O Terceiro Dia

O Terceiro Dia Cleber Pacheco




Resenhas - O Terceiro Dia


1 encontrados | exibindo 1 a 1


Cláudio B. Carlos 12/05/2017

ORELHA QUE ESCREVI PARA O LIVRO
"O Terceiro Dia", romance de Cleber Pacheco, é feito vigoroso. É trabalho de Mestre.

“Súbito, abandonou a casa e foi preparando-se para, num desatino, talvez quebrar portas, enroscar cabelos, vazar olhos. Queria cruzar o dia enlouquecido com seus cascos. Correria, daria cambalhotas, lamberia os pés, federia sovaco. (...) Iria aos corcovos, pinoteando, fremindo, querendo pelar-se, beber mijo.”

É soco no estômago.

“Desejou ficar recebendo chuva, criando musgo, virando mato, em migalhas, em
pó, até seus ossos virarem fósseis, até feder como cadáver de pútrido cavalo.”

O livro segue a mesma linha imaginosa de "Invernia", da trilogia "O Mestre de Ellora" e de "Enigmas" – outras obras do autor, que aproveito para recomendar.

Significa que o escritor – um dos melhores e mais inventivos de sua geração – está construindo uma obra que “conversa”, uma obra que se entrelaça na sutil costura da Arte.  
Significa que o autor – fecundo – está "deixando". "Deixar" é o que busca o Artista. Cleber está deixando, deixará.

Cada livro de Cleber Pacheco é completo. E, também, cada livro de Cleber Pacheco, carrega em si, a possibilidade de uma continuação, de um encaixe com o anterior (ou com o vindouro). Cada livro é, também, personagem.

Obra de engenhoso autor: requer leitura atenta.

É Altíssima Literatura.    

"O Terceiro Dia" é poético, é trágico, e, segundo o autor, "é experimental".

É Obra de Gênio.
 
 

 
 


site: http://balaiodeletras.blogspot.com.br/2015/08/o-terceiro-dia.html
comentários(0)comente



1 encontrados | exibindo 1 a 1


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR