Bíblia - Novo Testamento

Bíblia - Novo Testamento Frederico Lourenço




Resenhas -


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Alan Martins 04/07/2017

Uma proposta de se manter o mais fiel possível ao texto original
“Porque a verdade é esta: tanto crentes como não crentes andaremos com Jesus na nossa cabeça, enquanto houver seres humanos na Terra”. (LOURENÇO, Frederico. In: Bíblia, Novo Testamento: os quatro Evangelhos vol. 1. Companhia das Letras, 2017, p. 37)

A editora Companhia das Letras apostou em um projeto ambicioso ao decidir publicar, no Brasil, essa nova tradução da Bíblia. Trata-se de uma tradução feita direta da língua grega, pelo português Frederico Lourenço. Não é apenas mais uma edição desse livro milenar, mas sim uma proposta de se manter o mais fiel possível ao texto original. Para crentes e não crentes existe um fato: a Bíblia é uma parte importante da moral ocidental e guarda diversos segredos. Este primeiro volume abrange os quatro Evangelhos do Novo Testamento. São livros que apresentam os ensinamentos de Jesus, sendo esses ensinamentos a base para o Cristianismo.

ESTUDANDO A LÍNGUA GREGA
Frederico Lourenço é um professor universitário que estuda línguas antigas, principalmente o grego. Seu grande interesse é o grego clássico. Já traduziu obras como ‘Ilíada’ e ‘A odisseia’, de Homero (marcos da literatura grega), ambas publicadas pela Companhia das Letras em parceria com a Penguin.

Como ele nos explica na introdução dessa edição do Novo Testamento, os quatro Evangelhos foram escritos, originalmente, em grego koiné, uma forma “popular” da língua grega, que se difere do grego clássico. As versões completas mais preservadas já encontradas desses livros datam do século IV, sendo essa tradução realizada a partir do que se lê nesses originais tão antigos.

Para Lourenço, a Bíblia é um livro (um conjunto de livros) que marcam uma língua e refletem um período da história da humanidade, além de ser um belo marco da literatura grega. Por isso ele decidiu se empenhar em um projeto bem ambicioso.

“Digo-vos: haverá mais alegria no céu por um só pecador que se arrependa do que por noventa e nove justos que não necessitam de mudança”. (Lucas, 15-7, p. 278)

DIFERENTES VERSÕES DA BÍBLIA
É possível encontrar diversas versões da Bíblia, além de diversas traduções. A Septuaginta, ou Bíblia dos Setenta (LXX), é a mais antiga tradução do Antigo Testamento (sendo as línguas originais desses livros o hebraico e o aramaico) para o grego. Reza a lenda — e não passa de lenda — que essa tradução foi elaborada por 72 estudiosos, daí o seu nome. Sendo isso verdade ou não, o que se pode afirmar é a crescente helenização da cultura judaica no século II A.C..

A Bíblia dos Setenta é formada por 53 livros, e junto com os 27 livros do Novo Testamento, contará com 80 livros no total; o que difere das Bíblias católicas e evangélicas, que contam com 73 e 66 livros respectivamente. Isso se deve ao fato dessas religiões excluírem certos livros de suas versões da Bíblia.

“E tal como quereis que convosco procedam as pessoas, procedei com elas do mesmo modo”. (Lucas, 6,31, p. 246)

A MAIS COMPLETA TRADUÇÃO PARA A LÍNGUA PORTUGUESA
O fato de o NT ter sido escrito em grego e o de que a versão com maior quantidade de livros ser a Septuaginta, também escrita em grego, foram importantes para Lourenço querer iniciar esse projeto que pretende ser a mais completa tradução Bíblia grega para o idioma português.

Por estudar o grego clássico, o tradutor preza pela fidelidade do texto, algo que se difere de outras edições traduzidas de outros idiomas, como do latim ou do inglês. Além de que muitas edições foram modificadas por copistas ao longo do tempo (antigamente, pessoas copiavam e escreviam à mão os livros e acabavam mudando uma coisinha aqui e ali). Outra preocupação do tradutor são as traduções feitas sob as lentes das religiões, que acabam modificando não a trama em si, mas os pormenores do grego e do hebraico.

Essa edição será dividida em seis volumes e pretende ser fiel aos escritos do primeiro cristianismo, no caso do Novo Testamento.

“Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e então verás melhor para tirares o cisco do olho do teu irmão”. (Mateus, 7,5, p.82)

UMA EDIÇÃO CRÍTICA
O que pode haver de crítico? Bem, essa palavra é empregada aqui no sentido de ser crítico quanto à tradução. Além disso, o tradutor cita uma vasta bibliografia para basear suas inúmeras notas de rodapé.

Lourenço procura interpretar o texto de uma maneira não-teológica, e sim pela beleza do texto em si, pela sua escrita. Também faz diversas comparações entre os quatro Evangelhos, que apresentam diferenças entre si e às vezes algumas contradições. Um outro fato interessante é o de que diversas passagens do Antigo Testamento da versão LXX estão presentes no Novo Testamento, o que mostra a importância dessa versão, como ela era difundida na época dos evangelistas.

Dentre essas diferenças entre os Evangelhos, podemos notar que a única vez que o nascimento de Jesus ocorre numa manjedoura é em Lucas, e apenas em João ele carrega a sua cruz até Calvário, pois nos outros três Evangelhos essa tarefa é dada a um homem que está observando a situação.

São comparações com interesse literário e histórico, já que pesquisadores da Bíblia ainda não possuem um consenso sobre a autoria dos Evangelhos, pois que nenhum é assinado por algum autor. As notas de rodapé também mostram o cuidado do tradutor ao escolher as palavras que mais se adéquam, sendo esse um grande trabalho de filologia e semântica.

“[…] chegamos à conclusão de que quase 30% do texto do Novo Testamento é de autoria desse escritor delicado e sensível, cuja obra marcou de forma indelével não só o cristianismo, mas a espiritualidade e a cultura universais”. (LOURENÇO, Frederico, p. 220)

A EDIÇÃO
A editora teve um grande cuidado com essa edição. É um livro com capa dura, com uma arte que imita uma de textura de escama. A capa possui uma jaqueta, sendo assim uma parte removível, que é a parte onde está escrito o título e o nome do tradutor. O papel utilizado para as páginas é o Pólen Soft, com uma boa diagramação e bom tamanho de fonte. Para marcar as páginas, a edição conta com uma fitinha de tecido. Não foram encontrados erros ortográficos durante a leitura.

Sobre a tradução, o que se pode dizer é que Frederico Lourenço mostrou bastante empenho e dedicação, querendo fazer sempre o melhor possível. Isso fica evidente em suas notas introdutórias aos Evangelhos e na primeira introdução presente nessa edição. Nessas introduções ele comenta sobre a linguagem, sobre as habilidades artísticas dos autores e sobre o que está por vir; o que demonstra a admiração do tradutor pela Bíblia, sua importância linguística e histórica. O trabalho de se traduzir de um grego tão antigo é admirável, pois naquele tempo não existiam letras minúsculas, todas eram maiúsculas. O texto também não era marcado por espaços entre as palavras. Então, era mais ou menos assim que se escrevia: OBRIGADOPORVISITARMEUBLOG.

“Por isso, digo-te que estão perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou; mas aquele, a quem pouco se perdoa, pouco ama”. (Lucas, 7,47, p. 251)

CONCLUSÃO
Nunca li a Bíblia, mas sempre tive vontade, pela historicidade, sua influência no mundo e na cultura. Essa edição me chamou a atenção por ser uma tradução voltada para a literatura, não para o lado teológico. Não me arrependi de ter comprado, gostei tanto da parte física da edição, quanto do seu conteúdo.

Como o próprio autor diz na primeira citação que inseri no texto, Jesus está na cabeça de todos, independente da crença, por ser uma figura que influenciou tanto a formação da sociedade ocidental. Seus ensinamentos estão presentes em nossa moral, nas leis, em nossa consciência. Fora as curiosidades que o tradutor nos apresenta. Segundo Lourenço, no tempo em que os Evangelhos foram escritos, era comum que os escritores ditassem o texto a um secretário, que o escrevia. E no tempo de Jesus as leituras eram executadas em público e em voz alta, muito diferente da atual leitura solitária e silenciosa que praticamos hoje em dia.

Recomendo a leitura, pois é um livro que apresenta grande teor histórico, o que contribui para o conhecimento e crescimento pessoal. Além de ser uma boa fonte para buscar a compreensão do mundo moderno, já que o cristianismo dominou boa parte da história do mundo ocidental. Faça como eu, seja curioso, leia pelo conhecimento, não pela religião. Essa edição é muito indicada para isso, por se tratar de uma tradução crítica.

