A (R)evolução das Mulheres

A (R)evolução das Mulheres Mindy McGinnis




Resenhas - A (R)evolução das Mulheres


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Jackeline 07/06/2020

Esse foi o escolhido do mês de junho no grupo do livro que participo, juro que não iria ler porque não teria me chamado atenção, mas mudei logo de opinião e dei uma chance. Bem, eu achei um livro bem teen, apesar de trazer temas que são problematizantes, e de mostrar o quanto nós mulheres sofremos e que procuramos justiça pelo que nos aconteceu, porque a vítima sempre leva a culpa e o culpado sempre está a solta por aí. Traz temas como: raiva, perdas, amizades, vingança, amores, traição, estupro, assassinato etc, não iria ler ele novamente, mas acho que todo mundo merece dar uma chance a ele, sabe? Ele é meio clichê, e o final traz uma certa raiva, mas no geral, é um livro bom e de uma leitura fácil.
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Bel 22/09/2017

Um YA necessário.
Disclaimer: o livro trata de assuntos pesados que podem ser gatilho, como o estupro, crueldade animal, slut-shaming, violência.

Até metade da leitura a minha nota não passaria de 3 estrelas, mas existe um motivo para eu ler livros até o final e raramente abandoná-los: os finais que me surpreendem ou me desafiam mudam toda a minha perspectiva sobre o livro, e assim foi com A Revolução das Mulheres. Um livro sobre sororidade, cultura do estupro, justiça e a capacidade do ser humano de ser empático.
Conhecemos a história através do POV de 3 personagens: Alex, Claire (Filha do Pastor) e Jack. Alex é a principal e vamos acompanhar como ela lida com o fato de sua irmã ter sido estuprada, assassinada e esquartejada. Além de criar uma espécie de barreira anti-homens, ela também tem grandes dificuldades de se relacionar com PESSOAS num geral, por isso é voluntária num abrigo de animais, provavelmente para sanar a solidão de não ter ninguém, nem mesmo sua própria mãe, já que a relação das duas é péssima.

O meu problema principal com o livro: a forma como a autora deixou infinitas pontas soltas e forçou um romance da Alex com o Jack. Os personagens têm química, mas a autora não soube desenvolver direito a evolução da Alex como pessoa, como ela superou o impasse com homens, como ela estava lidando com essa aproximação repentina do Jack, etc. Esse livro poderia facilmente ter mais 200 páginas.
Ponto positivo principal: sororidade! Apesar de um discurso um pouco problemático quando se tratava dos homens (totalmente compreensível, mas achei que a autora abusou), a evolução de personagem da Claire (mais conhecida como FP) é incrível. Ela é a melhor personagem do livro e fica muito claro como ela muda seus conceitos e desconstrói aquela imagem de que a mulher é sempre culpada de tudo que acontece com ela, até mesmo na abordagem do slut-shaming a FP foi a melhor personagem.

Enfim, o livro não é perfeito, mas é necessário para as adolescentes. Garotas adolescentes, principalmente. Falei mais sobre ele no vídeo linkado :)

site: https://youtu.be/OJF1KI5ZVHY
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Queria Estar Lendo 27/01/2018

Resenha: A (R)evolução das Mulheres
Um livro poderoso, importante e extremamente perturbador. A (R)Evolução das Mulheres, da autora Mindy McGinnis, publicado aqui pela Editora Plataforma21, mostra uma realidade nua e cruel e responde a ela através do caos. Não é uma história fácil, mas certamente é necessária.

Alex Craft está em busca de justiça pela sua irmã, que foi encontrada morta na floresta da cidade três anos atrás - desmembrada, vítima de estupro e de tortura. Não houve muito o que fazer contra o homem acusado, mas Alex sabe o que ela precisa fazer. E, com a frieza e a vingança guiando seus passos, a história se inicia - e se desenvolve junto a outros dois personagens, absolutamente distantes de sua realidade traumatizada, mas que são peças fundamentais para a construção do cenário desse livro.

"Isso acontece com todos os animais: as fêmeas da espécie são mais letais do que os machos."

A (R)Evolução das Mulheres tem uma trama pesada, e por isso tão impactante. Fala sobre a linha tênue que separa justiça de vingança; critica a posição às quais as mulheres são forçadas a viver dentro da sociedade, a ideia de submissão pelo gênero que você carrega. É uma história sobre poder, sobre o forte contra o fraco, sobre atingir um ponto na vida em que nada além da retaliação importa.

