O mal-estar na civilização

O mal-estar na civilização Sigmund Freud




Resenhas - O Mal-Estar na Civilização


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Otávio - @vendavaldelivros 18/01/2021

“Ao mesmo tempo, a partir desse exemplo podemos suspeitar que as duas espécies de instintos (Eros e Morte) raramente – talvez nunca – surgem isoladas uma da outra.”

Sempre achei a psicologia um dos mais encantadores campos de saber da humanidade. Estudar e entender o que nos faz agir e pensar e como isso reflete em nosso comportamento social é o caminho para entender nosso passado, nosso presente e como poderá ser nosso futuro. E é impossível falarmos da psicologia sem citarmos Sigmund Freud.

Escrito em 1929, quando o mundo estava prestes a enfrentar uma de suas principais crises econômicas, O Mal-estar na civilização é muito mais do que um texto sobre as formações da psicologia. Em cerca de 90 páginas, Freud expõe conceitos sobre a sociologia e a antropologia, sempre embasado em seus estudos psicanalíticos e sua percepção sobre a sociedade da época.

Da eterna busca pela felicidade (e até como de fato a entendemos) até às críticas contra a religião e o modelo educacional da época, O Mal-estar na civilização é uma pesada e densa dose de conceitos que precisam ser lidos e entendidos com calma. Por ser um livro teórico, é nítido que não se nota uma preocupação com a estética ou com a fluidez do texto por parte do autor, mas tudo bem, ainda assim, com uma leitura atenta, é possível absorver e entender o que é falado ali. Assusta, mas depois de um tempo passa a fazer mais sentido.

Eu, obviamente, não tenho a capacitação necessária para analisar tecnicamente uma obra do pai da psicanálise, mas ainda que tenha sido uma leitura densa, dessas que “fritam os neurônios”, é impossível sair dela sem uma bagagem importante que auxilia na compreensão do mundo que vivemos hoje. Sejam nas explicações dos instintos (Eros e Morte) ou dos conceitos de Eu, Super-Eu e ID, Freud entrega informações fundamentais e que pavimentaram estudos ainda mais profundos sobre a humanidade. Mais do que isso, faz lembrar a lição de “Conhece-te a ti mesmo” estampada no Templo de Apolo em Delfos e como nós precisamos nos entender para começarmos a compreender o universo que nos cerca.

site: https://www.instagram.com/p/CKMw1djDC4l/
Roberta 18/01/2021minha estante
Freud era mesmo um gênio!


Otávio - @vendavaldelivros 18/01/2021minha estante
Verdade!


Sophia.Dabbah 18/01/2021minha estante
????????




Eliza.Beth 11/01/2023

A felicidade é um fenômeno episódico
Esse livro foi uma baita surpresa. Achei que teria mais dificuldade para entende-lo, mas até que entendi mais do que esperava.
Gostei particularmente dos temas que ele escolheu para abordar como as fraquezas do ser humano, nossos objetivos impossíveis de serem alcançados e nossa forma de lidar com a frustação.
Para suportar a vida, ele defende que usamos 3 paliativos. No livro, ele desenvolve mais, mas os nomes já são muito sugestivos e deixo aqui para contemplação.
1- Poderosas diversões (nos permite fazer pouco da nossa miséria);
2- Gratificações Substitutivas (diminui as nossas misérias);
3- Substâncias Inebriantes (nos tornam insensíveis a nossa miséria).
[Palavras de Freud]

Mas o que levo desse livro quase que entalhado no coração são suas ideias sobre felicidade.
"Somos feitos de modo a poder fruir intensamente só o contraste, muito pouco o estado."
Para ele, a felicidade é possível apenas como fenômeno episódico.
Michela Wakami 12/01/2023minha estante
Querida, amiga. Eu venho aqui curti suas postagens, volto e os coraçõezinhos estão todos desativados.?


Eliza.Beth 14/01/2023minha estante
Michela, acho q o skoob tá com essa falha mesmo. Já ouvi isso de outras pessoas ?


Michela Wakami 14/01/2023minha estante
Tomara que volte ao normal logo. ?




Renata 27/07/2021

O mal-estar da civilização
Primeira vez lendo Freud,achei uma leitura difícil,e gostei bastante e ele descreve a mente humana com sabedoria.Uma leitura atual e muito importante.
Kappa 12/09/2021minha estante
?


