A Literatura Como Remédio

A Literatura Como Remédio Leandro Karnal
Dante Gallian




Resenhas - A Literatura Como Remédio


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Monique 17/07/2020

Literatura e seu efeito humanizador
O livro fala sobre o Laboratório de Leitura/Laboratório de Humanidades que iniciou de maneira quase informal com encontros entre o professor Dante Gallian e alunos universitários para discutir alguma leitura desde artigos jornalísticos até textos filosóficos. Depois a discussão passou a ser sobre literatura de ficção e se tornou uma atividade de extensão dentro da universidade e projeto aplicado até em corporações como a Natura.

Ao longo do livro o professor de História e idealizador do projeto mostra com sua pesquisa o efeito humanizador da literatura de ficção clássica. Também são transcritos relatos marcantes de participantes dos encontros, um que me tocou foi o relato a seguir:



“Venho de uma família muito simples. Meu pai era um homem muito simples, mal chegou a completar os estudos, mas valorizava muito o conhecimento e a cultura. Era muito trabalhador e não deixava faltar nada em casa. Procurou sempre que estudássemos nos melhores colégios que ele podia pagar e, principalmente, todo dinheiro que sobrava ele investia na compra de livros, livros bons, principalmente clássicos. E assim, conforme meus irmãos e eu íamos crescendo, víamos a biblioteca da sala ir aumentando. Quase todo dia meu pai chegava com um livro novo e colocava na estante, dizendo: ‘Mais um pra coleção de vocês!?’ Nós olhávamos aquilo e não dávamos muita bola. Ele mesmo não lia, dizia que não tinha condições suficientes para ler aquilo, mas que sabia que era muito bom e que nós um dia iríamos ler. E assim a estante foi se enchendo de livros. De vez em quando eu dava uma olhada. Tinham muitos daqueles clássicos da Editora Abril, de capa dura, vermelha...Eu então olhava os nomes dos autores - nomes difíceis, estrangeiros - o título dos livros e tudo me parecia algo tão difícil, tão distante...Folheava aqueles volumes grossos, com aquelas páginas que não acabavam mais...Meu Deus, quanta letra, quantas palavras! Sabia que havia algo de muito importante e sério lá, mas quando tentava de fato ler algum daqueles livros quase não entendia nada...Me dava um sono, ou então um desespero...Com o tempo fui deixando de lado aquilo tudo; fui desistindo. Imagino o quão doloroso deve ter sido para meu pai, pois nenhum de nós, de seus filhos, se interessou por aquela biblioteca. Ele até que tentava, incentivando, pedindo, mas nós estávamos interessados em outras coisas...E assim, a biblioteca foi ficando como uma simples peça de decoração na sala. As pessoas que iam nos visitar se espantavam de ver tantos livros e nos perguntavam sobre o que falavam, mas a gente nem tinha o que responder, porque nenhum de nós tinha lido nenhum daqueles livros, pelo menos não um inteiro...

“Quando meu pai morreu minha mãe quis doar todos aqueles livros - ‘Nunca ninguém nem mexe nesses livros, fica só juntando pó’, disse ela - mas nós não deixamos; era como se estivéssemos desrespeitando a memória de nosso pai. E depois, eu ainda tinha esperança que algum dia eu mesma iria começar a ler aqueles livros; não sei, alguma coisa me dizia que era pra deixar os livros lá...E assim foi ficando e assim foi passando o tempo, até que um belo dia uma amiga veio me falar que estava participando de um grupo de leitura e que estava adorando, que estava transformando a vida dela. Ela estava tão animada e falava tanto desse tal de Laboratório! Ela me dizia que já tinha lido uns quatro livros maravilhosos e que os encontros eram fantásticos e que ela ia começar a ler um livro do Dostoiévski. Na hora lembrei desse nome e disse pra ela que eu tinha esse livro em casa. Ela então me disse: ‘Por que você então não aproveita e vem também? Vem, você vai ver que é demais!?’ Eu então respondi que aquilo não era para mim, que eu não conseguia ler um livro daqueles tão grosso e tão difícil. Mas ela insistiu tanto que eu acabei indo. Fui na primeira reunião, das Histórias de Leitura, sem obviamente ter lido nada. Trazia apenas o livro do Dostoiévski embaixo do braço.

