A (R)evolução das Mulheres

A (R)evolução das Mulheres Mindy McGinnis




Resenhas - A (R)evolução das Mulheres


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Jackeline 07/06/2020

Esse foi o escolhido do mês de junho no grupo do livro que participo, juro que não iria ler porque não teria me chamado atenção, mas mudei logo de opinião e dei uma chance. Bem, eu achei um livro bem teen, apesar de trazer temas que são problematizantes, e de mostrar o quanto nós mulheres sofremos e que procuramos justiça pelo que nos aconteceu, porque a vítima sempre leva a culpa e o culpado sempre está a solta por aí. Traz temas como: raiva, perdas, amizades, vingança, amores, traição, estupro, assassinato etc, não iria ler ele novamente, mas acho que todo mundo merece dar uma chance a ele, sabe? Ele é meio clichê, e o final traz uma certa raiva, mas no geral, é um livro bom e de uma leitura fácil.
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Bel 22/09/2017

Um YA necessário.
Disclaimer: o livro trata de assuntos pesados que podem ser gatilho, como o estupro, crueldade animal, slut-shaming, violência.

Até metade da leitura a minha nota não passaria de 3 estrelas, mas existe um motivo para eu ler livros até o final e raramente abandoná-los: os finais que me surpreendem ou me desafiam mudam toda a minha perspectiva sobre o livro, e assim foi com A Revolução das Mulheres. Um livro sobre sororidade, cultura do estupro, justiça e a capacidade do ser humano de ser empático.
Conhecemos a história através do POV de 3 personagens: Alex, Claire (Filha do Pastor) e Jack. Alex é a principal e vamos acompanhar como ela lida com o fato de sua irmã ter sido estuprada, assassinada e esquartejada. Além de criar uma espécie de barreira anti-homens, ela também tem grandes dificuldades de se relacionar com PESSOAS num geral, por isso é voluntária num abrigo de animais, provavelmente para sanar a solidão de não ter ninguém, nem mesmo sua própria mãe, já que a relação das duas é péssima.

O meu problema principal com o livro: a forma como a autora deixou infinitas pontas soltas e forçou um romance da Alex com o Jack. Os personagens têm química, mas a autora não soube desenvolver direito a evolução da Alex como pessoa, como ela superou o impasse com homens, como ela estava lidando com essa aproximação repentina do Jack, etc. Esse livro poderia facilmente ter mais 200 páginas.
Ponto positivo principal: sororidade! Apesar de um discurso um pouco problemático quando se tratava dos homens (totalmente compreensível, mas achei que a autora abusou), a evolução de personagem da Claire (mais conhecida como FP) é incrível. Ela é a melhor personagem do livro e fica muito claro como ela muda seus conceitos e desconstrói aquela imagem de que a mulher é sempre culpada de tudo que acontece com ela, até mesmo na abordagem do slut-shaming a FP foi a melhor personagem.

Enfim, o livro não é perfeito, mas é necessário para as adolescentes. Garotas adolescentes, principalmente. Falei mais sobre ele no vídeo linkado :)

site: https://youtu.be/OJF1KI5ZVHY
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Queria Estar Lendo 27/01/2018

Resenha: A (R)evolução das Mulheres
Um livro poderoso, importante e extremamente perturbador. A (R)Evolução das Mulheres, da autora Mindy McGinnis, publicado aqui pela Editora Plataforma21, mostra uma realidade nua e cruel e responde a ela através do caos. Não é uma história fácil, mas certamente é necessária.

Alex Craft está em busca de justiça pela sua irmã, que foi encontrada morta na floresta da cidade três anos atrás - desmembrada, vítima de estupro e de tortura. Não houve muito o que fazer contra o homem acusado, mas Alex sabe o que ela precisa fazer. E, com a frieza e a vingança guiando seus passos, a história se inicia - e se desenvolve junto a outros dois personagens, absolutamente distantes de sua realidade traumatizada, mas que são peças fundamentais para a construção do cenário desse livro.

"Isso acontece com todos os animais: as fêmeas da espécie são mais letais do que os machos."