Renata 12/09/2021minha estante
Este livro é fantástico


Kappa 12/09/2021minha estante
Já vou adicionar a minha lista, também quero ler ? o significado dos sonhos ? dele, deve ser top demais


Renata 12/09/2021minha estante
Pretendo ler tbm




Débora Damieri 09/08/2010

O MAL-ESTAR NA CIVILIZAÇÃO; FREUD, Sigmund.
Sigismund Schlomo Freud, que passou a assinar Sigmund Freud, nasceu em 1856 em Freiberg, na Áustria, numa família judia de classe média que, três anos depois, se mudaria para Viena, onde Freud se formou em medicina. Seu interesse pela pesquisa o levou a estudar neuropatologia em Paris e a se associar ao médico Joseph Breuer (1842-1925). Casou-se com Martha Bernays, com quem teve seis filhos. Experiências clínicas e pessoais, como a morte do pai, foram elaboradas por Freud como teoria psicanalítica e apresentadas pela primeira vez de modo sistemático no livro A Interpretação dos Sonhos (1900), ao qual se seguiram Psicopatologia da Vida Cotidiana (1904) e Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade (1905). A obra de Freud adquiriu amplitude de temas em Totem e Tabu (1913) e O Mal-Estar na Civilização (1930). Acuado pelos nazistas, ele mudou-se com a família em 1938 para Londres, onde morreu no ano seguinte.
Em o mal-estar na civilização ele se remete ao entendimento sentimentos, religião, sentimentos religiosos (diferente de sentimento e religião isolado) e nesse ponto da realidade e alienação. A alienação do real pode assim causar prazer, uma satisfação que ocasiona uma conseqüência ao ser que é o sofrimento, a realidade pura no mundo é um caminho mais rápido e menos doloroso para o sofrimento. Assim podemos observar que o primeiro ponto do pensamento de Freud é que o homem sofre e não tem como escapar desse sofrimento, sem se alienar completamente do real social que cerca a existência.
Aprofundando esse pensamento observamos um padrão de pensamento humano de prazer. O prazer em diversas formas pode ser relatado pelo ser como felicidade, prazer em longo prazo e prazer em conseqüência. Para entender melhor esse pensamento do autor existe a necessidade e entender o que ele coloca como felicidade humana. A felicidade é uma falta de sofrimento, não uma existência de prazer. A felicidade não existe como real acontecimento, não há como ter uma formula a ser seguido para ser feliz, pois cada um tem sua própria forma de sentir prazer, mas como já dito felicidade é diferente de prazer, pois quem deseja ser feliz tem como base a necessidade de não sofrer. A cautela é forma mais segura de não ter sofrimentos, mas isso se remete a não sentir satisfação por medo das conseqüências que o externo pode causar a si.
Assim, como o prazer pode causar uma satisfação, um sentimento de felicidade causa conseqüências mais dolorosas que o sentimento “bom” que ele advém. No pensamento de Freud, as formas de se ter prazer, e como elas podem causar o sofrimento, em que escala mais se sofrem e em que prazer mais há uma real conseqüência dolorosa para o ser.
Mas coloca mais que linhas divisoras, é um entrelaçamento de bom e mal, é conseqüência um do outro. Para pensar em dor tem que se pensar em cura, assim quem pensa em prazer tem automaticamente pensar em sofrimento, mas o psicológico do sofrimento se transparece em algo, se causa caminhos e bloqueios. O ego é um bloqueio para o sofrimento, é ele que se coloca em linha fraca entre prazer e sofrimento, ma o autor, apesar de colocar em bons exemplos esse pensamento de ego como barreira fraca desses dois momentos do ser, não se adianta a pensar que o ego é social, ou seja, vem de uma realidade de julgamento, de limitação do prazer e conseqüência marcante da dor. O ego é moldado para bloqueara à dor, mas ao mesmo tempo em que esse é uma conseqüência dela.
O ego então seria mais um ponto de sofrimento ao homem, mas agora sem a satisfação. O ego se configura, para assim ser atrativo para a falta de dor como caminhos para a plenitude da falta de sofrimentos, causando um sentimento de elo entre individuo e pensamento. O ser assim tenta encontrar algo par explicara o que é seus sentimentos de sofrimento e de prazer em conseqüência de algo que não há respostas. Encontra-se nesse pensamento uma divindade autoritária e aglutinadora social, que ao mesmo tempo prega a rígida submissão, também prega o amor para a felicidade.