“Qual não foi minha surpresa ao encontrar lá não apenas pessoas cultas, estudadas, mas também gente ‘normal’, gente comum assim como eu que estava lendo Dostoiévski pela primeira vez e que falava sem vergonha das dificuldades que estava tendo e também das surpresas; que não era assim tão difícil como parecia e que estavam até gostando! Isso me animou muito! E então, depois o coordenador também deu umas dicas muito boas e passou um número bastante razoável de capítulos pra gente ler até a semana seguinte. Saí de lá tão animada que já comecei a ler o livro no metrô, voltando pra casa. A partir daí não parei mais. Aquele encontro foi não só um incentivo, mas acho até que uma libertação - não era preciso que eu entendesse tudo e caso tivesse alguma dúvida podia trazer no próximo encontro, sem medo, sem vergonha.

“Nossa, que descoberta! Descobri que eu sabia, que eu podia ler aqueles livros todos; que aquilo tudo não estava escrito para pessoas de outro nível de inteligência, mas para gente normal e meio ignorante como eu! Ah meu Deus, como fiquei emocionada só de imaginar meu pai! Finalmente eu estava realizando o sonho dele. Finalmente um de seus filhos estava usando aquela biblioteca, lendo aqueles livros...E tudo isso por causa do Laboratório de Leitura...Hoje não fico um dia sem ler um par de páginas que seja. Se não leio algo parece que falta alguma coisa. É quase como se fosse passar um dia sem comer ou sem beber água. E aquela estante, aquela biblioteca do meu pai, deixou de ser uma peça de decoração; ela ganhou vida, os livros ganharam vida! E agora sou eu quem está comprando livros e fazendo aquela biblioteca crescer. O Laboratório de Leitura me transformou numa leitora. E isso quando eu menos esperava. Ah, como meu pai, esteja onde estiver, deve estar contente com isso!”



A leitura me deixou com vontade de participar de um projeto assim, um grupo de leitores que dividem suas experiências de leitura de maneira franca. Foi uma leitura interessante e me inspirou a ler mais e melhor.
Tailane Santos 21/07/2020minha estante
Que trecho lindo, quase choro aqui. Meu pai é analfabeto, então o tema de pai e leitura me tocam profundamente, porque eu vejo como ele me olha quando estou aprofundada na leitura de um livro, como se ele não entendesse o que está acontecendo ali, e isso me entristece, mas também me faz ver que o amor que tenho por algo não é o único tipo de amor que existe nem o único sentido pra se existir. Porque existe o meu pai, minha visão é mais ampliada por ele. Existem muitas coisas que importam na vida. Ainda bem que não uma só.
E livros existirem é um motivo a mais pra continuar existindo e vivendo?


Monique 21/07/2020minha estante
Esse relato me tocou bastante também, meu pai fez apenas o primário, tem dificuldade para escrever e ler, mas se vira bem e sempre pede ajuda quando pode para não escrever errado suas mensagens. Mas ele junto com minha mãe sempre me incentivaram a estudar e me deram as melhores oportunidades dentro de suas possibilidades?
Fiquei pensando como pai dela teria ficado feliz se tivesse visto a biblioteca sendo usada ainda vivo.




@vidaliterata 12/09/2021

A humanização através da literatura clássica
Esse livro deve agradar principalmente os que gostam de literatura ou até mesmo para aqueles que querem um estímulo para ler os clássicos.

Resumindo: basicamente o livro trata sobre o projeto experimental LabLei (Laboratório de Leitura) que surgiu numa universidade de medicina, que visa estimular a leitura e a humanização de pessoas de diversas áreas, especialmente os de saúde, através da literatura clássica, organizando encontros de leitura onde discutem sobre as obras. Mas o LabLei não é um clube de leitura qualquer.

Gostei bastante de vários depoimentos dos participantes do LabLei, de como a leitura mudou a vida e a forma deles de pensar, a terem mais empatia, a refletirem sobre questões da vida, inclusive acharam na literatura seu abrigo, seu "remédio".
Muitos achavam a leitura de clássicos difícil, mas com a ajuda e depoimento dos outros colegas e até do coordenador do projeto, eles conseguiram entender a mensagem e refletir sobre cada obra.
Me identifiquei e me inspirou bastante a continuar a desenvolver o meu hábito de leitura, porque além do conhecimento que vc adquire, vc também acaba se tornando uma pessoa mais "humanizada".

