou falando Amanda, você já teve provas disso.
Também quero me desculpar com você. Em dado momento, enquanto ouvia sobre como as coisas aconteceram, achei meio irreal, não fazia tanto sentido, parecia que as contas/datas não batiam. Desculpa por ter, mesmo que momentaneamente, desvalorizado sua vivência, sua história, eu não tinha e nem tenho esse direito. Não há vivencias mais fáceis ou mais difíceis, tenho certeza que é extremamente doloroso, complexo e confuso, não importa de que maneira seja, e que se fosse uma escolha, ninguém iria escolher passar por isso. Nunca cogitei que fosse uma escolha (mesmo que também não tivesse problema caso fosse), é quem você é.

Depois que contou sobre um pouquinho de você, não foi nem um ano inteiro da sua vida, a Meredith agradeceu a todas as pessoas que ouviram, e o agradecimento que me dizia respeito me permitiu entender porque ela contou sua história do jeito que contou, e confesso que fiquei contente com isso, apesar daquele não ter sido seu final, todos merecem um final feliz. Enfim, eu só queria que você soubesse que estou torcendo para que você tenha uma vida como há anos deseja, uma vida como a de qualquer pessoa.

Ah, mande um oi para a Virginia por mim, e não deixe de desenhar pelo amor de Deus. E reative seu tumblr porque ninguém merece ficar escrevendo cartas em plena era digital, você teria me poupado uma ida ao correio e me economizado uns trocados.

Um abraço,
Taiany Araújo.

RESENHA COMPLETA NO BLOG http://www.conversacult.com.br/2017/08/meredith-russo-apenas-uma-garota-ou.html
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Michelle 08/09/2017

Apenas Uma Garota
Amanda Hardy é a garota nova na escola em Lambertville, Tennessee. Como qualquer outra garota, tudo o que ela quer é fazer amigos e se encaixar. Mas Amanda mantém um segredo. Há uma razão pela qual ela transferiu e do porque da sua determinação em não se aproximar demais de ninguém.
Mas então... ela conhece Grant Everett. Ele é diferente de qualquer garoto que ela já conheceu - aberto, honesto, amável - e Amanda aos poucos deixa ele entrar em sua vida.
À medida que passam mais tempo juntos, ela se sente ansiosa para compartilhar com Grant tudo sobre si mesma ... incluindo seu passado. Mas ela está aterrorizada de que, uma vez que ela conte a verdade, ele não consiga suportar o peso da verdade. Além de todo trauma que ela carrega dentro de si devido a esse segredo.
A verdade que Amanda insiste em guardar para si é que ela nasceu menino, apesar de nunca ter sido um de fato.
O livro tem flashbacks tocantes sobre Andrew, sua difícil vida, o bullying, preconceito que sofreu.
Apenas Uma Garota é um YA sobre é uma garota trans, escrito por uma autora trans.
Gatilho: tentativa de suicídio.
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Mari 28/09/2017

| RESENHA | Apenas uma garota, Meredith Russo.
Desde que “Apenas uma garota” foi lançado lá fora com o título original “If I was your girl” estive esperando ansiosamente para que fosse traduzido aqui no Brasil. Meredith Russo acertou em cheio na história escolhida para a sua estreia, a temática abordada pela autora neste livro despertou em mim um interesse gigantesco.

Narrado em primeira pessoa, conhecemos a Amanda Hardy, uma jovem que deveria estar enfrentando os dilemas comuns da adolescência, porém seus problemas vão bem além. Acontece que Amanda nem sempre foi Amanda, e sim já foi também Andrew.

Agora em uma nova escola ela pretende recomeçar, enterrar fantasma de seu passado por definitivo. Aos poucos, ela vai conquistando o seu espaço, conquista novos amigos e até surge um interesse amoroso por um garoto, o Grant. Porém, como nem tudo é tão simples em sua vida, mais do que nunca ela sente a pressão em contar sobre seu passado, sobre já ter sido Andrew, mesmo que nunca tenha se identificado como mesmo.

