O simpatizante

O simpatizante Viet Thanh Nguyen




Resenhas - O Simpatizante


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Lilian 13/07/2022

Bom, mas cansativo
O livro é bom, é interessante conhecer a história do Vietnã, da guerra e de um agente duplo, mas por algum motivo que não sei explicar a leitura é cansativa e não rende
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Bruno 31/12/2021

Meta entregue!!
O livro é muuito bom. Merecia 5 ? se não fosse a escrita excessivamente lenta do autor. Mas a história compensa tudo!
Adorei!
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Bruno Palmeiras 13/07/2022

Moroso
O livro tem algumas boas passagens sobre comparações entre ocidente e oriente, liberdade e autoritarismos, "comunismo" e capitalismo, mas são poucas pelo tanto que ele se "arrasta" com a historia principal.
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Marcel Koury 18/07/2017

"[...] América, terra de supermercados e super-rodovias, de jatos supersônicos e do Super-Homem, de superporta-aviões e do Super Bowl! América, um país que não se contenta simplesmente em dar um nome a si mesmo em seu sangrento nascimento, mas que insistiu pela primeira vez na história em um misterioso acrônimo, USA, uma trifeta de letras ultrapassada mais tarde apenas pelo quarteto da URSS. Embora todo país se julgue superior, a seu próprio modo, teria algum dia havido um país a cunhar tantos termos 'super' do banco federal de seu narcisismo, que fosse não apenas superconfiante como também verdadeiramente superpoderoso, que não se satisfaria até ter segurado o mundo todo numa chave de braço e o obrigado a gritar Tio Sam? [...]"

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Trabalho de estreia de Viet Thanh Nguyen (nascido no Vietnã, mas que vive desde os quatro anos nos Estados Unidos, onde é jornalista e professor de Literatura na Universidade do Sul da Califórnia), "O Simpatizante" arrematou o mais recente Prêmio Pulitzer de ficção, e não por acaso: com uma linguagem de sintaxe límpida e estilo densamente confessional-memorialístico, o romance nos leva à ambígua mente de um jamais nomeado capitão do Vietnã do Sul, que atua como agente duplo na Guerra do Vietnã e que destina seus escritos a um comandante vietcongue.

A narrativa tem início no fatídico ano de 1975, na antiga Saigon, durante os derradeiros momentos da guerra — com a derrota sulista e de seus aliados estadunidenses, a cidade vive um verdadeiro pandemônio, com milhares de pessoas tentando fugir do país, e é nesse cenário inicial que o leitor é inserido (não faltarão questionamentos quanto à confiabilidade do protagonista, que narra, em primeira pessoa e compulsoriamente, suas experiências de antes, durante e depois da guerra).

Assumindo, abertamente, uma crítica à glamourização da guerra (em especial, à cinematográfica), o autor faz uso de um impagável humor, indo contra a maré quase viciosa da panfletagem (embora condene o que merece sê-lo, Nguyen passa longe da unidimensionalidade acerca do imperialismo) — o protagonista é uma espécie de anti-herói picaresco, ao mesmo tempo cômico e comovente, fazendo o melhor que pode sob circunstâncias adversas/estranhas.

Ao término da leitura, ergue-se a reflexão: qual a relação do ser humano perante as grandes marés históricas? (Pelo menos na Literatura, quem reina é o único, o idiossincrático — o protagonista que é uma minoria de um.)

Para deleite dos leitores, Viet Thanh Nguyen acerta em cada pequeno aspecto de seu ponto de partida ficcional, híbrido de romance de espionagem, de guerra e thriller ideológico, em que o mote é a busca de um lugar no mundo, seja no sentido físico ou metafísico.
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Higor 03/06/2019

'Lendo Pulitzer": sobre as excentricidades da vida americana
O anúncio de que ‘O simpatizante’, livro de estreia de Viet Thanh Nguyen, havia abocanhado o Pulitzer, maior prêmio literário americano, foi uma surpresa. A temporada de prêmios estava encerrando, e embora o livro tivesse vencido outros prêmios menores, não havia chamado tanta atenção assim ainda. Parecia uma escolha precipitada.