Enfim, adorei e recomendo a leitura para os interessados no assunto.

Vou colocar algumas frases que mais gostei aqui:

?Nazistas queimaram livros, com a consciência do poder de um bom texto contra a barbárie que propunham.?

?Literatura de alto padrão e bem lida é um combate à infecção grave do nosso mundo doente e violento.?

?Numa sociedade cada vez mais marcada pelas patologias causadas pelo processo desumanizador característico da Modernidade, o Laboratório de Leitura desponta como um remédio possível ao apontar o caminho da saúde pela humanização; pela redescoberta e resgate do humano através da literatura.?

?São os artistas. A arte visa nos mostrar, na natureza e no espírito, fora de nós e em nós, coisas que não impressionavam explicitamente nossos sentidos e nossa consciência. O poeta e o romancista divulgam o que estava em nós mas que ignorávamos porque faltavam-nos as palavras.?

?O texto literário me fala de mim e dos outros; provoca minha compaixão; quando leio eu me identifico com os outros e sou afetado por seu destino; suas felicidades e seus sofrimentos são momentaneamente os meus.?

?Assim, extremamente apressado e ocupado leitor, concluo e me despeço. Porém, se ainda te interessar a cura para os males de nossos tempos desnorteados, creio que deixei claro aqui a prescrição: desocupa-te, despreocupa-te e, sem pressa, desfruta do substancioso remédio da literatura. E, de preferência, tomando-o segundo a posologia do Laboratório de Leitura. Não te prometo a cura, mas garanto que, pelo menos, te sentirás cuidado e aliviado de tua pressa, preocupação, e, talvez, da tua solidão. O que não deixa de ser algo bastante importante para a saúde da alma. Não é mesmo??
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Lorenna.Lima 13/04/2020

Ler e viver a leitura
O livro é um presente para quem ama ler literatura, especialmente os clássicos. Ele descreve as experiências de leitura dos participantes do LabLei/LabHum uma espécie de clube do livro mais estruturado, com uma proposta mais humanizadora. Foi um presente pois em muitos sentidos descreve como me sinto enquanto leitora apaixonada e como sinto falta de compartilhar meus pensamentos e sentimentos com a leitura com outras pessoas. Por mais iniciativas como essa !
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Patricia 20/05/2022

Boa leitura
A literatura é um refúgio. O livro auxilia a ampliar a perspectiva da realidade. Através de um livro você viaja na temática, na geografia e principalmente na "alma" da história.
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Coruja 01/07/2020

Esse foi um dos muitos títulos oferecidos de forma gratuita naquelas primeiras semanas de quarentena; e como minha mãe costuma dizer que “de graça, até injeção na testa”, acabei baixando-o sem nem procurar saber do que exatamente se tratava. Aí, como estava no meio de uma ressaca literária em que não conseguia me concentrar o suficiente para ler ficção, coloquei-o na frente da lista - porque uso não-ficção como remédio nessas ocasiões e porque achei irônico me “curar” da ressaca com um livro que tinha um título de A Literatura como Remédio.

Em suma, a obra traz dados sobre as experiências do autor comandando um laboratório de leitura em que os membros utilizam os livros que leem para debates e humanização de práticas de trabalho. É uma leitura bem fluida, com reflexões sobre a importância da literatura em nossa sociedade, inclusive (talvez especialmente) em ambientes de trabalho no que concerne à empatia e humanização de práticas cotidianas.

No final das contas, foi uma grata surpresa que me esperava entre essas páginas. Embora seja analisado de um ponto de vista científico, o que Gallian descreve aqui é uma experiência muito parecida com a que tenho no clube do livro de bolso. Eu me vi descobrindo expressões técnicas para coisas que já fazia e debatia no clube e me identificando com as experiências descritas. Há várias lições interessantes, e algumas ideias sobre como organizar seu próprio programa de debates literários. Achei excelente.
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Carolina 14/07/2020

"Clube de Leitura"
Até gostei do livro, porém esperava outra coisa: aborda profundamente sobre como realizar um clube de leitura... de qualquer maneira, valeu a pena ler alguns depoimentos de participantes desses clubes sobre a descoberta de obras clássicas e sua relação com elas.
Cinthia 15/07/2020minha estante
Tá muito leitora e resenhista essa mulher. Arrasou, miga ??????????


