Maquiavel Para Mulheres - A Princesa

Maquiavel Para Mulheres - A Princesa Harriet Rubin




Resenhas - Maquiavel Para Mulheres - A Princesa


2 encontrados | exibindo 1 a 2


Carla.Parreira 31/10/2023

A princesa: Maquiavel para mulheres
A leitura fala sobre a mulher ?Maquiavela?: a que exerce seus poderes exigindo inteligentemente o que quer e merece, uma lutadora astuta e uma soberana enérgica. Vou colocar um pouco sobre ?uma princesa?: Vencer implica assumir a si mesma. A princesa sabe tornar-se uma mulher que harmoniza os opostos. As grandes guerreiras sabem que a violência é a aliada do amor; o confronto é aliado da paz; a bravura é aliada da vulnerabilidade.
Ao longo da história as princesas tiveram uma qualidade essencial em comum: viveram suas vidas como pessoas para quem o triunfo é um direito nato. Elas são favoráveis à guerra, ao conflito, ao confronto. Desde a mais tenra idade elas se caracterizam como diferentes das outras. Elas são solitárias. Mesmo no seio de suas famílias, sentem-se estranhas, e reconhecem isso como poder. Isso não as embaraça; as inspira. As mulheres poderosas da historia cobiçaram o poder de ficar à parte. Isso lhes deu a oportunidade de adquirir mais do que autoconfiança: o auto-amor. Tais mulheres parecem autocontroladas, misteriosas, e isso explica o fascínio que elas exercem sobre os outros.
Essas mulheres tornaram-se extraordinárias porque se colocaram à parte, numa atmosfera psicológica onde não são comparadas com nenhum padrão que não seja o delas mesmas. As princesas acham que não fazem mais do que pode ser feito. Elas podem reconhecer que são espertas, até mesmo inigualáveis: mas não se acham corajosas. Numa situação difícil, elas se comportam como se já tivessem vencido, porque não acreditam que podem perder. As princesas sempre ouviram mais profundamente a segunda voz que existe dentro de todos nós. Elas dizem que essa voz provém de uma posição a distancia, ou seja, do destino. Elas expressam seus desejos com o virtuosismo de uma diva. Nada as detém.
Elas não duvidam de seus desejos; acham que têm direito a seus anseios, e usam a força deles. Elas não acreditam que a vida exija que tenham de escolher entre amor e poder. Elas sabem que à medida que deixa sua luz brilhar, inconscientemente dá às outras pessoas permissão para fazerem o mesmo. Para tornar-se a princesa que pretende ser, será necessário despertar a espiã que existe dentro de você. Uma espiã conhece o método simples e prático de que as pessoas fazem aos outros exatamente o que fazem a si mesmas. Uma espiã não tem pressa. Ela confia que o futuro proverá. Está certa de que conseguirá o que quer. É assim que uma princesa espiã fica livre de controlar as outras pessoas, pois sabe que somente pode assumir o controle de si mesma nas situações em que estiver envolvida.
Essa é uma das suas chaves de poder. Elas sabem claramente que poder é o oposto de comando e controle. Elas insinuam poder e faz disso um segredo mestre. Esse é o ponto de apoio que faz a estratégia funcionar: a alavanca do poder implícito. Ter força é usar o poder que existe no próprio interior. O Príncipe de Maquiavel aprendeu que, em nome do poder, é melhor ser temido e respeitado do que amado. Maquiavel jamais poderia imaginar que o amor é a menos comprometedora das forças.
O amor não precisa comprometer-se; lutar com amor é conseguir um triunfo decisivo. As recompensas superam qualquer coisa que a mente possa esperar. Com conhecimento disso e com posse do sentimento de amor, a princesa se considera uma caçadora destemida. Ela tem um relacionamento diferente com o mundo, pois crê que pode conseguir, que tem o direito de crescer por meio de seus desejos. Para a princesa, que está sempre lutando numa guerra vinda pela retaguarda, superar é o único modo de vencer, porque isso significa vencer em condições adversas. Qualquer um consegue vencer em condições favoráveis, mas somente uma princesa consegue vencer com menos.
É por isso que elas acreditam que o inimigo de hoje é o aliado de amanhã. É desse modo que elas retribuem o mal com o bem, a traição com o amor. Mesmo em pensamento ela sabe a importância de não desafiar seus oponentes.
Ela sabe que sua firmeza começa na maneira pela qual vê a si mesma. As pessoas crescem com as expectativas heróicas que se têm delas. Quanto maiores suas expectativas (não suas exigências), mais os outros tentarão alcançá-las. As expectativas são formuladas com amor; as exigências com raiva. É por esse fator que as princesas encorajam o heroísmo dos adversários transformando-os em colaboradores. Elas sabem convencer o inimigo de que sua posição é um prejuízo para elas e ainda maior para eles próprios.
O livro explicou que devemos reduzir o conflito aos pontos essenciais com uma tática dos cinco porquês para revelar o que está escondido, entretanto não compreendi muito bem esse tópico. A idéia que fica mais clara é a de agirmos como se o poder que procuramos já fosse nosso. Nesse ponto adorei a seguinte frase - ?lembre-se das regras do desejo: quando você se comporta como se já fosse dona de seus desejos, convence os outros disso?. É legal saber que o poder sempre contém as sementes de sua própria fraqueza e instabilidade.
Essa é a dica para revertermos o controle que qualquer pessoa, ou qualquer coisa, tenha sobre nós. Outro conselho obtido no comportamento de uma princesa é nunca utilizar a vingança ou se penitenciar. Quando fazemos isso o nosso oponente acredita que ele está conseguindo o que quer. Isso nos envolve num misto de orgulho e culpa que enfraquece nossa posição, psicológica e eticamente. É baseado nisso que uma princesa sabe expandir sua vida, ampliar sua mente, usar a flexibilidade para acabar com os limites. Cada nova pessoa, idéia ou situação favorece aquele que as espera.
Uma princesa precisa destruir as coisas meio mortas de sua vida, da mesma maneira que um incêndio na floresta destrói a terra estéril e a prepara para um novo crescimento.
O livro ensina que devemos providenciar um fim claro e limpo sem nos equivocar caindo fora da situação antes de colher todos os ensinamentos necessários. Também gostei da parte que ensina a não temermos os ?nãos?. Uma princesa sabe dar às pessoas a chance de lhe dizerem ?não?. Se elas o disserem o bastante, se sentirão obrigadas a voltar a você com um ?sim? como compensação. Devemos pedir tudo porque não vale a pena ter nada menos do que isso.
As pessoas ficam mais dispostas a dar se nosso pedido as desafiar a serem heróicas. Pedir coisas pequenas faz com que quem pede e quem dá sintam-se pequenos. As pessoas entregam-se às grandes idéias e às grandes aventuras mais apaixonadamente do que às pequenas. Outra parte que adorei fala para dizermos a verdade e agirmos de acordo com ela. Se dissermos a um oponente o que ele deseja ouvir e não o que realmente pensamos, nós tentamos manipular a situação e imperceptivelmente transmitimos toda nossa covardia. Diz o livro que nós nos denunciamos pelas menores ações e concordo muito com isso.
Portanto, para se tornar uma princesa com poder, é preciso ter a força de dizer sempre a verdade. A verdade é a mais poderosa das armas, porque as pessoas são demasiadamente fracas para resistir a ela. Fale a verdade já de início e ninguém poderá feri-la. Sendo verdadeira não precisa ter pressa. Assuma o comando quando estiver preparada e os acontecimentos naturalmente chegarão ao auge. Torne-se por inteiro a personificação da imagem que seu adversário teme. Mostre que você confia no seu oponente. Expresse sua confiança em que seu oponente não deseja magoar você ou qualquer outra pessoa.
Explique-lhe como ele não perderá nada por ajudá-la ou juntar-se a você; ele de fato só terá a ganhar. Sua disposição deve ser a de dar ao oponente a oportunidade de mudar e passar para o seu lado. É desse modo que uma princesa sabe apoiar-se em si mesma tanto no sofrimento quanto no triunfo. Parece-me um tanto confuso entender tudo isso e complicado colocar as dicas de uma princesa em prática, mas uma delas aparenta-se simples: deixar os nossos erros nos mudarem. Quando fazemos isso, aceitamos o sofrimento, até mesmo a perda ou a humilhação e assim fazemos nosso objetivo ser mais importante que nosso ego.
Uma princesa sabe a diferença entre as coisas das quais tem poder e aquelas sobre as quais não tem. Se desejarmos ardentemente o que não é nosso, perdemos o que o é. Em outras palavras, se nós colocamos todo o emprenho na saúde, no amor, no prazer ou na carreira, nos arrependeremos. Nenhuma dessas coisas está inteiramente sob nosso poder. Devemos querer as coisas que são importantes para nós, desejá-las e armar-nos de uma estratégia para consegui-las, mas nunca as levar muito a sério. É assim que devem ser tratadas as coisas às quais damos mais valor: com indiferença.
Nós lutamos pelos objetivos sem os interiorizar e isso faz com que não sejamos escravos dos próprios desejos. Quando conquistamos algo caindo na armadilha errônea de nos julgarmos na posse de nossas vitórias, elas simplesmente não nos trazem paz e nem alegria. Isso ocorre pelo seguinte motivo: quando tentamos controlar aquilo que não nos pertence, perdemos o que nos pertence. Até então essas frases parecem difíceis de serem entendidas, mas a explicação básica é que não podemos controlar nada, a não ser a nossa própria percepção.
A questão é que não temos nada mais do que a visão de cada situação. Por fim, o livro diz que a paz surge durante os acontecimentos e não como a conseqüência deles. O gosto da paz só pode ser sentido se estivermos no coração da guerra. É por isso que nos momentos de medo devemos lembrar que uma vela brilha com mais intensidade quando está na escuridão.
comentários(0)comente



Goldenlion85 20/02/2009

O livro aborda várias mulheres na história: Joana D'arc e muitas mais,
mostra os pontos fortes delas e como isso ajuda atualmente.
comentários(0)comente



2 encontrados | exibindo 1 a 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR