Filandras

Filandras Adélia Prado




Resenhas - Filandras


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Paula 20/12/2009

De Adélia Prado só havia lido alguns poemas. Este foi o primeiro livro que me chegou às mãos, e só tem uma palavra para descrever o que é ler Adélia Prado: encantamento.

"Hoje estou melancólica e suspirosa, como minha mãe, choveu muito,a água invadiu este porão de lembranças, bóiam na enxurrada a caminho do rio. Deixo que naveguem, pois não as perderei. O rio é dentro de mim". pág. 39

"A morte nos visita e nós abrimos a casa, precisamos de companhia para chorar." pág. 135
Jenifer 17/03/2010minha estante
que lindo *-*


Rosa Santana 29/01/2015minha estante
Hahaha, usei o mesmo trecho que vc! Amei muito isso!
Que livro doce e terno, né? Parece água, fluindo dentro da gente!




Stella F.. 14/02/2023

Beleza no cotidiano
Filandras
Adélia Prado - 2001 / 160 páginas - Civilização Brasileira

Em Filandras, sua estreia, Adélia Prado vai nos apresentar excelentes contos sobre fé, beleza do cotidiano, velhice, agruras do dia a dia de pessoas simples com pequenos ou grandes problemas e suas resoluções, muitas vezes com humor. Conhecemos muitos personagens que se repetem ao longo dos casos que são contados tais como Teodoro, Maria Célia, Clarinda, Sabina, Tio Lute e muitos outros.

Adélia Prado é uma escritora multifacetada: poetisa, contista e romancista. Seus textos são lindos, e nos trazem muitas reflexões e suas frases são tão poéticas que só podemos admirar e falar: Que lindo!

Como li pelo BibliOn (Biblioteca Digital de São Paulo) acabei anotando várias passagens e tirei fotos de alguns trechos interessantes, que me chamaram mais a atenção. Ao lado das minhas anotações estão: Fé, Ótimo, Bom, Bonito, Bem-humorado.

Todos são muito interessantes, mas sempre preferimos uns a outros. Posso citar alguns como: Final Feliz, Grupos de Oração, Lembranças, Perfeições, Desbunde, O almoço, Queijos, Corpo, Olinda, O Cidadão, entre outros.

Em “O Cidadão” um homem simples tenta aprender as manhas da cidade grande e se acha diferente ao se tornar cidadão.

Em “Olinda” uma mulher reclama do marido, que só manda ela fazer bife para ele, enquanto ela, esposa e filhos, não come bife. A patroa fica com pena e dá ovos a ela, porque o marido tranca a geladeira e a televisão.

Em “Jakeline” uma mulher quer provar ao filho quem é seu pai, mas o pai junto com o irmão, advogado a enrola, e tenta suborná-la com cheque. Ela quer justiça, provar que o menino tem um pai.

Temos ainda contos sobre uma doença grave que faz todos darem valor a uma mulher que não se sentia valorizada. Outro vai falar da Dona Doida que aguenta o marido bêbado todos os dias que finge estar sofrendo, e quando chega um compadre, ele rapidinho se levanta da cama e começa a conversar. Uma avó que admira um neto esperto de apenas 3 anos e que corre para a mãe. Uma festa em que um homem é o animador, e que julga a sua mulher e seus hábitos dos quais não gosta, mas ao final da festa, vendo aquelas pessoas que ele também julga, decide que gosta da mulher, mesmo com defeitos, e que vai continuar com ela. E o mais bem-humorado, é o conto que vai falar de uma mulher com um traseiro avantajado, e os efeitos sobre os homens, e essa mesma mulher escolhendo um homem tido como sem atrativos, e ao final, na velhice, ela fica sem o traseiro e seu nome é Oldalisa (velha e sem traseiro) "Acho que não, porque eu procurei o traseiro da Oldalisa e nada de Olda, só mesmo a lisa, magra e murcha."

E uma última citação muito bonita: “Hoje estou melancólica e suspirosa como minha mãe, choveu muito e a água invadiu este porão de lembranças, boiam na enxurrada a caminho do rio. Deixo que naveguem, pois não as perderei. O rio é dentro de mim.” (Lembranças)

Já conhecia Adélia Prado do livro “Quero minha mãe”, mas acho que na época não funcionou. Que bom que agora era a hora certa. Adorei e vou depois conhecer a sua poesia.
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Rosa Santana 29/01/2015

O RIO É DENTRO DE MIM
Livro delicioso, leitura agradável, sutil sem ser simplório, escrito com arte e delicadeza, traz as mineirices da minha infância! Me vi criança nas Minas Gerais, "esquentando fogo", no rabo do fogão de lenha, nas manhãs frias de inverno; vi minha mãe e suas visitas sempre de um assunto para outro, ao sabor e ao doce aroma do cafezinho da hora, do pão de queijo quentinho; senti o gostinho do que ia e vinha dentro de uma vasilha, para os vizinhos, como troca de agrados; rezei novamente os terços que fazíamos em família, cantei:
"Bendita, louvada seja
No céu a divina luz
E nós também, cá na terra
Louvemos a Santa Cruz"...

