Cabeça de Turco

Cabeça de Turco Günter Wallraff




Resenhas - Cabeça de Turco


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Isabela Raíssa 21/03/2019

Retrato das minorias étnicas na Alemanha
Escrito por Günter Wallraff, renomado jornalista investigativo alemão, o livro narra as experiências do autor durante os dois anos que passou disfarçado de imigrante turco, sob o nome de Ali.

A obra trata sobretudo das condições de trabalho dos estrangeiros na Alemanha, que, em especial os da Turquia, não possuem emprego estável, recebem salários bem menores do que os operários alemães (quando os recebem integralmente, o que na maioria das vezes não acontece) e trabalham em funções de altíssima periculosidade, sem receber um adicional por isso nem usar equipamentos de proteção.

Na época da investigação (1983-85), mesmo compondo uma população significativa na Alemanha, os turcos são quase invisíveis na sociedade, visto que sofrem discriminação e não participam da sociedade alemã como cidadãos plenos. Muitos deles não têm permissão para ficar no país e vivem sem lugar fixo, geralmente em áreas com estrutura precária.

A leitura é rápida, com linguagem simples e objetiva, típica dos textos jornalísticos, embora a narrativa fique repetitiva em várias partes.

Os registros desfazem a imagem da Alemanha perfeita, mostrando a xenofobia e a corrupção de inúmeras empresas que tiram proveito da mão de obra barata estrangeira.
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Taniel.Ferreira 26/11/2016

A verdadeira vida de um imigrante
Muito bom! Retrata a vida de imigrantes turcos na Alemanha e as verdades atrocidades que sofrem, a diferença que é aplicada no trabalha para turcos e alemães mesmo fazendo o mesmo tipo de serviço, mostra uma realidade que se não fosse essa obra eu jamais imaginaria que houvesse, pois pouco se fala dos turcos na Alemanha e de tudo o que passavam muito bom mesmo vale muito a pena!
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naldho 14/12/2013

Livro em que o autor se coloca na pele dos trabalhadores imigrantes iugoslavos,espanhóis,gregos e principalmente turcos na Alemanha,mostrando a discriminação que estes sofriam ao procurarem emprego.Muito interessante.
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guibre 25/01/2011

No prefácio deste livro, William Waack afirma que para “o leitor brasileiro, muitas das denúncias contidas no livro vão parecer surpreendentemente fracas. Parte delas se refere a não-observância de regras de segurança e comportamento em empresas industriais, ao não-pagamento integral de encargos e benefícios sociais, às formas precárias de atendimento médico e hospitalar, à exploração incontida de mão-de-obra barata. Para os brasileiros isso não constitui a menor novidade...” (p. 15).
Todavia, mesmo que a absurda indiferença com o ser humano que por vezes se encontra em um trabalho degradante, sem um nível mínimo de salubridade no local, sujeito a todo tipo de exploração por inescrupulosos pareça banal ao “leitor brasileiro”, não tive essa percepção ao ler o livro. As denúncias de Wallraff são fortíssimas, ainda mais, como bem indicou Waack, quando se pensa na realidade alemã, de um estado pretensamente provedor, mas que marginaliza significativa camada social, em cuja composição os estrangeiros destacam-se.
O autor, ao disfarçar-se de turco, entra em contato com toda a exclusão e preconceito incidentes em relação aos estrangeiros desprovidos de recursos materiais, os quais estão presentes na Alemanha simplesmente no intuito de obterem melhores condições de vida. Lá, estão sujeitos a todo tipo de ameaça e desrespeito, sendo manejáveis até mesmo para mortais trabalhos em usinas nucleares problemáticas.
Wallraff não se limita ao mercado do trabalho, estendendo suas “revelações” a Igreja Católica, as indústrias farmacêuticas e até mesmo a funerárias (muito embora, neste último caso, a denúncia da opulência e do aproveitamento econômico da morte alheia pareçam um tanto deslocadas em relação ao tema central do livro).
Através de seu trabalho, o repórter revela, de forma minudente, as conseqüências da marginalização de determinados estratos sociais, privados de quaisquer benefícios do Estado, sujeitos que estão a humilhação e controle de exploradores, que inclusive podem fazer com que sejam simplesmente “despachados” de volta para as suas nações de origem, sem qualquer reconhecimento de suas atividades, negando-lhes inclusive a condição de seres humanos, no intuito de garantir maiores lucros aos donos de empresas e intermediários de mão-de-obra.
Debora696 24/08/2011minha estante
O desmantelamento das leis de seguridade social e proteção ao trabalhador, com o pretenso objetivo de redução de custos de mão-de-obra e geração de empregos, levará, em ampla escala, às situações descritas nesse livro.


anicca 30/07/2021minha estante
Bela resenha.




GIPA_RJ 11/03/2010

Estarrecedor!
Não pensei que fosse me deparar com uma realidade tão cruel...

Rezo para que nestes 25 anos algo tenha mudado na Alemanha com relação à discriminação racial , pois o livro é de 1985.
A descrição do trabalho no McDonald´s e da comida é escabrosa!
Berenice.Thais 16/07/2016minha estante
E tão absurdo que depois de tanta morte que ocorreu durante a segunda guerra.esse comportamento de superioridade e apoio ao Hitler ainda tenha tido espaço.espero sinceramente que as coisas tenham mudado....




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