A nacionalidade do autor, embora menor, é algo interessante e que cria curiosidade no leitor em conhecer o livro; somado também ao assunto do livro. Um vietnamita conquistando um prêmio literário com uma história sobre a Guerra do Vietnã parecia clichê demais, mas a Academia certamente captara algo de diferente para contemplá-lo com tal honraria.

‘O simpatizante’ nos apresenta, então, um protagonista sem nome que confessa, logo nas primeiras linhas ser “um espião, um infiltrado, um agente secreto, um homem de duas caras”. Empolga logo de início, é preciso admitir, um livro de espionagem com um contexto histórico interessante. O diferencial está logo ali, um personagem que trabalha para os dois lados da guerra, então seria questão de tempo para conquistar o leitor, afinal, trabalhando para ambos lados, muita ação aconteceria, ou talvez muita informação vazada e compartilhada. Não aconteceu exatamente isso.

Embora não tenha ido ao óbvio, que era apresentar a Guerra do Vietnã colocando o protagonista no centro da tragédia, o autor erra em trazer uma narração, embora bem escrita, muito engessada. Tempo e ritmo não se encontraram; a verdade é que muitas coisas aconteciam enquanto o leitor se via amarrado ao ter de ler como o espião era inteligente, de confiança, bem quisto mesmo sem patente. Certo que é importante o leitor conhecer o potencial e nível de intimidade do protagonista espião, mas, ao mesmo tempo, tudo aconteceu meio atropelado, tanto que eu abandonei o livro na página 72, cansado, para retomar apenas dois meses depois.

Como é sabido pela sinopse, o protagonista se refugia nos EUA por conta da Queda de Saigon, como se fosse contrário ao que acontecia ao Vietnã, quando na verdade queria estar ali comemorando. Foi a partir daí que o livro caiu para mim, e ganhou o Pulitzer. A intenção do Pulitzer, como é do conhecimento geral, é honrar o livro que lide com a vida americana, que é exatamente o que Nguyen faz, tanto que foi laureado: ele abandona literalmente o Vietnã e passa a narrar à vida americana dos anos 70 e 80, seja em música, cultura, comportamento.

Em um primeiro momento, tal prisma é interessante, por conta do contraste e pitacos entre ocidente e oriente, mas depois passa a ser a mera monotonia de um legítimo livro americano, quando um país inteiro fora conquistado e falar sobre as dificuldades da unificação comunista e pós-guerra aparentavam ser mais interessante.

Tudo porque, no livro, os Estados Unidos não se importavam com a guerra. Ninguém falava sobre as atrocidades diárias no país invadido, mesmo que a verdade fosse diferente. Foi a partir da Guerra do Vietnã que os movimentos de contracultura explodiram, principalmente com os hippies. Em ‘O simpatizante’, no entanto, os americanos apenas bebem e fumam chocam os orientais com suas roupas orientais, enquanto os vietnamitas não se sentem americanos e não tem meios de voltar à pátria amada. E nosso antes espião empolgante, passa a ser apenas um fraco cidadão conformado com as coisas, nem totalmente democrata, nem comunista.

É importante pontuar, no entanto, além de cenas belíssimas construídas, como o patriotismo e saudade do autor pelo Vietnã, assim como a saudade que sente da mãe. Nguyen escreveu um livro sincero, apresentando tanto os pontos positivos quanto os negativos de cada posicionamento político, sem levantar uma bandeira ou apresentar um fanatismo exacerbado, que, sinceramente, é o que acontece no Brasil hoje: pessoas cegas, seja de direita ou de esquerda, se esquecendo de lidar com o ser humano, mas preferindo erguer seu posicionamento, sem se importar em derrubar quem é contrário a ideologia.

Com uma escrita bonita e sincera, além de cheia de saudade, ‘O simpatizante’ acabou se perdendo no meio do caminho ao se curvar ao comum, ao Sonho Americano, ironicamente falando, já que o livro critica vez ou outra o termo. Não é, necessariamente, um erro do Pulitzer, afinal, atendeu seus pré-requisitos, mas, sem dúvida, não é um dos seus melhores acertos.

