A Desconhecida

A Desconhecida Mary Kubica




Resenhas - A Desconhecida


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Sheila 28/02/2018

Resenha: "A Desconhecida" (Mary Kubica)
Tradução: Fal Azevedo

Por Sheila: Oi pessoas! Como estão? Tudo tranquilo? Se vocês acompanham o blog há bastante tempo já devem saber que terror, suspense e thriller psicológico são as minhas leituras preferidas, e com as quais costumo ser bastante exigente.

Já havia resenhado outro livro da Mary Kubica, A Garota Perfeita, e havia gostado bastante (você pode conferir a resenha aqui). Mas enquanto o livro anterior, apesar de cumprir com o que promete, ou seja, ser um ótimo thriller, acaba um pouco clichezinho, já em "A Desconhecida" a autora consegue se superar.

Heidi é o que se pode chamar de uma pessoa humanitária e altruísta. Trabalhando em uma ONG que visa ao atendimento e acompanhamento de refugiados em Chicago, ela parece ter a família perfeita: casa, marido, uma filha pré-adolescente, faz o que ama e se sente uma abençoada diante das dificuldades que percebe assolarem o mundo.

Principalmente naquela semana chuvosa. De frio intenso. Em que, mais de uma vez, vê aquela pobre menina, uma adolescente, com aspecto de andarilha, com muito pouca roupa para manter-se ao abrigo do tempo que castiga e - horror dos horrores - um bebê à tiracolo, que não para de chorar.
Hesito mais uma vez, desejando fazer alguma coisa, mas não querendo parecer intrusiva ou ofensiva. Há uma linha tênue entre ser solidário ser desrespeitoso, uma linha que nao quero ultrapassar. Pode haver um milhão de motivos para la estar aqui com uma mala, segurando a bebê sob a chuva, um milhão de motivos alem do perturbador pensamento recorrente que me assalta: ela é uma sem teto.
Todo o conflito se estabelece quando Heidi, em um gesto de extrema bondade e altamente impulsivo, resolve levar a menina, Willow, e sua bebê, Ruby, para seu apartamento de dois quartos para abrigá-las pelo que parece ser um tempo indeterminado.
- Por quanto tempo ela vai ficar? - pergunto.
Ela dá de ombros.- Não sei.
- Um dia, uma semana? Por quanto tempo, Heidi? - insisto, aumentando o volume da minha voz. - O que é isso?
- A bebê está com febre.
Aos poucos, vamos descobrindo que a vida de Heidi não é assim tão perfeita. Seu marido, Chris, vive viajando, e há uma sombra de suposta infidelidade pairando sobre o casal devido à colega de trabalho, Cassidy, que mais de uma vez atendeu o celular de seu marido nessas viagens. Além disso, as coisas não parecem ir bem com a filha adolescente, que odeia a tudo e todos - inclusive sua mãe, que já não sabe mais como exercer essa função.

Ficamos ainda mais intrigados pela história pois, assim como no livro escrito anteriormente, a autora vai intercalando passado, presente e futuro em sua escrita, e contando-nos a história por diferentes vozes: as de Willow, Chris e Heidi.

E é Willow quem nos contará do uniforme laranja, usado nos presídios dos EUA, e sobre o longo interrogatório a que esta sendo submetida, bem como de seu desconforto por ter colocado Heidi em uma má situação. Ou seja, já no início, sabemos que a iniciativa de Heidi acaba mal. Só não sabemos por quê.

A trama vai ficando cada vez mais elaborada e complexa, tomando rumos completamente inesperados e acabando em um desfecho, se não surpreendente, no mínimo seriamente inquietante e original. Fazia tempo que uma leitura não me impedia de conciliar o sono por que precisava saber como isso tudo acabaria.

Recomendo!


site: http://www.dear-book.net/2017/10/resenha-desconhecida-mary-kubica.html
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Lorrane Fortunato 02/02/2018

Resenha: A Desconhecida / Dreams & Books
"A ausência faz crescer a saudade."

Meu primeiro contato com a escrita de Mary Kubica foi com A Garota Perfeita. Apesar de haver pontos no livro que me incomodaram, em geral foi uma leitura bem satisfatória.

Por isso, quando soube do lançamento de A Desconhecida, resolvi dar outra chance a autora. Assim que pude, embarquei na leitura de A Desconhecida e foi uma experiência única.

