Fernanda631 05/07/2023
Até Mais, e Obrigado Pelos Peixes! (O Mochileiro das Galáxias #4)
Até Mais, e Obrigado Pelos Peixes! (O Mochileiro das Galáxias #4) foi escrito por Douglas Adams.
O Guia do Mochileiro das Galáxias do autor Douglas Adams é um clássico do mundo geek.
No volume anterior, nossos aventureiros passaram por momentos bem tensos – os robôs brancos de Krikkit -, porém tudo foi uma ilusão do mestre deles.
Neste novo volume, começamos com uma despedida no título – Até mais, e obrigado pelos peixes – será que um dos nossos aventureiros abandonará as viagens pela galáxia?
O quarto volume mantém a mesma linha.
Iniciamos nossa aventura com Arthur Dent, que depois de sair de uma nave com uma sacola na mão, corria por uma estrada para conseguir abrigo da forte chuva que caía. Conhecemos, também, Rob McKenna que era um caminhoneiro que discordava de todo mundo. Durante suas viagens, ele levava um caderninho preto que anotava o clima de cada lugar que passou, sendo assim, ele tinha anotado 231 tipos de chuvas e não gostava de nenhuma delas. Ele encontrou Arthur pedindo carona na beira da estrada, mas não parou, preferiu passar por uma poça e molhar ainda mais o mochileiro.
Arthur Dent está de volta à Terra e, apesar de tudo parecer como era antes, ele descobre que coisas estranhas aconteceram enquanto ele estava fora. O problema é que as pessoas consideraram esses acontecimentos frutos de um delírio coletivo. A única que tem consciência de que algo não está certo é Fenchurch, uma garota tão estranha quanto Arthur. Os dois se apaixonam e, juntos, partem em busca de alguma explicação satisfatória sobre a situação do Planeta e o paradeiro dos golfinhos.
Arthur estava em um planeta chamado Terra e, após muitos carros passarem direto, um parou e deu carona para ele. No carro estava Russell e sua irmã Fenny que eram de uma espécie muito diferente e atraente; ele estava levando sua irmã para o sanatório contando que ela havia enlouquecido após naves amarelas (Vogons) atacarem o planeta, entretanto ele dizia que era tudo uma armação da CIA.
Arthur chega em sua casa que estava intacta, tudo estava como ele havia deixado. Após revirar algumas coisas, ele encontrou um aquário com as palavras “até mais” e “obrigado”, não fazia a mínima ideia de onde havia surgido o aquário. No dia seguinte, ele muito bem após uma profunda noite de sono e deveria encontrar Fenny (estava apaixonado por ela). Enquanto isso, Ford Prefect estava em Han Dold City em um bar (o que não é novidade para os nossos leitores), ele usava o cartão da American Express para pagar suas despesas, porém o barman não aceitou e Ford ficou indignado causando confusão. Antes da situação ficar pior para o lado do nosso aventureiro, ele tirou o guia da sua mochila e mostrou ao barman que o deixou ir embora. Afinal o guia é um órgão poderoso para a equipe editorial.
Voltando a Arthur, ele encontrou Fenny que contou sobre Russell, seu meio irmão, e que seu verdadeiro nome era Fenchurch. Ela estava com pressa, pois precisava voltar para Londres e deixou seu telefone com Arthur. Mas Arthur acabou perdendo o número dela e precisou de um computador, ao encontra-la ele foi para Londres.
Ford estava em uma nave onde robôs de Zirzla atacavam o disco crocante da estrela Xaxis e precisava sair de lá. Conseguiu sair e retornou para a casa de Arthur.
Dent precisava de respostas e lembrou de um amigo jornalista – Murray Bost – que contou algumas novidades dos jornais, entre elas, a de um Deus da chuva, por onde ele passava chovia (sim, era Rob McKenna). Mas Arthur não queria saber disso ele queria o número de telefone de John Watson que morava na Califórnia e sabia o que havia acontecido com os golfinhos.
Arthur e Fenchurch chegaram na casa de Watson, que era conhecido como Wonko, o São. Após um tempo de conversa, Watson pegou um aquário que deixou Arthur e Fenchurch surpresos, afinal ambos tinham aquários iguais aquele, mas o de Fenchurch foi levado por Russell para que ele pudesse guardar suas bolas de golfe.
Ao colocar o aquário sobre a luz do sol californiano, eles puderam ver o que estava escrito: “Até mais, e obrigado pelos peixes”. Após a mensagem, Wonko explica que os golfinhos abandonaram os seres humanos pediu, também, para que Arthur e Fenchurch aproximasse o aquário de seus ouvidos para executarem a mensagem.
Arthur, Ford e Fenchurch precisavam chegar até um endereço que seria uma mensagem de Deus para a sua criação. Eles aproveitaram que havia uma nave, de um grande robô prateado na cidade que veio em paz para conversar com o governador lagarto (pois no planeta dele, as pessoas eram governadas por lagartos). Quando a nave estava quase decolando Ford gritou no seu megafone pedindo para a multidão abrir caminho, pois se tratava de uma descoberta científica importantíssima e levou Arthur e felicitou para dentro da nave.
Na nave, eles encontram Marvin que estava destroçado. Arthur e Fenchurch até tentam ajudá-lo, porém Marvin recusa. Ao chegarem no Endereço, eles vão até a montanha para verem a mensagem, ajudam Marvin a lê e nela dizia: “Nos desculpamos pelo inconveniente”, após Marvin ler a mensagem, as luzes de seus olhos se apagam para sempre.
Este livro e o primeiro começam da mesma maneira: em uma quinta-feira, uma garota sozinha em uma lanchonete de repente descobre como o mundo poderia se tornar um lugar bom e feliz. Mas antes que ela possa contar isso para alguém, uma terrível catástrofe acontece e a informação se perde para sempre. Em o Guia do Mochileiro, a história é sobre outra coisa e não essa garota. Agora, porém, finalmente vamos conhecer melhor essa personagem e tentar redescobrir junto com ela qual foi a grande revelação.
Essa mudança de foco também significa um distanciamento maior do que até então estávamos acostumados. As viagens intergalácticas ficam em segundo plano, a vida alienígena é mencionada apenas rapidamente durante as curtas aparições de Ford Prefect e as improbabilidades geradas pelo deslocamento no espaço ficam menos frequentes. Tudo isso para destacar a Terra e os dois protagonistas humanos.
Para falar a verdade, essa é a primeira vez que podemos chamar Arthur de protagonista, de fato. Antes ele era o cara que todos ignoravam, mas em Até Mais, e Obrigado pelos Peixes! ele até consegue se sobressair um pouco mais e ser divertido como não era há bastante tempo. O próprio Adams faz uma brincadeira com isso ao quebrar a quarta parede e se dirigir diretamente a nós, leitores.
Devido a essa atenção maior pare ele e para sua namorada, outros velhos conhecidos ficam esquecidos, como Zaphod e Trillian. Entretanto isso serviu para manter a narrativa mais focada, mesmo que muitas coisas não façam sentido na busca dos dois.
Até Mais, e Obrigado Pelos Peixes! ironiza a procura por significados ou sentidos que algumas pessoas gostam de fazer. Talvez essa seja a grande crítica que Douglas Adams resolveu deixar mais evidente nesse volume pequeno e sem muito peso dentro da saga.
Caso você deseje uma leitura mais divertida e descontraída, sem dúvida, esse é o livro certo.