Providence - Volume 1

Providence - Volume 1 Alan Moore...




Resenhas - Providence


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Simone.GAndrade 28/07/2017

Sous le Monde (obra fictícia)
Providence - Realmente é um quadrinho excepcional que instiga o leitor a mergulhar em uma atmosfera angustiante e sombria, o universo de H.P. Lovecraft, é impressionante a riqueza de informações cuidadosamente trabalhadas ao estilo Alan Moore e ilustrações de Jacen Burrows, sendo uma obra que traz várias referências de peso da literatura mundial, e lendas da cultura pop americana com detalhes impressionantes, abordando vários temas como o ocultismo, a kabbalah, a mitologia que se mesclam com fatos reais históricos de séculos passados. Os contos de base são inspirados e baseados principalmente no trabalho de H.P Lovecraft, além de vários outros autores que são citados a todo tempo como Robert W. Chambers em "O Rei de Amarelo", Edgar Alan Poe e inúmeros autores que serviram de influências na construção desta obra. Uma mini serie composta por 12 edições que estão sendo lançadas aqui no Brasil pela editora Panini Books em três encadernados, onde cada volume contemplará quatro edições, que serão lançadas no decorrer do ano, no começo pode causar certa estranheza no leitor e principalmente pra quem não tem intimidade com as obras de H.P. Lovecraft, mais com a evolução da narrativa o leitor vai se ambientando ao cenário repleto de mistérios que envolvem o personagem central Robert Black um jornalista que vive numa Nova York, de 1919 que após acontecimentos dolorosos, larga tudo em busca do sonho de escrever um livro que revolucione gerações, em torno de uma América oculta, e um misterioso livro o Kitab Al-Hikmah Al-Najmiyya de Khalid Yazid, um documento alquímico que promete prolongar a vida entre outras anormalidades. Simplesmente formidável!!! Aguardando os próximos volumes :))))
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sobral 11/01/2021

Horrível, mas...
Não sei o que pensar. Os trechos em diário são essenciais para dimensionar o ceticismo e até a ingenuidade do protagonista. Não estão desenhados, por quê? Limitações de página, do artista ou homenagem a Lovecraft?

Sou ignorante demais no assunto para ter certeza.
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Guga 06/04/2021

Desinteressante
Bem, é um conto de mistério envolvendo elementos bizarros e baseados na obra de Lovecraft. Eu não costumo gostar desse gênero de histórias, mas decidi dar uma chance e até que eu gostei pelo mistério que há envolvido, mas no final das contas eu achei muito parado e perdi o interesse bem fácil. Além disso, esse é o volume 1 de 3, então acabou que nem fui muito longe na história e difícil vou continuar.
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ramonbacelar 13/08/2017

Providence
Providence, como toda obra do Moore, é inteligente, intrigante e fora da casinha. Obras de fim de carreira geralmente demonstram apatia e desgaste criativo, mas no caso do barbudo, assim como vinho, parece melhorar com o passar do tempo (caso seja possível! ).
Este encadernado, reunindo as quatro primeiras edições, já mostra o poder de fogo do autor. Se em “Do Inferno” o autor esmiuça a sociedade inglesa tendo como pano de fundo os crimes de Jack o Estripador, aqui ele, dentre outras proezas, faz um raio x dos EUA do começo do século 20 esmiuçando seu submundo de mistérios, idiossincrasias e preconceitos.
Admirável é a capacidade do autor em condensar informações, textuais e visuais, em pouco espaço, assim como seu talento em adequar seu estilo ao tipo de história a ser contada.
“Monstro do Pântano”, dentre outras características, é uma verdadeira aula de estilo, forma e conteúdo, indo da prosa poética à experimentações linguísticas (visto com mais clareza se lida na língua original), como na edição homenageando o personagem Pogo do Walt Kelly.
A quantidade de influências, referências, homenagens e citações dão ao texto uma riqueza e profundidade poucas vezes encontrada em roteiros de HQ’s.
Suas citações e observações sobre os movimentos artísticos “Simbolismo” e “Decadente” me instigou consultar meus livros destes movimentos. As anotações do diário do protagonista enriquecem e aprofundam a obra.
Assim como o lendário “The American Notebooks” do escritor americano Natanael Hawthorne, o diário serviria como consulta e inspiração para escritores por anos a fio.
Se o interessante Neonomicon me deixou com a sensação de um potencial não inteiramente realizado, mas aqui Moore solta os cachorros e cria uma obra que, mesmo ainda sem conclusão por aqui até o momento, acredito, alcançará o mesmo patamar de reconhecimento e notoriedade de suas obras mais conhecidas.
Agora é cruzar os dedos para a Panini lançar o restante o mais breve possível.