A (R)Evolução das Mulheres tem uma trama pesada, e por isso tão impactante. Fala sobre a linha tênue que separa justiça de vingança; critica a posição às quais as mulheres são forçadas a viver dentro da sociedade, a ideia de submissão pelo gênero que você carrega. É uma história sobre poder, sobre o forte contra o fraco, sobre atingir um ponto na vida em que nada além da retaliação importa.

"Mas 'meninos são assim mesmo', é nossa expressão predileta e que serve de desculpa para tanta coisa, ao passo que para falar do gênero oposto, só dizemos 'mulheres...', com um tom de desdém e acompanhado de um revirar de olhos."

Alex é uma personagem complexa, extremamente bem escrita e desenvolvida. Ela é aterrorizante, mas real. Sua história é real. O assassinato da irmã acontece no nosso mundo, todos os dias. No Brasil, uma mulher é violentada a cada 11 minutos. No mundo, ser mulher significa viver com medo. O livro explora isso de maneiras perturbadoras, mas entrega todas essas situações numa escrita nua e crua, numa narrativa verossímil ao que significa ser a fêmea da espécie.

A protagonista dessa história não é a Alex, é a violência de gênero. É o feminicídio que passa impune em tantas ocasiões. É a piadinha envolvendo abuso. É o comentário sobre uma saia curta, um decote ou maquiagem pesada. Esse livro é poderoso porque grita sobre as injustiças e sobre como, às vezes, a resposta pode ser um extremo. E não dá pra culpar a Alex por isso; não quando ela viveu e viu tanta coisa horrível e buscou uma solução drástica. Aqui entra a linha tênue: o que ela está fazendo é vingança ou pode ser considerado justiça?

"Ter raiva cansa, mas sentir culpa não deixa a gente dormir."

Alex tem alguns traços de psicopatia em sua frieza e racionalidade, mas ela tenta entender o mundo e tenta se ajustar a ele - ainda que saiba, lá no fundo, que não existe um espaço para ela na sociedade. Uma única quote da personagem no livro expressa tudo que ela é para essa história:

"Sou um lobo que minha irmã mantinha enjaulado, até que sua mão foi removida. Sai da jaula e estou curiosa [...] porque sei que esse não é o meu lugar. Não é seguro me deixar sair da jaula, mas me cutucaram com vara curta. [...] Não são as ovelhas que me atiçam, mas os outros lobos. Quero correr com eles, para poder cortar sua garganta quando ameaçarem minha matilha. Mas não posso voltar para o meio das ovelhas com sangue nos dentes. Elas vão se afastar de mim."

Além dela, outros dois personagens dividem os pontos de vista, entregando a parte mais civilizada, mais humana. Jack é o garoto popular aprendendo sobre a vida, e ele encontra em Alex uma companhia agradável e uma atração irresistível. Gostei bastante da composição do garoto; ele é o típico jogador de futebol com um futuro brilhante que acaba se interessando pela garota perturbada da escola - e o fato de o livro tratar o Jack de um jeito tão leve e jovem o transforma em uma figura real, que comete erros e está disposto a consertá-los, que caiu de amores por uma garota e quer fazer de tudo para se provar digno do sentimento recíproco. Um garoto legal, entusiasmado e adorável.

Por fim, a Efepê - chamada assim por ser Filha do Pastor - tem outro arco maravilhoso na história. Começa como uma colega de escola e se torna amiga próxima da Alex, e é com ela que a Alex passa a questionar sua até então vivência solitária. Efepê é a amiga que a Alex nunca teve; estende todo um mundo de possibilidades e de normalidades para Alex. E o curioso é que, para a Efepê, essa nova amizade abre muito seus próprios horizontes. A garota resignada começa a questionar, a querer se impor. Ela comete deslizes e toma algumas atitudes erradas, como toda boa adolescente, mas a intensidade de Alex provoca em Efepê essa centelha de problematização, de querer erguer sua voz e se fazer ouvida.

