O Terraço e a Caverna

O Terraço e a Caverna Maurício Limeira




Resenhas - O TERRAÇO E A CAVERNA


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Henrique Schweiger 14/05/2022

Paco com seu desejo por existir na busca pela própria representação na aceitação de seu pai atrai Quinha a menina isolada em seu apartamento que nega sua existência ao sentir-se incapaz de existir, vendo a si mesmo como um instrumento para o mal dos que existem além da porta. O isolamento une os dois, os expondo a existência um do outro e também das demais pessoas.
Um sensível estudo sobre a fragilidade do ser dentro da realidade que ele próprio deve construir.

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Alessandra @leituraromancecafe 07/08/2020

O Terraço e a Caverna
Resenhando | O Terraço e a Caverna

Logo de cara a gente se depara com esse nome, e fica tipo... Como assim? Que livro é esse que tem um nome tão interessante?...

Este é um romance que foi escrito pelo autor Maurício Limeira. Com uma escrita fácil ele aborda temas ricos e delicados da atualidade com uma carga bem intensa e dramática.
Imagine só, quantos de nós não gostaríamos de viver sem sermos acusados pelos olhares, murmurinhos e até mesmo piadas constrangedoras? Quinha, sentiu na pele esta dor, tão insuportável que sua mente encontrou uma saída: viver isoladamente de modo que todas as pessoas a sua volta deixaram de existir; mesmo em meio a uma festa barulhenta o gotejar da torneira é produzido pelo cérebro, permitindo com que ela viva a margem da realidade.

“Cavei um buraco. Fundo. Pode jogar uma moeda, tente ouvi-la cair. Cavei um buraco. O ideal esconderijo. Cavei, e depois de admirar o meu feito, convoco todas as pessoas do mundo. Venham ver o buraco que eu cavei. Todos se curvam, então, para olhar. E todos eu empurro, para que caiam.”

A história é muito bem narrada em terceira pessoa e discorre de modo que nos permiti mergulhar na visão distorcida de Quinha (11 anos). A Forma como ela não enxerga as pessoas a sua volta, nada mais é que um escape encontrado para fugir da dura realidade do mundo.

A família de posses tem uma dinâmica afetuosa e juntos lutam para tira-la desse limbo, mas nele, ela criou seu maior inimigo que é um gato chamado Moisés, este se dedica, através de conversas e brincadeiras, a manter a garota presa distante da realidade e atada as negatividades. Mas nem tudo está perdido, as redes sociais foi o meio encontrado pelos pais, nela, ela se distrai. Quinha, acredita que todos os perfis são de personagens fantasiosos, assim a garota acompanha os perfis como se lesse um livro de fantasia.

Em outro ponto do Brasil, vive o pequeno Paco (cadeirante), esse garoto também sabe o que é sofrer, após a tragédia que culminou em sua condição física, tudo degringolou. Infelizmente vivemos em uma sociedade que devido ao despreparo dos pais as crianças, na sua grande maioria não está preparada para lidar com as situações adversas. Já não suportando as tristes gozações e chacotas, Paco se isola. O jovem necessita da ajuda das pessoas até mesmo para entrar em sua casa, que fica em um buraco abaixo do metrô. Para se distrair ele vaga nas redes sociais num computador que ganhou de seu antigo professor. Dois mundos tão distantes que se cruzam...

É surpreendente a forma como essas duas histórias se juntam e as muitas surpresas que surgem durante a leitura. Sem perceber no final de cada período de leitura, você se pega refletindo sobre essas vidas e até mesmo se identificando com algumas situações.
Claramente o autor buscou o melhor jeito de alcançar o coração dos leitores. O livro tem uma carga dramática e até mesmo poética. Algumas reflexões são tão profundas e intensas que nos leva a desejar ter um momento com o autor para poder debater, questionar:

“Por favor, apaguem a luz da rua e digam que o barulho vai parar. Por favor, retirem o grito de dentro da minha cabeça que não me deixa ver o sonho”

Essa é uma leitura para despertar, te levar a aguçar a empatia. Te mostrar que apesar das muitas barreiras, viver é sim a melhor opção, e sua luta por maior que seja pode não ser tão desesperadora como a de outras pessoas. Ainda que sejam histórias tristes e carregadas de marcas, o leitor irá se deliciar com a sensibilidade do autor. A trama além de original tem uma linguagem simples, tornando a leitura muito agradável. O Terraço e a Caverna apresenta dois mundos separados pela condição financeira e ao mesmo tempo, unidos pelos problemas e dores.