"Mas 'meninos são assim mesmo', é nossa expressão predileta e que serve de desculpa para tanta coisa, ao passo que para falar do gênero oposto, só dizemos 'mulheres...', com um tom de desdém e acompanhado de um revirar de olhos."

Alex é uma personagem complexa, extremamente bem escrita e desenvolvida. Ela é aterrorizante, mas real. Sua história é real. O assassinato da irmã acontece no nosso mundo, todos os dias. No Brasil, uma mulher é violentada a cada 11 minutos. No mundo, ser mulher significa viver com medo. O livro explora isso de maneiras perturbadoras, mas entrega todas essas situações numa escrita nua e crua, numa narrativa verossímil ao que significa ser a fêmea da espécie.

A protagonista dessa história não é a Alex, é a violência de gênero. É o feminicídio que passa impune em tantas ocasiões. É a piadinha envolvendo abuso. É o comentário sobre uma saia curta, um decote ou maquiagem pesada. Esse livro é poderoso porque grita sobre as injustiças e sobre como, às vezes, a resposta pode ser um extremo. E não dá pra culpar a Alex por isso; não quando ela viveu e viu tanta coisa horrível e buscou uma solução drástica. Aqui entra a linha tênue: o que ela está fazendo é vingança ou pode ser considerado justiça?

"Ter raiva cansa, mas sentir culpa não deixa a gente dormir."

Alex tem alguns traços de psicopatia em sua frieza e racionalidade, mas ela tenta entender o mundo e tenta se ajustar a ele - ainda que saiba, lá no fundo, que não existe um espaço para ela na sociedade. Uma única quote da personagem no livro expressa tudo que ela é para essa história:

"Sou um lobo que minha irmã mantinha enjaulado, até que sua mão foi removida. Sai da jaula e estou curiosa [...] porque sei que esse não é o meu lugar. Não é seguro me deixar sair da jaula, mas me cutucaram com vara curta. [...] Não são as ovelhas que me atiçam, mas os outros lobos. Quero correr com eles, para poder cortar sua garganta quando ameaçarem minha matilha. Mas não posso voltar para o meio das ovelhas com sangue nos dentes. Elas vão se afastar de mim."

Além dela, outros dois personagens dividem os pontos de vista, entregando a parte mais civilizada, mais humana. Jack é o garoto popular aprendendo sobre a vida, e ele encontra em Alex uma companhia agradável e uma atração irresistível. Gostei bastante da composição do garoto; ele é o típico jogador de futebol com um futuro brilhante que acaba se interessando pela garota perturbada da escola - e o fato de o livro tratar o Jack de um jeito tão leve e jovem o transforma em uma figura real, que comete erros e está disposto a consertá-los, que caiu de amores por uma garota e quer fazer de tudo para se provar digno do sentimento recíproco. Um garoto legal, entusiasmado e adorável.

Por fim, a Efepê - chamada assim por ser Filha do Pastor - tem outro arco maravilhoso na história. Começa como uma colega de escola e se torna amiga próxima da Alex, e é com ela que a Alex passa a questionar sua até então vivência solitária. Efepê é a amiga que a Alex nunca teve; estende todo um mundo de possibilidades e de normalidades para Alex. E o curioso é que, para a Efepê, essa nova amizade abre muito seus próprios horizontes. A garota resignada começa a questionar, a querer se impor. Ela comete deslizes e toma algumas atitudes erradas, como toda boa adolescente, mas a intensidade de Alex provoca em Efepê essa centelha de problematização, de querer erguer sua voz e se fazer ouvida.

"Todo mundo se encolhe ao ouvir "estuprar", e a cena é tão ridícula que quase começo a rir [...] E mesmo assim, as pessoas se surpreendem com a palavra, como se, quem sabe, esses caras estivessem arrastando ela para o meio da floresta para ajudá-la a dar uma mijada."

O livro não é impactante por revolucionar o gênero, mas por revolucionar a voz feminina. O que eu mais achei incrível nessa história foi a maneira crua com que a autora tratou suas críticas, como entregou cenas tão pesadas e tão óbvias, perturbadoras ao extremo, para trabalhar os traumas e como o mundo vê essa situações - e o modo como elas devem ser vistas. Mindy escreveu um épico, pura e simplesmente.