Durante alguns capítulos somos levados até o passado de Amanda, antes de sua mudança, quando ainda era Andrew. Nesses, fica visível o quanto a jovem sofria. Não somente por estar em um corpo que não sente ser seu, mas também pela falta de apoio dos pais e o bullying que sofria principalmente na escola. E, para mim, foi um choque gigantesco! É óbvio que é um fato que transgêneros sofrem desde o primeiro momento e até depois da mudança, porém se torna ainda mais doloroso e real quando podemos acompanhar o cotidiano dessas como no livro.

Apenas uma garota é um livro leve, mas que ao mesmo tempo nos traz uma temática necessária e que é um tabu ainda em nossa sociedade: a transexualidade. Nos faz refletir sobre questões que muitas vezes acabamos deixando de lado. Além de retratar as dificuldades em que Amanda passa, nos faz ver também como as pessoas não transgêneros lidam com a transexualidade. Além disso, acredito que um dos motivos desse livro é nos fazer não apenas refletir, como também ter maior empatia com o próximo, pois nunca sabemos realmente pelo o que ele está passando ou teve que passar durante a sua vida.

[CONTINUAÇÃO DA RESENHA NO BLOG]

site: http://anneandcia.blogspot.com.br/2017/09/apenas-uma-garota-meredith-russo.html
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Ricardo Coutins 05/10/2017

Legal, mas problemático
O livro é legal de ler, rápido e etc mas achei a escrita extremamente rasa. Não entrei na pele da personagem hora nenhuma. Também é bemmmmmmmmm superficial em relação ao que as trans passam na vida real
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SJFRUTI 10/09/2023

Perfeito, mas o final me decepcionou.
Eu passei um tempo sem ler por conta da minha leitura anterior não ter me agradado tanto, mas esse livro superou minhas expectativas. Ele é fofo, bonito e triste ao mesmo tempo, a personagem principal conseguiu transparecer todos os sentimentos, você consegue sentir aproximação e empatia por ela, a história dela é... O livro retrata bem uma história de superação de uma garota trans, que cresceu sentindo que não merecia viver, que foi agredida verbalmente e fisicamente por todos e de certa forma, até mesmo pelo pai, que sofreu bullying e saiu da cidade só para tentar ser normal depois de tantos anos conturbados. Pra mim foi perfeito, eu gostei da dinâmica, gostei da escrita e de como a história foi contada, gostei dos personagens e principalmente do romance entre a Amanda e o Grant, pra mim eles foram um dos casais com o sentimento mais fofo e ingênuo que eu já li, talvez tenha acontecido um pouco rápido demais, mas eu gostei deles juntos. Eu só achei que o final deixou um pouco a desejar, mas tirando isso foi um livro que eu gostei muito.

"Apenas uma garota" é um livro que fala sobre Amanda, ela é uma garota trans que desde pequena sofreu bastante com esse seu lado, desde na próprio casa... Por conta de seu pai e as brigas frequentes dele com sua mãe, o bullying que ela sofria na escola quando ainda era Andrew, era praticamente uma perseguição e a pressão que o pai colocava para ela ser o garoto que era na época, que era uma mistura de raiva e preocupação, pioraram tudo, seus pais se divorciaram, enfim. Ela tentou se matar, foi a terapias e foi difícil até mesmo pra mãe dela entender. Foi uma das coisas que eu mais gostei que durante todo o livro, a narrativa prezou em mostrar o passado da Amanda e como ele levou a tornar o que ela era naquele momento.

Em dado momento, ela foi morar com o pai por uma coisa que aconteceu e é então que toda a história se desenrola a partir daí. Uma narrativa poderosa que mergulha nas profundezas das experiências de uma pessoa trans na sociedade contemporânea. Amanda, uma jovem transgênero, enfrenta desafios inimagináveis enquanto busca seu lugar no mundo. Desde cedo, Amanda sente o peso das expectativas sociais e da intolerância em relação à sua identidade de gênero. Ela luta com sentimentos de alienação e inadequação, e em determinado momento, a vida parece insuportável. Ela chega ao ponto de acreditar que não merece uma vida normal e que nunca encontrará aceitação verdadeira. No entanto, tudo muda quando Amanda decide ir morar na cidade de seu pai. Lá, ela encontra um novo começo, repleto de surpresas e oportunidades. Amanda forma amizades sinceras com pessoas que a aceitam plenamente como ela é, proporcionando um senso de pertencimento que ela nunca havia experimentado. Além disso, Amanda conhece um namorado incrível, cuja ternura e compreensão a ajudam a curar suas feridas emocionais. É uma história comovente que explora temas de identidade, aceitação, amizade e amor. Ela ilustra como, mesmo em face da crueldade do mundo, a resiliência e a busca por um lugar onde se pertencer podem eventualmente levar a uma vida plena e significativa.

