Log#1525

Log#1525 B.Demetrius




Resenhas - Log#1525


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Fernando Rômbola 16/08/2020

Recomendo com força total
“Log” é um processo de registro, utilizado para restabelecer o estado original do sistema computacional, conhecer seu comportamento no passado, diagnóstico de problemas e outras coisas mais.

Tudo ia bem na espaçonave rumando para Oort-Clarke-Amazonas, A tripulação em hiper-sono e o Major contando 516 dias no espaço. A solidão só não era maior porque em sua mente tem um B.O.R.I.S. (Bio Operational Resource Interface Sistem). Abaixo vou deixar o log #1525 pra ficar mais simples de entender essa “simbiose”.

O problema é que a nave foi de encontro a um buraco negro… resumindo: a tripulação e os equipamentos são ejetados. Passada a desordem, o Major acorda sozinho em um planeta de gelo. E o que temos desse ponto em diante é uma das aventuras mais malucas que eu já vivi.

Acompanhamos tudo que acontece pelos “logs” que o Major faz, interagindo com Boris. Em nenhum momento testemunhamos a presença do implante, mas o Major fala com ele o tempo todo. Rola até umas tretas. É muito bom!

É uma aflição atrás da outra, emendadas com momentos desesperadores. O Major tenta sobreviver, juntando peças das naves de transporte que caíram, enquanto procura pelos outros tripulantes. Estamos dentro da cabeça dele, acompanhando cada pensamento. A sensação é claustrofóbica, mas também é angustiante e aflitivo caminhar por aquele lugar assustador, frio, vazio.

Major é um dos personagens mais icônicos que conheci. O cara é muito doido e dá umas viajadas insanas dentro da mente enquanto luta pela vida.

E o Boris? Em alguns momentos achei que o Boris era uma alucinação do Major. Um amigo imaginário… mas tenho certeza que não.

O mais foda são referências ao rock e cultura geek que o autor faz em vários logs. Também vou deixar abaixo o #1666C. O meu preferido.

Confesso que me identifiquei com o Major. No decorrer da história senti como se fossemos amigos. Eu queria ter um Boris também. Deve ser bem doido isso.
.
Recomendo com força total esse livro incrível de Ficção Científica BR

Diário de bordo: Log #1525.
Agora sou um só com o sistema central da nave. Acesso todo o corpo da nave só de pensar nele. Realmente o Boris surge como um segundo pensamento e conforme me concentro nele passo a conversar como se fosse outra pessoa, mas estou apenas pensando. Bom, as vezes me pego falando alto e sozinho, mas aí a nave responde, isso dá calafrios.

Log #1666C
Qual é o número desse log, Boris?
Que merda, eu deveria ter uma música especial para essa ocasião. É, Heavy Metal cairia bem.
Exatamente, Boris! Aquele clássico da segunda metade do século XX...

site: https://www.instagram.com/fernando.rombola/
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Scarlet.SAmia 25/06/2017

Log#1525 é de longe o melhor Sci-Fi nacional já lançado. Para quem tem o hábito de leitura e é um bom leitor, esse livro é ideal para uma nova experiência. Me proporcionou mergulhar no profundo da mente humana, experimentar medo narrado por quem foi treinado a não ceder a esse tipo de emoção. Log#1525 é um monólogo nada monótono, que conta a jornada do Major Walter Thompson, perdido em um planeta gelado, sem sua tripulação, com nada mais além de sucata.
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Ricardo.Bracarense 30/06/2017

Ficção Cientìfica de primeira linha
O LOG#1525, é uma obra de FC em primeira pessoa com um ritmo ao mesmo tempo alucinante e tenso. O foco da história está na trama psicológica desenvolvida na mente do personagem principal ao longo da sua saga para desocobrir onde está e como fazer para sobreviver e cumprir sua missão. Com a sucessão dos eventos o Major acaba entendendo que não sabe muita coisa a respeito de onde está e que muitas das suas informações estão erradas ou imcompletas. Tudo com o que ele pode contar são o seu treinamento, alguns destroços e o B.O.R.I.S. São 285 páginas da melhor Ficcção Científica que eu já li nos últimos anos, eu recomendo.
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Douglas 13/06/2017