Esse tipo de divindade causa um sentimento de utopia que não há como ser alcançado e mais uma vez, por causar esperança, se entrelaça com o sofrimento. Esse pensamento mal resolvido de idéias para um alcance não é facilmente excluído da essência humana. Apesar de existir a moldagem do ego pela sociedade, na infância podem-se surgir princípios inalteráveis de glória ou de adoração, um trauma que permanece intacto e inabalado na mente.
Para não banalizar esse pensamento de permanência de sentimentos precisa-se entender que os primeiros anos de vida é algo muito desconhecido e assim não se há certeza do que se pode acontecer nesse momento, por tanto se pode interpretar livremente esse conceito. No pensamento de Freud é certo que as crianças já buscam prazer e também segurança, mas esse ponto é mais discutível que a maioria de seu pensamento. O que se pensa de paternalismo nessa faze é subjetivo e não há como afirmar que exista um pensamento de que essa pequeno ser pense de maneira em que atribua a algo em primeiro encontro imaginário valores mais fortes que os palpáveis.
Mas as religiões não seriam ao ser humano mais velho algo tão irreal, mas algo bem mais oblato a ele quanto ao pensamento de uma criança. A religião desse ponto seria uma tentativa, constantemente falha, de se livrar do sofrimento do mundo, algo idealizado como felicidade, mas padronizado, o que seria mais complexo do que qualquer entendimento. A felicidade alcançada seria igual a todos que obedecem rigorosamente seus mandamentos e modos de se relacionar, mas há no homem um individualismo de ego, algo em que a lembrança não permitida que eles concordem com a forma de felicidade e assim que é prazer para um individuo é bem diferente para outro.
No primeiro contato, se há uma reocupação de se materializar e diagnosticar o sentimento definido pelo autor como “oceânico”, isso remete um maior entendimento de como se trata o ser em relação à religião. Mas também se remete em hipótese psiquiátrica que não pode ser estabelecidos como parâmetros sociais. Pensar que uma religião é uma maneira de alienação social para a compreensão do desconhecido de leigos como entendimento é julgar que a arte ou a ciência são alienações de alguém que tenha uma fonte de relatos mais expansiva que os demais na sociedade.
Para o ser que retém maior conhecimento e compreende a psicanálise do meio social como um método de convivência anestésico do sofrimento, tem como base um prazer em conhecimentos como a arte, mas ele tem seu ponto de cruzamento com a religião, os dois podem ser analisados como fé, um no inexplicável e outro no palpável. A arte porem cai em um ponto de prazer e não de retenção dele, mas como sempre entrelaçados o sofrimento é a esse movimento se desprende e atribui-se a um prazer momentâneo.
Assim a arte pode ser considerada um dos fatores que causa prazer em grande parte dos indivíduos, mas não de forma única a todos. A civilização não se contenta com as ligações até agora propostas. Visa a unir entre si os membros da comunidade também de maneira libidinosa e, para tanto, emprega todos os meios, favorece todos os caminhos pelos quais as identificações fortes possam ser estabelecidas entre os membros da comunidade e, na mais ampla escala, convoca a libido inibida em sua finalidade, de modo a fortalecer o vínculo comunal através das relações de sentimentos.
Os sentimentos mais prazerosos para o ser é também o quem mais pode causar sofrimento a ele, algo de tal característica ocasiona ao homem um tipo de curiosidade complexa o suficiente que pode derivar-se de outra característica bem mais primitiva ao ser. Remete-se a sexualidade, o valor do amor e o valor do belo. Retirando os floreios do autor pode-se chegar ao pensamento de atração por necessidade de prazer em comunidade, alem de características de bem aceitação de algum valor. O belo em sua conseqüência ocasiona boa aceitação da sociedade, transmitindo desejos sexuais a outros, ocasionando desejos e prazeres que são mais complexos e mais momentâneos que a arte possa trazer ao ser.
Os homens não são criaturas gentis que desejam ser amadas e que, no máximo, podem defender-se quando atacadas, são criaturas entre cujas qualidades instintivos deve-se levar em conta uma poderosa quadro de agressividade. Em resultado disso, o seu próximo é, para eles, não apenas um ajudante potencial ou um objeto sexual, mas também alguém que os tenta a satisfazer sobre ele a sua agressividade, a explorar sua capacidade de trabalho sem compensação, utilizá-lo sexualmente sem o seu consentimento, apoderar-se de suas posses, humilhá-lo, causar-lhe sofrimento, torturá-lo e matá-lo.