"Todo mundo se encolhe ao ouvir "estuprar", e a cena é tão ridícula que quase começo a rir [...] E mesmo assim, as pessoas se surpreendem com a palavra, como se, quem sabe, esses caras estivessem arrastando ela para o meio da floresta para ajudá-la a dar uma mijada."

O livro não é impactante por revolucionar o gênero, mas por revolucionar a voz feminina. O que eu mais achei incrível nessa história foi a maneira crua com que a autora tratou suas críticas, como entregou cenas tão pesadas e tão óbvias, perturbadoras ao extremo, para trabalhar os traumas e como o mundo vê essa situações - e o modo como elas devem ser vistas. Mindy escreveu um épico, pura e simplesmente.

A (R)Evolução das Mulheres é o tipo de livro que veio para ficar, para gritar sobre injustiças e opressões; pede mudanças e entrega momentos medonhos para mostrar a realidade que está acontecendo no mundo, e como essa realidade pode impactar de maneiras tão diferentes em tantas pessoas. Principalmente, é uma história revolucionária sobre a voz das mulheres.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2018/01/resenha-revolucao-das-mulheres.html
LuaTeresa 07/05/2021minha estante
Tem gatilho ou cena +18?


Queria Estar Lendo 07/05/2021minha estante
Oi, Lua. Tem alguns gatilhos de estupro e de violência gráfica.


LuaTeresa 07/05/2021minha estante
Obrigada por avisar




Layla 27/07/2017

As Meninas Superpoderosas versão 2.0
"É desse jeito que mato alguém.
Eu aprendo seus hábitos, conheço sua rotina. Não é difícil.
E eu não me sinto mal quanto a isso."

Vocês acreditam em justiça? Que o mundo dá voltas e que pagaremos, cedo ou tarde, pelos erros que cometemos?

Impune, no dicionário, tem como conceito um adjetivo que se dá para alguém que não sofreu o castigo que merecia; que não foi punido de acordo com o crime cometido nem sofrera repressão. O tom da definição nos leva a pensar na equidade, na correspondência de julgar o que é ou não justo. E o tom geral deste livro nos faz questionar o seguinte: numa sociedade em que a justiça é tão abstrata e de difícil alcance, o sistema é falho e as vidas são menos preciosas que um montante de dinheiro, fazer justiça com nossas próprias mãos é assim tão incorreto?

Acho que, em primeiro lugar, devemos refletir sobre o que é justiça. No mundo, cada cultura tem uma visão diferente do que é e de como deve ser feita. Para algumas, a punição para roubar é perder a mão. Para matar, é perder a vida. Para estuprar, é perder a genitália. Olho por olho, dente por dente. Em outras culturas, há a pena de morte, indo de enforcamentos à cadeira elétrica. No modo de ver brasileirinho, justiça é ir preso podendo pagar fiança para sair e/ou ser liberado mais cedo por bom comportamento. Não quero entrar numa discussão sem fim sobre qual modelo é o mais certo e o que poderia ser mudado, apenas quero perguntar a vocês se a punição (quando e se chega) é válida. Ponham-se no papel de vítima, de irmã da vítima, de mãe da vítima, ou qualquer outro que vocês prefiram. É o bastante ver preso por alguns anos alguém que tirou a vida de uma pessoa que você ama? É certo ter de esperar anos para que um juiz tenha que decretar como um criminoso pagará por ter lhe feito mal?

"É mais fácil gostar de animais do que de pessoas, e há uma razão para isso.
Quando os animais cometem um pequeno erro, você ri deles. Um gato calcula mal um pulo. Um cachorro olha de um jeito excessivamente zombeteiro para um objeto simples. Essas são coisas engraçadas. Mas quando uma pessoa não entende algo, se elas julgam mal e freiam tarde demais, elas são culpadas. Elas são estúpidas. Elas estão erradas."

Alex perdera a irmã para um estuprador. Desde então, ela tem se aprimorado em defesa pessoal, adotando a tática de bater primeiro e perguntar depois. Ela não é uma adolescente normal, devo logo esclarecer. A Mims (amiga mara que leu junto comigo) por vezes perguntara se ela (Alex) era psicopata ou não. Ela não é, e isso fica claro quando vemos que ela SENTE. Ódio, alegria, amor, preocupação... ela sente, não importa o quê. Ela mesmo já se vira frente a frente com a definição de psicopatia e sociopatia sem encontrar-se nelas.