Andei pesquisando sobre essa síndrome e o que achei de mais próximo está ligado a tão temida esquizofrenia (você vê e imagina coisas, sons e pessoas). No caso da Quinha a gente percebe um subterfúgio para sobreviver.

Ao termino da leitura me peguei pensando em como seria rico a indicação dele para um debate em sala de aula? Além de muito bem escrito o enredo foi bem trabalhado e levanta uma crítica social que desmascara a muitos. Agora percebo o porquê de ter ganhado o Prêmio Literário Dalcídio Jurandir.

A narrativa em terceira pessoa é constante, mas os pensamentos, diálogos e as mensagens deixadas nas redes sociais dão a leveza. Foi uma experiência diferente que me surpreendeu. O gênero está indicado entre os romances e por conta própria eu incluí na minha lista de drama, ele é profundo, uma genuína literatura contemporânea brasileira e torno a repetir, intensa.

“As pessoas precisam de um lugar para onde voltar no fim do dia. Precisam de um lugar onde possam dormir abraçadas àqueles que amam, mesmo que o objeto do abraço seja um cachorro. Precisam de um lugar que as proteja da chuva.”


site: https://www.leituraromancecafe.com.br/
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Junior.Silva 20/05/2018

Resenha postada no site Leitor Compulsivo
Hoje vamos conhecer a história de Quinha, uma jovem que vive em uma luxuosa cobertura na zona sul do Rio de Janeiro e sofre da Síndrome de Pessoas Inexistentes, tirando a possibilidade de qualquer tipo de socialização com seus familiares. No outro lado, conhecemos Paco, um rapaz que ficou paraplégico depois de uma acidente e vive em uma instalação improvisada após a família ser despejada de sua casa. Mesmo em universos tão diferentes, ambos se encontram através das redes sociais, e mergulham em uma aventura emocionante de descobertas e recomeços.

Em “O Terraço e a Caverna”, Maurício Limeira cria uma história ousada, fugindo do que estamos habitualmente acostumados a ver nos livros nacionais, mas muito bem construída, através das fragilidades de seus personagens. A forma como o autor aproxima dois universos tão distintos através dos dramas vividos por Quinha e Paco foi incrível e surpreendente, resultando em um leitura fluida e agradável. Com isso, dificilmente não nos apegamos a cada um deles ou daqueles que os cercam, seja nos pais desesperados que tentam de todas as formas resgatar sua filha da escuridão ou dos familiares que se viram no meio da rua, sem uma perspectiva de um amanhã melhor.

O livro traz como pano de fundo uma forte crítica social, mesmo que esse não seja o objetivo central da história. É difícil não refletir na forma como a família de Paco teve que se virar para sobreviver após ser despejada e fazer, mesmo que cheio de ilegalidades, de tudo para que ele pudesse, através das redes sociais, ter uma alternativa de socialização.

A história consegue mostrar todas as credenciais de um grande livro, tem um enredo muito coerente e o autor consegue transmitir, com muita segurança e clareza, a sua mensagem. Se por vezes o caminho seguido acaba sendo previsível, ao terminar de ler a obra e olharmos a mesma como um todo fica difícil pensar em algo diferente sem manchar a integridade da história. Temos aqui um livro emocionante de duas pessoas que mesmo vivendo em mundos distintos, se encontram para criarem um novo sentido ao que parecia tão obscuro.

Particularmente, achei o epílogo da obra dispensável. Apesar da coerência com todo o universo fantástico criado pela imaginação de Quinha, não vi muito sentido ou necessidade desse complemento após o livro ter sido finalizado de forma bem satisfatória, mas acredito que esse ponto é muito pessoal, sendo interpretada de formas diferente por cada leitor.

