Natália Tomazeli 08/01/2023Um livro genuinamente sobre representatividades"Acho que você deve ser quem quiser ser, até sentir que é a pessoa que está tentando se tornar, seja lá quem for."
Em 2022, além de outros desafios que estipulei, resolvi me aventurar em fazer o desafio "Leia representatividade" das meninas do @afrofuturas. Eram 12 livros que traziam reflexões pertinentes sobre vários tipos diferentes de representatividade, e já a primeira leitura foi 5 estrelas!
Um livro sobre auto amor, body positive, empatia, família, amizade, diversidade, lidar com o luto, combate à padrões estéticos e gordofobia, "Dumplin" vai fundo em temas importantes, muito mais do que eu esperava. É um livro que acabei com vontade de presentar todas as adolescentes por aí e com vontade de disseminar sua existência mundo à fora.
"Porque a palavra gorda deixa as pessoas constrangidas. Mas, quando alguém me vê, a primeira coisa que nota é o meu corpo. E o meu corpo é de uma gorda. Por exemplo, eu posso notar que algumas garotas têm peitos grandes, cabelos oleosos ou joelhos ossudos. São coisas que é permitido dizer sem rodeios. Mas a palavra gorda, que é a que melhor me descreve, deixa as pessoas desconfortáveis."
Acho que o melhor do livro é o seu carro-chefe: a representatividade gorda! Que é saudável, plausível e real. Sem esteriótipos, a autora traz as inseguranças e os sucessos de Will de uma maneira abrangente e humanizada. Todo o livro é assim, real, humano e sensato. Cheio de representatividade LGBT e de personagens femininas completas, é um livro que eu com certeza queria que existissem mais por aí!
Já to louca pra ler a sequência, "Pudim", já que o final do livro é super aberto e deixa muita coisa bacana pra ser desenvolvida num segundo livro!