A Literatura Como Remédio

A Literatura Como Remédio Leandro Karnal
Dante Gallian




Resenhas - A Literatura Como Remédio


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Kelly Oliveira Barbosa 01/06/2022

Toda essa loucura dos tempos modernos está nos adoecendo
A literatura como remédio. Para mim essa frase faz tanto sentido, faz tantos anos que eu leio e encontro nos livros tantas coisas que me fazem bem, que sim, concordo que a literatura pode ser um tipo eficiente de remédio para a nossa mente e coração… E principalmente em tempos como o nosso, que como o autor, Dante Gallian, denuncia, é tão marcado pelo imediatismo e pelo produtivismo.

A verdade é que estamos sempre com pressa e preocupados, e a tecnologia que veio para teoricamente nos ajudar a ter mais tempo, acaba por ser às vezes aquilo que nos rouba mais tempo e nos deixa cada vez mais ansiosos. O que nos escapa, e para mim esse foi o melhor insight desse livro, é que toda essa loucura dos tempos modernos está nos adoecendo e até desumanizando.

“Nossos tempos estão desnorteados, dizia o Hamlet de Shakespeare, há também quase quatrocentos anos. De lá para cá, esse desnorteamento aumentou e a humanidade, na mesma medida em que encheu a terra de conquistas e mazelas da ciência e da tecnologia, se viu esvaziada no território da alma, do sonho, do mundo interior. E nesse esvaziamento desumanizador, que tantas e tantas patologias tem provocado, homens e mulheres procuram desesperadamente remédios que lhes devolvam a saúde perdida.” (p.26 – grifos nosso)

O autor além de nos lembrar desse grande poder que esse antigo e extraordinário remédio que é a literatura, principalmente a literatura clássica, tem na recuperação da saúde existencial da humanidade, nos conta a história de seu experimento com seus Laboratórios de Leitura. O projeto dos Laboratórios de Leitura do professor Dante Gallian, surgiram inicialmente numa escola de medicina, se expandindo posteriormente para empresas, instituições e até grupos domiciliares. Para simplificar, os laboratórios que ele chama de LabHum (Laboratório de Humanidades) e LabLei (Laboratório de Leitura), são na prática uma espécie de clubes de leitura, porém com uma metodologia própria. Assim sendo, A literatura como remédio: os clássicos e a saúde da alma, publicado em 2017, pela editora Martin Claret, cumpre a missão de compartilhar toda essa experiência, afim não só de incentivar a leitura em si, e portanto um stop nessa nossa vida imediatista e super ocupada, mas incentivar a leitura da literatura clássica de forma coletiva.

Essa foi para mim uma leitura muito rica. Principalmente com capítulo 2 “A Literatura como remédio”, eu aprendi muito, pois o autor de forma sucinta explica o porque as histórias são tão importantes para a formação do ser humano – e aqui leia-se para a própria formação do humano. É aqui também que Dante separa os diferentes modelos de aprendizagem, que se dão: pelo exemplo e pelo conceito. Mostrando no decorrer dos séculos como chegamos até aqui, onde estamos todos presos a um processo terrível de desumanização “imposta por uma visão excessivamente técnica, racionalista e cientificista da Modernidade.” (p. 84)

Para além disso (feito o diagnóstico e receitado o remédio), o livro ensina uma metodologia para grupos de leitura. E não é tão óbvio como eu mesma imaginei inicialmente, ao contrário, as orientações são muito válidas e até dicas que podemos aplicar na nossa vida de leitura solitária.

Ah e eu já ia esquecendo de comentar sobre o prefácio que foi escrito pelo Leandro Karnal. Essa foi a única parte do livro que eu não gostei. Não gostei ao ler sem antes ter lido o livro e agora tendo o lido, gosto menos. Para mim, o estilo, digo a forma que, o historiador e doutor Leandro Karnal, escolheu escrever esse prefácio vai na contramão do próprio conteúdo do livro. Para mim seus parágrafos super elaborados não passam de um “verniz de intelectualidade”, que no final das contas não quer dizer nada – salvando a citação que escolhi para abrir essa resenha.

Resenha completa com fotos e etc no Blog - https://cafeebonslivros.home.blog/

site: https://cafeebonslivros.home.blog/2022/06/01/a-literatura-como-remedio-de-dante-gallian-108/
almeidalewis 01/06/2022minha estante
???, muito bom Kelly ?. Qdo vc mencionou o grande papel da literatura na nossa formação lembrei do livro o cérebro na era digital ( salvo engano ) o de justamente ela descreve quais são as áreas do cérebro que a leitura toca e há diferença qdo a leitura é em tela ativa outro pontos. Enfim parabéns pela resenha.


Kelly Oliveira Barbosa 01/06/2022minha estante
Que interessante vou procurar saber mais. Muito obrigada!


almeidalewis 02/06/2022minha estante
Para nós leitores Kelly é uma obra indispensável ( sem exagero ?? )


Barbara.Tomaz 07/06/2022minha estante
Ai! Já quero!


almeidalewis 07/06/2022minha estante
É muito bom mesmo Barbara ???




Carolina 14/07/2020

"Clube de Leitura"
Até gostei do livro, porém esperava outra coisa: aborda profundamente sobre como realizar um clube de leitura... de qualquer maneira, valeu a pena ler alguns depoimentos de participantes desses clubes sobre a descoberta de obras clássicas e sua relação com elas.
Cinthia 15/07/2020minha estante
Tá muito leitora e resenhista essa mulher. Arrasou, miga ??????????


Carolina 16/07/2020minha estante
Hihihihihi!!!




Monique 17/07/2020

Literatura e seu efeito humanizador
O livro fala sobre o Laboratório de Leitura/Laboratório de Humanidades que iniciou de maneira quase informal com encontros entre o professor Dante Gallian e alunos universitários para discutir alguma leitura desde artigos jornalísticos até textos filosóficos. Depois a discussão passou a ser sobre literatura de ficção e se tornou uma atividade de extensão dentro da universidade e projeto aplicado até em corporações como a Natura.

Ao longo do livro o professor de História e idealizador do projeto mostra com sua pesquisa o efeito humanizador da literatura de ficção clássica. Também são transcritos relatos marcantes de participantes dos encontros, um que me tocou foi o relato a seguir:



“Venho de uma família muito simples. Meu pai era um homem muito simples, mal chegou a completar os estudos, mas valorizava muito o conhecimento e a cultura. Era muito trabalhador e não deixava faltar nada em casa. Procurou sempre que estudássemos nos melhores colégios que ele podia pagar e, principalmente, todo dinheiro que sobrava ele investia na compra de livros, livros bons, principalmente clássicos. E assim, conforme meus irmãos e eu íamos crescendo, víamos a biblioteca da sala ir aumentando. Quase todo dia meu pai chegava com um livro novo e colocava na estante, dizendo: ‘Mais um pra coleção de vocês!?’ Nós olhávamos aquilo e não dávamos muita bola. Ele mesmo não lia, dizia que não tinha condições suficientes para ler aquilo, mas que sabia que era muito bom e que nós um dia iríamos ler. E assim a estante foi se enchendo de livros. De vez em quando eu dava uma olhada. Tinham muitos daqueles clássicos da Editora Abril, de capa dura, vermelha...Eu então olhava os nomes dos autores - nomes difíceis, estrangeiros - o título dos livros e tudo me parecia algo tão difícil, tão distante...Folheava aqueles volumes grossos, com aquelas páginas que não acabavam mais...Meu Deus, quanta letra, quantas palavras! Sabia que havia algo de muito importante e sério lá, mas quando tentava de fato ler algum daqueles livros quase não entendia nada...Me dava um sono, ou então um desespero...Com o tempo fui deixando de lado aquilo tudo; fui desistindo. Imagino o quão doloroso deve ter sido para meu pai, pois nenhum de nós, de seus filhos, se interessou por aquela biblioteca. Ele até que tentava, incentivando, pedindo, mas nós estávamos interessados em outras coisas...E assim, a biblioteca foi ficando como uma simples peça de decoração na sala. As pessoas que iam nos visitar se espantavam de ver tantos livros e nos perguntavam sobre o que falavam, mas a gente nem tinha o que responder, porque nenhum de nós tinha lido nenhum daqueles livros, pelo menos não um inteiro...

“Quando meu pai morreu minha mãe quis doar todos aqueles livros - ‘Nunca ninguém nem mexe nesses livros, fica só juntando pó’, disse ela - mas nós não deixamos; era como se estivéssemos desrespeitando a memória de nosso pai. E depois, eu ainda tinha esperança que algum dia eu mesma iria começar a ler aqueles livros; não sei, alguma coisa me dizia que era pra deixar os livros lá...E assim foi ficando e assim foi passando o tempo, até que um belo dia uma amiga veio me falar que estava participando de um grupo de leitura e que estava adorando, que estava transformando a vida dela. Ela estava tão animada e falava tanto desse tal de Laboratório! Ela me dizia que já tinha lido uns quatro livros maravilhosos e que os encontros eram fantásticos e que ela ia começar a ler um livro do Dostoiévski. Na hora lembrei desse nome e disse pra ela que eu tinha esse livro em casa. Ela então me disse: ‘Por que você então não aproveita e vem também? Vem, você vai ver que é demais!?’ Eu então respondi que aquilo não era para mim, que eu não conseguia ler um livro daqueles tão grosso e tão difícil. Mas ela insistiu tanto que eu acabei indo. Fui na primeira reunião, das Histórias de Leitura, sem obviamente ter lido nada. Trazia apenas o livro do Dostoiévski embaixo do braço.

“Qual não foi minha surpresa ao encontrar lá não apenas pessoas cultas, estudadas, mas também gente ‘normal’, gente comum assim como eu que estava lendo Dostoiévski pela primeira vez e que falava sem vergonha das dificuldades que estava tendo e também das surpresas; que não era assim tão difícil como parecia e que estavam até gostando! Isso me animou muito! E então, depois o coordenador também deu umas dicas muito boas e passou um número bastante razoável de capítulos pra gente ler até a semana seguinte. Saí de lá tão animada que já comecei a ler o livro no metrô, voltando pra casa. A partir daí não parei mais. Aquele encontro foi não só um incentivo, mas acho até que uma libertação - não era preciso que eu entendesse tudo e caso tivesse alguma dúvida podia trazer no próximo encontro, sem medo, sem vergonha.

“Nossa, que descoberta! Descobri que eu sabia, que eu podia ler aqueles livros todos; que aquilo tudo não estava escrito para pessoas de outro nível de inteligência, mas para gente normal e meio ignorante como eu! Ah meu Deus, como fiquei emocionada só de imaginar meu pai! Finalmente eu estava realizando o sonho dele. Finalmente um de seus filhos estava usando aquela biblioteca, lendo aqueles livros...E tudo isso por causa do Laboratório de Leitura...Hoje não fico um dia sem ler um par de páginas que seja. Se não leio algo parece que falta alguma coisa. É quase como se fosse passar um dia sem comer ou sem beber água. E aquela estante, aquela biblioteca do meu pai, deixou de ser uma peça de decoração; ela ganhou vida, os livros ganharam vida! E agora sou eu quem está comprando livros e fazendo aquela biblioteca crescer. O Laboratório de Leitura me transformou numa leitora. E isso quando eu menos esperava. Ah, como meu pai, esteja onde estiver, deve estar contente com isso!”



A leitura me deixou com vontade de participar de um projeto assim, um grupo de leitores que dividem suas experiências de leitura de maneira franca. Foi uma leitura interessante e me inspirou a ler mais e melhor.
Tailane Santos 21/07/2020minha estante
Que trecho lindo, quase choro aqui. Meu pai é analfabeto, então o tema de pai e leitura me tocam profundamente, porque eu vejo como ele me olha quando estou aprofundada na leitura de um livro, como se ele não entendesse o que está acontecendo ali, e isso me entristece, mas também me faz ver que o amor que tenho por algo não é o único tipo de amor que existe nem o único sentido pra se existir. Porque existe o meu pai, minha visão é mais ampliada por ele. Existem muitas coisas que importam na vida. Ainda bem que não uma só.
E livros existirem é um motivo a mais pra continuar existindo e vivendo?


Monique 21/07/2020minha estante
Esse relato me tocou bastante também, meu pai fez apenas o primário, tem dificuldade para escrever e ler, mas se vira bem e sempre pede ajuda quando pode para não escrever errado suas mensagens. Mas ele junto com minha mãe sempre me incentivaram a estudar e me deram as melhores oportunidades dentro de suas possibilidades?
Fiquei pensando como pai dela teria ficado feliz se tivesse visto a biblioteca sendo usada ainda vivo.