Um fato que acho bem legal de compartilhar é que o livro foi um dos ganhadores do Prêmio Literário Dalcídio Jurandir, componente de um programa de incentivo da Fundação Cultural do Pará, que em 2016 publicou 12 obras de autores nacionais. O programa da fundação vem fazendo um trabalho que merece todo o destaque, dando espaço a autores nacionais que nem sempre encontram as portas abertas nas grandes editoras.

site: http://leitorcompulsivo.com.br
Alessandra @leituraromancecafe 07/08/2020minha estante
Concordo com você, este é um grande livro. Intenso. Me encantei com as histórias e sofri diante de tanta dor dos personagens.




Jaíne 03/05/2018

Emocionante!
"O Terraço e a Caverna", do autor Maurício Limeira, foi uma das obras ganhadoras do concurso literário da Fundação Cultural do Pará, recebendo o Prêmio Literário FCP - 2015.
E agora, eis que chega as nossas mãos, do Mundo das Resenhas, para uma merecida resenha, então vamos lá!

"O Terraço e a Caverna", nos apresenta a histórias de dois personagens que em comum, não tem quase nada.
Quinha, é uma menina que vive numa cobertura na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Paco, é um menino que após ter sido despejado de sua casa em uma comunidade, foi obrigado a se mudar juntamente com a família para um buraco abandonado de uma obra do metro, que para ele, lembra muito um caverna.
Quinha sofre da Síndrome das Pessoas Inexistentes.
Paco, é cadeirante.
Essas duas crianças dificilmente poderiam ter seus destinos cruzados... Ou será que poderiam?

Já pensou viver em um mundo onde você é o único ser humano que existe? Um mundo onde um gato pode falar com você e até voar? Esse é o mundo de Quinha, mais especificamente, o mundo que ela criou.
Por sofrer da Síndrome das Pessoas Inexistentes, Quinha bloqueia da sua mente todos os seres humanos ao seu redor e por isso, vive num mundo solitário, cuja única companhia é um gato bem provocador.
Boa parte da história nos mostra Quinha em seus diálogos incessantes com seu amigo gato, e outra parte, nos mostra os dramas da vida de Paco, o menino cadeirante e sua vida na "caverna".

A obra é recheada de pensamentos filosóficos e momentos reflexivos que as dificuldades que as duas crianças passam, acabam gerando.
Quinha, com suas reflexões sobre um mundo que lhe dá medo.
Paco, com suas reflexões sobre um mundo, que para ele, só traz dor e ódio.
Muitos poemas entremeiam as páginas dessa história (Quinha gosta muito de escrever poemas) e a profundidade das palavras contidas neles, emocionam muitas vezes.

É uma história onde de um lado, temos um pouco de fantasia, com animais falantes e uma síndrome fictícia... E de outro, temos muita realidade, principalmente quando nos deparamos com as dificuldades da vida de Paco.

Pelo título do livro, achei que o enredo em si, acabaria abordando muitas questões políticas e sociais.
Aquele clichê "vida da menina rica VS vida do menino pobre", mas não é esse o caminho da obra, felizmente!
O autor explora a vida dos personagens de maneira bem diferente da que eu esperava. Focando mais em suas dificuldades e pensamentos pessoais, e deixando para que o leitor subentenda as desigualdades sociais ali representadas.

Foi uma leitura muito cativante para mim, só consegui desgrudar os olhos do livro ao virar a última página e me vi feliz e triste ao mesmo tempo, com o final tão inesperado que li... Gostei bastante!
Mais do que recomendo essa leitura a vocês, pessoal!
Até a próxima!

E para ler a essa e outras resenhas, acessem:

site: mundodasresenhas.com.br
Alessandra @leituraromancecafe 07/08/2020minha estante
O autor foi muito feliz na escrita dessa obra, sua sensibilidade me tocou.




