Samael 23/02/2021
Publicado em 1986, Count Zero, sucessor de Neuromancer, é um livro que não apenas desenvolve o universo apresentado pelo seu antecessor, mas também a escrita e estrutura narrativa.
Na obra, acompanhamos três histórias separadas que, aos poucos, vai se juntando por forças exteriores comuns: A história de Bobby, um hacker conhecido como Count Zero que, após realizar uma missão, quase é morto; Marley, uma crítica de arte de arte que é contratada para investigar a produção de peças de arte específicas; e Turner, um agente como habilidades de espionagem. Interessante notar que Gibson desenvolve uma história muita mais dinâmica e fluída comparada com Neuromancer, seja por causa da estrutura escolhida, seja por causa da melhora quanto a escrita.
Além disso, ao expandir o universo do livro anterior, ele não apenas introduz novos personagens, como também grupos e corporações novas, sem contar às referências aos personagens anteriores que estão todo o tempo presente.
Por fim, há algo que me chamou bastante a atenção: O aumento da força da crítica social. Gibson, nesta obra, coloca mais explicitamente o poder e os conflitos entre grandes corporações, a desumanização causada pelo dinheiro e individualismo excessivo, as frações de grupos sociais específicos e, até mesmo, espiritualidade