RESENHA LOG#1525 - B. DEMETRIUS
Heey! Hoje a resenha é de Log#1525 do autor Demetrius. Temos então Major, ele é astronauta, e brasileiro, e acorda em um planeta totalmente desconhecido. Ele percebe que todos os tripulantes sumiram e ele está sozinho (ou quase só). É um pouco difícil falar desse livro sem spoilers.
Sozinho em um planeta desconhecido pode parecer o fim. Mas nosso protagonista vai fazer de tudo para sobreviver de todos os perigos que aquele lugar tem e tentar manter sua sanidade intacta.

Nosso protagonista é completamente o melhor personagem que você pode respeita. Apesar de tudo está dando errado como na série Desventuras em Série, onde você acha que agora vai acontecer algo bom e não, mas ele não vai desistir, com muito bom humor ele vai seguir em frente.
Então ele tem várias tiradas o que deixa a história mais leve, mas têm momentos onde ele está mais firme por algo está mais complicado.

Mesmo a tripulação ter sumido, ele têm nanabots, chips na sua cabeça, que falam em sua mente. Nos não ouvimos o que o Boris, um robô, diz, através dos chips, mas podemos deduzir a partir do que o Major responde.
Eu achei que não ia conseguir me acostumar com esse tipo de escrita, mas até que gostei depois.
O livro é dividido em 15 capítulos que são chamados de Lote de Dados #001, #002... Lembrou-me pouco de Perdido em Marte, então se você gostou daquele filme, tem bastante chance de você gostar deste livro. O livro trás várias referências, principalmente, de bandas de rock.

Não sabemos muito do passado dele, apenas alguns pensamentos soltos nos dizem alguma coisa.
A diagramação do livro está ótima. O livro tem uma fonte muito confortável pra leitura. Em nenhum momento a leitura fica arrastada, apesar de o livro ter palavras técnicas.

Junto do livro o autor me enviou um mapa, e foi muito bom acompanhar a leitura junto com o mapa, um marcador, imagens de alguns lugares do planeta, e uma jacket muito linda. Isso faz parte do kit de colecionador (ou kit de imprensa).
O que mais me levou a ler esse livro foi querer saber sobre o comportamento do personagem. Visualize um ser humano perdido em outro planeta, só, pouca comida, um lugar que é praticamente tudo escuro, chances mínimas de sobrevivência. Ele é bem humorado, ele consegue manter em um nível razoável a sua lucidez. Mas têm momentos onde ele vai refletir se ele tivesse escolhido ficar atrás da mesa ao invés de tudo isso. Ver como a falta de contato com outro humano faz a diferença. Então, particularmente, eu gosto muito de ver o comportamento humano nessas situações extremas. E o livro não me decepcionou, temos alguém que é divertido, mas que também é humano e não vai ser forte cem por cento do tempo.


site: http://diarioleitorblog.blogspot.com.br/2017/06/resenha-log1525-b-demetrius.html
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Maníaca Literária 29/06/2017

Resenha Log#1525

" Bom , às vezes me pego falando alto e sozinho , mas aí a nave responde , isso da calafrios . "

Já pensou , você acordar em um planeta desconhecido onde é extremamente escuro e gelado ?
Foi o que aconteceu com o Major ,um Astronauta Brasileiro que acordou em um planeta com um sistema cibernético na cabeça . Mais havia algu de errado, os tripulantes da nave sumiram o deixando confuso . Assim ficando sozinho ou quase pois
B.O.R.I.S a ( inteligência artificial ) que só o major ouve na sua cabeça . Toda a história o Boris não fala em nenhum momento, deixando o leitor com dúvidas se é real ou a imaginação do major .
Diante de tudo isso , o Major sai em busca de algu para sair desse planeta e voltar para casa .
Assim começa uma incessante busca , na tentativa de sobreviver nesse lugar que só tem gelo e a escuridão .