"Ele disse que ninguém acreditaria em mim. Ninguém.
Era a palavra dele contra a minha.
E eu era uma criança. Uma criança que ninguém queria."

A autora conseguiu cativar logo nas primeiras páginas. Os personagens tão complexos e humanos logo despertam sentimentos conflitantes no leitor. Alguns você vai amar, outros você vai odiar e ainda outros vão fazer você passar de ódio a amor ao longo da leitura.

O enredo é maravilhoso e vai intercalando passado e presente. Mais uma vez a autora usa de intercalar pontos de vistas e isso somado a passado/presente não permite que a história fique cansativa em nenhum ponto.

"O mais engraçado das alucinações é que a pessoa pode agir de forma relativamente normal quando está sob efeito delas.
Suas alucinações não o levam inteiramente para fora do reino do possível."

A minha experiência com essa leitura foi muito satisfatória! Sem dúvida, gostei muito mais desse livro do que de A Garota Perfeita.

A escrita da autora é fluida e cativante. A história prende a cada página e faz com que abandonar a leitura seja uma tarefa impossível. O final é surpreendente e terrivelmente angustiante.

“Havia fotos nas paredes, lá naquela casa, fotos da família, eles três abraçados, sorrindo. Felizes.
Era sempre quente lá, um tipo diferente de calor, um calor que você sente de dentro para fora, não de fora para dentro."

Sem dúvida, recomendo muito a leitura de A Desconhecida!
Se você está procurando um triller muito bem desenvolvido e com uma conclusão de tirar o fôlego, esse livro é pra você! :)

"O quanto você pode saber, de verdade, sobre uma pessoa?”

site: www.dreamsandbooks.com
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K.G | @kennedy guedes 27/01/2018

Mary Kubica tem uma grande potencial! E um longo caminho a percorrer ( mas vc chega la miga)
ENTAO EU LI A DESCONHECIDA.... E PACEIRAS TO BEM DIVIDIDA.

Ano passado eu Li Garota Perfeita, dessa mesma autora, e foi um livro que eu gostei bastante, com um final surpreendente, apesar de algumas ressalvas, e nao senti vontade de ler o outro livro da autora, SO QUE ESSA VONTADE CHEGOU! e eu me aventurei por A desconhecida, segundo livro STANDALONE da autora.

Bom, nessa historia nos conhecemos a Haidi, que é uma mulher ja na faixa dos 30, casada com filhos, e sempre que ela pegava o Trem pra ir trabalhar, via na estação uma moça muito jovem, com um bebe de colo, em uma situação de abandono, vivendo nas ruas.
Tocada com a situação ela decide se aproximar da garota pra sua casa, durante uns dias. E a partir dai o livo começa a se desenvolver.

A desconhecida É UM SUSPENSE PSICOLOGICO, que alterna entre 3 DIFERENTES PONTOS DE VISTA, e é escrito de uma forma que a autora consegue TE PRENDER DE UMA MANEIRA, que voce PRECISA saber onde tudo isso vai chegar. Que alem da Trama principal, CADA PERSONAGEM TEM A SUA SUBTRAMA, A vida conjugal do casal, o passado da Willow, e aonde tudo isso vai chegar.

O livros tem cenas muito fortes DE ABUSO, DE VIOLENCIA DOS MAIS VARIADOS TIPOS, mas ao mesmo tempo nao é algo que torna a leitura incomoda.
A tematica me fez pensar " CARALHO, SERA QUE EU FARIA ISSO?" TERIA CORAGEM DE LEVAR ALGUEM PRA MINHA CASA? provavelmente nao.
ou
" CARALHO EU ACEITARIA A AJUDA DE ALGUEM?" provavelmente nao, PORQUE SOU CABREIRA, como se diz aquele ditado todo mundo pode ser um potencial assassino ate que se prove o contrario.

É um suspense psicológico BEM PSICOLOGICO, do jeitim que eu gosto.

Já a narrativa da autora desde garota perfeita, e algo que me incomoda, porque conta as historias de uma forma BEM MONOTONA, por mais que sejam historias morbidas, FALTA VIDA NA ESCRITA DA AUTORA, por mais que prenda, pra mim falta emoção.

O COMEÇO DESSE LIVRO É MUITAAAA ENROLAÇÃO, quase 50 paginas pra acontecer O OBVIOOOO, isso torna o inicio meio chato, e a escrita da autora nao colabora, GAROTA, VAMO DAR UM TCHAM NESSA ESCRITA!

