The Belles

The Belles Dhonielle Clayton




Resenhas - The Belles


3 encontrados | exibindo 1 a 3


Lauraa Machado 23/03/2019

Uma leitura que vale a pena!
Nota verdadeira: 3,5.

Para quem acompanha minhas resenhas, já deve ter ficado claro que eu amo fantasia. Amo. Amo, amo, amo. Sempre que passo uns três livros lendo outro gênero, sinto falta e preciso voltar para fantasia. Gosto até das fantasias com enredos batidos, mas fico bem feliz quando encontro uma como The Belles, com uma proposta tão única.

Quero deixar claro, antes de mais nada, que eu recomendo a leitura desse livro, que ele vale a pena e que espero coisas maravilhosas do segundo. Dito isso, vou ter que admitir que esperava mais e os problemas que encontrei aqui poderiam ter sido facilmente resolvidos. Isso é um pouco triste, mas eu realmente acho que o segundo livro será melhor, primeiro porque o universo em que se passa a história já estará mais estabelecido e também porque eu já saberei o que esperar.

A escrita da autora não é nada ruim, mas minha primeira crítica é para ela. Tem metáforas demais. É um mundo onde coisas impossíveis do nosso acontecem, então muitas vezes me peguei tendo que parar e pensar para decidir se o que a autora tinha falado era mesmo uma metáfora ou algo que literalmente era daquele jeito. Isso aconteceu mais no começo do que no fim, mas aconteceu demais. Outra coisa que ela fez foi inventar criaturas e termos desnecessários, em uma tentativa de criar ambientação, claramente, mas que me confundiu bem também.

A ambientação do livro é maravilhosa e não tem como você não se sentir nesse universo completamente, mas eu tenho outra crítica: ela descreve tudo demais. No começo, é necessário, mas quando o livro já está em sua rota final e o leitor já está familiarizado com a cultura desse país, não tem pra que ficar descrevendo todas as comidas em cima da mesa do cômodo em que a protagonista entrou. Ela faz isso até o último capítulo, com várias coisas irrelevantes para as cenas, listas enormes de detalhes que eu comecei a ler por cima para chegar no que realmente importava.

Além disso, tive um problema com o enredo. Nas primeiras cem páginas mais ou menos, ele é um enrolação enorme de cenas praticamente inúteis, mas o pior é como tudo acontece rápido demais, de uma cena a outra sem muito desenvolvimento. Todo o enredo é assim, apressado, com acontecimentos que deveriam ser enormes e ter um peso grande acontecendo rápido demais, indo de um a outro sem tempo para absorver tudo. Sim, isso significa que a história acaba pegando um ritmo acelerado e corre rápido, mas não foi muito do meu gosto.

E o romance, infelizmente, desaponta e muito. Primeiro, que nem deveria ter romance. Nem tem espaço para ele, dá para ver que sua presença foi forçada. Segundo, que, se fosse para ter romance, eu votaria no par da protagonista ser a Amber, porque elas têm muito mais química do que a Camellia com qualquer um dos carinhas - que, sim, provavelmente vão formar um triângulo amoroso insosso. O desenvolvimento do romance desde o começo foi sem graça, seu final nada surpreendente e segue sendo a única coisa pela qual não estou animada no segundo livro.

Ainda tenho duas outras coisas para criticar. A próxima é a Camellia, que é até bem okay para protagonista, não tem nada de muito errado nela. Ela só é bem ingênua e sem atitude. Sabe que não pode confiar em todo mundo, mas não desconfia realmente de ninguém e nem suspeita de nada. Isso foi um pouco irritante, mas, pior, só os buracos enormes no enredo sobre como são as vidas das Belles, qual sua verdadeira história de vida. Na verdade, tem vários pequenos buracos no livro todo, mas eu costumo perdoar esse tipo de coisa até a série acabar. Difícil é só perdoar erros mesmo, mas todos aqui são minúsculos.

Posso falar do que eu gosto no livro agora? E de por que eu acho que vale muito a pena ler essa história? A crítica ao que é considerado bonito e à obsessão das pessoas em sempre serem as mais bonitas e especiais foi ótima. Era absolutamente necessária e fiquei mega feliz de ver que a autora não decepcionou nesse quesito.

