Diane 11/07/2020O amor liberta!Íris é uma nadadora profissional que sofre um trágico acidente que muda sua vida completamente. Paraplégica, ela tenta se adaptar às mudanças e não se deixa abater por elas, continuando então sua carreira, agora como atleta paralímpica. Antes de começar a competir, ela decide voltar ao mar para arriscar umas braçadas, mas uma tempestade a pega de surpresa, e antes de perder a consciência, ela enxerga um homem-peixe a resgatando.
Ao despertar, Íris se vê ao lado de um belo homem em uma ilha paradisíaca. Pra completar, ela volta a andar novamente. O que parece um sonho, acaba se tornado um pesadelo para a jovem, pois o estranho que a resgatou não se mostra nada disposto a ajudá-la. E na convivência com Netuno, ela vai descobrir que nada foi por acaso, e que ela é parte de um passado mitológico e desconhecido.
"Considerar que Íris me pertencia pareceu um erro gritante, pois, naquele segundo ínfimo perdido no veio do oceano, eu, Netuno, deus do oceano, a pertenci por completo."
Um romance mitológico com uma protagonista fascinante. Deus do Oceano nos leva aos mares para conhecer o deus Netuno, um homem bondoso que acabou fechando seu coração após uma desilusão amorosa. As autoras fazem uma ótima contextualização dos seres dos mares, como Anfitrite, Tritão e o carismático Nestor.
Mas apesar de ter a mitologia como plano de fundo, o grande destaque dessa narrativa pra mim é a Íris. Mocinha bravia, forte, fascinante! Em nenhum momento ela se apieda do seu estado físico, pelo contrário, Íris é a força que surge na vida de Netuno, é a luz que vai iluminar o coração sombrio dele. O capítulo final é poético, por mim não teria nem epílogo, gostei muito daquela cena final, quando Netuno finalmente decide o que fazer da vida. É um romance belo, com a lição de que o amor liberta.