Carolina 16/07/2020minha estante
Hihihihihi!!!




Lidiany.Mendes 25/01/2022

Sobre o ato de ler
Um livro sobre o ato de ler e os benefícios que a leitura traz para nós enquanto indivíduos e enquanto seres que vivem em sociedade.
Uma obra interessante para quem gosta de ler e essencial para quem trabalha na área da educação.
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Aline Maia 18/07/2021

"(...) se ainda te interessar a cura para os males de nossos tempos desnorteados, creio que deixei claro aqui a prescrição: desocupa-te, despreocupa-te e, sem pressa, desfruta do substancioso remédio da literatura".

Acompanhar a criação e o desenvolvimento do Laboratório de Leitura foi muito interessante. O processo de humanização relatado pelos participantes só nos mostra como livros são transformadores. Conseguimos nos enxergar nos personagens ou levantar questionamentos que nos fazem pensar sobre nós mesmos dentro de uma sociedade ou individualmente.

Os relatos me instigaram a ver se já não é hora de voltar a me abrir e me desafiar com a leitura de clássicos.
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Kelly Oliveira Barbosa 01/06/2022

Toda essa loucura dos tempos modernos está nos adoecendo
A literatura como remédio. Para mim essa frase faz tanto sentido, faz tantos anos que eu leio e encontro nos livros tantas coisas que me fazem bem, que sim, concordo que a literatura pode ser um tipo eficiente de remédio para a nossa mente e coração… E principalmente em tempos como o nosso, que como o autor, Dante Gallian, denuncia, é tão marcado pelo imediatismo e pelo produtivismo.

A verdade é que estamos sempre com pressa e preocupados, e a tecnologia que veio para teoricamente nos ajudar a ter mais tempo, acaba por ser às vezes aquilo que nos rouba mais tempo e nos deixa cada vez mais ansiosos. O que nos escapa, e para mim esse foi o melhor insight desse livro, é que toda essa loucura dos tempos modernos está nos adoecendo e até desumanizando.

“Nossos tempos estão desnorteados, dizia o Hamlet de Shakespeare, há também quase quatrocentos anos. De lá para cá, esse desnorteamento aumentou e a humanidade, na mesma medida em que encheu a terra de conquistas e mazelas da ciência e da tecnologia, se viu esvaziada no território da alma, do sonho, do mundo interior. E nesse esvaziamento desumanizador, que tantas e tantas patologias tem provocado, homens e mulheres procuram desesperadamente remédios que lhes devolvam a saúde perdida.” (p.26 – grifos nosso)

O autor além de nos lembrar desse grande poder que esse antigo e extraordinário remédio que é a literatura, principalmente a literatura clássica, tem na recuperação da saúde existencial da humanidade, nos conta a história de seu experimento com seus Laboratórios de Leitura. O projeto dos Laboratórios de Leitura do professor Dante Gallian, surgiram inicialmente numa escola de medicina, se expandindo posteriormente para empresas, instituições e até grupos domiciliares. Para simplificar, os laboratórios que ele chama de LabHum (Laboratório de Humanidades) e LabLei (Laboratório de Leitura), são na prática uma espécie de clubes de leitura, porém com uma metodologia própria. Assim sendo, A literatura como remédio: os clássicos e a saúde da alma, publicado em 2017, pela editora Martin Claret, cumpre a missão de compartilhar toda essa experiência, afim não só de incentivar a leitura em si, e portanto um stop nessa nossa vida imediatista e super ocupada, mas incentivar a leitura da literatura clássica de forma coletiva.