Contudo, o próximo também é algo incompreendido, que tem como desejo algo que não é o seu mesmo. A aceitação desses por meio do ser comunitário e algo subjetivo e rela. Do mesmo ponto que tem como promover prazer é a conseqüência dele em modos de sofrimento, uma forma de decepção ou desilusão de desejos e assim não provendo mas qualquer principio de prazer, mas um alta conseqüência de dor.
Freud diz que na pulsão destrutiva, agressiva, advinda da pulsão de morte, está o maior perigo à civilização. Além da identificação e das relações amorosas, a única forma de contornar, controlar e reprimir a agressividade humana é através do processo de sua “internalização”.
Desta forma, a agressão ao invés de ser dirigida para fora, se volta para dentro de cada um dos seres humanos. Isto se dá através da ambivalência do complexo de Édipo reforçada pela pulsão de morte, pelos processos de identificação, responsáveis pela formação do super-ego, que - entrando em tensão com o ego - estabelece o sentimento de culpa.
O ser esta assim atrelado a muito mais que apenas um mal estar pessoal, mas a criação para todo um meio que se atrela e com todas as conseqüências que ser sigam. Todas as formas de superar o sofrimento têm graves desvantagens. O amor torna-se dor com a perda do parceiro. A realização artística ou científica depende de talentos individuais. A religião infantiliza permanentemente o crente. As drogas legais e ilegais cobram seu preço nos efeitos colaterais que geram degradação física.
Felicidade, diz ele, é a realização imediata de um impulso instintivo, nada a supera, mas nunca dura. O sentimento de culpa seria o mal-estar da cultura, o preço de vivermos em sociedade, reprimindo a sexualidade e a agressividade. Sob esta ótica, o mal-estar é estrutural, próprio dos processos de organização do psiquismo do homem, do fato de ele existir, de ser, pois ele só pode ser e existir como homem dentro da civilização. Assim tem que haver um contexto de pensamento real para que aja uma formação de mal estar no individuo, podendo se transformar em algo muito mais físico que psicológico, ou mais psicológico sentimental que real.
A existência humana é problematizada por não mais ser natural. Em relação a ela, as leis da natureza são substituídas pelas leis da cultura. Por um lado, a civilização em si, provoca um mal-estar, por outro lado, sem civilização não haveria humanidade, seríamos apenas outros primatas regidos pela natureza.
Entram então um pensamento bem mais comparativo do meio social. Porque o ser se tornou algo tão frágil, que vive em uma breve alienação e busca a felicidades, e encontra pequenos momentos de prazer. Remetemos ao pensamento de como pode haver uma convivência humana sem tantas linhas finas de divisão de aceitável, seguro, prazeroso e feliz.
Hoje a civilização impõe sacrifícios tão grandes, não apenas à sexualidade do homem, mas também à sua agressividade, podemos compreender melhor porque lhe é difícil ser feliz nessa civilização. Na realidade, o homem primitivo se achava em situação melhor, sem conhecer restrições de instintos. Em contrapartida, suas perspectivas de desfrutar dessa felicidade, por qualquer período de tempo, eram muito tênues. O homem civilizado trocou uma parcela de suas possibilidades de felicidade por uma parcela de segurança.
Não devemos esquecer, contudo, que na família primitiva apenas o chefe desfrutava da liberdade instintiva; o resto vivia em opressão servil. Naquele período primitivo da civilização, o contraste entre uma minoria que gozava das vantagens da civilização e uma minoria privada dessas vantagens era, portanto, levado a seus extremos.
Assim pode afirmar que o ser humano é em seu psicológico que se julgam, e julgam ao próximo, em qualquer característica, social ou pessoal, em crenças e ações, o que se é sentido e apenas uma forma se demonstração do acontecimento de julgamento e o mal-estar é a conseqüência desse julgamento. O julgamento, por assim dizer, é um prazer humano, primitivo que também é um elo da comunidade e de cumprimento de regras da sociedade.
Isabele.Fernandes 06/12/2020minha estante
Débora, achei fantástico seu texto!