Ramon P. B. Benardis
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Soares.Julio 06/10/2020

"Há um país dissimulado, portanto, escondido embaixo da sociedade que mostramos ao mundo"
Providence volume 1, Editora Panini Comics, 176 páginas, história publicada em três volumes, preço sugerido: RS55,00. Escrito por Alan Moore e ilustrado por Jacen Burrows.
Providence conta a história do jornalista e escritor Robert Black na cidade de Nova York, que após entrevistar um homem que teria tecido um ensaio respeitado sobre um livro chamado Sous Le Monde, que teria ocasionado suicídios entre os leitores e que teria servido de inspiração para um outro livro chamado O Rei de Amarelo, decidiu partir em uma jornada para coletar material para a escrita de seu livro que “chegue ao coração do país e de seu tempo” através de uma busca pelo misterioso Kitab, citado na entrevista, um livro alquímico que teria ligação com uma ordem chamada Stella Sapiente. Uma jornada que o levará a Nova Inglaterra, mas especificamente numa região que seria conhecida como Condado Lovecraft.
Já esclarecendo algo bastante questionado, não é preciso conhecer extensamente a obra de Lovecraft para apreciar Providence, embora conhecer lhe ponha a frente de certas questões. O primeiro volume abarca quatro edições, cada qual fechada em si, mas com um gancho que o levará ao seguinte e cada capítulo segue ao mínimo um conto especifico de Lovecraft (Ar Frio, O Horror em Red Hook, A Sombra de Innsmouth e Horror em Dunwich), mas como foi dito, não é preciso conhecer os quatro contos, pois a história segue como base principal a busca de Black e o horror sugerido. Cada capítulo terá uma adição de novos personagens e novos locais, perpetrando o clima de mistério e conspiração ao cético Black enquanto nós olhamos com olhos mais desconfiados, além de termos acesso ao diário de Robert Black, no qual ele escreverá sobre suas experiências, seus sonhos e ideias sobre o livro.
Alan Moore tinha um grande desafio em escrever Providence: Criar uma obra que pudesse se sustentar sozinho, sem pedir que o leitor tivesse conhecimento das obras de H.P. Lovecraft e que não tivesse lido Neonomicon, uma obra antecessora que se passa no mesmo universo. E conseguiu. A narrativa de Providence começa paulatinamente após Black, trabalhando no caso do misterioso livro Sous Le Monde, entrevistar o dr. Alvarez. Black é um homem gay e judeu numa época onde a homofobia e o antissemitismo eram mais agravantes do que no tempo atual (Providence se passa em meados de 1919), o que o faz escolher esconder suas raízes, assim como dr. Alvarez que não só possui seus segredos, como tem uma visão aguçada de como a sociedade se esconde através de fachada, um grande véu que cobre o país, uma visão que fisga Black, que estava há um tempo em busca de um tema para seu livro.
Dentro de Sous Le Monde, havia menção a um livro alquímico escrito no século oitavo chamado Kitab Al-Hikman Al Najmyya que havia chamado a atenção do dr, Alvarez, que por sua vez chama a atenção de Robert Black. Black se esconde através da figura do homem clássico, esconde sua sexualidade e sua religião, um análogo constante dentro da obra, dentro da temática. Em sua jornada, Black é confrontado com quem ele realmente é assim com o que ele possa vir a ser, e sua noção de realidade é posto a prova. Por diversos momentos Black vislumbra o que há por trás do véu da normalidade, sempre se ancorando em resoluções simplistas, à medida que nós leitores, olhamos de forma mais cínica. À medida que Black adentra nesse universo, vemos homens e mulheres se portando frente ao protagonista com uma mascara social, iludindo o homem que quer acreditar naquilo, mas nós vemos por trás disso, vemos o tom fantástico, e com isso, nos deleitamos com diversas ligações entre os casos como uma boa obra de mistério tem que ser.