Letícia 04/09/2021

Um laboratório de criar humanos
Nunca poderia imaginar que um ebook que estava grátis na Amazon seria o livro que se tornaria uma de meus favoritos. Um livro que acabo de terminar e ja estou pensando em quanto irei reler para absorver ainda mais o que me impressionou.
O laboratório de leitura que este livro descreve é uma reunião de pessoas guiadas por um coordenador que leem um livro clássico durante um ciclo que dura um determinado tempo. Todas as semanas há um determinado número de páginas a serem lidas e então discutidas no laboratório de leitura. Mas a discussão está longe de ser técnica: é humana. E objetivo do processo é promover a humanização dos participantes.
Os relatos de participantes contidos no livro só me fizeram querer encontrar um lugar desses para participar desta reunião.
Basicamente a leitura em conjunto é de um nível que vai muito alem do que um pobre leitor solitário poderia imaginar.
Os que participam dizem que essa experiência começa a fazer parte da vida deles de tal forma que não podem mais viver sem.
Enfim, parece que agora vou precisar encontrar um grupo de leitura desses ou morrer tentando.
Victor.Oliveira 27/01/2022minha estante
Oi, Letícia. Por acaso você encontrou algum grupo de leitura de livros clássicos assim? Eu estou procurando também


Letícia 27/01/2022minha estante
Olá Victor
O grupo de leitura mencionado neste livro se chama Laboratório de leitura Casa Arca, eu vi que eles têm grupos online, mas achei caro para participar...




Michelle Trevisani 18/12/2017

A leitura como remédio!
Oi gente! Tudo bem? Vamos para a resenha de hoje? Um livro extremamente interessante, que me deu muitas idéias e que foi caprichosamente publicado pela Editora Martin Claret (que sempre arrasa MUITO nas edições, sempre pensadas com carinho e de tirar o chapéu) – A literatura como remédio, os clássicos e a saúde da alma, escrito por Dante Gallian foi uma grata surpresa. Desde que foi lançado esse livro eu fiquei com vontade de ler. Adorei a capa, gostei muito da escolha do apresentador do livro: o Leandro Karnal, um cara que admiro muito, então o livro tinha todos os preceitos para me agradar, hahah, inclusive porque fala do poder da leitura nas vidas das pessoas que se arriscam nadar os mares das palavras.

Dante vai justamente nos mostrar isso neste livro: sua experiência na implementação de um laboratório de leitura, ao qual chamou de LabLei. Falando assim parece extremamente raso, mas se engana o leitor. Esse livro é quase um TCC digamos assim, pois mostra desde o objeto de estudo: a necessidade de implantar algo novo em uma escola de medicina, onde a maioria dos alunos é extremamente técnica e que tentam pensar friamente sobre seus atos e estudos, desde sua implementação, suas conquistas, seus avanços e as coisas lindas que a leitura promove na vida das pessoas.

Dante teve essa idéia: de montar um laboratório de leitura, porque sempre gostou de ler e queria aproximar mais os alunos. Resolveu começar com alguns. Começou com pequenos artigos, que partilhava entre 5 a 6 pessoas, liam e depois discutiam o que haviam lido. De repente a necessidade de leitura começou a crescer e passaram então a ler livros. Livros clássicos, aqueles que a gente sempre quis ler, mas por ser uma leitura mais difícil e cansativa, talvez precisasse de um empurrãozinho a mais para acontecer. E o exercício era esse: todos lêem o mesmo livro, depois sentam por uma hora nas sextas feiras para falar dele. Os capítulos são determinados semanalmente, tudo muito tranqüilo, para ser sentido como um prazer. Semana após semana é discutido entre o grupo o que foi lido e como o que foi lido tocou de diferentes formas cada pessoa. Esse mecanismo foi implementado primeiramente justamente para isso, desacelerar um pouco, trazer de volta nas pessoas à vontade de ler somente por prazer e nada a mais. E como sempre cada momento conta com um coordenador, as leituras são compartilhadas e as dúvidas sanadas, porque você não é obrigado e entender tudo em um livro clássico. A beleza de compartilhar o que foi lido é justamente essa: as pessoas tem diversas formas de ver um mesmo trecho que foi lido. E essa troca de experiência é linda.