A (R)Evolução das Mulheres é o tipo de livro que veio para ficar, para gritar sobre injustiças e opressões; pede mudanças e entrega momentos medonhos para mostrar a realidade que está acontecendo no mundo, e como essa realidade pode impactar de maneiras tão diferentes em tantas pessoas. Principalmente, é uma história revolucionária sobre a voz das mulheres.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2018/01/resenha-revolucao-das-mulheres.html
LuaTeresa 07/05/2021minha estante
Tem gatilho ou cena +18?


Queria Estar Lendo 07/05/2021minha estante
Oi, Lua. Tem alguns gatilhos de estupro e de violência gráfica.


LuaTeresa 07/05/2021minha estante
Obrigada por avisar




laura3244 24/01/2023

não é o que eu esperava
pelo título eu pensei que fosse uma leitura empoderadora etc, mas é só uma história comum... demorou algumas mortes pras pessoas descobrirem que abuso é errado, mas ok
e também, o jack é meio que um merda, não sei se foi essa a intenção da autora quando escreveu ele, ou se ela realmente pensa que criou um homem bom
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Anne - @literatura.estrangeira 28/08/2017

Necessário!
Comecei a ler o livro sem ter lido a sinopse, sem ter lido resenhas sobre ele e fiquei interessada na verdade com o que a capa mostrava para mim. Senti que seria algo envolvendo bullying e mulheres, mas de longe imaginei que o livro fosse tão profundo e impactante.

A (R)evolução das Mulheres é narrado em primeira pessoa por três personagens principais que estão vivendo o último ano do ensino médio: Efepê (que é a filha do pastor FP), uma menina que é sempre rotulada como a certinha, a filha perfeita; Jack, um dos garotos mais populares da escola que faz parte do time de basquete e se esforça para tirar notas altas com o intuito de ganhar uma bolsa de estudos para poder sair da sua cidade natal e Alex, a irmã da menina que foi estuprada e assassinada.

"A maioria das pessoas pensa em coisas que não faria na vida real, e isso lhe traz uma satisfação visceral suficiente para sublimar a emoção. Na verdade, fazer mal a outra pessoa de propósito não é uma tarefa simples, e não é todo mundo que está a altura dela."

Efepê e Alex trabalham em um abrigo de animais depois da escola e acabam desenvolvendo uma amizade, apesar de Alex ser uma pessoa muito introvertida e séria. A história é muito cruel e debate sobre vários temas impactantes, dentre eles crueldade contra animais, que me pegou de surpresa e que me fez gostar ainda mais da história.

Alex e Jack também iniciam uma amizade que se torna um romance especial. Tal romance não é o ponto-chave de toda história, mas que faz parte da vida de quase todo adolescente e tem sua importância. Temos personagens falhos que comentem erros e apesar de ser um livro sobre adolescentes, eles são maduros e não infantilizados.

"Vivo em um mundo em que não ser molestado na infância é considerado ter sorte."

Só que Alex embora tenha mudado pra melhor, possui um problema muito sério que vai aparecendo no decorrer da história e que nos deixa sem reação. Ela é retratada muitas vezes como uma heroína imperfeita, mas que tenta fazer o bem de uma forma não convencional. E isso não pode acabar bem.


"- Estou te falando, Claire. Isso não importa. A roupa que você estava usando, sua aparência. Nada. Assiste um pouco daqueles canais sobre a vida selvagem. Os predadores sempre vão atrás da presa mais fácil."

No decorrer da história não entendia para onde a autora queria ir com os fatos que ela apresentava, o que não era ruim, pois com o tempo percebi que o objetivo dela era trazer à luz temas como feminismo, assalto sexual, cultura do estrupo e empoderamento feminino de forma clara e verdadeira, sem aquela necessidade de mostrar ao leitor um início, meio e fim previsível.

"Mais "meninos são assim mesmo", é nossa expressão preferida e que serve de desculpa para tanta coisa, ao passo que para falar do gênero oposto, só dizemos "mulheres...", com um tom de desdém e acompanhado de um revirar de olhos. "

Os personagens que ela apresenta são muito bem desenvolvidos e complexos, que cometem erros, que têm relacionamentos familiares problemáticos, mas que também cultivam uma bela amizade e se juntam para apenas se divertir ou ajudar alguém. Aqui é mostrado nitidamente como as escolhas afetam um ao outro, como a vítima de estupro ainda é estereotipada, como ela ainda tem medo de denunciar e afetar a vida de outras pessoas ao redor e como isso deixa uma cicatriz interna incurável.