"Eu não estou bem, e duvido que um dia estarei.
Os livros não me ajudaram a achar uma palavra para mim mesma; meu pai se recusou a aceitar o peso disso. E então eu fiz a minha própria palavra.
Eu sou vingança."

O problema da Alex não é de função psicológica, muito pelo contrário. Ela é fria. Lógica. Faz o que tem de fazer sem pensar no por quê ou no e se. Só que ela não é uma heroína igual as outras. Ela não é como os heróis de quadrinhos e séries, os vigilantes mascarados que encontram um jeito de salvar aqueles que eles amam de qualquer jeito sem encontrar a punição pelos percalços e erros encontrados no caminho. Alex é real num livro cheio de realidades. Não há poderes, visão noturna, superforça, invisibilidade. Ela não vestia capas e não contava com munhequeiras douradas nem laços ultra resistentes. Não há como Alex fazer justiça sem ser perseguida por ela, e esse é o aspecto tão amargo e pesado do livro: ver que é certo e tão errado, ficção e tão verídico. E foi isso que me deixou brava, no final de tudo: a Alex ser uma heroína para mim e tudo acabar com a dose de realidade que a diferencia do Batman, do Demolidor, do Arqueiro Verde. Ela não pode ir contra a lei sem ser perseguida por ela. E isso é irritante. Revoltante. Certo até dizer chega, mas enlouquecedor na mesma medida.

"Vivo num mundo onde não ser molestada quando criança é considerado sorte."

The Female Of The Species - A (R)evolução das Mulheres aqui - é um tremendo livro. Uma leitura muito importante em meio a uma sociedade tão machista e patriarcal. É girl power da primeira até a última página. Temos os pontos de vista da incrível Alex, da Peekay, filha de pastor mais p*rra louca da história e do Jack, o cara que é a mocinha de todo o enredo. O que me atraiu neste livro fora a união das personagens femininas e de todo o feminismo, não explicitamente jogado na nossa cara e sim explorado nas relações das meninas. Em todo livro há rivalidade entre garotas, principalmente num young adult; neste também há, mas o ponto principal fora que elas superaram isso quando tiveram de se unir e se ajudar. O fato de o cara gato que supostamente deveria ser o pilar de força e segurança ser um bocó inseguro e até mesmo um tanto tosco fora uma surpresa bem vinda também. O livro se mostrou ser nem um pouco convencional e retratou o luto de um modo que não estamos acostumados a ler por aí.

"Todos pensam que se você ajustar um cachorro macho ele diminuirá sua agressividade, mas a maior parte dos cães que mordem são fêmeas. É um instinto básico para proteger o ventre. Você pode ver isso em todos os animais - a fêmea da espécie é mais mortal que o macho."

Decepcionei-me com alguns personagens no final, mas vi (de modo concreto e cheio de sentido, e não num modo John Green em Cidades de Papel) que as pessoas são como são e elas não são perfeitas, apesar dos pesares, então não fora uma decepção DECEPÇÃO, e sim uma decepção do tipo você-me-desapontou-porém-eu-te-saquei. No livro tem abuso (sexual e mental), tem assassinato, romance, brigas, amizades, injustiça, cachorros fofinhos, cachorros nem tão fofinhos assim, gatinhos que valem a pena amar (os felinos de verdade) e gatinhos que não valem nem um pouco a pena perder seu tempo (humaninhos, neste caso). Mas, sobretudo, há a martelada da justiça. E é essa que balança seu coração e faz você questionar que espécie de justiça queremos e qual é suficiente pra sanar o que perdemos.