CAMINHOS IMPREVISIVEIS PRA UM FINA 50% PREVISIVEL, tipo, da pra pensar no final, MAS NAO DA PRA SABER COMO ELA VAI CHEGAR NAQUELE FINAL, e claro tem uns elementos a mais.

Eu gostei da historia.
Gostei dos personagens
A escrita da Mary Kubica ainda deixa a desejar pra mim, entao dei 3,5 estrelas pra esse livro.
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Fernanda 14/08/2017

A desconhecida
Resenha no blog:

site: http://www.segredosemlivros.com/2017/08/resenha-desconhecida-mary-kubica.html
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Bia 08/08/2017

Resenha publicada no blog A Culpa é dos Leitores
Imaginem a seguinte situação: dia chuvoso, muito frio, uma estação de trem. Bem ali, ao canto, uma jovem (aparentemente adolescente), segura contra o peito um bebê choroso. Sujos, molhados, com toda certeza ambos tem fome.

Alguns poderiam ignorar essa cena, afinal é algo que infelizmente ocorre muito em cidades grandes. Não Heidi.

Heidi é uma mulher humanitária. Se preocupa com o próximo, trabalha em uma ONG sem fins lucrativos acolhendo refugiados e pessoas em situação de risco. Quando se deparou com essa cena, a mulher não conseguiu tirar o bebê e a jovem de sua cabeça. Queria fazer algo para ajudar aquela desconhecida.

Heidi é casada com Chris. Seu marido é totalmente o oposto da mulher. Enquanto ela se preocupa com a pobreza, Chris se preocupa com a riqueza de seus clientes, já que trabalha em um banco.

Muito ocupado, viaja sempre a negócios. A bondade de sua esposa, que foi um dos motivos que o encantou quando começaram a se relacionar, hoje o incomoda. Afinal, Heidi não recebe dinheiro para trabalhar.

Zoe é filha do casal. Pré-adolescente, está numa fase muito rebelde. Seu gênio acaba por afastar sua própria mãe.

A estação de trem é um caminho rotineiro de Heidi. Assim sendo, no outro dia, ela se depara novamente com a garota e o bebê. E acaba por se aproximar.

Descobre que a garota chama-se Willow, é muito fechada, e apesar de não aparentar, já possui 18 anos.

Willow é arredia, e mesmo sem teto, em condições precárias de higiene, prefere se manter nas ruas a ir para um abrigo.

Qualquer pessoa poderia chamar autoridades, visto que um bebê está nessas condições; ou simplesmente virar as costas e ir embora, já que Willow recusou qualquer oferta. Não Heidi!

Ela simplesmente resolveu levá-las para sua casa. Um ato de bondade? Uma loucura?

Por mais triste que era a situação de Willow, é válido destacar que ela continuava sendo uma desconhecida.

Bem, o fato é que a chegada de Willow e Ruby não agradou em nada Chris e Zoe. O que era pra ser apenas um dia de acolhida se tornou vários. Heidi se apega a cada dia pelo bebê e Willow continua fechada.

A garota não tinha roupas, nem documentos. Tudo que Heidi encontrou foi uma blusa manchada de sangue, mas se livrou dela, a fim de esconder de Chris.

Qual o interesse de Heidi em manter ambas sobre seu teto? Sua família estaria mesmo em segurança? Quem era Willow?
“O quanto você pode saber, de verdade, sobre uma pessoa?”
A Desconhecida foi um livro surpreendente! A narrativa se inicia bem calma, cheia de detalhes sobre a vida dos três narradores: Heidi, Chris e Willow.

Ver a perspectiva do enredo sob três pontos de vistas distintos colaborou ainda mais para a elaboração do suspense.

Confesso que de início, a trama não me prendeu. Achei tudo muito monótono, porém a chegada da narrativa de Willow aguçou completamente minha curiosidade.

Willow nos revela que já teve uma família, uma casa. E então nos perguntamos: o que fez com que ela se separasse de seus pais? Onde eles estariam? Ruby seria mesmo sua filha?
“(...) Você está muito encrencada. Mais encrencada do que você pode imaginar. Você é suspeita de dois assassinatos.”
Uma trama inteligente, capaz de instigar. Nada é o que parece, as respostas são fornecidas aos poucos. O leitor é introduzido sem perceber ao enredo, e de repente, se vê preso num suspense muito bem elaborado.

Suspense esse que se inicia brando e com o avanço das páginas se torna avassalador. A busca por respostas não me deixou largar o livro!

