Grazi Comenta 08/11/2017Finalmente terminei a sequência do excelente Guerra do Velho, As Brigadas Fantasma. Como me obriguei a não ver nem resenha, nem sinopse do livro, eis minha surpresa quando vi que não teria John Perry na história. O negócio aqui agora é com a intrigante divisão de infantaria, As Brigadas Fantasmas que, como o nome propõe, é secreta, e seguiremos Jane Sagan, uma das personagens mais misteriosas e legais do primeiro livro.
Na trama, as Jane descobre um plano para ferrar a Terra. O intento desse plano é nada mais, nada menos que sumir de vez com todos os humanos. Ele foi desenvolvido por três raças alienígenas que se aliaram só pra isso! E, claro, uma ajudinha interna que estará sendo seguida por Jane. Para isso, o exército cria, após um processo inédito de transferência de consciência entre humano e máquina, um clone da consciência do traidor para rastrear seus passos e impedí-lo. E é neste clone, Dirac, e em Jane que o Scalzi foca sua narrativa.
Dentre tramas políticas e abordagem dos conteúdos inerentes às melhores ficções científicas, como questionamentos sobre o eu, o coletivo e os limites da moral para se chegar aos seus objetivos, nós vamos sendo apresentados ao treinamento e construção dos soldados dessa brigada. Apesar dos diálogos e questionamentos filosóficos, com certeza a melhor parte é ver a construção dos personagens. E é disso que esse livro se trata: desenvolver as características de seu elenco.
Claro que temos também maior desenvolvimento do mundo complexo e interessante que Scalzi começou a criar em Guerra do Velho. É digno das grandes obras como Fundação, de Isaac Asimov. Tem suas próprias raças, planetas e leis. Tudo isso torna a narrativa dinâmica, apesar de ter bem menos ação que o primeiro. A leitura é fluida, envolvente e surpreendentemente divertida (eu realmente não achava que dava pra se divertir lendo sobre crises existenciais).
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