Carla Paraense 28/04/2023InteressanteFazendo uma comparação entre este livro e o primeiro que ele publicou, o autor explicou de uma forma bem mais extensa, clara e didática o funcionamento das nossas memórias de curto e longo prazo, enfatizou como a inteligência dos filhos pode (e deve) ser estimulada pelos pais e como estes devem lidar com a escola.
O autor traz uma questão importante que é o fato de que quem educa são os pais e não a escola, mas atualmente nos encontramos em um cenário caótico e oposto à isso, onde essa irresponsabilidade pode levar há diversas situações, ou os papéis têm sido invertidos e os pais entregam a responsabilidade pertencente à eles na mão de indivíduos que nem fizeram aquela criança, mas são eles que irão forjar seu caráter e sua cosmovisão ou a criança chega na escola extremamente mal educada e o professor precisa parar a aula inúmeras vezes para chamar atenção do alecrim dourado.
Achei interessantíssimo e muito relevante o apontamento que Piazzi fez quando abordou as mudanças nominais, feitas pelo MEC, levando em considerações que, não houveram modificações na metodologia de ensino ? que deveriam facilitar a aprendizagem dos alunos. Tendo em vista que, o sistema de ensino é totalmente corrompido e deturpado pelos construtivistas, que utilizam de doutrinas marxistas para a construção do conhecimento formal da criança.
Outro ponto pertinente na escrita de Piazzi é a responsabilização da má qualidade da educação brasileira nos autores construtivistas que são utilizados como base na relação ensino-aprendizagem nas escolas. São eles: Vygotsky, Piaget e Paulo Freire ? patrono da educação brasileira (cabe salientar que Piaget quando postulou sua tese nem tinha a intenção de aplicá-la aos fundamentos da educação).
Entretanto, há argumentos dentro do livro dos quais eu discordo, sendo um deles a falácia da inexistência do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), pois a alegação de Piazzi é baseada em uma entrevista do Dr. Leon Eisenberg (considerado pai do TDAH) que expôs, pouco tempo antes de morrer, o TDAH como uma doença fictícia, criada para a indústria farmacêutica obter lucro com a venda de Ritalina. levando em consideração a fala do Dr. Leon mostra-se plausível um erro de interpretação do prof. Pier, pois a academia científica compreende essa fala como uma crítica feita pelo médico ao rápido diagnóstico, feito por alguns profissionais, em busca de lucro, enquanto a criança não possui esse transtorno. E faz-se necessário afirmar que existem comprovações científicas da existência desse transtorno, que afeta milhares de pessoas (e várias delas não fazem uso a Ritalina, pois ela possui inúmeros malefícios para a vida cotidiana do ser humano)
Uma outra questão negativa é que neste livro algumas de suas informações são contaminadas com a visão de mundo do autor, sem ele de fato ter pesquisado sobre o assunto (como na parte em que ele "elogia" o feminismo). E isso dificulta a utilização do livro como referência no assunto ao qual ele se propõe a discorrer, pois ficou manchado por desinformações.