É um livro forte, com temas como assassinato, abuso sexual e depressão.

Infelizmente, não posso dar ganchos a respeito do desenrolar da trama, mas asseguro que é uma leitura fascinante.

Edição perfeita, com páginas amarelas, ideal para ler em uma toada só sem cansar os olhos. Eu passei o domingo todo presa ao livro.

Recomendo! Com toda certeza, você passará noites em claro tentando descobrir os mistérios de A Desconhecida.


site: http://www.aculpaedosleitores.com.br/2017/08/resenha-desconhecida.html
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Anne - @literatura.estrangeira 20/10/2017

Várias surpresas
A Desconhecida é narrado em primeira pessoa por três personagens: Heide, Willow e Chris. Logo no início conhecemos Heidi, uma mulher altruísta que tem como trabalho ajudar pessoas carentes. Heidi é casada com Chris, um homem bem sucedido que quase não fica em por casa por causa das viagens à trabalho. E Willow é nossa "desconhecida".

"O mais engraçado das alucinações é que a pessoa pode agir de forma relativamente normal quando está sob efeito delas. Suas alucinações não o levam inteiramente para fora do reino do possível."

Enquanto pega o trem em direção ao trabalho, Heidi vê uma menina suja no metrô com um bebê enrolado nos braços. Ela fica com essa cena na cabeça por muito tempo, então resolve ajudar, levando ela e o bebê para casa. Sem avisar à filha Zoe e ao marido Chris, a situação fica constrangedora em casa, principalmente porque ninguém faz ideia da índole dessa menina, e além do mais, um bebê. Um bebê sujo, com o bumbum ferido por causa da frauda suja. É de partir o coração, mas além de Heidi, sua família não se compadece tanto assim.

"Ninguém merece um destino desses, ficar sem um centavo e sem moradia, mas, com certeza, nenhum bebê merece isso. Penso no preço exorbitante das fórmulas para alimentação infantil e das fraldas, sabendo que, se aquela garota estivesse comprando fraldas para suas próprias necessidades."

Willow tem uma personalidade arredia, se afasta das pessoas e fala pouco. Heidi e Chris quase nada sabem da história dela. É aí que os capítulos narrados pela Willow (que é ela no futuro relatando fatos que aconteceram no passado, assim como no presente), nos faz entender um pouco tudo que aconteceu.


Também percebemos pela narrativa de Chris que o casal passa por muitos problemas no casamento. Heidi acaba tendo um apreço muito grande pelo bebê, fazendo com que o relacionamento da família se abale ainda mais. Também não podemos deixar de fora Zoe, que é uma adolescente cheia de problemas, testando a paciência da mãe.

"E, além disso, Joseph disse que ninguém acreditaria em mim. Ninguém. Era a palavra dele contra a minha. E eu era uma criança. Uma criança que ninguém queria - ninguém -, só ele e Miriam."

Não dá pra falar muito sobre esse livro, porque cada capítulo é uma descoberta e o gostoso desta leitura é justamente isso. Mas vale a pena. As explicações vão aparecendo conforme avançamos na história e me surpreendeu. Vários temas como abuso, adoção, problemas no relacionamento, adolescência, foram abordados abordados de forma natural e muito verdadeiro.

Vale muito a pena ler, principalmente se você gosta de se surpreender e tentar desvendar os mistérios da história enquanto a leitura de desenvolve. Não mereceu cinco estrelas porque achei que Zoe merecia ter tido mais voz, mais importância na história, assim como seu relacionamento com os pais, já que ela não narra nenhuma parte da história.

site: http://www.literaturaestrangeira.com.br/2017/08/resenha-desconhecida-por-mary-kubica.html
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Crestani 10/10/2017

