Ley 11/07/2022Abaixo das minhas expectativas, mas não largo essa série por nadaNo segundo volume de A Biblioteca Invisível, já estava bem familiarizada com o universo que a autora criou, portanto foi como me sentir em casa novamente. Mas infelizmente os momentos de tensão logo apareceram e o coração dessa pobre leitora permaneceu apertado por várias páginas.
Enquanto novas ameaças e amizades surgiram no livro anterior, elas são melhores desenvolvidas aqui. A natureza de Kai, recentemente revelada, é um dos pontos principais da leitura. O personagem é pego desprevenido e raptado por motivos desconhecidos. A relação entre ele e Irene começou bem, mostrando que os dois se tornaram próximos rapidamente.
Devido ao acontecimento urgente do rapto de Kai, Irene tem novas escolhas que precisa realizar e nem todas são boas. A situação da Biblioteca está mais crítica, tendo a ameaça recente de Alberich para os lembrar de que precisam estar preparados para o pior. Assim, Irene e Vale, tomam algumas atitudes sobre quais passos seguir.
Algo impressionante que percebi lendo os livros dessa série, é como as coisas acontecem em um período de tempo mínimo, causando mais caos e urgência nas escolhas dos personagens. Isso fica mais visível neste volume, e o cenário que acompanhamos é de uma Veneza mais caótica, permeada de feéricos.
A apresentação dos feéricos é esclarecida tão logo lemos a série, embora fique mais próxima aqui. Silver, um dos feéricos presentes na Londres de Vale, tem um papel que se encaixa perfeitamente na designação de anti-herói. Ainda não é um personagem que gosto o tempo todo, mas com certeza me intriga. Gosto dessa forma de construir o personagem em escolhas duvidosas, então sempre fico mais alerta quando ele aparece.
A urgência para resolver a situação colapsa com uma possível trama maior acontecendo no meio de tudo. Se Irene não for bem sucedida, não será somente Kai que será perdido, mas uma possível guerra irá começar.
Alberich, um vilão apresentado em A Biblioteca Invisível, não tem aparição e é apenas mencionado, mas cumpre seu objetivo de deixar os protagonistas alertas e lembrar também o leitor de que suas ações ainda causarão problemas maiores. A sutil tensão na leitura é como um fio prestes a se partir, por isso me senti próxima de Irene, torcendo para que tudo corresse bem.
Algumas figuras importantes para Kai têm breves aparições, o que abrange nossas informações sobre sua natureza. A leitura é bastante frenética, com pontos altos e outros baixos. Gostei da maioria do livro, mas senti falta de alguns personagens na metade da leitura. É como se tudo fosse deixado nas costas de Irene, e houvesse um espaço que não foi preenchido nesse meio tempo.
Mas assim como o primeiro, este me deixou ansiando pelo próximo. Não sei se há como descrever exatamente como esses livros têm me empolgado, mas é como se neles houvesse tudo o que adoro. É incrível como os personagens se tornam familiares e suas relações evoluem melhor, uma das melhores partes de acompanhá-los ao longo de vários livros.
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