A história é narrada por lotes e Log ( tipo capítulos ) que após algumas folhas já fui me acostumando , e ficando presa a história .
A narrativa do Demetrius fez com que parecesse que eu estava ali ao lado do Major , super fluida a leitura que nem estava prestando atenção nas numerações das páginas .
Log#1525 me fez pensar em várias teorias , várias perguntas sobre o que estava acontecendo .
A casa lote eu fui tendo reações diferentes rir muito com o jeito louco e sarcástico do Major , momentos de desespero , angústia . Quando tudo "parecia" estar bem dava errado , quanto mais o Major caminhava por esse lugar escuro só piora e a sorte não parece ser sua amiga rsrs .
Onde a solidão , dúvidas e perguntas nós acompanha do início ao fim .
Primeiro livro que leio do gênero , e simplesmente adorei, ler essa história e acompanhar o Major nas suas desventuras .

Autor : B. Demetrius
Nota :5
Editora : Chiado
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Gessica 18/01/2018

Uma leitura viciante!


Olá geeks, tudo bem?



Hoje sim venho lhes apresentar a minha primeira leitura do ano: Log #1525. Um livro de ficção científica do autor B. Demetrius que me surpreendeu muito, tanto pela forma que o livro foi escrito, tanto pela qualidade.



Confesso que é bem diferente de tudo que já li e jamais havia lido um livro do qual fosse narrado por gravações, denominadas Log, do próprio personagem. Não há falas, há apenas um monólogo do personagem principal e suas respostas para a IA (inteligência artificial) Boris que está implantada em sua cabeça e que fala com ele, no entanto, as informações da qual temos é acesso é o que ele está fazendo e pensando. Outro detalhe: o nome do personagem só é revelado no último parágrafo do livro.





Eu achei interessantíssimo e li metade do livro em um dia! Fiquei completamente imersa na narrativa e só fui passando as páginas para avançar. Nosso personagem principal, que não nos é revelado o nome, está em uma viagem espacial com uma gigante tripulação. Eles estão indo para outro planeta para terraformação e seu chefe o fez colocar um implante em sua cabeça de uma IA (inteligência artificial) chamada BORIS, a mesma fala com ele como uma segunda consciência em sua cabeça e ele logo se acostuma.







A viagem estava indo bem, só que alguma coisa sai errado e o curso da viagem muda totalmente. Ele acredita que a nave entrou em um buraco de minhoca e isso os levou para outro lugar do qual ele não tem a mínima ideia de onde é, sem comunicação com a Terra e para piorar o Pai (nome da nave-mãe) ejeta ele e todos os tripulantes para um planeta de classe M que havia por ali. Nosso amigo não sabe por quanto tempo ficou desacordado e acredita que as datas relatadas pelo sistema estão todas erradas.







Seu objetivo é sobreviver e procurar as outras pessoas e claro, achar um jeito de contactar o Pai - que está flutuando do lado de fora do planeta - para poder voltar até lá e ir para a casa. O problema é que o planeta é muito gelado, é só neve por todo o lado e destroços, além de algumas coisas que ele consegue salvar, como uma máquina de fazer comida, ou como ele chama, rações.







Os dias vão passando e cada momento é como se fosse de vida ou morte e realmente é, já que ele está sozinho em um planeta aparentemente inabitado pois ele não vê uma alma vida, tudo é gelo e só há o Boris para lhe fazer companhia e nem é uma pessoa real, apenas uma voz em sua mente que o ajuda em tudo. Acredito que sem o Boris ele não conseguiria sobreviver por muito tempo. Além do quesito sobrevivência, ele quer descobrir o que aconteceu com as pessoas, afinal, ele acha os destroços, mas onde elas estão?







Nosso astronauta logo começa a perceber que aquele planeta tem vários eclipses e que há uma certa radiação quando acontece, o pior é que quanto tudo está escuro ele começa a ouvir coisas, como se tivesse algo perto de si. Mais a frente descobrimos que se trata de... não vou contar!







Não vou me alongar mais ou acabarei dando spoilers, o que poderia acabar com a surpresa de toda a leitura.



B. Demetrius fez uma narrativa interessantíssima e divertida, me peguei rindo em alguns momentos, pois as vezes o personagem liga o "foda-se" em nível tão alto que chega a ser cômico. Algo como "já estou todo fodido mesmo, que se foda isso!".





Apesar de a leitura prender bem a atenção do leitor, ao chegar no meio, eu achei que ficou um pouco cansativa e maçante, mas por sorte não demorou muito e até entendo que chega a ser cansativa, pois em um lugar aparentemente sem vida e tudo congelado, as vezes a sobrevivência pode te cansar - ou não.



Eu adorei o personagem principal, apesar de se passar beem no futuro ele gosta de músicas beeem antigas, além de ter um temperamento engraçado, talvez seja o desespero do momento, acredito que muitos em uma situação de vida ou morte começam a ter chiliques e percebo que os dele era rir de tudo ou fazer piadinha de humor negro (adoro!).







O livro tem uma diagramação bem simples, os "capítulos", são separadas por páginas pretas e indicando o início de novo núcleo de dados para os Log. O autor fez uma edição limitada com uma jacket preta, simplesmente maravilhosa. Além de ter feito um mapa de por onde o personagem passa e alguns cards com paisagens do lugar. Vocês podem conferir nas imagens deste post o quão são maravilhosas!









É uma leitura bem recomendada para quem gosta de ficção científica e também quer dar uma variada. Eu gostei muito e no final fiquei com um gostinho de quero mais, algo como um epílogo, desta vez sem as gravações, apenas para mostrar o que aconteceu depois.



E você? Já conhecia o livro?





Avaliação:

5/5



Links úteis:

Skoob | Loja editora | Página do autor







site: http://www.cantinhogeek.com/2018/01/resenha-log-1525-b-demetrius.html
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Evandro.Atraentemente 16/07/2017

B. Demetrius é o autor de Log#1525, publicado pela Chiado Editora em 2017. O enredo de ficção científica que marca a sua estreia na literatura vem recheado de referências geek, deixando explícita sua paixão por tecnologias, viagens espaciais, videogames, séries de ficção, rock'n'roll, entre outros. É uma bela homenagem que, certamente, muitos leitores se identificarão ao longo das páginas.

O eterno anoitecer desse planeta me deixa tenso.

Depois de abandonar o serviço burocrático, enfrentar rigorosos treinamentos, estudar tecnologias avançadas e se preparar para conhecer lugares inóspitos, tudo o que o Major queria era curtir grandes aventuras como membro de uma grande Companhia Espacial.

Droga, acho que estou ficando paranóico!

Sua mais recente missão, juntamente com outros tripulantes, à bordo de um moderno supercagueiro, tinha como destino Oork-Clarke-Amazonas, uma base espacial na periferia do Sistema Solar. A rota era conhecida e segura, e a nave contava com recursos e equipamentos avançados. Dessa forma, todos os tripulantes passavam por longos períodos adormecidos em hipercubos especiais até o destino final.

O eterno anoitecer desse planeta me deixa tenso.

Tudo corria bem, até que, diante de um risco iminente para a missão, um protocolo de segurança foi ativado pelo sistema. A rota havia sido desviada e a nave foi guiada por um programa de emergência para um desconhecido planeta Classe M. Com o pouso forçado os tripulantes foram injetados em Pods de salvamento na superfície do planeta.

Escuridão total cria alucinações, faz a mente mostrar o que tem escondido nos seus recantos mais profundos.

Assim que o Major despertou do sono controlado, percebeu que estava sozinho e não tinha ideia do que havia acontecido. Contando apenas com BORIS (Bio Operational Resource Interface System), um implante cerebral ativado pela situação crítica, com interface contínua com o sistema da nave, o Major precisa restabelecer a comunicação com a Companhia e lutar pela sobrevivência. Esse é o início de suas desventuras em um lugar totalmente desconhecido, onde o confronto com seus próprios medos poderá levá-lo à loucura.

Estou ouvindo elas respirarem, ofegantes, barulhentas.

