Mais de Uma Luz

Mais de Uma Luz Amós Oz




Resenhas - Mais de Uma Luz


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Pedróviz 05/03/2019

Um analista equilibrado
Em Mais de uma luz - fanatismo, fé e convivência no século XXI, Amós Oz reúne, em três ensaios, as temáticas do fanatismo e do confronto de opiniões divergentes (em Caro Fanático); da cultura, fé e identidade judaicas (em Luzes e não [uma só] luz); e da questão do convívio entre Israel e Palestina, com ênfase na criação de dois Estados: o de Israel e o da Palestina, independentes, separados (em Sonhos de que Israel deve se livrar rapidamente).
Em 134 páginas, os três ensaios apresentaram a mim um autor até então desconhecido. E foi uma grata surpresa. Dono de argumentos equilibrados, Amós Oz a certa altura declara que não é um pacifista. Ora, isso concorda com todos os autores não "progressistas" que tenho lido. Afinal, ser pacífico não significa abrir mão do direito de defesa. Segue o trecho do livro: "Não sou pacifista, não acredito em oferecer a outra face e não compartilho a noção tão difundida de que a violência é o mal absoluto. A meu ver, o mal mais extremo não é a violência em si, mas a agressão. A agressão é a 'mãe de todas as violências '..."
O fanático, seja judeu ou muçulmano, segundo o autor, baseia seu fanatismo em uma ideia distorcida , desesperada, amarga. Somente uma crença mais atraente, uma promessa mais convincente poderia convertê-lo. Contudo, Amós Oz não parece disposto a poupar os fanáticos assassinos; esses não devem ser objeto de esforço de conversão, mas serem submetidos ao martelo de Israel.
O autor é realista. Sabe que judeus fanáticos podem aventurar-se na parte superior do Monte
Santo, reservada para os muçulmanos, e resultando, daí, a revolta de todo o Islã contra Israel. Sabe que o apoio de uma nação a Israel não é algo definitivo. Sabe que o Exército de Israel é a única barreira que impede o extermínio do povo israelense. Sabe que tanto palestinos quanto judeus têm direito a um lugar próprio para viver e que um estado binacional é um grande erro; ele defende veementemente um estado Palestino e um estado Israelense.
Os três ensaios são bastante informativos e repletos de bons argumentos (ao menos para quem concordar com eles). Para mim, a leitura valeu as cinco estrelas.
Amós Oz fundou, na década de 1970, juntamente com outros, o movimento pacifista israelita/israelense Schalom Achschaw (Peace Now) pela Solução de Dois Estados, tem vários prêmios de literatura ganhos pelo mundo e faleceu em Dezembro de 2018 com 79 anos.
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Mateus 13/03/2021

mais de uma luz...
os pensamentos acerca do fanatismo são excelentes. é necessário atenção para reparar nas pequenas sangrias em que o autor deixa escapar seus pensamentos que podem vir a ser realmente problemáticos. no mais, uma obra interessante.
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Sobrinho 03/12/2017

Mais uma voz discordante
Três ensaios que valem a pena serem lidos, não só porque foram escritos por Amós OZ, mas também porque tocam em questões como fanatismo, fé e convifência no século xxi pelo povo judeu. Um prisma pelo qual se vê questões históricas tratadas com muita sensibilidade e profundo conhecimento. Estes ensaios foram reunidos na obra "Mais de Uma Luz".
Recomendo sua leitura.
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Elias.Fernando 22/04/2021

Luzes
Amós Oz é um escritor e intelectual que me desperta grande interesse. Concordo bastante com sua visão sobre a "gradação do mal", de que há males maiores que outros. O livro é composto de três artigos, textos que nos ajudam a pensar sobre tolerância, curiosidade, violência e muitas outras questões humanas que afetam nossa convivência. Para quem deseja uma iluminação nas ideias recomendo a leitura.
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Paula 06/06/2020

Artigos reunidos
Senti falta de algum apoio da edição em entender alguns termos e fatos históricos de Israel, mas o autor é, como sempre, incrível
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Erika 07/05/2020

Livro ensaio do autor Amós Oz com uma tonalidade sutil para temas funestos. O primeiro ensaio é uma reflexão para a prisma comportamental do fanatismo. Excelente texto! Infelizmente à ausência do senso crítico é a ascensão e amplificação do fanático. Veja o Brasil de 2020.
"Todos os tipos de fanáticos tendem a viver num mundo em preto e branco. Num faroeste simplista de mocinhos contra bandidos. O fanático é na verdade um homem que só sabe contar até um. E, não obstante, sem que isso constitua contradição, quase sempre o fanático tende a se espojar de satisfação num certo sentimentalismo agridoce, feito de uma mistura de raiva ardente diluída em autocomiseração pegajosa".

Os últimos dois ensaios são um panorama intercalado entre cultura e História de Israel. O próprio autor é de Jerusalém. É uma leitura sem filtro, pois é de quem convive diretamente com os conflitos políticos internos.
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Renata 27/08/2023

Esperava mais do autor e do tema
O livro contém três ensaios, onde o título muda mas a exposição das ideias aparecem como que uma "continuação" do tema anterior. Não creio que Amós Oz tenha sido um homem praticante da Fé, e lógico que aqui me refiro à judaica, pois são tantas as críticas ao povo, cultura e fortemente à crença que me causou estranheza no princípio. Ao mencionar o Cristianismo o autor cita erroneamente uma passagem do Evangelho. O Islamismo também não ficou sem suas críticas e preconceitos e não me refiro aqui a parte dos grupos radicais. O terceiro ensaio foi o que achei mais interessante, mas não sei se indicaria esse livro e sendo o primeiro que leio do autor, fiquei um pouco decepcionada. Tenho a biografia na estante e espero que seja melhor.
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Ana Fontenele 29/12/2023

Obviamente preciso ler mais do autor, mas esse livro me fez acreditar que eu poderia escrever um livro com minhas opiniões e interpretações sobre qualquer coisa.
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