Resenhas -

Osvaldo Sprandel (Ozzy) 25/09/2019

Uma agradável surpresa
Guilherme Boulos me parece, muitas vezes, como um político comum que se esforça continuamente para herdar os votos e a imagem de Lula, seja através de prática política, ou de retórica, inclusive chegando a imitar a voz ríspida em comícios. Isso, por si só, já me fez esperar um livro batido e insosso que a esquerda brasileira costuma escrever, cheio de tautologias e apelos a emoção vazios.

Eu estava errado.

O livro traz dados, estatísticas, mapas e explica conceitos de maneira clara e simples em poucas páginas. Um livro que não precisa ser maior em páginas pois este já é em conteúdo. Sua brevidade é um de seus pontos mais fortes, em poucas horas de leitura e reflexão você já sai com outra perspectiva sobre nossa sociedade e o principal foco do livro, a questão da moradia.

Uma leitura extremamente recomendada

perrydelgay 04/04/2022

simplesmente incrível, uma introdução bastante sucinta sobre o movimento e com uma linguagem simples possibilitando maior entendimento das massas, acompanho o movimento a um tempo e só passei a admira-lo ainda mais, se é nisso direito precisamos cobrar.

Kátia Sulene 10/11/2020

Livro de linguagem facil e muito bem explicado sobre como funciona as ocupações do movimento sem teto e a importância de uma política encare a moradia como um direito humano e não somente uma mercadoria para quem pode pagar .

carolmc_ 02/07/2021

Boulos sempre muito didático
Livro pequenininho e excelente para entender por que as ocupações existem e que não tem nada criminoso nisso.

cerratense84 18/11/2018

Didático, de linguagem simples e necessário para entender nosso país cheio de contradições
O livro é bastante didático e quer iniciar o leitor no tema da luta por moradia digna no Brasil mediante linguagem simples e pelo uso de diversos dados e casos concretos.
Sem-teto não é só o morador de rua. Uma confusão que ajuda a acobertar o grande problema da moradia no Brasil.
Me chamaram atenção e me emocionaram as histórias de algumas pessoas ali mencionadas que, forçadas pela necessidade, depois de sofrerem despejo e humilhação em suas moradias anteriores, enfrentam seus próprios preconceitos e aceitam o convite de outros trabalhadores para lutar pela moradia em uma ocupação.
As contradições da nossa sociedade são expostas de maneira contundente. As práticas ilegais dos ricos (grilagem e especulação) são amenizadas e acobertadas por suas relações com os governantes e com o Judiciário, enquanto que o trabalhador que passa necessidade e reivindica uma casa (além do cumprimento da lei) é estigmatizado e criminalizado.
Entre outras coisas, o livro retrata bem como funciona o processo de especulação imobiliária que tira de boa parte dos trabalhadores brasileiros a possibilidade de viver dignamente, quer por não dispor de dinheiro suficiente para pagar aluguéis, quer por se verem obrigados a morarem nas periferias em moradias sem os serviços básicos (iluminação, esgoto, coleta de lixo, etc.)

Raoni Pereira 28/10/2020

Ocupação e invasão não são sinônimos
O livro é essencial para compreender a construção das grandes cidades e elucidar o descaso habitacional promovido pelas especulações imobiliárias e incentivado pelos governos há décadas. É uma leitura acessível que nos leva a conhecer os principais movimentos de luta por moradia popular e traz possíveis saídas para esse déficit urbano.

MaSantana 23/11/2023

Um livro muito bom para quem quiser entender o básico sobre os movimento de ocupação, suas motivações e a realidade daqueles que precisam recorrer a ocupação para tentar obter moradia.

ps.fernanda 10/12/2023

Livro extremamente didático, e que explica com clareza os objetivos do MTST e os motivos desse movimento existir

Llmsa 27/03/2024

O livro nos mostra quem são os reais invasores, quem de fato está invadindo algo que não é seu.
Antes de julgá-los deveríamos procurar conhecer o movimento e a mudanças que ele faz na vida de muitas pessoas.

fabb1998 31/03/2024

Fazer reforma urbana com as próprias mãos
Boulos foi cirúrgico nessa, linguagem tranquila e acessível o que é extremamente importante quando falamos de trabalho de base.

Ocupar é uma resposta à lógica capitalista que é pautada na injustiça e na negação de moradia (que é um direito básico), e é sobre isso, sobre lutar por aquilo que é nosso e tomar de volta o que nos foi roubado.