Boa parte dos que leram esse livro não o compreendeu, e muitos dos que não leram, afirmam terem compreendido e o criticam.

Minha nota (de 0 a 5): 4,5

Alan Martins

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site: https://anatomiadapalavra.wordpress.com/2017/07/04/minhas-leituras-25-biblia-novo-testamento-os-quatro-evangelhos/
Mel 04/07/2017minha estante
Ótima resenha!


Alan Martins 04/07/2017minha estante
Muito obrigado!


ton.oliveira.1610 12/11/2018minha estante
excelente!!! Obrigado pela resenha!


anicca 03/08/2021minha estante
Resenha incrível, parabéns.


Alan Martins 03/08/2021minha estante
@liz Valeu!


Onassis Nóbrega 27/03/2024minha estante
Excelente resenha. Já li wm outros tempos, principalmente na tradução Almeida. Agora estou iniciando a leitura desta versão e adorando.




Cristiano.Goes 16/05/2021

BÍBLIA - NOVO TESTAMENTO
Formidável leitura dos quatro evangelhos, em tradução especial. Os detalhes históricos relatados nos comentários engrandecem esta obra histórica. Leitura que nos faz repensar nossa trajetória de vida. A história de Cristo é um exemplo de amor, respeito ao próximo e desprendimento. Leitura obrigatória e que deve sempre ser revisitada.
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Ramon 27/03/2022

...
"Amém vos digo que dificilmente um rico entrará no reino dos céus"

"Ao ser humano, isso é impossível; mas a Deus, tudo é possível"
carloslop__ 08/04/2022minha estante
Venho lendo e tomo, e compartilho da necessidade de salientar a importância deste versículo sobre a pessoa rica. Não sou religioso e me senti muito contemplado por essa edição. Uma grande obra literária.




Jarbas 30/04/2022

Os Evangelhos em Sua Origem
Essa tradução direta do grego pelo especialista Frederico Lourenço é um presente para quem se interessa por traduções, história e religião. O autor faz um minucioso trabalho explicativo (algumas notas de rodapé ocupam três páginas inteiras!) dos verbos em grego e como é difícil sua transliteração para o português. Mesmo se aprofundando nas passagens mais polêmicas ele não deixa de sublinhar a beleza das mensagens de compaixão e fraternidade.
Recomendo tanto para os ateus como eu quanto para os religiosos.
Jonas Felix 12/07/2022minha estante
Doido pra ler tbm




Ilsa Cunha 05/05/2020

Este livro é uma tradução do grego. Ele não é dividido em capítulos e versos como na Bíblia, antes, conta as histórias com conexões que facilitam o entendimento delas.
O autor, Frederico Lourenço, é um acadêmico português muito prestigiado. Sua intenção com esta obra foi trazer uma tradução de alguém que não pertença aos seminários ou à igreja.
Embora ele destaque alguns trechos das falas de Jesus como "as mais sublimes palavras já ditas", ele não se reconhece como cristão.
Como mestre nos clássicos gregos e latinos, ele faz várias comparações com o uso de palavras em outras obras literárias.
Portanto, o que concluí é que a nossa Bíblia e a Bíblia traduzida por ele, não estão nem um pouco distantes.
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Hyerro 01/12/2020

Perfeito
Simplesmente Perfeito toda humanidade deveria ler essa obra de Deus
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Henrique Artuni 02/03/2021

Os mesmos livros, outros
A intensa pesquisa e as notas atentas de Frederico Lourenço, que já me encantou antes com a tradução da Odisseia, fez da leitura dos quatro Evangelhos uma experiência única, em que as diferenças entre cada livro - não apenas em detalhes do enredo - se tornaram fundamentais, da prosa de Matheus à poesia de João.
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Felipe Alado 31/12/2021

Uma tradução necessária.
Eu nunca havia lido a Bíblia e quando tomei conhecimento dessa tradução literária diretamente do grego e de forma não doutrinária, não confessional e não apologética, o interesse despertou.

