Superman: Entre a Foice e o Martelo

Superman: Entre a Foice e o Martelo Mark Millar...




Resenhas - Superman: Entre a Foice e o Martelo


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Gomes109 21/06/2023

Superman: Entre a Foice e o Martelo
"Por que você simplesmente não coloca o mundo inteiro em uma garrafa, superman?"

No quadrinho temos o mesmo personagem que estamos acostumados, um homem que sabe que tem poderes além da compreensão, que sabe que não pertence ao mundo que habita e que tem que tomar cuidados constantes para não ferir ninguém. Um homem idealista e que acredita nas idéias do país em que vive, representa e que faz de tudo para proteger os que ama e respeita, com seu código moral sempre afiado e quase sempre inabalável. A principal diferença é que este Superman é usado pelos soviéticos como uma arma do estado para vencer a guerra fria, e devido ao seu prestígio e admiração pela população e pelo partido, ele assume como líder da união, e é neste momento que o quadrinho dá um grande tapa na cara do leitor, pois mostra que ideologia e poder andam lado a lado com a tirania.

Do outro lado da história, temos Lex Luthor, um gênio, cientista, maquiavélico, egocêntrico, narcisista e visivelmente tirânico, mas que vive e defende os Estados Unidos. Ou seja temos os mesmos personagens que estamos acostumados, com as mesmas personalidades, porém em situações ideológicas distintas, em um cenário rico de guerra fria que torna muito mais amplo o debate do que uma discussão de capitalismo bom, comunismo ruim, ou vice versa, mas, ambos podem ser bons ou ruins dependendo da forma e do contexto em que são aplicados.

Além disso o autor surpreende com as subtramas envolvendo personagens como o Batman soviético, a Mulher Maravilha, o Lanterna Verde, Stalin e seu filho bastardo e Lois?Luthor?

O quadrinho revela que bons personagens não precisam ser reescritos para funcionarem, eles simplesmente precisam de boas histórias, e boas histórias podem surgir somente com uma simples premissa. A forma orgânica que os personagens e o enredo da história se desenvolvem só funciona por que o autor tinha certeza das convicções dos personagens com que estava trabalhando, algo que é raro vermos em quadrinhos e mesmo em muitos filmes. É fácil para um autor perder a mão de uma história quando ela tem passagens de tempo muito longas, como é o caso de Entre a Foice e o Martelo, e é nesse momento que o trabalho de pesquisa de Mark Millar sobre a política se tornam presente para criar uma história não panfletária, mas, mesmo assim, didática no quesito da fusão de poder e ideologia.


17/03/2023
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fernandocarreiro 20/06/2023

UAU !!!!
Uma história diferente que te faz pensar sob uma nova ótica o universo de super heróis, ou seria vilões?

gostei.
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Dado Silva 22/05/2023

Quando foi que passamos a nos identificar mais com Lex Luthor do que com o Superman...?
O que dizer de Superman - Entre a Foice e o Martelo... a história é legal, a forma como Mark Millar aborda as diferenças ideológicas entre capitalismo e comunismo e os possíveis resultados de uma vitória soviética na Guerra Fria é interessante... Mas não consegui enxergar nada de especial nessa HQ que possa fazer dela um título (segundo consenso geral) indispensável quando se fala do Homem de Aço.
Aliás, me incomoda um pouco que boa parte das narrativas estreladas pelo Superman nas últimas décadas, e consideradas entre as melhores de sua biblioteca, retratem o personagem de forma autoritária, com uma moral, no mínimo, questionável e que, invariavelmente, terminam com ele "recebendo aquilo que merece."
Tenho a impressão de que cada vez mais o Superman vem deixando de ser um herói que inspira as pessoas para se tornar um exemplo de uma virtude falsa, que depende exclusivamente de superpoderes impossíveis, de um ideal de valores e conduta que pode até ser inalcançável, mas que com certeza pode ser destruído pela inteligência e pela astúcia humana. Tanto faz se o mérito é do roteirista ao desconstruir o primeiro dos super-heróis ou do plano mirabolante do vilão da história, o que importa é ver o Superman comer terra, humilhado e admitindo que nós humanos, do alto de todas as nossas falhas, é que somos os maiorais. Em última análise é isso o que faz os leitores vibrarem. A verdade é que hoje em dia nos identificamos muito mais com Lex Luthor do que com o último filho de Krypton...

site: https://www.instagram.com/dadosilva13/
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Clara Azevedo 09/05/2023

Superman: Entre a foice e o martelo
Essa é releitura sobre a origem do Superman ao invés dele cair em Smallville, Kansas ele encontrou um lar em uma fazenda coletiva na União Soviética. Não leio muitos quadrinhos mas curti muito esse.
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Bruno.Soares 04/05/2023

Não é sobre política
Comecei a ler meio: "hehe Superman russo WTF!? hehe"

e terminei: "Os trabalhadores não têm nada a perder em uma revolução comunista, a não ser suas correntes"
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Gilberto.Junior 23/02/2023

Mais uma pra estante das HQs essenciais.
História magnífica. É ótimo ver uma reimaginação, bem feita, dos personagens que amamos. Valeu a pena cada minuto lendo.
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isaak_gd5 21/02/2023

Inovador e Revolucionário SIM!
Foi uma das minhas melhores leituras desse ano, com certeza, amei cada página, os arcos, gostei muito da história, como cada personagem foi imaginado e que rumo cada história tomou.

Recomendo a tudo e todos, sem exceção alguma, apenas leiam!!!
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Ellen 11/02/2023

'Ele não foi criado em Smallville, Kansas. Em vez disso, encontrou um novo lar em uma fazenda coletiva na União Soviética!'
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Vertinho0 13/01/2023

Nem o superman foi capaz de fazer o comunismo vingar kkk
Uma realidade de que o comunismo não vale à pena em quando nem o super humano não consegue fazer o sistema funcionar jkk uma hq muito boa que relata esse partido horroroso e toda a sua mafia. Um final muito bom e uma origem do superman bem diferente.
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xsmits0 05/01/2023

RESENHA
Meu Deus, que quadrinho incrível!!!
Ele conta a versão de como seria o Superman caso tivesse sido criado/crescido na Rússia.
Contém críticas tanto ao capitalismo quanto ao comunismo, bem legal se você gosta de sempre olhar os dois pontos de vista.

Se eu não me engano tem o filme na HBO caso você queira ver também!
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Paulo 22/12/2022

Em outras resenhas como a de A Fazenda os Animais (de George Orwell) mencionei a contradição, embora complementar, de dominação e controle. Vocês podem estranhar usar uma frase como essa, mas dominação e controle nem sempre conseguem coexistir, mas costumam andar juntas. Waid faz uma exploração sobre o significado da justiça em um universo que, por causa de uma variável, virou de cabeça para baixo. E um mundo onde boas intenções acabam sendo afogadas por interesses particulares, vinganças pessoais. Superman - Entre a Foice e o Martelo é uma ótima HQ para nos fazer pensar se realmente existe uma diferença entre ideologias diferentes ou se essas diferenças são talhadas por pessoas. Afinal, mesmo uma boa ideia pode servir a um homem justo ou a um ser desprezível. Só depende do ponto de vista.

Embora ache que o roteiro apressa demais os acontecimentos, é muito bom perceber que Waid não caiu na tentação de criar um roteiro maniqueísta e colocar o velho confronto entre yankees e soviéticos. A narrativa é mais complexa do que algo assim e em vários momentos nos questionamos quem está do lado certo. Só um spoilerzinho: não tem lado certo nessa HQ. Podemos até argumentar que Luthor seja um cara egoísta e só pense em sua rivalidade, mas o Superman não fica muito atrás com a sua obsessão em consertar tudo. Waid divide a narrativa em três fases, o que acho ideal para a história e não a deixa cansativa. Tudo é amarrado de um jeito sensacional com uma piscadela para a ideia de que a história é cíclica. As coisas acontecem em seu tempo e tendem a se repetir em um continuum. Resta ao ser humano buscar aprender ou tomar outros caminhos. A narração é feita pelo Superman que age como um narrador onisciente, contando a história em retrospectiva para nós. Posso estar enganado, mas ela pode estar sendo narrada pouco depois do funeral que ele participa lá no final do terceiro capítulo e faz uma reflexão em retrospecto sobre os rumos que sua vida tomou.