"Hoje a noite, usaram as palavras que conhecem, as palavras que não incomodam mais as pessoas. Falaram "[*****]". Disseram para outra menina que colocariam o pau na boca dela. Ninguém protestou, porque esse é o linguajar que a gente usa. Mas aí eu usei as minhas palavras, organizadas em frases que calam fundo, e as pessoas prestam atenção; as pessoas ficaram de boca aberta. As pessoas não sabiam o que pensar. Meu linguajar é chocante. "

Tudo isso é narrado de forma aberta, e por mais que o tema seja pesado, a leitura é inacreditavelmente leve, mas que marca o leitor profundamente. O final foi para mim algo totalmente inesperado e que além de todas as mensagens que a história trouxe ao longo da narrativa, trouxe uma mensagem final ainda mais emocionante, que é a força da amizade e da união.

"Os livros não me ajudaram a encontrar uma palavra para me definir; meu pai se recusou a aceitar o peso disso. Então inventei. Meu nome é vingança."

A capa traz uma reflexão muito forte depois que a gente lê. A diagramação está linda, cheia de detalhes e de qualidade ímpar. Só preciso ressaltar que o uso excessivo de o e a antes dos nomes me incomodou bastante. Vamos, meninas, andem logo - diz a srta. Hendricks, levando a Sara, a Alex, a Branley, a Lila [...]

Achei A (R)evolução das Mulheres uma leitura SUPER válida, de enredo forte, mas verdadeiro e que nos trás muitos pontos para considerar sobre a vida e a sociedade. Apenas leiam!

site: http://www.literaturaestrangeira.com.br/2017/08/resenha-revolucao-das-mulheres-por.html
Priscila - @entretdsleituras 25/11/2017minha estante
Tou lendo ele agora, por enquanto amando


Anne - @literatura.estrangeira 25/11/2017minha estante
É muito bom
??


Priscila - @entretdsleituras 26/11/2017minha estante
Eu amei sabe, mais foi complicado ler aquele final




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tata 21/02/2020

DECEPCIONADA
li esse livro e achei que tava vendo um episódio de riverdale de tão ruim, PÉSSIMO
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cattess 12/01/2023

"É assim que eu..."
Gostei de muitas coisas nesse livro, do assunto, do romance, da evolução e de alguns momentos da escrita. Mas, também achei um pouco confuso e largado. Acho que poderia ter sido mais complexo e explicativo.
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skye 18/07/2021

então né...
tenho o costume de embarcar na leitura de mente aberta e sem ler a sinopse, instigada só pelo título e pela capa, esse livro foi uma dessas leituras...

não sei se gostei da história ou dos personagens, certamente esperava muito mais do desenvolvimento geral porém houveram sim momentos proveitosos.

não faria releitura pois aborda um tópico extremamente doloroso pra mim de um jeito banalizado, mas aproveitei partes específicas dele, principalmente a construção da amizade da claire e da alex
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Elly 22/04/2020

Caramba.
Eu comecei esse livro achando que ia ser de um jeito, percebi que ele se tratava de outra coisa depois de um tempo, e me surpreendi totalmente com o final. Achei um ótimo livro, recomendo a leitura dele, mas aviso também que ele tem alguns gatilhos.
Acho que ele me deixou sem palavras porque não consigo falar mais nada.

Boa leitura!
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Sabrina758 09/06/2020

Não era o que eu estava esperando mas não foi ruim. A história é intrigante e te prende,de certa forma,além de tratar de alguns tópicos sensíveis e importantes. O final,não sei muito o que pensar hahaha mas acredito que esteja dentro dos conformes pela história. Pra quem curte livros teens com mistério,acredito que vá ser um deleite.
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Andrea.Souza 28/02/2020

Inesperado
Comecei o livro esperando esperando algo totalmente na linha feminista, algo mais técnico ou coisa assim. Mas me surpreendi muito.
Uma pitada de romance, uma pitada de feminismo, amizades, amores não correspondidos, assassinatos, tentativas de estupro, drogas, sexo e tudo que envolve jovens no ensino médio.

Achei a leitura fácil de compreender, o ponto de vista de cada personagem torna tudo mais intenso e interessante.
Recomendo muito.
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