Comprei Providence após a reedição do primeiro volume pela Panini e não me arrependi por um segundo. Comprei por conta do fascínio por Alan Moore e pela mitologia de H.P. Lovecraft e me surpreendi com o quanto ela me fisgou por si só. Embora tenha lido dois contos que serviram de base para dois capítulos, outro eu li após a leitura de Providence e outro ainda não li, essa bagagem, ou falta dela, não foi tão necessário. O texto do Moore é primoroso; ele consegue amarrar as pontas que deixa durante a história, até pedindo uma leitura atenta ou uma segunda leitura. Aqui Moore trabalha temas caros a ele como psicogeografia, ocultismo e sexualidade. Seu texto também não fica imune de tecer certas criticas ao pensamento retrogrado de Lovecraft, mas é feito de forma bem encaixada, a ponto de passar desapercebido por olhos mais desatentos. Xenofobia e elitismos são encaixado com um futuro tema genocida e injustiças; nada parece de graça e são correlações do tipo que me fizeram esquecer do externo e focar nessa obra que possivelmente pode ser lida além do que li e que faz querer ler de novo daqui a uns anos, afora a forma como o mago de Northampton nos sugere um mundo diferente abaixo dos nossos pés ou além das barreiras dos sonhos, seja socialmente ou individualmente, isso é subjetivo.
A arte de Jacen Burrows é simplista e limpa e bastante competente. A movimentação dos quadros é por vezes cinematográfica, que entre o zoom e planos abertos, os enquadramentos são bem detalhados, onde os cenários são bem compostos, bem desenhados, sendo usados fotos de referencia para ruas, prédios e monumentos da época, para dar maior realismo, dando toda a cara de uma história que se passa no começo do século passado. O “comum” do traço de Burrows é perfeito para o contraste do “incomum” da obra, que se fosse uma arte mais estilizada, essa barreira seria mais desconexa, então a arte de Jacen Burrows é perfeita para esse projeto.
O primeiro volume de Providence é uma ótima leitura pra todos que gostam de uma boa história de horror e mistério. É o começo de uma história que se desenvolve em uma boa progressão, que vai nos colocando numa rota cada vez mais sombria e obscura. Como obra única, o final fica com impressão de que estamos apenas arranhando o mistério, mas não chega a ser algo frustrante, já que o final deixa um vestígio do quão grande pode ser o que está por trás de tudo e nos faz questionar até onde vai a influencia Deles. Um primeiro volume com a sensação de completude no que se refere a temática, mas com uma sombra de algo mais. É uma obra recomendadíssima, com um texto com múltiplas camadas, uma arte bem detalhada (com direito a diversas capas extras no final da edição) e um mistério lovecraftiano digno das boas histórias de mistério.
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Cristiano.Cruz 03/02/2021