Mais do que páginas de ficção dosadas da realidade pútrida em que vivemos, TFOTS nos dá exemplos de mulheres que não cedem, e para as jovens que leem o estilo YA e estão construindo a identidade delas enquanto habitam um mundo que não aceita formas diferentes das pequenas e pré-programadas ideias deles de como devemos ser, é uma paleta de cores novas em meio ao preto e branco dos quais estamos acostumados. Mostra um lado feminista sem o dogmatismo e as brigas que conhecemos, um feminismo prático e simples que zela o lado humano de mesmos direitos, de mesmas oportunidades e de mesmas punições. É rico, é exemplar, é divino. Bate de frente com a frase A CULPA É DA MULHER e é completamente coerente e bem aplicado, sem nos jogar no meio de um enredo esperando que encontremos um sentido que não existe. Alex dissera exatamente o seguinte: "Estou te dizendo. Não importa. O que você estava usando. Como se parecia. Nada disso importa. Assista o canal sobre natureza. Predadores vão atrás de presas fáceis." e isso pode parecer completamente normal, sem novidade alguma para uma maioria, mas, para alguém que já passara por uma situação de agressão, essas palavras podem ser novas, podem mostrar uma concepção de certo e de errado que nunca fora vista antes, podem ser botes salva-vidas em meio a um temporal. Alguns leitores podem ter passado por estes trechos sem realmente notar quão grandiosa a cena era, mas eu vi, senti e internalizei; nos tempos atuais, qualquer apoio que possamos encontrar e dar é super importante. ESTE LIVRO É SUPER IMPORTANTE, e sem sombra de dúvida, numa era em que Trumps têm chances e agressões sexuais ainda são justificadas com o tamanho da roupa da vítima, estas páginas são quase bíblicas. São relevantes. Críveis. Fundamentais. São mais necessárias para as jovens do que o velho bê-a-bá de Pedro-Álvares-Cabral-queria-ir-para-a-Índia-e-acabou-vindo-pra-cá. Indicado para as migas, pros migos, para as primas, titias e mamães. Pros papais mentes concretizadas e vovôs com pé no século vinte e um mas espírito no dezoito. Todos devem ler, não importa a fase da vida e das experiências sentidas.

Porque tudo se trata de empoderamento.

Uma personagem da história perguntara a Alex quem era o supervisor dela, e ela pura e diretamente dissera que seu supervisor era Deus. Deus, que é por definição um ser divino, não dizendo se é homem, mulher, negro(a), branco(a), bonito(a) ou feio(a). Deus, que numa sociedade patriarcal, é retratado como um homem branco de barba branca e expressão austera. Deus, o único capaz de julgar certo, e ele é um homem. Vocês provavelmente não conseguem ouvir meu riso de escárnio daí, mas estou rindo. Porque tudo se trata de empoderamento. Tudo se trata da crença de que um é inferior ao outro. E não há nada melhor do que um livro pra mudar essa balança.

Nada como uma fêmea da espécie para mostrar que a justiça pode ser feita por ela.

Leiam. Vivam. Repensem.

Este é o livro certo pra isso.

site: https://www.instagram.com/laylafromthebooks/
steph (@devaneiosdepapel) 28/07/2017minha estante
Que resenha incrível! Coloquei o pedido do meu ontem após meses de espera, e não vejo a hora de chegar para eu poder me deliciar com essa história. Adorei sua análise :)


Layla 31/07/2017minha estante
Obrigada, S! Espero que você tenha o livro em mãos logo e que ele te surpreenda tanto quanto me surpreendeu. Tô na torcida pra você amar!


Tainara 18/09/2017minha estante
AMEI SUA RESENHA.
VOU ATÉ PARAR O LIVRO QUE ESTAVA LENDO E COMEÇAR A LER ESSE CORRENDO.


Layla 19/09/2017minha estante
Hahaha boa, Tai! Espero que você goste do livro também e aguardo sua opinião final, tá?


Naty @livrossaofilhos 30/12/2017minha estante
Eu já queria ler esse livro, mas depois da sua resenha ( que me deixou arrepiada e de queixo caído) Eu vou comprar é hoje!!!!!! E ler o mais rápido possível. Você arrasou na resenha!!