Também amei que, apesar desse mundo ser tão brilhante e perfeito por fora, tem várias coisas terríveis nele que aparecem desde o começo do livro. O lado podre e doentio de uma sociedade que prefere gastar dinheiro em beleza do que em comida fica bem claro pela vida da corte. Gostei muito também da explicação de como funciona esse "poder" delas de modificar alguém e de todas as cenas em que a Camille o usava.

E eu estou louca para ver o que vai acontecer no segundo livro, para rever Camille e suas irmãs e para ver que revolução elas vão criar. Dá para ver o potencial dessa duologia e eu estou louca para descobrir como termina. Apesar de todas as minhas críticas, ainda acho que vale muito a pena ler esse livro!
comentários(0)comente



Queria Estar Lendo 05/03/2019

Resenha: The Belles
The Belles, da autora Dhonielle Clayton, fala sobre um mundo onde a beleza é o maior poder; um mundo desfigurado pela maldição de um deus que encontrou salvação nas mãos de uma deusa. Suas filhas, as Belles, são as responsáveis por dar beleza ao mundo - mas todo poder vem com um preço.

Camellia está prestes a se "formar" como Belle. A cerimônia de escolha da Favorita da rainha vai acontecer e se tornar a Favorita é tudo pelo que ela mais lutou - ao perder o posto para uma de suas irmãs, o mundo de Camellia parece também perder o sentido.

Eis que uma reviravolta a coloca de volta ao palácio, sob os cuidados da rainha; a segunda opção porque, misteriosamente, a primeira não deu certo. Enquanto se ajusta às regras e ordens que precisa seguir, Camellia vai aprender que os sonhos de glória que tanto cultivou talvez não sejam mais do que um grande pesadelo.

Dhonielle Clayton me conquistou logo nas primeiras páginas. Ela estabelece esse mundo onde a Deusa da Beleza dá cor e formas a todos os seres humanos porque uma maldição antiga os tornou cinzentos e sem vida; suas filhas na terra, as Belles, carregam seu poder de moldar os corpos das pessoas de acordo com o que essas pessoas desejam - o que significa que exageros e absurdos são vistos como parte da moda. As tendências guiam a mágica e o poder define o que é belo.

"Mamãe costumava dizer que somos feitas de pó de estrelas, que nascemos da Deusa da Beleza, e devemos visualizar a magia arcana como um cometa caindo sobre nós."

Camellia foi treinada, desde pequena, a obedecer e amar o que ela representa. Uma Belle é raridade, é exceção, é o toque divino no mundo - é a preciosidade do reino de Orléans. Mas é também uma peça no jogo de política e interesses que ronda a corte, em especial, os membros da coroa.

Minha surpresa ao ler esse livro foi encontrar tanto horror em meio as coisas belas - e esse é justamente o ponto crítico da obra. Até onde as pessoas vão pela beleza, pelo status, pelo glamour. Pela glória. O monstro está atrás das coisas mais belas e delicadas, escondido onde você menos espera.

"- Mentiras são perigosas como espadas. Elas podem cortar até o osso."

Enquanto Camellia é uma peça, as personagens ao seu redor moldam o tabuleiro por onde ela se movimenta. Algumas são aliadas, outras são inimigas disfarçadas; a tensão gerada pela trama e inocência da protagonista muitas vezes servem para nos enganar, e é um ponto muito positivo nessa história toda.

A única coisa que me tirou um pouco do sério na construção da personagem principal foi que sua inocência por vezes soava como burrice; dava para entender algumas atitudes, mas outras, em determinados momentos, eram só falta de racionalidade da mais pura. Não dá pra perdoar algumas coisas que Camellia fez pura e simplesmente por não PRESTAR ATENÇÃO EM SINAIS ÓBVIOS. Passado o rancor por isso, eu ainda a considero uma ótima protagonista. Com potencial grandioso de representar uma revolução.

"- Ninguém é prisioneiro aqui. Até você tem o poder de fazer suas próprias escolhas."

