Ruth 09/04/2022
Enfadonho
Francesca e Tristan são recém-casados. A aliança arranjada para fins dinásticos, corre risco, no entanto, porque pouco tempo depois do casamento, ela descobre que não é filha de um conde e por consequência, não é ninguém na aristocracia. Ela teme o que isso significa para seu casamento, ainda mais porque não tem notícias do marido, que fora convocado para defender o ducado da Bretanha. Francesca envia inúmeras cartas para Tristan, mas ele não responde nenhuma, e embora tudo prove que Francesca fora abandonada, ela não desiste de tentar, mais uma vez, entrar em contato com o marido.
Dois anos se passam, Francesca tem certeza de que Tristan a abandonara, e agora, deixa sua casa para se mudar para outra cidade e ficar com sua amiga, Uma noite, vai a uma festa a fantasia contra sua própria vontade. Lá, é abordada por um homem muito bonito e atacada longe dos olhos da alta sociedade. Felizmente, alguém a salva bem a tempo, e seu salvador não é ninguém menos do que seu marido.
Tristan não está lá por vontade própria. O pai de consideração de Francesca está morrendo e seu último desejo é vê-la. A missão de Tristan é levá-la até sua casa.
Eles passam semanas na estrada. Francesca está magoada porque Tristan não correspondeu suas cartas e porque estava lá por outro motivo que não ela e seu casamento. Tristan não está muito diferente. Francesca simplesmente ignorou todas as correspondências que lhe enviara e o tratava com frieza. Apesar de seu casamento ter sido apenas pro conveniência, elas se davam bem e mesmo tendo sentido alguma coisa quando a viu, para ele, Francesca não sentia o mesmo. Tristan quer que ela seja feliz, mesmo que isso signifique a anulação de seu casamento, mas quando descobre sobre as cartas extraviadas, de ambos os lados, ele percebe que talvez fosse possível reanimar seu casamento. Tristan só precisa reconquistar Francesca.
Após a visita ao pai de sua mulher, o inesperado acontece. Tristan percebe que estão sendo perseguidos por Joakin Kerjean, o homem que atacou Francesca na festa. Agora, para manter seu casamento e sua esposa seguros, Tristan terá que lutar mais bravamente do que no campo de batalha.
Vamos lá. O livro não é ruim, mas está longe de ser bom. É razoável. A trama é bem pensada, não há pontas soltas nem contradições, e a escrita da autora é boa. No entanto, o enredo é curto, então para rechear as 253 páginas, a autora enche muita linguiça. Quer dizer, é uma leitura arrastada e repetitiva; para piorar, os personagens são muito chatos. Eles não possuem carisma algum, o que piora a situação. Eles não combinam e não transmitem nenhum sentimento ao leitor além da irritação e o cansaço de ler - quantas vezes eu quis desistir da leitura...
Não sei se os outros livros da autora são tão ruins quanto este, mas eu certamente não quero ler mais nenhum dela. Não recomendo a leitura, mas se você tiver o livro parado na estante, dê uma chance, talvez você goste.