Este livro faz parte do projeto 'Lendo Pulitzer'. Mais em:

site: leiturasedesafios.blogspot.com
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André Vedder 03/01/2018

obra prima!
Daqueles livros que nos lembram o porque amamos ler.
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Ludmila 16/01/2020

Leitura fundamental!
?O livro traz toda uma discussão social, política e ideológica por traz da guerra do Vietnã e os efeitos danosos sobre a principal vítima dessa história: a população vietnamita, independente do lado o qual estavam aliados. Mas é mais do que isso! Ao narrar a estória de um agente comunista infiltrado no exército do lado americano, discute profundamente a questão da identidade. Essa abrange desde os refugiados vietnamitas nos EUA (pessoas desvinculadas de suas origens e nem tampouco bem quistas no destino) até o agente infiltrado que de tão acostumado a ter dupla face, estas começam a se fundir em uma nova.
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Luiz Pereira Júnior 04/04/2021

O homem é o lobo do homem...
Sim, é um livro sobre política. Sim, é uma leitura intrincada para a maioria dos leitores comuns (mas o que é esse ser abstrato chamado de “leitor comum”?). Sim, há trechos que parecem repetitivos (mas não é assim em praticamente toda e qualquer leitura que se faça?). No entanto, não há dúvida de que é literatura para refletir, para pensar (e isso é um dos maiores méritos do livro e de qualquer obra literária que almeje ser reconhecida como tal).
Ao ser filho de um padre branco francês e de uma mãe vietnamita extremamente pobre, o protagonista fica entre (melhor seria dizer, “se mescla a”) duas etnias, entre (“se mescla a”) dois sistemas políticos, entre (“se mescla a”) Ocidente e Oriente, entre (“se mescla a”) dois mundos em permanente conflito. Isso não parece ser tão problemático para nós, brasileiros, que somos miscigenados desde sabe Deus quando... Mas todos nós já fomos discriminados de alguma forma, já sofremos preconceitos de alguma maneira e isso parece ser inerente ao ser humano: a não aceitação do outro. E nisso o livro marca um gol.
Mas, no meu entender, o golaço do livro é não estabelecer um maniqueísmo que acabaria por destruir o enorme valor da obra. O protagonista é torturado – mas também é torturador; teve amigos assassinados – mas também é um assassino; é amoral – assim como os demais personagens do livro. E também, por vezes, é ingênuo, superficial, tolo – assim como todos nós já agimos de forma ingênua, superficial ou tola (e até mesmo tudo isso junto) em algum momento de nossas vidas (você ainda não? Desculpe-me, não fazia ideia de que estava falando com alguém tão jovem ou com alguém tão próximo à perfeição...).
E no aspecto técnico? Longos parágrafos sobre aspectos políticos dão o tom geral do livro. Mas me impressionou a originalidade da ideia de um filme no meio do livro (o protagonista é convidado a viajar como consultor técnico de um filme hollywoodiano a ser realizado nas Filipinas sobre a Guerra do Vietnã). Complexa, mas agradabilíssima de ler: essa é uma das melhores sequências do livro. O filme é um espelho (ampliado, real, desfocado, diminuído...) das experiências de guerra do personagem principal, mas também consegue ser, ao mesmo tempo, muito do que pensamos. É nossa imagem refletida, mas não do modo como a vemos ou como a desejamos ver.
Em suma, um livro que retrata a ambiguidade em que todos nós vivemos. Haverá algum ser humano absolutamente puro em sua etnia, em suas convicções políticas, em sua moralidade, em suas ações? Haverá alguém que consiga se decidir por um lado do conflito sem deixar de pensar no que teria acontecido se tivesse tomado a decisão contrária?
No final do livro (e não é spoiler), talvez esteja a resposta final para tudo isso: seja qual for o caminho tomado, todos nós desejamos, precisamos, lutamos por sobreviver...
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Alcir1 11/11/2023