Lu Reis 05/01/2021

| Escrito em 1929 e publicado em 1930, esse livro é uma profunda investigação sobre as origens da infelicidade humana, sobre o conflito entre indivíduo e sociedade e as suas diferentes configurações na vida civilizada. Trata-se de um verdadeiro clássico de antropologia e também da sociologia, escrito pelo pai da Psicanálise, que nos faz mergulhar na teoria freudiana da cultura, segundo a qual civilização e sexualidade convivem de modo sempre conflituoso.
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O texto retoma questões fundamentais como: a relação entre o Eu e o mundo; a possibilidade de felicidade humana; as religiões, o surgimento e as condições de manutenção da civilização; o conflito entre pulsão sexual e cultura; a moral social, o sentimento de culpa nos indivíduos e o amor como princípio civilizatório; a tendência a agressividade humana e o desafio da cultura em recalca-la a fim de viabilizar a vida – pairando em todas essas questões o espectro do mal-estar como produto da vida civilizada.
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O mal-estar é sempre por se estar na civilização e pela impossibilidade de sair dela – “não se pode cair no mundo”, diz Freud...
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Este é um dos principais e mais conhecidos textos dele, uma de suas obrar mais lidas, onde nos é apresentada a teoria freudiana de que o conflito entre as regras sociais e as pulsões primitivas do homem seriam a principal causa dos distúrbios psicológicos e doenças psíquicas de nosso tempo.
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O texto é muito acessível, e mostra toda a sua grandiosidade no fato de condensar tantos temas como esses em tantas camadas de uma leitura simples e possível. Além de ser um dos mais importantes tratados da história da Psicanalise e uma importante ferramenta de análise sociológica, esse livro é também uma obra-prima que nos faz questionar: estariam as comunidades condenadas a um estado permanente de neurose (entenda-se por emoções e sentimentos negativos)?
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Considero a leitura desse livro como uma janela de luz aberta pelo pai da Psicanalise.
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Jefferson Vianna 17/11/2020

“Todo homem tem de descobrir por si mesmo de que modo específico ele pode ser salvo..."
Finalizei a leitura de “O Mal-Estar na Civilização” com um misto de emoções, entre a satisfação por ter lido Freud e também com a necessidade de me aprofundar melhor no assunto. Nesta obra, Freud apresenta suas teorias a fim de explicar a razão da angústia na vida humana/sociedade. O autor faz algumas analogias e aborda questões relacionadas às expectativas que nós criamos diariamente, dos sonhos que nutrimos e das idealizações de felicidade como sendo o fruto do nosso “modelo ideal”, assegurando-nos tão logo que essa busca pela plena felicidade é uma utopia, afinal, quando convivemos em sociedade, a dor, as frustrações e o sofrimento são sentimentos inerentes aos seres humanos. Como Freud diz: “O deliberado isolamento, afastamento dos demais é a salvaguarda mais disponível contra o sofrimento que pode resultar das relações humanas.” – pag.21. E continua a nos questionar: “... de que vale uma vida mais longa, se ela for penosa, pobre de alegrias e tão plena de dores que só poderemos saldar a morte, como uma redenção?” – pag. 33. Em resumo, tudo é equilíbrio, é preciso lidar com as ideias e as situações conflitantes, que leva-nos ao sofrimento e ao crescimento. A religião, assim como a falta de uma perspectiva futura leva-nos ao pessimismo, estar em sociedade nos desperta sentimentos de competitividade e consequentemente, de comparação, porém, torna-nos civilizados e faz-nos progredir. É preciso, portanto, aprendermos a lidar com o Super-eu e exercitarmos o autoconhecimento diariamente. “Todo homem tem de descobrir por si mesmo de que modo específico ele pode ser salvo." Leitura recomendada.
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Karol Rodrigues 31/01/2021