Roberta.Souza 15/12/2017

Um trecho
O Terraço e a Caverna é um livro escrito pelo autor Mauricio Limeira, publicação da Fundação Cultural do Estado do Pará, tem 276 páginas. É narrado em 1° pessoa e divididos em vários capítulos. A história se inicia no Rio de Janeiro, mais com os acontecimentos o cenário transforma e passa por vários locais.
Alessandra @leituraromancecafe 07/08/2020minha estante
Que leitura rica, carregada e mensagens profundas. Vidas marcadas pela dor e ainda assim abraçadas por pessoas amadas.




Literatura Presente 18/10/2017

Resenha – O Terraço e a Caverna – Maurício Limeira
Este livro conta a história de duas crianças muito especiais que vivem em ambientes totalmente opostos, mas passam por problemas semelhantes. Quinha é uma menina de 11 anos que mora em uma bela cobertura bem localizada no Rio de Janeiro. Durante o tempo em que frequentou a escola, Quinha passou por diversas experiências traumáticas que acabou por desencadear uma Síndrome chamada de Síndrome das Pessoas Inexistentes. A pessoa que tem essa doença não enxerga nem escuta nenhum ser humano e assim, Quinha vive isolada em um mundo no qual se comunica apenas com um gato imaginário chamado Moisés. Só que esse gato não é uma boa influência para Quinha, pois ele faz com que ela se isole cada vez mais. Além disso, ele leva a menina a vivenciar muitos devaneios como andar pelas nuvens, ver seus reflexos em uma sala cheia de espelhos…

Como uma tentativa de proteger a filha, os pais de Quinha não a levam para muitos lugares, assim, ela fica a maior parte do tempo no terraço da cobertura. Às vezes seu avô fica tocando para ela, enquanto ela observa a rua, as folhas, os pássaros.

Em outro lugar da mesma cidade vive Paco, um menino que se tornou cadeirante ainda bem pequeno devido a um descuido do pai. No período em que frequentou a escola, sofreu muito bullyng e acabou por abandoná-la. Paco e sua família foram obrigados a deixar a comunidade onde moravam e acabaram indo viver em um buraco resultante das obras do metrô. Nesse local onde Paco mora com a família é um lugar de difícil acesso e para um cadeirante, é praticamente impossível que ele saia sem a ajuda de alguém. Como não recebe muita atenção dos familiares, Paco passa a maior parte do tempo em uma rede social. Para isso, ele utiliza o computador que uma professora conseguiu para ele.

Quinha encontra na internet uma forma de se comunicar com outras pessoas. Na verdade, ela acredita se tratar de personagens e através de uma rede social ela começa a ver na sua timeline os desabafos de um garoto. Eles começam a se comunicar e quando os pais de Quinha percebe que a filha está se comunicando com alguém, mesmo que no mundo virtual, eles criam perfis falsos para tentar se comunicar com a filha, mas ela não responde a eles.

A vida de Quinha e Paco ainda nos revelará muitas surpresas e emoções. Acreditem, essa história e bastante rica e reflexiva. Não tem como não nos colocarmos no lugar dos personagens e realmente sentirmos o que eles sentem. Me coloquei no lugar da mãe de Quinha e sentia o seu desespero ao ver a filha naquele estado e não poder saber o que se passava com ela. Creio que cada leitor irá se identificar de alguma forma com essa história.

Narrado em terceira pessoa, a obra de Maurício Limeira apresenta uma história surpreendente, com uma trama bastante original, além de uma linguagem simples o que faz com a leitura seja agradável e instigante. No livro O Terraço e a Caverna é possível perceber que o autor aborda aspectos psicológicos e sociais mediante a vivência dos personagens principais, que por sinal são bem construídos que encantam o leitor.

site: https://literaturapresente.com/resenha-o-terraco-e-a-caverna-mauricio-limeira/
Alessandra @leituraromancecafe 07/08/2020minha estante
Quando li o título fiquei sem entender. Conforme discorri na leitura percebi o quanto tem tudo a ver. Alguns vivem em terraços e ainda assim estão cercados pelos problemas da vida.