Essa foi para mim uma leitura muito rica. Principalmente com capítulo 2 “A Literatura como remédio”, eu aprendi muito, pois o autor de forma sucinta explica o porque as histórias são tão importantes para a formação do ser humano – e aqui leia-se para a própria formação do humano. É aqui também que Dante separa os diferentes modelos de aprendizagem, que se dão: pelo exemplo e pelo conceito. Mostrando no decorrer dos séculos como chegamos até aqui, onde estamos todos presos a um processo terrível de desumanização “imposta por uma visão excessivamente técnica, racionalista e cientificista da Modernidade.” (p. 84)

Para além disso (feito o diagnóstico e receitado o remédio), o livro ensina uma metodologia para grupos de leitura. E não é tão óbvio como eu mesma imaginei inicialmente, ao contrário, as orientações são muito válidas e até dicas que podemos aplicar na nossa vida de leitura solitária.

Ah e eu já ia esquecendo de comentar sobre o prefácio que foi escrito pelo Leandro Karnal. Essa foi a única parte do livro que eu não gostei. Não gostei ao ler sem antes ter lido o livro e agora tendo o lido, gosto menos. Para mim, o estilo, digo a forma que, o historiador e doutor Leandro Karnal, escolheu escrever esse prefácio vai na contramão do próprio conteúdo do livro. Para mim seus parágrafos super elaborados não passam de um “verniz de intelectualidade”, que no final das contas não quer dizer nada – salvando a citação que escolhi para abrir essa resenha.

Resenha completa com fotos e etc no Blog - https://cafeebonslivros.home.blog/

site: https://cafeebonslivros.home.blog/2022/06/01/a-literatura-como-remedio-de-dante-gallian-108/
almeidalewis 01/06/2022minha estante
???, muito bom Kelly ?. Qdo vc mencionou o grande papel da literatura na nossa formação lembrei do livro o cérebro na era digital ( salvo engano ) o de justamente ela descreve quais são as áreas do cérebro que a leitura toca e há diferença qdo a leitura é em tela ativa outro pontos. Enfim parabéns pela resenha.


Kelly Oliveira Barbosa 01/06/2022minha estante
Que interessante vou procurar saber mais. Muito obrigada!


almeidalewis 02/06/2022minha estante
Para nós leitores Kelly é uma obra indispensável ( sem exagero ?? )


Barbara.Tomaz 07/06/2022minha estante
Ai! Já quero!


almeidalewis 07/06/2022minha estante
É muito bom mesmo Barbara ???




Rafa 12/06/2022

A cura através da literatura
Sempre tive essa ideia em mim: a leitura nos cura, nos liberta e nos transforma.
Dante Gallian descreveu perfeitamente as aplicações e benefícios dos projetos de Laboratórios de Leitura.
Em uma leitura leve, o autor reforça a importância da leitura para a evolução e reconhecimento de nós, como seres humanos.

A leitura é minha válvula de escape e um prazer que carrego na minha vida, que quero passar como herança para minha filha.
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Fabi 18/05/2021

Um excelente remédio para a saúde da alma: Literatura
Livro maravilhoso sobre como a leitura dos clássicos pode contribuir para o processo de humanização das pessoas. Dante Gallian, formado em história e professor de História da Medicina na UNIFESP criou, juntamente com outros docentes, o LabLei, um laboratório de leitura cujo foco é ?apontar o caminho da saúde pela humanização; pela redescoberta e resgate do humano através da literatura.?

Todo o processo de desenvolvimento e as conclusões parciais sobre os resultados do LabLei foram apresentados, o que é muito rico para mim, já que estudo sobre as formas de humanização na medicina, em particular por meio da leitura. Muitos trechos apresentam citações dos livros debatidos, o que nos ajuda a formar uma lista dos clássicos a serem lidos. Entretanto, eu gostaria muito que o livro trouxesse uma lista com os livros/contos debatidos ano a ano; essa foi minha única crítica ao livro!