Meu Deus, que livro é esse..
Gente, estou apaixonada!
Estava eu, na faculdade, no intervalo entre duas provas e resolvi entrar na livraria, sem compromisso, pra ver as novidades. Dei de cara com esse livro e, apesar da sinopse não ter chamado tanto a minha atenção, resolvi levar pra casa.
Acho que não pode ser considerado realmente como thriller pois ele não dá medo nem angustia em nenhum momento. Mas que ele é psicológico, ah, isso ele é sim.
Passa pelos nossos olhos toda a degradação da mente humana, como ela vai se construindo e ganhando forma, até chegar ao ápice da loucura. Eu, particularmente, amo tudo relacionado a psicologia, e esse livro nos fala muito do estresse pós traumático, de como uma pessoa pode sucumbir a depressão, a neurose, até a psicose sem nunca nem pensar que isso poderia acontecer.
Quanto aos personagens:
Heidi: mãe da Zoe, esposa do Chris, é ela quem encontra pela primeira vez a Willow e a bebê no trem logo nos primeiros parágrafos. Ela é humanitária, tem um coração enorme, ajuda a todos e trabalha pra uma ong sem fins lucrativos que ajuda pessoas em estado de extrema pobreza. É uma personagem bem controversa, nos faz sentir pena, amor e muita raiva dela conforme o decorrer da história.
Chris: marido da Heidi, trabalha como assessor bancário, e vive mergulhado no trabalho. Viaja muito, deixando mulher e filha sozinhas. É um cara legal, que se preocupa com a família apesar de não fazer nada além de trabalhar. Sinceramente, achei ele um pouco tarado, todo o tempo olhando pra outras mulheres, pensando em seus corpos, comparando com o da sua mulher. Bem desrespeitoso. Mas acima de tudo, continua sendo um cara legal cheio de defeitos.
Zoe: filha da Heidi e do Chris. CHATA, CHATA E CHAAAATA! Personagem insuportável! Detestei ela do início ao fim, necessária apenas pra explicar porque o Chris é tão ausente e a Heidi tão neurótica. No início a história focou tanto nas estranhezas e nas chatices da Zoe que pensei até que estivesse acontecendo algo com ela, porém não se enganem, ela é apenas insuportável mesmo.
Willow: não posso falar sobre ela porque tudo o que eu sei fui descobrindo conforme fui lendo. Só em falar que ela é legal ou não já estaria soltando um tremendo spoiler, já que ela aparece como uma incógnita para todos até boa parte do livro. Posso dizer apenas que gostei muito da construção que ela teve, foi muito completa e nos fez entender muitas coisas no decorrer da história.

Único ponto que não achei muito bom, mas que não chega a ser um ponto negativo é a narrativa. Ela é arrastada e a autora enrola demais durante a narração. Ela fica confabulando e retrocedendo os personagens, chega uma hora que cansa um pouco. Mas achei muito necessário, porque no final tudo se encaixa.
É uma história que não deixa NENHUM PONTO solto e isso eu achei impressionante. Porque a autora nos traz tantos detalhes, tantas situações que eu cheguei a pensar que ela nunca iria conseguir sanar todas as minhas duvidas no final, mas conseguiu. E o fez com maestria.

Enfim, se você está começando no gênero, escolha um livro mais facil pra se acostumar com o tema. Mas se já é uma leitura recorrente, RECOMENDO MUUUUITO! Principalmente pra você que, como eu, ama psicologia e historias que vão se amarrando aos poucos.
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Larissa Benevides (Clã) 25/09/2017

Resenha: A desconhecida
"Sua imagem, de novo, fez uma mudança diante de meus olhos: a jovem impotente, com uma queda por chocolate, uma adolescente criminosa que conseguiu entrar furtivamente em minha casa."
A desconhecida é um suspense daqueles de te deixar com a pulga atrás da orelha, para desvendar todos os mistérios que a história traz, a cada capítulo lido.

Com a narração em primeira pessoa dividida entre três personagens. Temos a visão de Heidi e Chris contando fatos que estão acontecendo na presente narração, já os capítulos narrados pela Willow são dela em um momento "futuro" em relação a narração de Heidi e Chris.

Heidi é uma mulher que trabalha em uma organização que auxilia pessoas pobres na cidade. A maioria deles imigrantes. Além de realizar um serviço comunitário, também faz a separação dos lixos da casa para reciclagem, utiliza sacolas reutilizáveis para evitar a utilização das sacolas plásticas, bem como os vidros de leite, para não utilizar embalagens descartáveis. Um exemplo de pessoa consciente.

"É mais comum eu não estar lá do que estar, tem sido assim desde que começamos a namorar. Heidi está acostumada com minha ausência. Como dizem: a ausência faz crescer a saudade. De qualquer forma, é isso que ela responde, quando pergunto se sente minha falta. Acho que, em segredo, ela gosta de ter a cama inteira só para si."
Chris é um investidor, vive viajando e em reuniões para que cada vez mais consiga multiplicar o dinheiro da empresa. Da união com Heidi surgiu Zoe, a filha de doze anos. A jovem está na época em que acredita que deve discordar dos pais sempre e por conta das alterações de humor, é como uma bomba relógio, prestes a explodir a qualquer momento.