O livro mantém o foco principalmente no mundo emocional e na jornada pessoal de Amanda. O autor habilmente nos leva a um mergulho profundo em seus sentimentos, dilemas e triunfos. Ao fazer isso, ele nos permite sentir empatia e compreensão profundas em relação à experiência de Amanda como uma pessoa trans em uma sociedade que nem sempre a aceita.

A relação entre Amanda e Grant é realmente cativante e amorosa. Eles formam um casal incrível e sua química é palpável. No entanto, o desenvolvimento dessa relação e o final podem ter me deixado com o sentimento de que faltaria algo mais. No entanto, essa ambiguidade no final também pode ser vista como uma representação realista da complexidade das relações humanas. Muitas vezes, não temos respostas definitivas, e a vida continua com suas incertezas. Talvez o autor tenha escolhido deixar o destino de Amanda e Grant em aberto para que possamos interpretar e imaginar seu próprio desfecho para o casal.

Mas pra mim, faltou algo no final, eu gostaria de ver mais sobre como poderia ter sido... Como poderiam ter superado isso, achei que faltou alguma coisa. Mas em relação a tudo, o livro é PERFEITO! Eu realmente amei e acho um livro muito necessário.
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Julyanna | @becodasleitoras 08/11/2017

[ RESENHA - APENAS UMA GAROTA ]
#resenhasbdl | Apenas uma garota. (5/5)! ?
-

Andrew vive toda sua infância e adolescência num corpo masculino, porém seu maior desejo não era ser Andrew, mas sim Amanda. Por toda sua infância sofreu bullying por não ser como todos os outros meninos, apanhava na escola, era insultado e isso tudo o destruía um pouquinho mais; e, quando Andrew decide definitivamente mudar seu gênero e virar Amanda, as coisas mudam completamente.

Amanda vai morar com seu pai em uma nova cidade bem distante na esperança de começar uma nova vida. As coisas nessa nova cidade são bem diferentes, ela faz amigos que jamais imaginou que teria, conhece Grant, um carinha que topa tudo por ela. Ela precisará se libertar de seus medos e se jogar, precisará se permitir ser feliz!
?
Imaginem uma pessoa traumatizada pelo seu passado, uma pessoa que não consegue mais confiar em ninguém, uma pessoa que se fechou total por medo do que viria após, essa pessoa é Amanda. Ela passou por diversos problemas, e viver nessa nova cidade onde ninguém conhece seu passado, será um grande desafio para ela. Será que ela irá conseguir guardar esse 'segredo'? Será que se ela contar, todos ainda serão a mesma coisa com ela? Principalmente Grant?
?
Bom, essa foi uma leitura bem rápida mas muito interessante. Aborda diversos assuntos, como depressão, suicídio e aceitação. Apesar de ser um livro em partes LGBT é um livro bem reflexivo, nos leva a um mundo totalmente diferente, nos leva a mente de um transgênero, de homossexuais; e também nos leva ao mundo dos que sofrem calados por medo do que pode acontecer. Eu achei uma leitura muito boa e eu com certeza indico para todos!
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Wes 16/02/2018

Um conto de fadas, dividido entre o real e a insegurança
Esse livro só me fez mostrar que existe boy lixo mesmo se você for trans ou cis, eles sempre estão lá e nos algum dia iremos suspirar em querer voltar a ter as mesmas experiências de antes.
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Jhööns 25/02/2018

???
Simplismente amei. Esse livro me trouxe vários sentimentos como- Alegria, Tristeza, Raiva, Amor e etc... Me conectei com a Amanda e isso foi maravilhoso e tambem abriu um pouco mais a minha mente sobre o assunto. So amor?
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