Uma edição caprichada, com notas de rodapé que contextualizam, comparam os evangelhos e demonstram os riscos e as variantes inerentes ao exercício da tradução, o livro se propõe a nos guiar a descobrir as incríveis riquezas das mensagens e palavras do texto bíblico.
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"Aonde você vai Sam?" 14/07/2022

Parece que estão falando grego!
Quatro versões da mesma história,
Contraditórias entre si,
Contraditórias por si mesmas;
Mesmo assim é tudo Verdade Verdadeira!
Podem torturar e matar quem disser o contrário.

Escravagista,
Patriarcal,
Obscurantista,
Sádico,
...
Sagrado.

Certamente uma das piores leituras que já fiz na vida, sobretudo o evangelho de Lucas, uma das maiores ignomínias já escritas!
Entretanto, muita coisa foi esclarecida; até então pensava que os cristãos haviam deturpado bastante a escritura, mas eles não precisaram, ela já é, originalmente, perversa.
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Lari 21/01/2023

Então, é a Bíblia?rs
Um texto clássico, em que descobri a origem de muitas expressões e seus significados que permanecem na nossa cultura até hoje (como, por exemplo, separar o joio do trigo), bem como a origem de histórias que sempre habitaram meu imaginário, mas só de ouvir falar, sem nunca antes eu ter tido contato com a fonte (como a multiplicação dos pães e peixes - que não sabia que 5 cinco pães e 2 peixes alimentaram 5 mil pessoas; ou a ressurreição de Lazaro - que não sabia que era muito amigo de Jesus, já estava morto há 4 dias e fedendo?).
Detalhes das histórias que adorei conhecer e poder construir minha própria ideia sobre quem foi Jesus, ao invés de acreditar no que outros falam sobre ele. Foi um Rabí, um homem sábio e muito culto, apesar de não ter tido educação formal (na minha visão, um gênio), com profundo conhecimento das escrituras e uma sensibilidade imensa, muito além da violência do seu tempo. Também acredito ter entendido a razão pela qual a sua história comove tanta gente até hoje: uma injustiça como aquela não é facilmente esquecida?mesmo depois de 2 mil anos?
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Gabriela - @livrosdegab 27/09/2022

E depois de quase 5 meses, concluímos o primeiro volume da Bíblia da Companhia das Letras.
.
Pra entender melhor a diferença entre essa edição e as edições populares da Bíblia, segue texto da própria Companhia das Letras:
“Com apresentação, tradução e notas de Frederico Lourenço, tradutor premiado que já verteu para o português obras clássicas como Ilíada e Odisseia, esta edição, que será composta por seis volumes, toma por base o texto original do Novo Testamento, com seus 27 livros, e a versão grega do Antigo Testamento, também conhecida como "Bíblia dos Setenta", composta por 53 livros originalmente escritos em hebraico e traduzidos para o grego no século III a.C.
Trata-se, portanto, da versão mais completa que há da Bíblia, na qual figuram inclusive partes que viriam a ser excluídas do cânone definitivo. Além disso, a versão grega traz sutis diferenças em relação à hebraica, de modo que ler o livro de Gênesis ou o Cântico dos Cânticos numa tradução que toma como base a variante grega é ler um novo texto.”
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O volume I é composto dos 4 evangelhos do Novo Testamento: Mateus, Marcos, Lucas e João. O meu maior contato com esses textos até hoje foi através do “Evangelho segundo o Espiritismo”, de Alan Kardec, onde constam apenas algumas passagem e esclarecimentos, que foram de fundamental importância para as discussões ao longo da leitura.
.
Não vou me estender no conteúdo propriamente dito pois ele é praticamente universal (apesar de muitos não seguirem o mínimo do que é ensinado nele).
Pra mim foi uma boa experiência de leitura conjunta. Os textos e ensinamentos de amor e fé são atemporais, porém confesso que no 3º evangelho eu já tava cansada. Eu não fazia ideia, por exemplo, de que eles eram tão repetitivos. As notas de tradução também são bem extensas, mesmo que muito interessantes.
Acredito que a leitura inicial de uma edição padrão fluísse melhor pra mim, recomendo muito essa edição a quem já conhecem bastante os textos e querem se aprofundar um pouco mais nos detalhes da linguagem e seus históricos.
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Diego 04/02/2023

A Bíblia.
Sou cristão, então, meu entendimento do livro, provavelmente, será diferente do entendimento de um ateu e com certeza será enviesado.

