Carous 25/05/2018Decidi ler este conto numa madrugada em que a insônia imperava e eu não estava com muita vontade de pegar nenhum dos livros que já tinha começado a ler para passar as horas. O conto tem 24 páginas, curtinho, então achei que daria conta de me entreter enquanto o sono não vinha.
Confesso que ter lido recentemente Formas Reais de Amar me fez perder o medo de ler contos porque o que pode dar errado em uma história de poucas páginas e palavras?
O amor de um rei mostrou que muita coisa. A começar pelo fato de que contos não escapam de instalove - para este modelo de história pode parecer algo necessário,as não é. E eu não sei por que raios os escritores insistem em amores instantâneos. Ainda mais quando logo depois a bela aparência física dos dois pombinhos é citada. Isso é entediante e irreal. Soa como preguiça do escritor de investir nesse romance, desenvolvê-lo aos poucos.
E quer saber? Eu não ligo se os personagens não forem os mais lindos do mundo. Pessoas feias merecem amor e se apaixonam, pessoas consideradas bem bonitas nem feias merecem amor e ae apaixonam. Por que não escrever sobre elas pra variar um pouco?
A escrita da Débora não é ruim. Se fosse classificar diria que dá pro gasto. Vê-se de cara que é uma escritora novata. No entanto, o livro tem uns erros de português, então uma revisao não cairia mal.
Quanto à história...bom, acho que faltou pesquisa. A escritora focou apenas no básico da cultura árabe - o que achamos que é - quando poderia ter explorado mais as pessoas, a cultura, a descrição dos lugares.
Não tenho elogios a fazer aos protagonistas. Não curto membros da realeza que se acham as pessoas mais sofredoras do mundo porque têm obrigações a cumprir com seu povo. E nem tivemos dados suficiente para conhecermos o carisma do rei e da princesa em questão.
Enfim, logo depois de finalizar o conto consegui dormir,então meu objetivo pessoal alcançado.