Muito Bom. Mas precisa fôlego do leitor.
Uma viagem ímpar ao âmago da mente de um agente duplo. Os fatos, verdadeiros ou não, da chamada Guerra do Vietnã todos que viveram aqueles anos conhecem. Afinal, além da imprensa, não faltaram livros e filmes para contar e recontar uma disputa que, de verdade, pouca gene entendeu. Fato é que, ao fim e ao cabo, ganharam os de sempre.
Neste livro o autor preferiu colocar a guerra como pano de fundo e tratou de mergulhar nos pensamentos e memórias de um homem de "duas mentes", ou simplesmente um "agente duplo", espécie de equilibrista macabro porque não tem corda nem rede e qualquer escorregão é morte certa depois, claro, como manda o figurino, de umas sessões de tortura. Assim, o leitor passa, na companhia do autor, a viver num mundo desconhecido. Como é possível alguém sobreviver jogando, simultaneamente, dos dois lados, numa situação de inúmeros conflitos e onde a vida não vale absolutamente nada.
Sim, concordo, o livro não é de fácil leitura. E muito introspectivo. Mas creio ter sido esta a intenção do autor, mostrar um mundo diferente, quase irreal, com base em fatos históricos comprovados e conhecidos. O que não é de conhecimento público são essas batalhas do subterrâneo.
Leitura recomendada, mas o leitor precisa ir devagar.

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Lopes 18/05/2018

O roteiro literário
“O simpatizante”, de Viet Thanh Nguyen, é um bonito roteiro literário, flui entre a palavra e a imagem, produz uma enorme quantidade de cenas cinematográficas, pensadas a partir do cinema, justificadas pela história do personagem principal que se envolve na realização de um filme. Nguyen estabelece uma agilidade equilibrada, a história e a linguagem juntas formam uma ação vertiginosa, algo escapa, as folhas precisam ser passadas rapidamente, os absurdos, reflexos, as camadas da complexidade do tema se juntam com nossa experiência no tema guerra para não delimitar o escapismo, dito acima, com algo negativo. Mesmo que a reflexão e a doutrina de um romance cuidadosamente preparado para e por uma fotografia, neste livro a importância da linguagem está implícita na História, política e arte. Ao falar sobre a sociedade de massa, corroborada sobre o outro, especificamente a norte-americana, Viet Thanh Nguyen, faz uma redoma, atinge o alvo utilizando uma de suas armas publicitárias, a linguagem cinematográfica impressa em literatura. Portanto, dizer que nesta obra a literatura fica em segundo plano pode ser mais confortante do que enfrentar seus ruídos. Também observo que Nguyen enfraquece em algum momento sua escrita, mas creio que merecia uma análise sobre a literatura e cinema, sobre a imagem se sobrepor a palavra. Dissecar sobre a atuação do exército e sociedade estadunidense no Vietnã é um tema caro à sociedade global, traduz a ação moral e desumana. Ao apontar os fatos a partir dos olhos de quem ajudou o horror a eclodir é perigoso, mas quando feito com o cuidado, surge “O simpatizante”.
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Biblioteca Álvaro Guerra 25/09/2018

O simpatizante é um épico de amor e traição. O leitor acompanha um agente duplo comunista sem nome, que se infiltrou no exército sul-vietnamita e conseguiu se refugiar nos Estados Unidos depois da Queda de Saigon. Pessoa de confiança de um general que se recusa a admitir a derrota para os vietcongues, esse "homem de duas mentes" observa o esforço dos refugiados vietnamitas para sobreviver em uma melancólica Los Angeles enquanto secretamente reporta a seus superiores comunistas no Vietnã. É um romance arrebatador, uma audaciosa reflexão sobre o extremismo político.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788556520418
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Mello 27/09/2021

Sobre um agente infiltrado na guerra do Vietnã. O grande lance são as reflexões feitas pelo narrador sobre ele mesmo e sobre sua vida. Achei meio massante, pois a leitura demora a desenvolver, é bem arrastado. Tem grandes frases no livro, a escrita muito boa, inclusive melhor que a história em si.
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Carlos Padilha 24/12/2021

Rapidamente esquecido
Embora tenha alguns trechos interessantes e de maior impacto, o resultado global não me agradou. Há muitas passagens arrastadas e de pouco interesse (em especial na quase totalidade dos momentos de "reflexão" do narrador), que tornam necessário um esforço diário para prosseguir com a leitura.
Acredito que tenha feito muito sucesso nos EUA (e até mesmo ter ganho o Pulitzer) por possibilitar uma catarse pela participação do país em uma guerra rejeitada pela grande maioria da população.
Enfim, em pouco tempo haverá muito pouco a lembrar dessa leitura.
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Vanderson.Gomes 16/09/2023

Um Pulitzer.
Personagens excelentes, leitura não tão fácil mas que não tira o prazer dessa história muito bem escrita! Gostei bastante do livro.
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