A história começa com a narração de Heidi. No caminho para seu serviço ela fica preocupada quando vê uma jovem com um bebê no colo na estação. Neste dia chovia, nem a mãe e nem a criança pareciam estar agasalhadas contra a chuva.
"Ninguém merece um destino desses, ficar sem um centavo e sem moradia, mas, com certeza, nenhum bebê merece isso. Penso no preço exorbitante das fórmulas para alimentação infantil e das fraldas, sabendo que, se aquela garota estivesse comprando fraldas para suas próprias necessidades."
Por mais que tentasse focar em outra coisa, seu pensamento sempre acabava voltando na jovem da estação e a preocupação com a situação dela. Estava passando fome? A neném sente frio? Onde passam a noite?


No dia seguinte a chuva piora e, quando Heidi encontra com a jovem, a bebê está chorando desesperadamente. O instinto materno de Heidi não a deixa seguir em frente, sem fazer nada para ajudar.
Após algumas investidas de Heidi, a mulher finalmente consegue descobrir que o nome da mãe é Willow e a bebê se chama Ruby. Não só isso, em um ímpeto acaba levando as duas para sua casa.
"Como é que alguém como ela acaba nas ruas? Vivendo sozinha, sem ter quem cuide dela, sem um guardião. Claro que fazer essa pergunta parece totalmente inapropriado, uma maneira eficaz de fazê-la correr de mim. Eu observo enquanto ela aprecia o chantili, e então se entusiasma, inclinando-se, colherada após colherada, até terminar, até derramar pelo canto da boca, enquanto a bebê a observa com olhos famintos, não mais encantada pela água gelada, mas por essa substância branca borbulhante que goteja da boca da mãe."
Logo de início Chris acha muita loucura de sua esposa trazer uma desconhecida para dentro do seu lar. Uma menina estranha com um bebê, para sentar na mesa com sua filha de doze anos. É ele quem vai tentar descobrir quem é Willow e porque está nas ruas.

Heidi fica completamente cega e acha maravilhoso ter outras pessoas para cuidar. Seu espírito materno estava bastante isolado, tendo em vista que Zoe tenta ao máximo deixá-la distante do seu dia-a-dia, e Chris não fica tanto tempo em casa para compartilhar o dia com a esposa.
"Era sempre quente lá, um tipo diferente de calor, um calor que você sente de dentro para fora, não de fora para dentro. Há muito tempo eu não me sentia assim, desde Mami, na verdade. Heidi foi a pessoa mais parecida com Mami que conheci nestes oito anos. Ela era gentil."
A narração de Willow é feita em um testemunho que está fazendo. Alguma coisa não acabou bem na casa de Heidi e Chris ou seria no passado da própria jovem? A cada capítulo vemos as peças se encaixarem e informações surpreendentes surgindo. O que aconteceu? Quem é o "vilão" desta história?

O livro vai tratar sobre pessoas de rua, de uma maneira bem direta. Além disso outros assuntos importantes são abordados: abuso infantil, sistema de adoção, traumas psicológicos, a importância de acompanhamento médico em casos de trauma, entre outros.

Posso dizer que vários capítulos deixaram meu coração apertado por pensar que os fatos ali narrados acontecem com diversas crianças pelo mundo, deixando a situação mais pesada a cada página.
"E, além disso, Joseph disse que ninguém acreditaria em mim. Ninguém. Era a palavra dele contra a minha. E eu era uma criança. Uma criança que ninguém queria - ninguém -, só ele e Miriam."
"Descubro que mais de mil crianças morrem por ano, em nosso país, vítimas de abuso ou negligência por parte de seus cuidadores. Mais de três milhões de abusos infantis são comunicados a cada ano por professores, autoridades locais, amigos da família, vizinhos ou por onipresentes telefonemas anônimos que o serviço de proteção à criança recebe. O abuso infantil pode resultar em danos físicos: hematomas e fraturas, suturas, danos à medula, ao cérebro, pescoço, queimaduras de segundo e terceiro graus. Com relação ao estado emocional, o abuso também é prejudicial, levando à depressão até as vítimas mais jovens, isolamento, comportamento antissocial, desordens alimentares, tentativas de suicídio, atividade sexuais ilícitas."
Assim como o livro A Garota Perfeita (resenha Aqui), a autora também nos surpreende no final, daquela maneira que você até para a leitura, para dar uma respirada e olhar ao redor. A história é bem amarrada e os personagens são bem desenvolvidos.

