É isto um homem?

É isto um homem? Primo Levi




Resenhas - É Isto um Homem?


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Bruno 11/06/2020

Dentre milhares de outros, não mais um homem, mas um número!
Considerado um dos mais importantes relatos do século XX sobre o holocausto. Escrito de forma simples, direta, mas com uma sensibilidade e escolha de palavras que soam delicadas, poéticas. Levi faz questão de nos mostrar o quanto os horrores vividos pelos prisioneiros do nazismo os tornaram coisas, sem nome, sem esperanças, sem humanidade. O livro é muito interessante não só por trazer informações sobre o ocorrido, mas também por fazer uma análise psicológica da condição humana frente ao desespero de um presente miserável e um futuro totalmente incerto! Todos deveriam ter acesso a esse livro, e guardarem suas palavras no coração, para que essas pessoas nunca venham a ser esquecidas...
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Lorenzo 05/09/2023

Leitura obrigatória pra todo estudante
Esse livro me ajudou a compreender melhor o que foi a 'Shoá' (Holocausto) e me fez refletir bastante sobre a questão principal do livro, na qual o autor se pergunta se ainda lhe resta a sua humanidade, mesmo após ter perdido tudo, inclusive sua identidade.
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Ingrid 01/05/2021

Uma leitura necessária - para uns mais do que para outros
"a quem já tem, será dado; de quem não tem, será tirado"

E há quem diga que o Homem é um animal inteligente quando, mesmo dependendo da vida comunitária para sobrevivermos, continuamente tentamos sobrepujar uns aos outros. Esse de tipo de relato me faz perceber que falhamos enquanto humanidade: ainda que testemunhos como este não faltem ao longo da nossa História, permanecemos, em geral, uma espécie insensível e egoísta. Já li, inclusive, sobre como muitos descendentes de nazistas os tratam como heróis.

Por outro lado, acho admirável que, quando despojadas de tudo, algumas pessoas não perdem qualidades como bondade, empatia e senso de justiça. Acredito que são aqueles tipos com uma essência inerentemente boa, que parecem-me cada vez mais raros.

Impossível sair dessa leitura a mesma pessoa de antes.
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Fabiana 01/01/2022

Necessário
É um livro de testemunho que relata os dias de Primo Levi no campo de concentração nazista. Um livro que descreve os horrores da guerra, mas que acima de tudo nos faz refletir sobre quem somos e sobre quem queremos ser.
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Rafaela 06/02/2022

Um relato importantíssimo de Primo Levi sobre sua experiência do campo de concentração e, apesar da crueldade e brutalidade que tocou essa parte de sua vida, a expõe de forma esclarecedora.
Analisando o mundo construído a sua volta, põe em cheque a própria humanidade, dos nazistas e dos prisioneiro: "Uma parte da nossa existência está nas almas de quem se aproxima de nós; por isso, não é humana a experiência de quem viveu dias nos quais o homem foi apenas uma coisa antes os olhos de outro homem."
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Babi 20/11/2020

É isto um homem?
Durante todo o livro fiquei me perguntando: como pode o preconceito e ódio serem tão grandes, a ponto de reduzir o homem a nada ?
Esse livro é um soco no estomago, me peguei fazendo caretas, me sentindo vazia e revoltada com tudo o que aconteceu.
Não podia deixar de colocar aqui, uma frase que me tocou muito: "nada que o homem possa fazer, chegará nunca a reparar."
Simplesmente avassalador!
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Brenda1197 15/02/2024

"Assim como nossa fome não é apenas a sensação de quem deixou de almoçar, nossa maneira de termos frio mereceria uma denominação específica. Dizemos "fome", dizemos "cansaço", "medo" e "dor", dizemos "inverno", mas trata-se de outras coisas. Aquelas são palavras livres, criadas, usadas por homens livres que viviam, entre alegrias e tristezas, em suas casas. Se os Campos de Extermínio tivessem durado mais tempo, teria nascido uma nova, áspera linguagem, e ela nos faz falta agora para explicar o que significa labutar o dia inteiro no vento, abaixo de zero, vestindo apenas camisa, cuecas, casaco e calças de brim e tendo dentro de si fraqueza, fome e a consciência da morte que chega."
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Yasmin1403 17/10/2022

Um livro que revela a realidade das pessoas que sofreram, todos os dias, ameaças e torturas nos campos de concentração, durante a Segunda Guerra Mundial. Um livro muito forte e importante, que nos ajuda a ter consciência de como funciona um mundo com ideias nazistas.
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sadbroccolitree 05/01/2022

Visceral!
Demorei para finalizar o livro, pois houve um momento que todo o peso da história (e o saber de que se tratava de algo real) se tornou muito pesado. É um livro visceral, mas necessário. Não podemos esquecer as monstruosidades das quais o ser humano é capaz e a memória disso tudo precisa se manter viva para que isso não se repita. Fico imaginando pessoas que passaram por campos de concentração, ou perderam familiares naquele lugar horrendo, vendo, hoje em dia, negacionistas tentando espalhar que nada disso aconteceu. Enfim, uma leitura que é um tapa na sua cara, mas muito necessária!
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kelly.brekker 07/10/2023

Forte, pesado e poderoso
"É um homem quem mata, é um homem quem comete ou suporta injustiças; não é um homem que, perdida já toda reserva, compartilha a cama com um cadáver. Quem esperou seu vizinho acabasse de morrer para tirar-lhe um pedaço de pão, está mais longe do modelo do homem pensante do que o pigmeu mais primitivo ou o sádico mais arroz."

incrível!!!
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Isil 28/08/2016

Doloroso
Belissimamente escrita, esta obra de Primo Levi integra, certamente, a lista dos escritos mais dolorosos -- se é que não a encabeça -- e significativos para a compreensão da natureza humana que já li. Encontro-me dividida entre o fascínio da narrativa e o horror de sabê-la real. Difícil descrevê-la, talvez por ser difícil digeri-la. Consigo traçar claramente uma linha entre o meu "eu-leitora" e o meu "eu-ser-humano" antes e depois de ter lido "É isto um homem?". E sigo em busca da resposta a essa pergunta...
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Tonyfuckin 15/08/2020

?Bastaria que um deles movesse um dedo e poderia destruir o Campo todo, aniquilar milhares de homens, enquanto a soma de todas as nossas energias e vontades não bastaria para prolongar por um minuto a vida de um só entre nós.?