O grande trunfo do autor é a forma genial com que transformou BORIS em um segundo personagem. Embora suas falas não sejam explicitamente reveladas, pois toda a comunicação acontece dentro do cérebro do Major, conseguimos captar toda a essência dos diálogos e até desenvolver admiração pelo CHIP. A química entre os dois é responsável por ótimos momentos no enredo, com direito à variações de humor e DRs. Tudo muito bem desenvolvido por Demetrius, fazendo a leitura fluir naturalmente.

Eu sei que está lá, posso ouvir a respiração.

O cenário é um planeta gelado, fora do sistema solar, onde a noite parece constante. Explorar o imenso deserto de gelo será apenas um dos desafios que o Major enfrentará. Aparentemente sozinho, ele precisa se confrontar com os próprios medos e descobrir o que aconteceu com a tripulação. Ao longo das páginas conhecemos, junto com o Major, tanto o novo planeta quanto os mistérios que envolvem os acontecimentos após o pouso.

O que data de centena de anos terrestres nesses logs, para mim foi um cochilo.

O livro é dividido em 15 lotes de dados. São Logs curtos, registrados em primeira pessoa pelo Major, descrevendo cada passo de suas atividades, descobertas, medos e desespero. As páginas são amareladas, com letras e espaçamentos confortáveis. O autor tem domínio total sobre o enredo, soube calcular com precisão o nível de tensão, que cresce gradativamente, envolvendo o leitor a cada página. Os mistérios são desvendados em pequenas doses, o que nos deixa curiosos e na torcida para que tudo acabe bem para o Major e que ele possa, finalmente, encontrar seu melhor amigo, o Cão (um Droid que parece ser seu único vínculo afetivo deixado na terra).

Acredito que estou enlouquecendo.

Demetrius fez um ótimo trabalho na campanha de lançamento da obra. Alguns produtos especiais, dedicados a colecionadores, foram disponibilizados em quantidade limitada. Sorte de quem conseguiu garantir o seu. Canecas, camisas, marcadores, cards e até uma caixa de munição fizeram parte desse kit. Eu ganhei o marcador super estiloso, a caneta de plasma do Major, item inseparável do nosso personagem. Muito legal!

É uma leitura que os fãs de sci-fi, com certeza irão gostar. Eu indico. Que venham outras "desventuras" por aí, afinal o Major e o BORIS já estão com uma legião de admiradores. E como diria Demetrius: Até mais, Humanos!

Nada como ficar de tocaia esperando um predador que não se sabe como é.



site: http://www.atraentemente.com.br
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Thaisa 20/07/2017

Eletrizante, instigante, viciante!
Sabe aqueles livros que você começa a ler e não consegue mais parar? É justamente o caso de Log#1525! Se você é fã de ficção científica, com toda certeza vai adorar essa leitura.

B. Demetrius me surpreendeu. Desde o momento em que recebi (do autor) as primeiras páginas de seu livro, fui fisgada pela narrativa instigante e eletrizante. O autor nos apresenta um sci-fi para fã nenhum do gênero colocar defeito!

A obra conta a história de Major, um astronauta que está numa missão de exploração espacial, a bordo de um cargueiro gigantesco, junto com sua tripulação. Algo acontece e nosso herói acorda em um planeta desconhecido, escuro, congelado e completamente sozinho. Onde foram parar os outros tripulantes?

Diante de um planeta completamente hostil e desconhecido, Major conta apenas com a ajuda de BORIS, uma inteligência artificial que foi implantada em seu cérebro (para auxiliá-lo na missão) e algumas tecnologias disponíveis para sua sobrevivência e, quem sabe, sua possível volta para casa.

Seguem-se desventuras em série na vida do Major. Conforme ele vai explorando o inóspito planeta em busca de uma saída do mesmo, nós, reles leitores, sentimos junto com ele uma infinidade de sentimentos. Passamos pelo medo, desespero, apreensão,   frio extremo, calor escaldante e esperança. Nos sentimos como presas, cobaias, caçadores. Toda essa apreensão chega a ser claustrofóbica de tão sufocante que é. A narrativa em primeira pessoa nos permite andar junto com o protagonista e sentir as mesmas coisas que ele. É impossível não torcer para as coisas darem certo e o Major voltar pra casa. Nos tornamos parte da tripulação junto com ele e tudo vira um caso de vida ou morte.