A diagramação está muito boa e o esquema de divisão de capítulos com narração de pessoas diferentes é sensacional. Novamente consegue cumprir o papel de dar ao leitor uma visão mais completa do quadro.

Um suspense de prender o ar e mais um livro da Mary que tem meu voto para ser transformado em filme. Uma história com diversos aprendizados para serem extraídos.
"O mais engraçado das alucinações é que a pessoa pode agir de forma relativamente normal quando está sob efeito delas. Suas alucinações não o levam inteiramente para fora do reino do possível."

site: http://www.cladoslivros.com.br/2017/07/resenha-desconhecida-de-mary-kubica.html
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saoribooks0 24/09/2017

#ResenhaDaSaori
Heidi Wood tem uma rotina. Todos os dias acorda, pega o trem de Chicago e vai ao trabalho. Sempre assim.
Nada parece mudar até que ela se depara com uma adolescente junto com um bebê e uma mala de couro, andando pela estação. Essa cena toca o coração de Heidi, que está sempre disposta a ajudar quem necessita. Ela vê a adolescente uma, duas, três vezes até que Heidi toma coragem e acolhe Willow e Ruby, a bebê, em sua casa.
Quando Chris, seu marido e Zoe, sua filha dão de cara com as novas visitas, eles têm plena convicção de que Heidi pirou. Aliás, quem é essa Willow? Quem os garante de que ela não vai os prejudicar? O que ela tanto parece esconder?
Ao desenrolar da história, Mary Kubica nos presenteia com uma narrativa voraz que nos revela a verdade pouco a pouco. Uma história triste, comovente, cheia de sofrimento, mas não é só isso, é também cheia de desconfiança e relações intrigantes de abandono, mostra também um pouco do lado perturbado das personagens que por um motivo não puderam ser mães e das que por algum motivo perderam suas mães, suas famílias.
É um livro triste, daqueles dramas cheios de tristeza e desgraça, confesso que estou embaraçada com tantos acontecimentos tristes, apesar de já ter lido muitos livros assim.
Eu sei que esse tipo de história de abandono é muito próximo da realidade de muitos! Estou realmente muito pensativa e um pouco triste.
Também tive sérios problemas de ódio por alguns personagens, mas okay, já entendi porque eles eram assim.
Ei, se você vai ler esse livro, já vou te adiantando: vai haver dias e noites de reflexão. Sinta-se à vontade para sentir na pele o que cada personagem sentirá.
3/5
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Mari 24/09/2017

Surpreendente
Ganhei esse livro na promoção do Skoob e comecei ele sem muitas expectativas, mas o livro foi me surpreendendo cada vez mais. A história é envolvente e pesada, e vai mostrando a evolução (ou não) dos personagens. Amo livros que são contatos de vários pontos de vista e misturam passado com presente.
Só me incomodou um pouco alguns erros na escrita, a palavra sol com letra maiúscula e "a bebê". A narrativa dos personagens também se assemelha um pouco, e o Chris parece uma mulher haha
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Carla.Zuqueti 09/03/2024

Traumas não tratados
Já havia lido os outros dois da Mary Kubica e faltava ? A desconhecida?.

Apesar de descrito como ?suspense psicológico?, não foi isso que me prendeu. A real reflexão foi sobre como ?não lidar com seus traumas?, buscando acompanhamento médico e psicológico adequados, pode causar uma tragédia muito maior na sua vida e aos próximos a você.

O livro é escrito em primeira pessoas por três narradores: Heydi, seu marido Chris e a desconhecida Willow.

Heydi é uma mulher profundamente traumatizada que nunca deixou transparecer. Ela perdeu o pai e fez um aborto pra tratar um câncer - o que a marcou profundamente.

Chris é seu marido, trabalha com aquisições e incorporações no mercado financeiro, fica pouco em casa e com a família e vive para o trabalho.

Heydi se importa profundamente com pessoas em situação de rua e com refugiados, mais que com a família, e trabalha em uma ong.

Quando está a caminho do trabalho, ela vê uma adolescente em situação de rua na estação de trem, com um bebê no colo. Ela fica obcecada pela adolescente com o bebê e passa a procurá-la. Até que decide levá-la para sua casa, sem saber o que abrigar essa desconhecida vai trazer para sua família.