Uma história ímpar em que Alan Moore faz uso de uma narrativa densa em que os detalhes pesam de forma positiva. E tudo isso é envolto na narrativa do próprio personagem, através do seu diário, o que proporciona ao leitor saber sua perspectiva em primeira mão. Não ganha uma nota 10 pela falta de capricho da gráfica (que não condiz pelo preço vultoso) e da própria Panini, responsável pela contratação do serviço.

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Gárgula 26/05/2021

Providence – Volume 1, de Alan Moore
Depois de Neonomicon…
Termino o primeiro volume do quadrinho Providence, de Alan Moore, um pouco decepcionado. Com roteiro escrito por Moore e desenhos de Jacen Burrows, ao meu ver a história se perde em tantas referências.

Publicação da Editora Panini com tradução de Hector Lima e Levi Trindade, esta é uma edição bela, em capa dura, que representa a segunda incursão de Moore pelo universo Lovecraftiano. Ganhei este exemplar de presente da querida Jéssica Loureiro, em um amigo oculto.

…chegamos em Providence!
Providence é uma volta ao universo de H. P. Lovecraft, depois da polêmica Neonomicon (leia nossa resenha aqui). Dividida em três volumes encadernados aqui no Brasil, a história mostra a investigação que o repórter Robert Black fez logo após perder uma pessoa muito querida.

O repórter Robert Black, o protagonista da trama, é baseado no escritor Robert Bloch. Como a história se passa em 1919, Moore faz conexões passadas com Neonomicon, respondendo algumas questões do quadrinho polêmico. Black é um homossexual que vive uma série de dilemas e preocupações, tentando manter sua vida particular longe dos olhares críticos de uma sociedade que não aceita sua orientação, enquanto tenta manter sua carreira de escritor. .

Em meio as questões pessoais do personagem, como o suicídio de um amigo que acaba por mexer demais com Black, a história se encaminha para uma interessante investigação. Como já se era esperado, coisas estranhas vão sendo mostradas e lugares esquisitos vão surgindo. Com o desenrolar dos fatos Robert Black vai tecendo suas teorias e juntando as peças que aparecem.

Durante a narrativa o diário pessoal de Black é apresentado ao leitor, que se torna assim confidente do escritor. O recurso do diário é interessante, mas cansa depois de um tempo, pois suas entradas são grandes, quebrando bem o ritmo da leitura do enredo.

A arte de Jacen Burrows é sem dúvida alguma um show à parte nesta obra e agrega muito ao roteiro. Ela dá um sentido de ordem dentro do enredo que começa a mostrar o caos escondido.

Referências e mais referências
As referências são inúmeras dentro da história e todo leitor que se aventura nas criações de Alan Moore já sabe (ou deveria) que terá de buscar sites que lhe mostrem todos os easter eggs. Isso é uma faca de dois gumes ao final, pois algumas delas são bem legais, mas outras, nem tanto. Sem dúvida alguma é um grande trabalho criar tantas ligações, realmente digno de nota, mas pode cansar os leitores sem muita paciência de parar para pesquisar. Apesar de tudo, você pode ler sem se ligar ou saber sobre todas elas. Aqui tem um site que pode ajudar, mas está em inglês.

Ao meu ver, se tivessem colocado um extra final mostrando todas as várias referências, seria um adicional muito válido ao leitor. Acabaria engrandecendo a obra e dando maior respaldo de leitura. A Mythos Editora faz isso com Hellboy e funciona perfeitamente.

Considerações finais
A investigação acabou de começar e fatos da vida pessoal do protagonista se misturam com as pistas que ele vai descobrindo. Sua motivação inicial é bastante superficial, talvez até um pouco forçada, mas a história termina fisgando o leitor. Eu lerei de qualquer forma os três volumes!

Espero que melhore nos números seguintes, pois fiquei com uma impressão um tanto quanto enfadonha. Talvez seja apenas uma opinião minha, mas por querer mostrar tudo ao mesmo tempo, Moore se alonga demais e desnecessariamente. Um quadrinho para fãs, certamente.

Boa leitura!

Resenha publicada no blog Canto do Gárgula

site: https://cantodogargula.com.br/2021/05/13/providence-volume-1-de-alan-moore/
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Lótus 01/09/2020

Toda HQ do Allan Moore é feita para ler lida muitas vezes, e com Providence não é diferente. O diálogo com as obras de Lovecraft é muito bem construído, costurado com muitas referências diferentes que também acrescentam muito na narrativa! Eu senti falta de personagens femininas relevantes na história até o momento, mas talvez surjam mais tarde. Essa é uma falta comum nos textos de Lovecraft que seria bem legal se o Moore conseguisse debater ou superar. Vamos ver o que acontece mais adiante!
Mas no geral estou bem empolgada!
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André 27/01/2023

O providencial início
O primeiro volume da interpretação de Alan Moore da obra lovecrafteana já supera seus antecessores, "The Courtyard" e "Neonomicon", de partida, ao iniciar a ação no mundo próprio do Weird do autor: a Massachusets da década de 1920, pela qual somos guiados por um protagonista tipicamente lovecrafteano e inspirado no escritor real Robert Bloch, próximo de H.P. Lovecraft.
A obra explora explicitamente os elementos controversos do horror cósmico de Lovecraft, trazendo-os para o centro do palco e explorando-os em favor de sua história. Nosso protagonista, Robert Black, é tipicamente lovecrafteano e também é de ascendência judaica - como Bloch - e homossexual, o que permite a Moore explorar a história da cultura queer nos EUA da década de 1920.
A melhor dessas "revisões" envolve "A Sombra sobre Innsmouth", cujo final implicado no conto original é explorado em todo um outro nível de horror na 3ª edição da saga.
Como toda a obra de Moore, "Providence" é obcessivamente pesquisado e um deleite para quem aceita os desafios do jogo literário do bardo de Northampton. Eu ainda não fui completamente cativado pelo trabalho de arte-final e colorização, assim como nas sagas predecessoras.
Para melhor apreciar esse volume, vale a (re)leitura das seguintes histórias de Lovecraft: "Ar frio", "O Horror em Red Hook", "A Sombra sobre Innsmouth", "O Horror de Dunwich" e, em menor grau: "A História do Necronomicon", "The Terrible Old Man" e "The Picture in the House".
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EduardoCDias 05/04/2022

Obra prima
Genial interpretação de H. P. Lovecraft, onde um repórter segue a pista de um livro que, supostamente leva ao suicídio e teria sido escrito por um árabe com tendências satânicas.
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Érico 20/06/2022

Decepcionante, texto demais, HQ de menos
Ainda bem que eu não comprei logo os 3 volumes.
Não que a história em si seja ruim... Aliás, eu sequer terminei esse que é o primeiro volume de 3. Mas o fato é que metade do que SERIA uma HQ é texto. E um texto enfadonho. Parte escrito com uma fonte tipo "letra cursiva", parte numa fonte courier...
A capa é muito bonita, aliás, TODOS os desenhos são muito bons.
Mas o excesso de texto para mim tornou a obra intragável - e eu gosto MUITO de lovecraft, ja li vários contos inclusive bastante extensos, mas definitivmente não era o que eu esperava de uma graphic novel,,,
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Mauricio (Vespeiro) 18/09/2017

Um Alan Moore em fim de carreira, mas ainda afiado!
Já seria uma homenagem competente ao horror inominável de Lovecraft. Mas Moore foi mais longe. Valeu-se da mitologia levecraftiana para criar histórias sombrias e angustiantes e ainda, nas entrelinhas, expor facetas da alma dos EUA do início do século XX. Faz isso através de um roteiro genial e conta com a sensibilidade do ilustrador Jacen Burrows, seu parceiro em outros projetos.

Providence não é para iniciantes. São tantas referências - diretas e, especialmente, indiretas - a Lovecraft, Poe, Chambers, Bierce e essa turma toda, que exige do leitor, para maior compreensão, algum conhecimento prévio das obras desses autores. Não há nada explícito, apenas sugerido. Quem conhece o universo literário do terror cósmico se deleita com as possibilidades.

A edição lançada pela Panini encaderna os 4 primeiros números, de um total de 12. Já na torcida para que a editora nos traga o restante da história. Nesta introdução, a tensão aumenta a cada conto. O jornalista investigativo Robert Black procura um novo sentido para sua vida e persegue do sonho de escrever sua grande obra. Viaja pelo interior dos EUA em busca de um livro místico que traz alquimias para prolongar a vida e ressuscitar os mortos. A linha temporal é fascinante. Tons de sépia representando lembranças; sonhos em tons mais claros e o tempo real em cores.

A linguagem requintada de Lovecraft não deixou de aparecer. Palavras como grimório, huguenote, diáspora, salvatagem e o termo jarro-vital (“quem de mim beber negará para sempre a sepultura”) foram as boas-novas desta saborosa leitura.

Nota do livro: 7,12 (4 estrelas).
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LT 17/01/2018

Olá! Esse ano tem sido um momento muito Lovecraftiano para mim, e vai vir muita coisa sobre H. P. Lovecraft por ai, mas para começar eu gostaria de falar sobre uma HQ que foi lançada no ano passado, Providence. Escrita por Alan Moore, um nome conhecido até mesmo para quem não segue muito a linha de quadrinhos.