Sua relação com as irmãs de criação, as outras Belles, é muito do que guia Camellia entre os momentos mais terríveis e desafiadores. Gostei de como a trama deu atenção para a irmandade entre elas, como existe aquela rivalidade intrínseca pelo que elas foram obrigadas a desejar - o poder - e como existe empatia e amor acima disso. Sua relação com Amber, principalmente, é uma das mais interessantes do livro; abraça exatamente tudo que eu citei, com um desenvolvimento para lá de surpreendente.

O romance apresentado na história talvez tenha sido o mais superficial - ainda que eu entenda sua levianidade e como, na situação de Camellia, se apaixonar venha mais dos momentos rápidos e do proibido, gostaria de ter tido mais momentos para amar o ship tanto quanto amei os personagens. Auguste é filho de um figurão político e dono de uma presença marcante, sarcástica - bem fácil de te conquistar. Sua relação com Camellia envolve provocações e flertes discretos mas, sendo uma Belle, ela é proibida de amar; de sentir.

Quando isso é colocado em jogo, no entanto, os flertes e provocações servem para faiscar alguma coisa que a garota ainda não entende, mas quer entender. A pequena chama rebelde que se estende até outras emoções, com o decorrer da história - raiva, angústia, confusão. Eu espero ver mais do ship no próximo livro porque o potencial está ali.

"- Consegue sentir isso?
- Sim.
- Amor é quando dois corações batem em uníssono."

PORÉM, por falar em potencial, existe uma segunda possibilidade que eu gosto muito mais: Rémy é o guarda pessoal de Camellia e, embora sua relação envolva mais companheirismo e construção de confiança, dá pra sentir que algo pode existir ali. É menos explícito que com Auguste, mas é igualmente superficial - pode ganhar outros tons na sequência? Com certeza. E meu coração pede por isso.

Para quem não gosta de triângulos amorosos ou mesmo de romances que roubem demais a atenção da trama, esse livro com certeza é uma boa pedida - o foco está na protagonista, na sua jornada, nos contrastes entre o belo e o terrível.

A sociedade de Órleans é doente, e tal obsessão é perfeitamente representada pela psicopatia da princesa Sophia. Meu sem or eterno, que MEDO dessa guria. Falo psicopata com tranquilidade porque o modo como ela age, com frieza e desesperador controle, faz parecer que estamos lidando com uma crescente ameaça - em muitas cenas eu me vi puxando os cabelos em temor pela Camellia.

Uma coisa que eu adorei nessa sociedade perfeita dela é como, mesmo abraçando a representatividade - com uma protagonista negra e o belo não sendo representado por uma cor de pele padrão -, ainda puxa um espaço para discutir o que é, realmente, beleza. Uma cintura fina? Extremamente fina? Um corpo magro? Um corpo gordo? A tendência do momento representa o que é perfeito ou é só manipulação?

The Belles mistura fantasia e realidade para construir uma história que amedronta e abre sua mente. O trabalho da Dhonielle é primoroso; ela pinta um mundo perfeito para descamar, lentamente, os seus muitos defeitos.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2019/03/resenha-belles.html
comentários(0)comente



Sarah Warman/ @travelholic_sarah 22/02/2018

O ano passado quando ouvi sobre esse livro eu fiquei super interessada, comprei na pré venda e chegou certinho no dia do lançamento.
No mesmo dia foi lançado Immortal Reign e eu li em 1 dia, tem resenha aqui.
Depois de uns dias resolvi ler esse, demorou mas finalmente terminei.
Eu demorei um pouco para ler, pq a primeira metade e bem lenta.
A escrita é linda, o mundo muito interessante. O poder e mágica das Belles são únicos,fascinantes e assustadores.

Elas existem para fazerem as pessoas bonitas e assim felizes. Mas tem sempre aquele que quer mais e mais.

A personagem principal Camellia e boa, tem empatia, coragem e determinação. Mas teve varias momentos que ela me irritou e me fez virar o olho.

O romance é de leve, não tem muito, mas eu.acho que tem tudo para melhorar nos próximos livros.

O livro é um bom começo de uma série que tem tudo para ser maravilhosa. Espero que chegue logo no Brasil para vocês.
comentários(0)comente



3 encontrados | exibindo 1 a 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR