A Pérola Que Rompeu a Concha

A Pérola Que Rompeu a Concha Nadia Hashimi




Resenhas - Arqueiro


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@bibliotecadedramas 10/07/2020

Emocionante e realista
Esse livro foi um choque e um grande ensinamento ao mesmo tempo pra mim. O livro narra história de duas mulheres em períodos históricos diferentes sobre suas vidas no Afeganistão, por aí a gente já imagina o que vem, né? Nós temos uma vaga noção de como a mulher é tratada nesses países através do que as vezes vemos na televisão, mas nem de longe sabemos como é essa realidade. Isso se dá muito em parte por conta até da religião – que tanto na vida de Rahima como Shebika deixou bem claro isso. A mulheres são vistas como meramente um objeto de troca, uma mercadoria, mas existe uma prática – que eu sabia bem por cima, mas não sabia que tinha nome e se chama Bacha Posh.

Bacha Posh é uma prática cultural muito comum no Afeganistão em que literalmente as famílias escolhem suas meninas para transforma-las em meninos, principalmente famílias que não conseguiram ter filhos homens, Bacha Posch significa “vestido como um menino”. Então a menina muda o nome e começa a se comportar e a se vestir como um menino, e isso implica em uma ‘liberdade’ que as meninas de lá não tem: frequentar uma escola – que é o básico para nós, por exemplo, mas também “serve” pra escoltar as irmãs em público já que é uma desonra a mulher andar sozinha e a trabalhar também, geralmente são trabalhos braçais super pesados.

“Às vezes, porém, é preciso desafiar as convenções, suponho. Às vezes, é preciso se arriscar quando se deseja muito alguma coisa.”

Conforme vão crescendo e adquirindo as formas de mulher, algumas Bacha Posh podem “voltar” a identidade original, mas justamente porque muito em parte já estão com casamentos arranjados por suas famílias e isso muitas vezes causa um conflito de gênero nelas muito sério, até porque depois são meninas que se casam muito cedo e aí todos os ‘deveres’ mudam novamente. Bacha Posh é uma anulação de identidade e de gênero em troca de uma liberdade que deveria ser direito de qualquer um, principalmente quando se trata das mulheres no Afeganistão. Tem um livro que fala justamente sobre essa prática, chama “As Meninas Ocultas de Cabul” que está na minha lista mas ainda não li.

O livro é intercalado entre as histórias de Rahima em tempos atuais e narrado em primeira pessoa e Shekiba – tempos já passados, contado em terceira pessoa. O livro aborda diversos temas e períodos históricos importantes para o Afeganistão e apesar de ser um país com uma cultura muito rica, as mulheres ainda são tratadas de uma maneira muito cruel. É um livro extremamente emocionante, realista e triste. Triste porque não há outra forma de ver como é a realidade de vida dessas mulheres, eu já li outros livros com esse mesmo tema: (O Caminho do Sol, Todas as Cores do Céu), mas sem dúvida esse livro foi muito mais impactante pra mim e ao mesmo tempo inspirador de ver a força das personagens.

Leitura mais que recomendada, mas não é um livro leve e aviso desde já porque algumas pessoas estão procurando leituras mais suaves pra esses tempos tão loucos.

site: https://shejulis.com/livro-a-perola-que-rompeu-a-concha/
Gika 26/05/2021minha estante
Lendo esse livro eu percebi o quanto eu estava errada sobre a vida no Oriente Médio, eu realmente acreditava que era em O Clone.


@bibliotecadedramas 26/05/2021minha estante
pois é, completamente diferente, esse livro é maravilhoso!




@mundo.da_jheni 17/06/2021

A pérola que rompeu a concha
Destinos de duas mulheres em épocas diferentes, que são muito parecidos, a angústia e sofrimento vividos por cada uma delas é impossível não sentir junto. QUE LIVRO !
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Michela Wakami 22/04/2021

Ao fim da leitura, lágrimas rolaram.
E não tinha como ser diferente, um livro tocante, marcante e profundamente emocionante.
Realidades oculta aos meus olhos, mas reveladas ao meu coração.
Vidas dilaceradas por costumes vividos em um país distante do meu, mas que não deixam de me incomodar e me fazer desejar que seja diferente.
Tangerina 22/04/2021minha estante
Fiquei até com vontade de ler


Michela Wakami 22/04/2021minha estante
Maravilhoso!??


CPF1964 22/04/2021minha estante
Vou ler. Obrigado pela recomendação.


Michela Wakami 22/04/2021minha estante
Oi Cassius, depois me conta o que achou. Por nada!?




Tangerina 07/02/2022

Um livro forte, inspirador, e extremamente nescessário.

Li por influência de uma querida aqui do skoob, e sinto que sou uma outra pessoa depois de lê-lo. Um livro que trata tão de perto uma cultura diferente, e aborda questões como misoginia, corrupção, pedofilia...abre nossa mente para algo que nosso privilégio por vezes nos deixa anestesiados.

Michela Wakami 08/02/2022minha estante
Minha querida, você leu?!?!?!
Que alegria, esse livro é maravilhoso, toca fundo.
Também aprendi muito com ele, o mundo tem coisas, que a gente nem imagina.?


Michela Wakami 08/02/2022minha estante
Obrigada por confiar na minha indicação.???????


Tangerina 08/02/2022minha estante
Você é uma grande inspiração, amo suas resenhas e seu ritmo de leitura é imbatível, hahaha.
Sua paixão e comprometimento com a leitura é lindo de acompanhar. ????confio demais!


Michela Wakami 08/02/2022minha estante
Você é maravilhosa.?????????????????




rodrigo963 08/12/2020

Desafio do dezembro - autora americana (continente)
Um misto de raiva, ódio e muita tristeza. A pérola que rompeu a concha é um livro escrito pela autora estadunidense Nadia Hashimi, sendo descendente de pais afegãos. O foco principal desse livro está relacionado ao papel das mulheres na sociedade, sendo submissas as leis//regras//costumes tradicionais do país. Assim, foram apresentadas duas estórias paralelas, tendo Rahima e shekib como protagonista do enredo principal, em que, ambas vivem em períodos diferentes no Afeganistão, cenário dessa estória, porém realidade muito próxima.
Considerando as situações vividas pelas protagonistas, classifico esse livro como forte. Um misto de problemas é descrito de forma clara, principalmente as agressões físicas, dano psicológico e violência moral sofrida pela mulher na sociedade afegã. Podemos descartar: corrupção no sistema político e social, guerra, poder, regime patriarcal e feminicídio.

Obs: Spoiler?
Obs2: Cuidado ?
Obs:3 Contém spoiler ????

Um pouco sobre as protagonistas:
1- Rahima é uma menina que vive uma relação conturbada com seus pais, o pai é muito agressivo e ausente na vida de suas filhas. Sendo funcionário de um senhor de guerra, entendo que ele vive uma depressão pós-guerra, descontando sua raiva na família. Devido às agressões do pai e a falta de auxilio, Rahima assume uma posição masculina - bacha posh ? a fim de ajudar sua mãe nas atividades de compra, já que as mulheres não poderiam sair de casa sem autorização do marido. Ao completar 13 anos de idade, Rahima é obrigada a viver um relacionamento abusivo com o chefe do seu pai, assumindo uma nova posição na estória.
2- Shekib é trisavó de Rahima, após o falecimento de sua família, ela vai viver com os parentes, onde sofrem várias humilhações dos familiares, depois é vendido p/pagar a dívida dos familiares. Ao final de tantas situações vividas, Shekib é obrigada assumir um casamento para salvar sua vida.

Eu avisei!! ?????????????????????

Obs: Gostei bastante desse livro, possuem uma estória muito envolvente sobre as situações vividas pelas pessoas. É o tipo de leitura q nos fazem querer entende os contextos sociais e histórico do país.???
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cecilia.gonzaga.1 08/06/2020

Emocionante
Este livro me fez lembrar do livro A cidade do sol, e me emocionou da mesma forma.
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Claudia.Mayara 13/08/2021

O livro fala de duas gerações de mulheres, Shekiba e Rahima. Períodos diferentes, porém muito próximos, com tradições,costumes, a imagem da mulher afegã, politica, casamento infantil, violência contra a mulher e principalmente a desigualdade de gênero. Uma história comovente e a busca pela liberdade.
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Cah. 06/02/2024

Que livro!!! Foi pra minha lista de favoritos.
Um livro de mulheres que sofreram tanto, mas tanto em um país totalmente preconceituoso, onde a mulher serve só para ter filhos ( tem que ser meninos) meninas são discriminadas. É um absurdo como as mulheres são tratadas, como mercadorias ...

É impossível não se emocionar como sofrimento da Shekiba, todas as pessoas há descartavam, passando pra frente como um objeto inútil. Que mulher forte!

E Rahima?! Outra mulher admirável. E que sofreu também, nesse mundo tão machista e cruel.

E outra personagem marcante é Khala Shaima, não abaixava a cabeça pra ninguém e não permitia que dissessem a ela o que fazer ... Graças a ela, Rahima conheceu a história de sua trisavó Shekiba, e pôde aprender a ler e a escrever, que era algo que a Khala defendia para que as sobrinhas tivessem ...

E além de tudo Khala, mesmo com todas as dificuldades que tinha para andar, a distância da sua casa para a da Rahima, ela não deixava de visitar a sobrinha ...

Senti falta de um epílogo, onde Rahima, estivesse em um cargo ajudando outras mulheres ou até mesmo conseguido fazer uma faculdade...
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Ana Vizentim 30/07/2021

Q livro perfeito!!! ??
Não sei nem o q dizer dessa perfeição...
Tô o mundo tem q ler esse livro...

Uma cultura q não estou acostumada e q me horroriza por algumas atitudes, mas q é importante conhecer.

As mulheres desse livro são verdadeiras heroínas pra mim...

Estou ainda refletindo bastante sobre a vida aqui!!
NARA DIAS 31/07/2021minha estante
Tá no meu e-book.. Sempre quis ler...


Ana Vizentim 31/07/2021minha estante
leia pq é lindo ?




Jana 18/02/2022

Que história!!!
Livro forte, intenso, emocionante, lindo, rico, pesado e muito importante!!!
Simplesmente amei a história, os personagens, a estrutura da escrita e narrativa!!
Culturalmente rico e cheio de aspectos importantes e necessários atualmente!!
A narrativa em duas épocas diferentes é ótima e flui muito bem!!
Esse livro me tocou demais e me acrescentou reflexões!!
Recomendo demais essa leitura e as reflexões que estão inseridas em toda a história!!
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Amanda 02/07/2020

"A água do mar implora à pérola que rompa sua concha."
Como a própria autora diz nas notas finais do livro: "(...) uma obra de ficção que é feita de mil verdades."

Uma leitura que nos faz refletir sobre a injustiça de culturas tão diferentes das nossas, e perceber como somos privilegiadas em relação a tantas mulheres que são censuradas e violentadas diariamente em detrimento da sociedade misógina e machista em que vivem, como no caso é a do Afeganistão, local onde se passa a história.

Recomendo esse livro, que é um soco no estômago, a todos; mas principalmente para mulheres.
A história de Rahima e Shekiba é extremamente inspiradora. Duas mulheres fortes e corajosas, que mesmo com todo o sofrimento que viviam, conseguiram conquistar a própria liberdade e mudar o nasib (destino) imposto à elas.

"Às vezes, porém, é preciso desafiar as convenções, suponho. Às vezes, é preciso se arriscar quando se deseja muito alguma coisa."

PS: o único motivo que me fez tirar uma estrela é que em alguns momentos senti a história meio arrastada e enrolada. Acho que o livro poderia ter no mínimo umas 80 páginas a menos.
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Jenifer Tertuliano 25/02/2021

Leitura dolorida
Após finalizar essa leitura ainda não sei o que poderia dizer, que chegasse a demonstrar o que foi essa experiência. Por isso vou pegar as palavras da própria autora.

"Rahima é uma ex-bacha posh obrigada a se casar com um senhor da guerra quando acaba de entrar na adolescência. Ela é o legado vivo de sua trisavó Shekiba e extrai forças dessa conexão. Apesar de tudo, elas têm em comum a tenacidade, o desejo de sobreviver. Essa tenacidade é o que eu vejo mudando a face do Afeganistão hoje e dando esperanças para o amanhã."
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alissonferreira.c1 08/08/2020

Uma história dura sobre resiliência
Eu comecei essa leitura já imaginando que não seria fácil. Infelizmente todos os livros que já li (uns seis) que passavam no Oriente Médio traziam uma carga muito pesada de violência, guerra e sofrimento. Esse não foi muito diferente.

A obra aborda massivamente sobre as desigualdades de gênero e também sobre a prática cultural do Bacha Posh, que consiste em transformar meninas em meninos para que elas possam ter vivências básicas em sociedade, como ir ao mercado sozinhas.

Mas apesar de toda dor, o livro também trás muita resiliência e nos permite refletir sobre privilégios. Parafraseando a própria autora, essa é uma história de ficção feita de mil verdades. É necessário entender os nossos privilégios por nascer em um país onde o acesso a educação ainda é assegurado pelo menos na maior parte do território.
JonasLupus 09/08/2020minha estante
:o




Alê 07/06/2020

Arrebatador. Triste. Revoltante e Inspirador.
A pérola que rompeu o tempo me fez questionar muitas coisas.

1. Os inúmeros privilégios que tenho por ser tão livre.
2. As injustiças de outras culturas.

Me fez ver o mudo através dos olhos de Rahima e Shekiba.
Claro que o Afeganistão mudou nesses anos, mas muitas práticas citadas no livro ainda hoje acontecem. O que me deixa muito triste, é pensar em como inúmeras mulheres espalhadas pelo mundo são impedidas, agredidas, marcadas por quererem um pouco que for de liberdade .

A cada capítulo eu ficava mais angustiada e ansiosa para descobrir o "nasib" de Rahima e Shekiba.

Com certeza vai entrar para os meus melhores livro lidos de 2020.
Uma leitura envolvente que me prendeu até a última frase.
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Ana 19/05/2020

lindo!!!
Nossa que lindo esse livro!
Recomendo muito,um dos melhores que li esse ano.
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