A narrativa tem um mistério delicioso que nos impulsiona a sempre virar a página. O clima tenso e cheio de adrenalina deixa  aquela sensação de movimento e a leitura se torna tão fluida e rápida que quando percebemos o livro já acabou e você quer mais.

Major é um personagem apaixonante. É o típico anti-herói, sarcástico, cheio de defeitos mas que todo mundo ama. Ele me lembrou muito o Jim Raynor de Starcraft. Se você gosta do gênero, recomendo muito Log#1525. Um excelente sci-fi nacional!

Resenha publicada no blog Minha Contracapa:

site: http://minhacontracapa.com.br/2017/07/resenha-log1525-de-b-demetrius/
Emily.fonseca 22/07/2017minha estante
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Emily.fonseca 22/07/2017minha estante
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Emily.fonseca 19/09/2017

Bem bolado
Nesta obra vamos conhecer o Major, um astronauta viciado em café que está em uma missão espacial, ele possui um implante em seu cérebro, algo como uma inteligência artificial, chamado Boris ao qual conversa com Major. O protagonista está abordo de um grande cargueiro, com toda sua tripulação, porém algo inesperado acontece, e ele se vê sozinho em meio a um planeta desconhecido, coberto de gelo e o pior, SOZINHO..

"Bom, ás vezes me pego falando alto e sozinho, mas aí a nave responde, isso da calafrios."


O livro é todo em formas de Logs, uma espécie e diário do Major, o que muitas vezes deixa uma pitada de mistério sobre o que está acontecendo e faz o leitor sentir todas as emoções em conjunto com o protagonista..

"O eterno anoitecer deste planeta me deixa tenso."


Desesperado ele embarca em uma aventura para descobrir o que há naquele planeta, onde está sua tripulação e como sair daquele lugar horrível.
As exploração e o detalhamento de cada lugar é realmente incrível, o escritor pegou um tema que muitas vezes tem uma escrita massante e transformou em algo leve e empolgante, prende o leitor desde as primeiras páginas..

"Estou ouvindo eles respirarem, ofegantes, barulhentas"


A interação com boris é apresentada ao leitor através do que o major está pensando, então algumas vezes ficamos sem entender o que a inteligência artificial está a dizer, o que torna tudo mais intrigante.
A presença de seres que apenas o protagonista presencia, e o radar de vida de boris não, é mais um ponto intrigante, pois faz nós meros mortais refletirmos se realmente aquilo tudo é verdade ou apenas uma consequencia da solidão..

"Eu sei que está lá, posso ouvir a respiração"


Não tem muito o que falar desse livro sem soltar spoilers ou querer devorar um porco mutante, mas as reações durante a leitura foram as mais diversas, em muitas partes o nervosismo foi gigante pois queria saber realmente o que estava acontecendo e isso não foi dado de bandeja não. Se tenho algo para dizer é que vale muito a pena se aventurar junto com Major por este planeta desconhecido
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Laboralivros 23/10/2017

resenha feita por Eric Daniel
Quando comecei a leitura houve um estranhamento; nunca havia visto um livro que se desenvolvesse exclusivamente por meio de relatórios de viagem. É um jeito diferente e bastante original. O livro segue contando o dia a dia do protagonista (que é narrador-personagem) e B.O.R.I.S. (Bio Operational Resource Interface Sistem), ou Boris, que é uma inteligência artificial implantada no cérebro do protagonista e que o auxilia e compartilha diversas informações com os computadores da nave e, posteriormente, é vital para a sobrevivência do viajante. É um alívio cômico em diversos momentos e também fonte de certa tensão, visto que no início não há como saber se ele é de fato confiável. Uma coisa interessante a se notar é que o relatório que dá nome ao livro, Log#1525, conta justamente sobre o implante de Boris no protagonista, o que demonstra sua importância ao longo de toda a história.

"Diário de Bordo: Log #1525.