Ainda estou digerindo.
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Carol 30/05/2021

Não vou nem resenhar porque esse livro é tão bom que vou escrever um artigo científico sobre ele.
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Monique 13/02/2014

É Isto um Homem - Resenha Monique Brasil
O livro é um relato das experiências do autor no Campo de Concentração Auschwitz, onde permaneceu como prisioneiro judeu por quase um ano. O que torna o livro excepcional é o seu tema: a constante busca em definir o que é o homem.

Na massificação e desumanização sofridas nos campos de concentração, os prisioneiros que sobrevivem e tornam-se trabalhadores perdem os seus valores intrínsecos e são tratados como coisas, meros objetos de trabalho.

Esse processo de desumanização inicia-se com o recebimento dos números de entrada no campo que passam a substituir os seus nomes. Ele se agrava com a crueldade entre os próprios prisioneiros que se subdividem de acordo com as suas especializações dentro do campo, existindo o grupo dos favorecidos e o dos "muçulmanos". A crueldade é ainda maior entre os judeus que conseguiram altas posições na estrutura do campo, por causa do medo de serem substituídos.

As preocupações mais latentes, como a fome e o frio, substituem as interações humanas e as reflexões internas. Ninguém mais pensa no passado ou no futuro. O mais importante é o que se comerá hoje. Os conceitos de certo e errado também perdem o seu valor, quando a sobrevivência é o que está em jogo.

Levi além de descrever a sua história, relata a história de alguns companheiros e os seus processos de adaptação que necessariamente os levaram a serem frios e calculistas. Os sobreviventes só resistiram porque perderam grande parte da sua humanidade e contribuíram com o sistema de opressão.

Alguns questionamentos/pensamentos gerados pelo livro:

O grupo que sofreu o maior preconceito é o que mais severamente reproduziu a humilhação para as pessoas que considera inferiores a si. Ao invés de compreenderem a injustiça e lutarem contra ela, os oprimidos buscam um ser inferior na cadeia alimentar para repassar os maus tratos e se sentirem melhores e de certa forma vingados. Essa atitude ainda é reproduzida com o estado de Israel e os palestinos.

O funcionamento dos campos de concentração só foi possível com o emprego de prisioneiros em setores chaves, estratificados entre si. Os SS só supervisionavam. Sendo assim, os prisioneiros contribuíam para a manutenção de seu cárcere, por algumas regalias e uma ração de comida a mais, mesmo sabendo que o fim de todos era a morte certa. A desumanização do campo serviu para deteriorar a resistência individual e coletiva e assim manter o aparato repressor a partir da criação de uma hierarquia interna.

Se o extermínio era certo, por que contribuir com o sistema? Por que não morrer com dignidade? Por que ser cruel com pessoas que estão na mesma infeliz situação? Será mesmo que uma vida desonesta vale mais do que uma morte honrosa? Para o autor, isso só foi possível porque os nazistas foram bem sucedidos em sua obra de extermínio que nem os selecionados escaparam. Os prisioneiros já não eram mais humanos e sim coisas.
@livreirofabio 31/03/2014minha estante
Sua resenha mostrou o ponto que mais me chamou a atenção. Tem-se a impressão que todos os prisioneiros estavam na mesma inércia de Levi, quando na verdade grande parte desses funcionários do campo estão sempre calculando cada passo e cada vantagem obtida - um pedaço de pão, algum pano remendado, o lema parecia: conseguir mais, sempre.


Davi.Rezende 29/11/2017minha estante
Ótimo comentário!

"O grupo que sofreu o maior preconceito é o que mais severamente reproduziu a humilhação para as pessoas que considera inferiores a si. Ao invés de compreenderem a injustiça e lutarem contra ela, os oprimidos buscam um ser inferior na cadeia alimentar para repassar os maus tratos e se sentirem melhores e de certa forma vingados. Essa atitude ainda é reproduzida com o estado de Israel e os palestinos."

Não sei se Israel faz a mesma coisa. Até um tempo atrás cheguei a acreditar nisso, depois percebi que eu estava sendo enganado pela imprensa nojenta esquerdista. Mas a primeira parte desse trecho reflete não apenas a condição dos prisioneiros, mas a índole humana mesmo. Esse padrão, como vc percebeu, mas talvez tenha escolhido um mau exemplo, se repete constantemente nos mais variados campos da vida e sociedade. É da essência humana um extremo egoísmo, vaidade e, em decorrência, uma natural vingança sistemática, mesmo que contra inocentes. Existe todo um contexto psicológico por trás disso.

"Se o extermínio era certo, por que contribuir com o sistema? Por que não morrer com dignidade? Por que ser cruel com pessoas que estão na mesma infeliz situação? Será mesmo que uma vida desonesta vale mais do que uma morte honrosa? Para o autor, isso só foi possível porque os nazistas foram bem sucedidos em sua obra de extermínio que nem os selecionados escaparam. Os prisioneiros já não eram mais humanos e sim coisas."

Vai de acordo com o que eu expliquei aí em cima.

Não li o livro, mas parece interessante. Valeu!




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