Não consigo escrever uma resenha propriamente dito, mas ler os quatro evangelhos sob uma perspectiva humana (li assistindo a primeira temporada de The Chosen - recomendo -e alguns trechos da série no youtube) me fez reencontrar ou encontrar um Jesus mais...humano. Interpretar como as coisas foram escritas na época em que saber ler era um privilégio de pouquíssimos é meio complicado, por isso, quando lerem a Bíblia, por favor: Interpretem com a época em que ela foi escrita ou de quando se baseou a tradução (raras pessoas são as que sabem grego antigo).

Exemplo: Vocês já leram a Odisseia? Quem leu e falou: NOSSA, QUE INCRÍVEL, ESPETÁCULO, AVENTURA, AÇÃO, AMOR, COISA ÉPICA (sim, extremamente emocionante a Scylla, ou a disputa pela esposa do Odisseu, nossa, quase nem dormi de tanta emoção que foi) ou tá mentindo ou tem um senso de ação diferente da maioria das pessoas. Maluco afirmar que tem mais ação em Odisseia ou Ilíada do que A Tormenta de Espadas (George Martin) tá é usando entorpecente.

Então, por isso, quando for ler a Bíblia, lembrem-se que, via de regra, não há diálogos extensos, não há quase momentos-chaves emocionantes se você não se deixar levar pela história ou ver Jesus simplesmente como um robô! "Por que me importunas mulher? Sabe que minha hora não chegou" - Jesus não era autista e com certeza não foi com atitudes assim que ele angariou multidões.

Enfim, esses dois parágrafos foram mais como exemplo pra dizer que: Se querem ler os quatro evangelhos e não conseguem contextualizar que a pessoa central desse livro era humana, ria, chorava e tudo mais - vejam a série The Chosen também. Não foi pela série que comprei o livro, mas foi com ela que vi que em uma história cheia de fracassos e perdedores, se conseguiu a vitória.

Acho que foi a coisa mais sem nexo que já escrevi na vida, mas não é como se a Bíblia precisasse de alguém como eu pra incentivar alguém a lê-la. De uma sorte ou de outra, isso é uma obra de arte. Leiam, contextualizem, enxerguem quão lindo é tudo, não vão se arrepender.
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Rafael 23/04/2023

A versão mais antiga dos evangelhos
A presente edição vem com a perspectiva de trazer ao leitor uma tradução diretamente do grego para o português dos 4 evangelhos sinóticos: Mateus, Marcos, Lucas e João. Haja vista que esses foram escritos originalmente em grego, ainda no século I depois de Cristo, são os manuscritos mais ?originais? que nós temos. Achei bem interessante a diferença de algumas palavras e expressões em comparação com outras bíblias (essas traduzidas do Latim, que por sua vez foi traduzida dos textos em grego). Ademais, as notas explicativas de Frederico Lourenço auxiliam muito na leitura do texto, trazendo várias questões importantes do ponto de vista acadêmico. E, mesmo com palavras e expressões diferentes, a edição nos mostra a missão e os ensinamentos de Jesus, tão necessários no nosso momento presente. Indico a todos!
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nandadamazio 05/12/2022

A melhor tradução do NT em Língua Portuguesa
Com tanta variedade de versões e traduções da Bíblia, esta se destaca por ser imparcial nas questões teológicas e o mais próxima possível do original grego. As notas de rodapé caprichosamente elaboradas visam elucidar o contexto histórico e não apologético dos textos.

Assim, diferentemente do que você lê na sua Bíblia "tradicional", aqui não é dito que a "virgem" dará à luz, e sim que uma "jovem" o fará, conforme está escrito no texto grego. Assim como também não se lerá que o reino de Deus está "no meio de vós", mas sim que está "dentro" de vós. E você não encontrará uma nota de rodapé usando as palavras de Jesus sobre "dar a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus" para corroborar a cobrança do dízimo, como nas versões evangélicas. São exemplos de como traduções com viés doutrinário podem ajustar o texto para se adequarem aos seus dogmas.

O professor Frederico Lourenço fez um trabalho monumental e necessário. Era o tipo de tradução da Bíblia que estava faltando para aqueles que querem fazer uma imersão nos textos bíblicos de uma forma consciente e racional, sem deixar de apreciar sua grande importância e profunda beleza, porém deixando de lado o fundamentalismo e sem cair nas armadilhas de uma tradução tendenciosa.
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