literatamy 27/08/2017

O terraço e a caverna
O terraço e a caverna, de Maurício Limeira, livro ganhador do prêmio Dalcídio Jurandir em 2015, é um romance que recupera duas personagens marginais à sua maneira. Física e socialmente distantes, Quinha, com onze anos, e Paco, com doze, despropositadamente aproximam-se pelo isolamento em que vivem ambos.
Residente da zona sul do Rio de Janeiro, em uma luxuosa cobertura, depois de passar por experiências traumáticas na escola Quinha desenvolve a Síndrome das Pessoas Inexistentes, transtorno psicológico que a impede de ver, ouvir e se relacionar com outros seres humanos. A disfunção surge como um bloqueio da menina contra aquilo que outrora lhe causara mal, mantendo-a numa ilha interna que lhe concede certa resistência à inevitável crueldade das pessoas.
Como apoio ao retiro de Quinha, sua mente projeta Moisés, um gato que incentiva as tendências solitárias da criança e a impossibilita de agir por si só. O único mar aberto pelo felino é o da interioridade da protagonista, que graças a ele passa a mergulhar cada vez mais fundo em suas próprias águas. Quinha agarra-se ao próprio delírio como a uma tábua de salvação que facilita o distanciar-se das outras pessoas. Criação de sua mente, o arguto bichano é dotado de uma inteligência questionadora que reflete a curiosidade velada da criança. Moisés guia Quinha por labirintos íntimos repletos de fortes símbolos, como espelhos e nuvens, que a levam a um tipo latente de autoflagelo, na medida em que ela mesma também pertence à categoria humana de que pretende esconder-se.
É apenas através da internet que a garotinha entra em contato com outras pessoas, a quem ela considera personagens. Quinha lê as histórias criadas por essas figuras sem jamais respondê-las, absorvendo-as como narrativas inventadas. Em um desses passeios pela rede, a menina acaba por conhecer um garoto de postagens agressivas e coléricas que a instigam.
Do outro lado da tela computadorizada está Paco, menino paraplégico que vive em um miserável espaço subterrâneo, produto de uma obra inacabada do metrô da cidade. Ele apelida a sua casa de “caverna”, onde está fadado a recolher-se, dadas suas condições físicas e econômicas.
Enquanto Quinha empenha-se em conservar-se apartada em si mesma, o mais afastada possível de sua família, Paco, pelo contrário, dedica-se a conquistar a atenção paterna que lhe é negada. O menino busca aproximar-se de seus familiares e enxerga no convívio interpessoal uma promessa de felicidade, promessa esta inalcançável. Nos seus textos publicados online, Paco transmite uma hostilidade decorrente da condição de não-pertencimento a que está submetido.
Ela lê histórias, ele as escreve. O mundo virtual oferece a ambos muito mais esperança do que o mundo real é capaz de lhes ofertar, aproximando-os pelo semelhante isolamento dos dois. Paco está condenado a viver em uma caverna real, enquanto Quinha opta pelo recolhimento em uma caverna imaginária, cada qual com sua própria deficiência. Nessa espécie de alegoria platônica, o garoto, ciente da grandeza do mundo, desperta na menina a vontade de deixar marcas, de permanecer. Assim como no mito da caverna de Platão, a solução está em permitir-se enxergar mais do que acostumou-se a ver, para então acessar a própria interioridade a partir da alteridade.
Assim, Quinha e Paco, de classes sociais e residências extremamente opostas, associam-se por fraquezas comuns e promovem transformações irreversíveis na vida um do outro. Escrito com sensibilidade e lucidez, explorando aspectos sociais e psicológicos por meio de metáforas e descrições realistas, O terraço e a caverna propõe ao leitor um exercício de pensar o outro, de deixar a caverna particular para explorar os terrenos desconhecidos do próximo, de modo a redecorar a própria subjetividade.

Tamy Ghannam (contato@literatamy.com)

site: www.literatamy.com/o-terraco-e-caverna
Alessandra @leituraromancecafe 07/08/2020minha estante
Uma leitura rica, com toque dramático e profundo. Amei a sensibilidade de autor.




Arca Literária 21/06/2017

resenha disponivel a partir do dia 26/06/2017 no link http://www.arcaliteraria.com.br/o-terraco-e-a-caverna-mauricio-limeira

site: http://www.arcaliteraria.com.br/o-terraco-e-a-caverna-mauricio-limeira
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