O livro trata de temas muito sensíveis, como abuso infantil, um aborto para tratamento de câncer de uma mãe que desejava desesperadamente aquele bebê e negligência em vários níveis.

Como o abuso infantil afeta uma pessoa. Como presenciar um abuso pode afetar um adolescente. Como perder um bebê afeta a vida de uma mãe. Como não tratar adequadamente seus traumas pode prejudicar seu futuro.

Apesar de ser um livro de suspense, não foi isso que me marcou, mas sim a dor dos personagens e suas formas trágicas de lidar com essa dor.
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Lorena Schveper 06/09/2017

Lento, leve, bom... Mas dispensável.
“Mais um instigante thriller psicológico da mesma autora de A Garota Perfeita”. Apesar de saber que é puro marketing, que é pura vontade de manter os autores no topo e que são provavelmente falsas promessas sendo lançadas em busca que um leitor seja seduzido por elas e, enfim, as vendas cresçam e este autor permaneça no topo da cadeia alimentar dos escritores e, enfim, seja consagrado como um best-seller. E, infelizmente, A Desaparecida, de Mary Kubika, acaba se tornando um destes exemplares que você espera uma coisa e o que desaprece entre as páginas e páginas de suspense é a sua vontade de ler.

Não é que seja um livro ruim em sua totalidade – sejamos francos, encontrar um bom livro de thriller hoje em dia é uma tarefa árdua e que consiste em, geralmente, encontrarmos um a cada dez autores bons* e nos agarrarmos a ele da mesma forma como algum sobrevivente de um naufrágio quer agarrar-se a uma tábua para sobreviver. A história gira em torno de uma família totalmente dentro dos padrões, que já caiu nas “graças” da falta de empatia de um para com o outro e na dita rotina que, cedo ou tarde, pode acabar chegando a nós todos. Heide é quem encabeça essa trama toda, sendo uma humanitária que prefere ficar tagarelando à respeito de quantos imigrantes analfabetos Chicago possui, enquanto é odiada pela filha de doze anos, Zoe (que tragicamente inicia a passagem pela puberdade) e por Chris, seu marido workaholic que tenta de todas as formas possíveis não incomodar-se com o fato de que Heide sempre fala sobre as mesmas coisas.

(...)

A narrativa aqui é dividida entre três polos, sendo eles Heidi, Willow, Chris e não segue de forma nenhuma uma ordem fixa, e muito  menos uma forma cronológica correta. Primeiro porque somos apresentados à família dos Wood enquanto Heide, com seu jeito chato e tedioso, nos conta como conheceu Willow e sua bebê, Ruby. Como ela resolve abrigá-las dentro de sua casa, ignorando totalmente sua família e decidindo, por si só, bater o martelo sem sequer consultar seu marido. Então, temos Willow, que de uma forma mais atraente, mas ainda assim pouco desajustada, vai relatando sua vida pouco a pouco, desnudando seu passado de forma que nos leva a questionar como e por quê ela se encontra em um interrogatório, gerando expectativa no leitor. E, por fim, mas nem de longe menos importante, possuímos Chris. O belo Chris, administrador e analista de finanças, que trabalha como um condenado enquanto sua mulher já não é mais quem um dia ele viu.

(...)

É agradável, nada divertido, mas de longe não pode ser considerado um dos “melhores” thrillers deste ano.



LEIA A RESENHA COMPLETA EM: http://retalhoclub.com.br/literatura/resenha-a-desconhecida-mary-kubica/

site: http://retalhoclub.com.br/literatura/resenha-a-desconhecida-mary-kubica/
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Fer Kaczynski 01/09/2017

Logo que lançou este livro, eu tinha curiosidade, devido a tantos lançamentos de thriller/suspense desde o sucesso de A garota exemplar, de outra autora famosa, Gillian Flynn. A autora Mary Kubica, faz sucesso mundialmente com seus livros, inclusive A garota perfeita é outro livro dela que foi lançado recentemente e caiu no gosto dos leitores.

Nesta história, conhecemos a mãe de família Heidi, que trabalha numa ONG que atende refugiados. Num desses trajetos que faz diariamente ao trabalho, durante uma chuva torrencial que assola a cidade, observa uma adolescente meio atrapalhada, maltrapilha e pior, com um bebê no colo, que aparentava estar perdida na estação.

site: http://dailyofbooks.blogspot.com.br/2017/08/resenha-desconhecida-mary-kubica.html
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