Layla 03/01/2018minha estante
Caraca, N! Fico feliz que tenha gostado da resenha hahaha e espero que goste ainda mais do livro! Quando ler, me conta o que achou, viu? Por aqui ou pelo ig msm




laura2928 24/01/2023

não é o que eu esperava
pelo título eu pensei que fosse uma leitura empoderadora etc, mas é só uma história comum... demorou algumas mortes pras pessoas descobrirem que abuso é errado, mas ok
e também, o jack é meio que um merda, não sei se foi essa a intenção da autora quando escreveu ele, ou se ela realmente pensa que criou um homem bom
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Anne - @literatura.estrangeira 28/08/2017

Necessário!
Comecei a ler o livro sem ter lido a sinopse, sem ter lido resenhas sobre ele e fiquei interessada na verdade com o que a capa mostrava para mim. Senti que seria algo envolvendo bullying e mulheres, mas de longe imaginei que o livro fosse tão profundo e impactante.

A (R)evolução das Mulheres é narrado em primeira pessoa por três personagens principais que estão vivendo o último ano do ensino médio: Efepê (que é a filha do pastor FP), uma menina que é sempre rotulada como a certinha, a filha perfeita; Jack, um dos garotos mais populares da escola que faz parte do time de basquete e se esforça para tirar notas altas com o intuito de ganhar uma bolsa de estudos para poder sair da sua cidade natal e Alex, a irmã da menina que foi estuprada e assassinada.

"A maioria das pessoas pensa em coisas que não faria na vida real, e isso lhe traz uma satisfação visceral suficiente para sublimar a emoção. Na verdade, fazer mal a outra pessoa de propósito não é uma tarefa simples, e não é todo mundo que está a altura dela."

Efepê e Alex trabalham em um abrigo de animais depois da escola e acabam desenvolvendo uma amizade, apesar de Alex ser uma pessoa muito introvertida e séria. A história é muito cruel e debate sobre vários temas impactantes, dentre eles crueldade contra animais, que me pegou de surpresa e que me fez gostar ainda mais da história.

Alex e Jack também iniciam uma amizade que se torna um romance especial. Tal romance não é o ponto-chave de toda história, mas que faz parte da vida de quase todo adolescente e tem sua importância. Temos personagens falhos que comentem erros e apesar de ser um livro sobre adolescentes, eles são maduros e não infantilizados.

"Vivo em um mundo em que não ser molestado na infância é considerado ter sorte."

Só que Alex embora tenha mudado pra melhor, possui um problema muito sério que vai aparecendo no decorrer da história e que nos deixa sem reação. Ela é retratada muitas vezes como uma heroína imperfeita, mas que tenta fazer o bem de uma forma não convencional. E isso não pode acabar bem.


"- Estou te falando, Claire. Isso não importa. A roupa que você estava usando, sua aparência. Nada. Assiste um pouco daqueles canais sobre a vida selvagem. Os predadores sempre vão atrás da presa mais fácil."

No decorrer da história não entendia para onde a autora queria ir com os fatos que ela apresentava, o que não era ruim, pois com o tempo percebi que o objetivo dela era trazer à luz temas como feminismo, assalto sexual, cultura do estrupo e empoderamento feminino de forma clara e verdadeira, sem aquela necessidade de mostrar ao leitor um início, meio e fim previsível.

"Mais "meninos são assim mesmo", é nossa expressão preferida e que serve de desculpa para tanta coisa, ao passo que para falar do gênero oposto, só dizemos "mulheres...", com um tom de desdém e acompanhado de um revirar de olhos. "

Os personagens que ela apresenta são muito bem desenvolvidos e complexos, que cometem erros, que têm relacionamentos familiares problemáticos, mas que também cultivam uma bela amizade e se juntam para apenas se divertir ou ajudar alguém. Aqui é mostrado nitidamente como as escolhas afetam um ao outro, como a vítima de estupro ainda é estereotipada, como ela ainda tem medo de denunciar e afetar a vida de outras pessoas ao redor e como isso deixa uma cicatriz interna incurável.