A arte do Dave Johnson está adequada para a série. Não a considero espetacular até porque o roteiro não é voltado para grandes acontecimentos. Waid explora as diversas situações quase como que à distância e salvo o clímax na terceira parte, não temos grandes confrontos. Então cabe ao artista construir cenas que sejam icônicas ou mudar cenas que aconteceram em outras fases do personagem. Gosto de duas em particular: o primeiro salvamento do Super no Planeta Diário, aqui representado com seu uniforme cinza e vermelho com a foice e o martelo e o confronto com o Batman em São Petersburgo que espelha O Cavaleiro das Trevas. Essas recriações ficaram muito bem feitas e são belas homenagens a fases ou histórias importantes do personagem. Outro aspecto importante é a do design que precisa ser semelhante, porém diferente. Nesse sentido gostei de como o Batman do Dave Johnson é diferente não apenas no uniforme (não tirem sarro do gorrinho, por favor..), mas em todo o seu aspecto. O Batman desse mundo é muito mais extremista, seus movimentos são menos graciosos e mais bruscos. O Lanterna Verde dele me fez lembrar mais o do Neal Adams do que de fases mais próximas à HQ. Boa quadrinização, bom emprego de cores pelo Paul Mounts. Kilian Plunkett assume o segundo e o terceiro capítulo que vai exigir uma arte mais moderna ao invés das homenagens à Era de Prata feitas por Dave Johnson. Só que achei a arte inferior ao que havia sido mostrado antes. Tanto é que temos poucos quadros que são realmente memoráveis. Só consigo me lembrar da do Batman que tenha me chamado mais atenção.

A velha rivalidade entre Lex e o Superman é explorada ao longo de toda a edição. E Waid é partidário daquela filosofia que os coloca lado a lado. Mais do que inimigos, os dois são complementares e não conseguem existir sem o outro. É semelhante à visão do Batman e do Coringa. Eles representam facetas opostas do mesmo diálogo. Ambos são seres obsessivos e acabam por ferir aqueles que os amam. Lex Luthor é casado com Lois Lane, mas a trata com total indiferença. Luthor respeita a audácia e a inteligência de sua esposa, mas seu foco está em como vencer o Proletário de Aço. Não se importa em abandoná-la por vários meses, mas se irrita profundamente se ela não adorá-lo. Seu amor não pode ser dividido. Ele precisa ser o centro das atenções. O leitor não irá ver um Luthor maligno, alguém capaz de massacrar pessoas ou fazer atos de maldade apenas porque sim. Nada disso. Luthor resolve os problemas dos Estados Unidos em duas noites quando ele assim o deseja. É como se ele pudesse resolver os males da humanidade enquanto come um misto quente, mas isso é tão fácil que ele não tem tempo para isso. Luthor é movido por uma vontade inabalável de se livrar do alienígena a qualquer custo. Mesmo que outras pessoas precisem pagar o preço, e aí é que entra o Luthor maligno e capaz de matar pessoas. Ele não as mata por maldade, mas como efeito colateral em sua longa Guerra Fria.

Se falei do Luthor, tenho que falar do Superman. Porque ele é tanto protagonista como antagonista de sua própria história. É curioso como a ausência de alguns personagens-chave na biografia do personagem e que ajudavam a temperar o seu caráter fazem toda a diferença. Vou voltar no Luthor logo abaixo porque ele representa a própria essência do capitalismo, mas o Superman é um homem obcecado em ser o salvador, aquele que ajuda as pessoas a trilharem um caminho melhor. E ele faz isso sem derramar uma gota de sangue. Segundo ele, é uma revolução sem violência. Só que ao estudarmos sobre tipos de violência em Sociologia nos deparamos com a violência simbólica, como apontada por Pierre Bourdieu. Ou seja, um ato de violência pode estar presente em um constrangimento, um assédio, um ato de negacionismo. No caso aqui, Superman provoca vários desses atos menos físicos. Em um deles, ele usa o carinho e amor que Diana tem por ele para fazê-la se livrar à força do Laço da Verdade, provocando danos permanentes nela. Logo em seguida, ele não demonstra qualquer empatia pela sua dor. Andando disfarçadamente pelas ruas, Superman escuta traidores e os reprograma como andróides subservientes. Ele retira deles a possibilidade de se manifestar, de reclamar de se colocar contra a autoridade vigente. O personagem incorpora a própria imagem do Grande Irmão exigindo empenho de todos.