Super recomendo para quem queira entender mais sobre como a leitura pode servir como um remédio possível, que não promete a cura, mas que garante cuidado e alívio dos nossos males, em especial o da solidão. Então...?desocupa-te, despreocupa-te e, sem pressa, desfruta do substancioso remédio da literatura.?
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Litchas 09/03/2020

Otimo
Gostei muito do livro!! Traz de forma didatica e fluida como um grupo de leityra pode mudar a vida das pessoas!
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Fabiana.Neves 29/03/2020

A Literatura como Remédio é um livro que fala justamente sobre como os livros, nesse caso os clássicos, podem ser terapêuticos e como podem nos tornar seres mais reflexivos. A leitura dos clássicos pode ser um ato transformador, e por que não, a cura para os males de nossos tempos tão desnorteados.
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Lara Mélo 31/12/2020

Remédios de papel e tinta
Ou de tela e e-ink, para quem é de leitor digital. O que importa é ler. E ler cura, humaniza, transforma. E é sobre isso que Dante fala no livro, especificamente através das experiências nos grupos do LabHum/LabLei.

O autor tenta nos transmitir o poder da leitura dos clássicos com outras pessoas, em grupos onde é possível compartilhar suas impressões e refletir sobre as questões estéticas e éticas das obras.

Aqui, a tentativa é de promover um (re)encontro entre as leitoras/leitores e os clássicos da literatura de forma mais orgânica, mais afetiva e não como um processo técnico-cognitivo de obtenção de conhecimento. Um esforço para devolver ao leitor comum a literatura sequestrada pela crítica literária nos últimos tempos.

Apesar de os grupos terem hora e lugar para acontecer, bem como etapas delineadas - Histórias de Leitura, Itinerário de Discussão e Histórias de Convivência - nenhum encontro é igual ao outro, pois cada leitor terá uma experiência literária própria que, em conjunto com as experiências dos outros leitores, proporcionará momentos únicos e o surgimento de ideias e discussões inesperadas e inovadoras.

Apesar do caráter um tanto acadêmico de relato de experiência, o livro conseguiu me tocar, principalmente através dos relatos dos participantes dos laboratórios. Já vinha pensando em reler alguns autores (como Saramago e Dostóievski), por achar que posso apreender muito mais de suas obras e seus personagens. Vou ler com um outro olhar, além de tentar partilhar minhas leituras com outras pessoas, para enriquecer a experiência através da contribuição do outro.

Como o próprio autor afirma, a leitura dos clássicos não é uma panaceia. Mas pode ser um ótimo remédio no processo de autoconhecimento e humanização, através dos conteúdos essenciais e universais da experiência humana contidos nas histórias e seus personagens.

"só há um prazer maior do que o da leitura de um bom livro: o da sua releitura."
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Carol 08/09/2020

Impressões da Carol
E-book: A literatura como remédio {2017}
Autor: Dante Gallian {Brasil, 1966}
Editora: Martin Claret
216p.

Um dos e-books disponibilizados gratuitamente durante a quarentena, "A literatura como remédio", descreve a experiência do Prof. Dante Gallian ao criar o Laboratório de Humanidades, dentro da escola de medicina da UNIFESP e, posteriormente, o Laboratório de Leituras (Lablei).

Como explica o autor: "Numa sociedade cada vez mais marcada pelas patologias causadas pelo processo desumanizador característico da Modernidade, o Laboratório de Leitura desponta como um remédio possível ao apontar o caminho da saúde pela humanização; pela redescoberta e resgate do humano através da literatura."

Foi uma leitura bastante interessante, conhecer um projeto que iniciou dentro da Universidade e, devido aos bons resultados, extrapolou os limites dela, chegando à sociedade. Ainda mais um projeto que tem por premissa algo em que acredito demais, "a arte tem um poder ilimitado de conversão, um extraordinário poder humanizador."

O e-book apresenta a metodologia do Lablei, as fases de implementação do projeto e, o que mais me interessou, os depoimentos de quem participou dos encontros, tanto na Universidade, quanto nas empresas e nos grupos particulares de leitores. ?O livro se torna um pouco repetitivo, mais pro fim, mas nada que o desabone.

Se posso falar que esta quarentena teve algo de positivo, foi a possibilidade de participar de grupos de leitura online. Ler uma obra junto com outras pessoas, alarga demais nossos horizontes, nossas interpretações. A experiência de leitura é outra, muito rica.

Vou indicar o #lendoasbrontetudo, da @lilieolivro, o Clube de Leitura LGBTQ, dos meninos @lendoarte, @jamesthiago e @lecobastos e o Clube da Quarentena da @carambaia. Todos perfis no Instagram.
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