O LabLei porém ficou conhecido na faculdade. Conhecido até demais. Logo outras pessoas começaram a participar dos encontros. E o mais engraçado era que as pessoas não procuravam o LabLei apensa pela experiência da leitura, já que ler é uma coisa que se faz sozinho na maioria das vezes, você não precisa de outras pessoas para ler um livro. Mas a partilha, o ouvir outras pessoas, o conversar sobre a história, era um momento relaxante. Dante começou a perceber que as pessoas procuravam o grupo porque ler e discutir sobre era um mecanismo riquíssimo para driblar dramas, tristezas, solidões, e problemas. Muitos relatos das pessoas que participaram do LabLei no livro enfatizam que ler um trecho de algum livro ajudou a resolver um problema pelo qual estava passando no momento.
O LabLei ficou tão conhecido que virou uma matéria na faculdade. Uma matéria linda, que te convidava a ler um livro e a discutir sobre ele. Simples assim. A prática de leitura também ficou conhecida no meio organizacional e a Natura resolveu adotar esse modelo de “relaxamento” na empresa, e os frutos colhidos desse trabalho foram os mais lindos.
Conforme eu avançava na leitura, ficava cheia de uma alegria já de longa data conhecida minha: eu sei o poder transformador que a leitura é capaz de empregar em cada um de nós. Eu já senti esse poder, e isso é maravilhoso! Ver que mais pessoas estão pensando nessa linha, e que projetos tão simples podem modificar tanto as pessoas! Isso é lindo demais gente! Fiquei muito emocionada com essa leitura.

Os livros que leio, sempre os procuro discutir com minha mãe (que é uma super leitora também, até mais que eu hahah) e essas conversas já renderam tantas reflexões boas! Acho que as melhores reflexões que já tive na vida. E às vezes a gente discorda, claro. E defendemos nosso ponto de vista. Mas quando concordamos, quando nos complementamos, a sensação é demais! Esse livro me deu umas ideais muito boas, que pretendo colocar em prática em breve. Acredito que muitas organizações deveriam ler esse livro, para colocar em prática esse modelo de laboratório de leitura. Modificar pessoas, fazê-las crescer. E nada mais lindo que fazer isso através da leitura. Obrigada Dante, por espalhar o seu conhecimento conosco em forma de livro. Também acredito no poder de cura através da leitura!

"[...] creio que deixei claro aqui a prescrição: desocupa-te, despreocupa-te e, sem pressa, desfruta do substancioso remédio da literatura. E, de preferência, tomando-o segundo a posologia do Laboratório de Leitura. Não te prometo a cura, mas garanto que, pelo menos, te sentirás cuidado e aliviado de tua pressa, preocupação, e, talvez, da tua solidão. O que não deixa de ser algo bastante importante para a saúde da alma. Não é mesmo? ".

Leia mais resenhas no meu blog> LIVRO DOCE LIVRO


site: http://meulivrodocelivro.blogspot.com.br/2017/12/resenha-literatura-como-remedio-dante.html
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Denize.Dias 21/05/2018

REMÉDIO X MEDICAMENTO
Comecei a ler "A literatura com remédio" no dia 29 março de 2018, mesmo dia em que meu Messenger/Facebook foi invadido por quatro perfis falsos e acabei me apaixonando por um deles. Foram momentos intensos, felizes e prazerosos, principalmente com a leitura desse livro, tão verdadeiro e que aguardou quietinho por nove meses, até que eu começasse a desfrutar de suas palavras. O falso romance durou umas três semanas mas a leitura deste santo remédio se estendeu por mais de dois meses e em cada trecho eu pensava: será que temos algum grupo de leitura aqui em Uberlândia como o LabLei? Ou eu vou para São Paulo viver a prescrição do Dr. Dante in loco: "desocupa-te, despreocupa-te e, sem pressa, desfruta do substancioso remédio da literatura. E, de preferência, tomando-o segundo a posologia do Laboratório de Leitura".
Em tempo: medicamentos são os produtos, como clonazepam, fluoxetina, AS, Natelle, comprimidos ou gotas ou spray, que são prescritos pelos médicos. Remédios: pode ser um chá, uma caminhada, uma boa noite de sono, um livro...
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Cristiano Mützenberg 24/01/2019