Doces contos, doces encantos.

Completamente desconhecido para mim, fui ao dicionário descobrir sobre o substantivo que nomeia seu livro. E lá fiquei sabendo que Filandra é um marsupial, que:

"De tempos e tempos, abre sua membrana como um pára-quedas e se lança pelos ares. Ela pula de uma árvore e consegue planar por mais de 50 m, pousando suavemente numa outra árvore. O mais interessante é que ela não é uma ave, mas um mamífero que possui uma dobra na pele de suas costas, chamada patágio. Essa dobra liga as patas dianteiras às traseiras e lhe permite planar."

E é isso: fui eu a Filandra, de Adélia! Planei!
Não é o máximo?

Entre os contos destaco "Alegrezas", cujo personagem sofre de alegria, simplesmente por ter o dom de ser feliz! Encantei-me com a real gratidão que ele sente pela vida! Linda narrativa!

E uso um trecho do livro para registrar-me como a Filandra que fui, ao viver Adélia:
"Hoje estou melancólica e suspirosa como minha mãe, choveu muito, a água invadiu este porão de lembranças, boiam na enxurrada a caminho do rio. Deixo que naveguem, pois não as perderei. O rio é dentro de mim." - página 39
GilbertoOrtegaJr 29/01/2015minha estante
tá ajeitando o skoob, amada ?


Rosa Santana 23/03/2015minha estante
Gilberto, querido! Eu demoro a vir aqui atualizar tudo, mas sempre o faço.
Afinal, esse é um local e tanto para guardarmos coisas boas de nossas coisas boas, né?
Bj!!!


Rosa Santana 29/03/2018minha estante
Gilberto, querido, só hoje vi sua mensagem! É que sou tonta mesmo!!!




Fêh Calheiro 19/08/2015

Flutuando em novelos...
De Adélia Prado já tinha lido...alguns poemas como: Humano, A Paciência e os seus limites, Senha e etc...Porém esse é o primeiro livro em mãos...
Confesso que de inicio não gostei muito...porem quando passei a entender a ideia do livro...confesso que fiquei muito feliz em ter a honra de poder lê-lo...pois ela entrelaça as realidades e situações, logo você percebe que as historias são entreligadas aos personagens...bastante inteligente...adorei...
Recomendo...

"Humano"
A alma se desespera,
mas o corpo é humilde;
ainda que demore,
mesmo que não coma,
dorme....
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Mih 31/01/2023

Poesia contidiana
Adélia, como sempre, transforma situações comuns do dia a dia em poesia, sem delongas, sem rima - carne crua mesmo. Vivências normais que desencadeiam lirismo na vida das personagens.
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msruan 23/02/2023

Uma obra sensível
A primeira vista, um simples livro de crônicas cotidianas, mas o modo de escrever, a filosofia e a criatividade única da autora fazem uma obra que te deixa incrédulo, choroso e risonho ao mesmo tempo. um beijo pra adélia
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Camila 05/10/2018

Filandras
Filandras, no dicionário, significa filamentos extensos e muito delgados; finos filamentos das teias de aranha; riscas filamentosas de certos tipos de mármore, dentre outros. Os contos presentes nesse livro da Adélia Prado é bem assim, curtos e objetivos.

O universo dos contos é de uma leveza e delicadeza ímpar. A sensação que temos é de estar na varanda de uma grande casa no interior de Minas, no qual a autora vai tecendo suas reminiscências e reflexões dos fatos e peripécias da vida. Os contos não tem cronologia, podem ser lidos desordenadamente, mas é fácil reconhecer seus personagens no decorrer das histórias ou estórias.

Filandras é àquele livro de casa, um parente seu, que chega de mansinho e enche as suas tardes de afeto, como uma boa prosa mineira.

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Heloisa 18/03/2015

Não é meu estilo
Realmente não gostei, nem do texto, nem das histórias, nem da pontuação (o livro não tem parágrafos)
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marcela115 13/03/2024

NOSSA, eu amei! Fiquei meio receosa porque peguei outro livro de Adélia Prado e pensei que talvez fosse não gostar, mas esses contos são muito bons, fácil leitura e poéticos. Você consegue compreender muito bem relendo, e relendo.
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