Agora sou um só com o sistema central da nave. Acesso todo o corpo da nave só de pensar nele. Realmente Boris surge como um segundo pensamento e conforme me concentro nele passo a conversar como se fosse outra pessoa, mas estou apenas pensando."

Após alguns dias de Logs, ocorrem problemas na nave e o protagonista é ejetado para um planeta próximo, e a partir daí seu principal objetivo é se manter vivo e conseguir voltar para casa. O livro se mantém nessa jornada até que o protagonista descobre o que realmente houve com a nave, com os outros tripulantes e por que todas as datas e localizações não faziam o menor sentido. Então o viajante decide fazer seu caminho de volta para casa com o auxílio de Boris, sem nem imaginar o que o destino reservava.

"Log #1615

Este lugar é gelo puro, frio e escuro. Acredito ser pleno dia e a luminosidade máxima me lembra o anoitecer na Terra. Muito pouca luz. Como alguma coisa pode sobreviver aqui? O que me faz pensar em uma coisa pior. O que será que vive aqui? […]
Log #1671B

Alerta de proximidade? Boris em modo de combate? Não ouço as criaturas! Não as percebo! Boris! Não são elas! O que está acontecendo? Boris! Leituras de forma de vida complexa! O que é modo de reforço estrutural? Boris! O que você está fazendo? […]"

Quanto à escrita, é bastante fluida e jovial, com direito a alguns palavrões aqui e ali. É notável a inspiração em algumas obras como Interestelar, Perdido em Marte, Guerra nas Estrelas e mesmo Space Oddity de David Bowie. A propósito, as músicas citadas são maravilhosas: The Passenger, Hotel California…

'Log #1708
[…] Computador, acessar arquivos do módulo de memória nº 51, ISSO! O Rei! Elvis! “A little less conversation and more action please”! Computador, aumentar o volume em 75%. Por Zeus! Como eu senti falta disso! Boris, cale a boca! Nada é mais importante que ROCK."

No começo é estranho ler apenas os pensamentos do protagonista inclusive quando ele conversa com Boris. Só sabemos o que o protagonista pensa e pergunta, não as respostas. O livro segue uma narrativa lenta e bem contada, bem detalhada. É notável que foi bem elaborada: tem cenas que instigam a leitura, cenas de ação, cenas um tanto quanto emotivas, como no momento da revelação final, e finaliza com chave de ouro.

"Log #1671
Indivíduo desconhecido se aproximando. Não deveria ter apagado as luzes, não são as mesmas criaturas, eu sinto isso. É inteligente, está espreitando, shhhhhhhhh, sem barulho algum. Shhhhhhhh. Está me caçando. […]"

"Log #1729
Acredito que estou enlouquecendo. Sim, ando tendo longas e complexas discussões com uma inteligência artificial implantada em meu cérebro para ajudar na gestão de um supercargueiro estelar. Não que o fato de estar isolado em um planeta desconhecido, sem contato com nada nem ninguém esteja influenciando. […]"

Algo que devo comentar é que o mapa que B. Demetrius enviou junto com o livro com anotações e a rota do viajante é simplesmente sensacional. É uma imersão a mais no livro e faz bastante diferença. E sobre o marca-páginas “sabre de luz”, é uma caneta de plasma. Incrível. Simplesmente incrível.

"Log #1653
[…] Sim, minha velha caneta de plasma, eu encontrei. Essa belezinha pode cortar nanocarbono e até tritanium. Me lembro de construí-la dos restos de uma placa de fuselagem de um encouraçado da empresa e peças velhas de cortadores industriais e lasers cirúrgicos. O pessoal da companhia me encheu o saco dizendo que só me faltava agora carregar um bicho velho e verde nas costas que meu treinamento estaria completo. Sacanas. Vou fatiar aquelas criaturas com estilo."

Se o livro vale a pena? Com toda certeza! É uma ficção científica de qualidade com momentos de ação e emoção, um pouco de humor e bastante tensão com um protagonista brasileiro e de um autor brasileiro. Com certeza vou reler muitas vezes.
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site: https://clubedelivroswattpad.wordpress.com/2017/10/17/resenha-log1525-de-b-demetrius/#more-2772
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