"Hoje a noite, usaram as palavras que conhecem, as palavras que não incomodam mais as pessoas. Falaram "[*****]". Disseram para outra menina que colocariam o pau na boca dela. Ninguém protestou, porque esse é o linguajar que a gente usa. Mas aí eu usei as minhas palavras, organizadas em frases que calam fundo, e as pessoas prestam atenção; as pessoas ficaram de boca aberta. As pessoas não sabiam o que pensar. Meu linguajar é chocante. "

Tudo isso é narrado de forma aberta, e por mais que o tema seja pesado, a leitura é inacreditavelmente leve, mas que marca o leitor profundamente. O final foi para mim algo totalmente inesperado e que além de todas as mensagens que a história trouxe ao longo da narrativa, trouxe uma mensagem final ainda mais emocionante, que é a força da amizade e da união.

"Os livros não me ajudaram a encontrar uma palavra para me definir; meu pai se recusou a aceitar o peso disso. Então inventei. Meu nome é vingança."

A capa traz uma reflexão muito forte depois que a gente lê. A diagramação está linda, cheia de detalhes e de qualidade ímpar. Só preciso ressaltar que o uso excessivo de o e a antes dos nomes me incomodou bastante. Vamos, meninas, andem logo - diz a srta. Hendricks, levando a Sara, a Alex, a Branley, a Lila [...]

Achei A (R)evolução das Mulheres uma leitura SUPER válida, de enredo forte, mas verdadeiro e que nos trás muitos pontos para considerar sobre a vida e a sociedade. Apenas leiam!

site: http://www.literaturaestrangeira.com.br/2017/08/resenha-revolucao-das-mulheres-por.html
Priscila - @entretdsleituras 25/11/2017minha estante
Tou lendo ele agora, por enquanto amando


Anne - @literatura.estrangeira 25/11/2017minha estante
É muito bom
??


Priscila - @entretdsleituras 26/11/2017minha estante
Eu amei sabe, mais foi complicado ler aquele final




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tata342 21/02/2020

DECEPCIONADA
li esse livro e achei que tava vendo um episódio de riverdale de tão ruim, PÉSSIMO
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cattess 12/01/2023

"É assim que eu..."
Gostei de muitas coisas nesse livro, do assunto, do romance, da evolução e de alguns momentos da escrita. Mas, também achei um pouco confuso e largado. Acho que poderia ter sido mais complexo e explicativo.
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skye 18/07/2021

então né...
tenho o costume de embarcar na leitura de mente aberta e sem ler a sinopse, instigada só pelo título e pela capa, esse livro foi uma dessas leituras...

não sei se gostei da história ou dos personagens, certamente esperava muito mais do desenvolvimento geral porém houveram sim momentos proveitosos.

não faria releitura pois aborda um tópico extremamente doloroso pra mim de um jeito banalizado, mas aproveitei partes específicas dele, principalmente a construção da amizade da claire e da alex
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Elly 22/04/2020

Caramba.
Eu comecei esse livro achando que ia ser de um jeito, percebi que ele se tratava de outra coisa depois de um tempo, e me surpreendi totalmente com o final. Achei um ótimo livro, recomendo a leitura dele, mas aviso também que ele tem alguns gatilhos.
Acho que ele me deixou sem palavras porque não consigo falar mais nada.

Boa leitura!
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Sabrina758 09/06/2020

Não era o que eu estava esperando mas não foi ruim. A história é intrigante e te prende,de certa forma,além de tratar de alguns tópicos sensíveis e importantes. O final,não sei muito o que pensar hahaha mas acredito que esteja dentro dos conformes pela história. Pra quem curte livros teens com mistério,acredito que vá ser um deleite.
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Andrea.Souza 28/02/2020

Inesperado
Comecei o livro esperando esperando algo totalmente na linha feminista, algo mais técnico ou coisa assim. Mas me surpreendi muito.
Uma pitada de romance, uma pitada de feminismo, amizades, amores não correspondidos, assassinatos, tentativas de estupro, drogas, sexo e tudo que envolve jovens no ensino médio.

Achei a leitura fácil de compreender, o ponto de vista de cada personagem torna tudo mais intenso e interessante.
Recomendo muito.
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