Uma experiência que deu certo
Diante de um panorama em que a leitura dos clássicos foi “sequestrada” do leitor comum, Dante Gallian se dirige, em breves linhas, ao “extremamente ocupado leitor” para contar a história do surgimento de um método de leitura e discussão compartilhada dos livros clássicos. Tudo começou com a criação de um “Laboratório de Humanidades” na Escola Paulista de Medicina. A ideia: fomentar discussões e reflexões existenciais profundas a partir da literatura. Desde então, a atividade, que se transformou no “Laboratório de Leitura”, conquistou os alunos e transcendeu as paredes da faculdade, chegando até grandes empresas e ao âmbito residencial. Finalmente, fez com que muitas pessoas se (re)aproximassem da literatura dos clássicos - que, não à toa, atravessaram gerações -, vendo neles uma verdadeira terapia, um verdadeiro remédio para a alma.
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Litchas 09/03/2020

Otimo
Gostei muito do livro!! Traz de forma didatica e fluida como um grupo de leityra pode mudar a vida das pessoas!
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Aline 21/03/2020

Recomendo
Um livro muito reflexivo, amei a leitura
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Fabiana.Neves 29/03/2020

A Literatura como Remédio é um livro que fala justamente sobre como os livros, nesse caso os clássicos, podem ser terapêuticos e como podem nos tornar seres mais reflexivos. A leitura dos clássicos pode ser um ato transformador, e por que não, a cura para os males de nossos tempos tão desnorteados.
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Mi_lendo23 10/04/2020

O primeiro e-book a gente nunca esquece
Bom... é um livro bem técnico. Bom para amantes da leitura, grupos de leitura e profissionais das letras. Os benefícios do hábito da leitura nunca foram tão bem retratados.
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Lorenna.Lima 13/04/2020

Ler e viver a leitura
O livro é um presente para quem ama ler literatura, especialmente os clássicos. Ele descreve as experiências de leitura dos participantes do LabLei/LabHum uma espécie de clube do livro mais estruturado, com uma proposta mais humanizadora. Foi um presente pois em muitos sentidos descreve como me sinto enquanto leitora apaixonada e como sinto falta de compartilhar meus pensamentos e sentimentos com a leitura com outras pessoas. Por mais iniciativas como essa !
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Leio, logo existo 18/04/2020

Este livro é um relato de vivência de um professor universitário que iniciou um clube de leitura em faculdades de biomedicina. O objetivo era usar a literatura como elemento humanizador para esses cursos. Sinceramente, não era o que eu esperava.
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Luana.Resende 23/02/2023

Muito bom
O livro fala como a leitura coletiva pode nos trazer benefícios, como ser um lazer, uma forma de se divertir lendo e descobrindo novos gostos pela leitura. Esses grupos de leitura traz a leitura de vários clássicos da literatura que as vezes sozinhos não teríamos o interesse de iniciar a leitura e a leitura em grupo traz um maior interesse a partir das discussões que geram após a leitura.
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Coruja 01/07/2020

Esse foi um dos muitos títulos oferecidos de forma gratuita naquelas primeiras semanas de quarentena; e como minha mãe costuma dizer que “de graça, até injeção na testa”, acabei baixando-o sem nem procurar saber do que exatamente se tratava. Aí, como estava no meio de uma ressaca literária em que não conseguia me concentrar o suficiente para ler ficção, coloquei-o na frente da lista - porque uso não-ficção como remédio nessas ocasiões e porque achei irônico me “curar” da ressaca com um livro que tinha um título de A Literatura como Remédio.

Em suma, a obra traz dados sobre as experiências do autor comandando um laboratório de leitura em que os membros utilizam os livros que leem para debates e humanização de práticas de trabalho. É uma leitura bem fluida, com reflexões sobre a importância da literatura em nossa sociedade, inclusive (talvez especialmente) em ambientes de trabalho no que concerne à empatia e humanização de práticas cotidianas.

No final das contas, foi uma grata surpresa que me esperava entre essas páginas. Embora seja analisado de um ponto de vista científico, o que Gallian descreve aqui é uma experiência muito parecida com a que tenho no clube do livro de bolso. Eu me vi descobrindo expressões técnicas para coisas que já fazia e debatia no clube e me identificando com as experiências descritas. Há várias lições interessantes, e algumas ideias sobre como organizar seu próprio programa de debates literários. Achei excelente.
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