Interessante
O livro trata do surgimento da cultura e civilização do ponto de vista da psicanálise, tratando também de um paralelo com o surgimento da própria consciência. Questões como religião, culpa e infelicidade são tratadas pelo autor em uma obra que é curta mas cheia de reflexões interessantes.
Há bastante referências a totem e tabu, outra obra que pretendo ler em breve.
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Isa 17/11/2021

Tive que ler esse livro para minha aula de Economia Política. Como sou estudante de direito e sei bem pouco das teorias de Freud, essa leitura foi dificil, pois é bem densa e cheios de conceitos. Mas ainda sim é muito interessante o tema! Para quem também não é familiarizado com os conceitos pai da psicanálise, recomendo deixar aberto uma pagina com os resumos e analises por capitulo! Me ajudou muito e espero que ajude vocês também :)
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Lisaclarck 19/04/2020

Civilização
Wow! O que dizer? Freud simplesmente foi um gênio aqui e escreveu sobre coisas que acontecem ainda hoje na nossa sociedade contemporânea!
Eu como estudante de direito, amei alguns pontos de reflexão que ele trouxe e pretendo me apron fundar mais nas obras do autor.
Gisa Petry 19/04/2020minha estante
Freud... Não tem como não gostar dos estudos e raciocínios dele,né? Tudo muito atual,apesar do tempo decorrido...




Ariel 16/01/2024

O eterno mal-estar na civilização
Quando ouvimos falar de Freud e da psicanálise, já imaginamos vários termos difíceis e textos de alta-complexidade. Nesse ensaio, não é diferente. Mas se serve de consolo, aparentemente o texto é mais acessível que outras obras do autor.

Outro bom motivo para ler esse livro, é que essa obra sintetiza muito do que Freud pensou e escreveu. Serve como uma ótima introdução de sua obra e de suas ideias, mas também como um bom resumo.

Nesse livro Freud aborda vários temas, como a felicidade, a angústia, a violência e o convívio em sociedade. Em um livro de menos de cem páginas, é impressionante a variedade de temas que o autor trabalha, fazendo uma ligação coerente entre os assuntos.

Essa obra perto do seu centenário, mantém a mesma atualidade da época que foi lançada. A sociedade e as pessoas não mudaram em suas essências, logo o mal-estar permanece. Infelizmente a obra de Freud além de sua complexidade, enfrenta resistência devido ao mal-estar que suas ideias colocam na vida de todos nós. Uma pena, pois as ideias de Freud tem muito a contribuir seja para a sociedade, mas principalmente para nós indivíduos.

O texto é uma das referências quando se fala dos problemas que afligem o mundo e dos motivos que tornam os seres humanos tão infelizes. Um texto que deve ser revisitado e que deveria ser mais popular, por sua capacidade de sintetizar tantas questões relevantes em poucas páginas.

O ensaio "O mal-estar na civilização" que passado quase um século da sua publicação permanece atual como permanece atual o mal-estar em nossa civilização.
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Santhi 21/08/2020

De Freud sobre o mundo e para o mundo
Mesmo se não estudar psicanálise, recomendo esse texto. Não é denso nem cheio de jargões, apesar de contar sim com alguns conceitos anteriores na obra de Freud.
São reflexões sobre a civilização, sua origem e sua tarefa de controlar as tendências agressivas humanas em prol da sua manutenção, sendo sempre ilustrado com exemplos e descrições.
É um texto base do pensamento psicanalitico. Por mais que seja um dos últimos, faz sentido ser lido antes de qualquer outro pela gama de assuntos de que trata e com tanta fluidez.
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Natalia :) 10/01/2023

Bom
Uma narrativa não tão fácil de se processar, mas em geral trata de assuntos muito bem desenvolvidos.
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Mary 24/01/2023

Por mais que o tema psicanálise não seja tão fácil de ser lido/estudado, Freud em seus escritos consegue se fazer ser entendido, claro que alguns textos exigem mais estudos e aprofundamentos que outros, dito isto, o mal-estar na civilização é um livro pequeno de 96 páginas que discorre sobre as origens da infelicidade, tais como religião, amor, as próprias "leis" criadas por nós seres humanos, entre outros.
É um livro tranquilo de ser lido mesmo exigindo certa atenção. Recomendo.
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