Providence conta a história de um repórter chamado Robert Black, a história se passa em Nova York, em 1919. Robert recentemente perdeu uma pessoa muito querida para ele e isso faz com que ele repense muitas coisas, inclusive a seguir um caminho mais sombrio. Ele deseja escrever um romance e para isso embarca em uma pesquisa que o leva até Providence.

Essa é uma história bem carregada de informações, e bem complexa, no melhor estilo de Lovecraft. É uma HQ que para se entender tudo o que está acontecendo é bom ler duas vezes, o que pode vir a incomodar um pouco os leitores por seu volume de informações.

Providence não leva esse nome apenas por uma escolha boba, todo o caminho trilhado por Robert está fundado na própria história de Lovecraft, já que esta é a cidade onde o autor nasceu e faleceu.

Alan Moore não escondeu, em nenhuma das páginas, que essa HQ é uma homenagem a H. P. Lovecraft, e sua obvia influência sobre ele. A história é incrível e agrada tanto leitores novos como os já aficionados pelo mundo de Lovecraft. Porém, algo me incomodou enquanto eu lia esse quadrinho, tirando o fato de ser um pouco arrastado, muita coisa utilizada por Alan Moore faz um paralelo muito próximo a fatos já utilizados nos contos de Lovecraft. Para quem já é leitor pode passar a sensação de “eu já vi isso...”. É ruim? Não, é sensacional. Porque é gostoso de ver algo tão próximo dos seus contos favoritos.

Sobre a arte de Jacen Burrows, é maravilhosa! Os detalhes são lindos, o traço é limpo e agrada muito, é um dos pontos mais fortes dessa HQ, tanto é que no final tem uma sessão apenas com imagens.

Um segundo detalhe que gostei muito foi terem falado de uma das histórias que influenciou as histórias de Lovecraft, O Rei de Amarelo. São detalhes que para quem é fã, torna a HQ muito mais especial do que ela é.

É isso, indico muito a leitura dessa HQ para todos, desde os fãs da arte de Lovecraft, até mesmo para quem ainda não o conhece. É um medo diferente, soturno e pensativo. Um suspense que vai corroendo o leitor pouco a pouco. É uma HQ pesada de se ler, mas que vale muito a pena conhecer. Vale lembrar que esse é apenas o primeiro volume e conta com as quatro primeiras partes, tem muito mais por vir.

Beijocas e até a próxima!

Resenhista: Nana Garces.

site: http://livrosetalgroup.blogspot.com.br/
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Clube Tripas 22/03/2020

[Resenha #tbt]
Conteúdo: Adulto
Livro: Providence v. 1
Autores: Alan Moore e Jacen Burrows
Editora: @editorapanini
Páginas: não tem paginação
Avaliação: Adorei (5/5)
Mês: Abril/19
Bibliotecária: Natalie Ichikawa Melo / Salto-SP
@nanatimel

A HQ é baseada em vários contos do Lovecraft. Desde o ano passado estive me preparando para ela, reli e li alguns contos para saborear os detalhes da história que é de um dos meus escritores favoritos.

A história é ambientada nos EUA, em meados de 1919, e iniciada em Nova York.

Nesse primeiro volume, acompanhamos a busca da personagem principal, o jornalista Robert Black, pelo "Kitab Al-Hikmah Al-Najmiyya" ou "Livro da sabedoria das estrelas". Dizem que sua leitura leva à loucura ou ao suícidio, semelhante ao "Rei de amarelo", do Chambers, e "Necronomicon", do próprio universo do Lovecraft, acredito que uma mistura dos dois. Para encontrá-lo, Robert viaja para outras cidades da costa e por ser o primeiro volume, é claro que não o encontra, ainda!

A narrativa transborda elementos do ocultismo, da cabala, do terror e até mesmo de Jung. Além dos quadros, existe o caderno de anotações do Robert e anexos de textos que ele encontra em sua investigação que enriquecessem demais a história! E as ilustrações são divinas!

site: https://www.instagram.com/p/B9wA67Tj1av/
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Leonam.Loureiro 23/03/2024

Alan Moore Cósmico
Providence é certamente a melhor adaptação que já li sobre as historia de Lovecraft. Jamais esquecerei dessas páginas de medo e loucura.
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