Já Luthor tenta obter o mesmo resultado através de outros meios. Por meio da força bruta, da dominação, ele quer tomar a União Soviética e tomá-la como parte de seu grande projeto de país. A violência de Luthor é física e não vê pudores em sua ação. Vemos como ele cria a galeria de vilões do Superman, realizando experiências em pessoas comuns e sacrificando-os como peças de xadrez. Luthor incorpora a visão dos Estados Unidos expansionista que se revela um libertador quando na verdade é um mero agressor. Com uma falsa idiossincrasia, os americanos liderado por Luthor se transformam em bárbaros selvagens quando a vitória parece estar distante. Luthor, o autocrata, ascende ao poder de forma quase permanente. A brincadeira de roteiro é ótima: com 101% de votos ele se transforma em um presidente vitalício. Como assim 101%? Essa é a filosofia do autocrata, aquele que domina falseando as informações sobre suas conquistas. Não só isso como o personagem compra toda a mídia e aqueles veículos de imprensa que são independentes ou contra ele são deixados para falirem em uma economia em total dependência do governo.

Quem vence? Quem perde? Isso não é importante. A sociedade que resulta disso é uma que vai se tornar condescendente. A busca por um bode expiatório para todos os problemas é o que coloca tanto o lado soviético quanto o americano. Para os soviéticos, a revolução só irá terminar com a derrota de Luthor e a conquista da América. Para os americanos, a derrota do Superman e a conversão da União Soviética é tudo o que importa. Vejam como nesse ponto, as posições se invertem como em um jogo de xadrez quando uma peça se transforma em um rei. Vale pensar que a derrota de um deles não significou uma mudança drástica no desenvolvimento da sociedade humana. Até porque aquele que perdeu deixou uma série de planos e projetos que o outro lado aproveitou. No fim de tudo, isso não passou de um jogo de xadrez iniciado mais de meio século atrás, como o roteiro de Waid deixa transparecer. Enquanto isso é a população que paga pelo confronto entre dois indivíduos que não suportam um ao outro e que não conseguem coexistir.

Waid escreveu Entre a Foice e o Martelo em 2003 e se tornou uma HQ icônica desde então. Mas, possivelmente ela nunca esteve tão mais atual como nos dias de hoje. Boa parte dos problemas do mundo e da HQ são reduzidas a um conflito de visões de mundo. Quando isso não é verdade. Somos como as pecinhas de xadrez no tabuleiro de Luthor com o Superman do outro lado com as peças pretas. Isso nos torna indolentes e sempre aguardando algum tipo de figura messiânica capaz de salvar a humanidade de suas próprias mazelas. Qual foi o erro do Superman? Querer resolver tudo. Precisamos ter a capacidade de agirmos por nós mesmos, de termos nosso livre arbítrio, errarmos, aprendermos com os erros e seguir em frente. Cobrar daqueles que nos representam ações justas e válidas. Por que ninguém cobrou algo diferente de Luthor ou do Superman? É o medo da representação de poder? É sua percepção? Todas essas questões são ótimas para refletirmos a NOSSA sociedade e pensarmos se vale a pena trocarmos uma democracia por uma autocracia barata e destrutiva.

site: www.ficcoeshumanas.com.br
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Pizza Fernandes 19/12/2022

Excelente história a nivel de entretenimento. Na parte política tem uma perspectiva que acho bastante equivocada de querer colocar EUA e URSS como dois lados da mesma moeda dizendo que ambos tiveram a mesma medida de erros e acertos mas é algo que da pra engolir seco e passar por cima, diferente do filme que modifica bastante a história e torna a propaganda anti comunista muito mais explicita. O roteiro é muito bem escrito e tem uma grande sucessão de momentos de tensão que realmente te prendem e fazem você ficar se perguntando como tudo isso vai terminar e o final consegue ser satisfatório.
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Aidan.Paim 27/11/2022

O fantasma do comunismo frente a realidade do conflito
Uma das melhores histórias do super, embora não concorde com a visão padrão de ser uma crítica a União Soviética. Com uma experiência diferente do que estamos acostumados, vemos o escoteiro defendendo o lado socialista da guerra fria mas sem passar pano nem ser gentil com qualquer um dos lados. Enquanto o super encarna a face mais feia do socialismo vemos Lex do outro lado mostrando a construção do capitalismo norte americano que perdura até hoje: um protecionismo extremo com forte autoritarismo numa tentativa de vender uma liberdade ilusória. Mais do que apenas um exercício mental, entre a foice e o martelo nos mostra como a narrativa de soviético vilão e Yankee salvador é falsa. O mal se estende em toda a parte que poder se proliferar e ambos os sistemas se mostram de forma agressiva porque decidiram instituir guerra. Talvez o final da história seja a melhor parte, mostrando como os problemas e hostilidade da época são frutos das escolhas dos líderes, e não das visões políticas.
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