Naty 20/04/2018
Depois de tanto tempo sem ler nada, sempre é bom pegar um livro bom como esse.
Faz um tempinho que eu não faço uma resenha e estou desacostumada a ser minuciosa nos detalhes da história, então, não esperem uma resenha esplêndida. No entanto, ser sintética, nesse caso, não é tão ruim, já que as outras 5 resenhas, todas com 5 estrelas já revelam o quanto gosto dessa série.
Então, vamos lá:
HÁ SPOILERS DOS LIVROS ANTERIORES, ENTÃO, SÓ LEIA SE VOCÊ JÁ TIVER LIDO O LIVRO ANTERIOR.
ESSE PRIMEIRO PARÁGRAFO APRESENTA UM PEQUENO SPOILER DESSE LIVRO, ENTÃO, SÓ LEIA SE JÁ TIVER LIDO ELE
O final do livro anterior foi chocante e inesperado ao revelar a irmã de Sophie e trazer de novo a tona sua família humana. Achei legal o desenvolvimento da relação entre Sophie sua irmã, mas tenho que dizer que a inserção dos familires de Sophie ou de pesquisas em seres humanos nessa história me pareceram muito soltas. O que quis dizer é que, no fim do livro, eu parei e pensei: "Ok. O livro acabou, mas eu ainda não entendi bem o porquê de eles quererem testar algo em seres humanos ou, além de querer tornar tudo pessoal, o porquê de terem capturado os pais de Sophie".
Além disso, Amy ficoU meio de esgueira a história inteira, só aparecendo uma hora ou outra, mas, pelo menos nesse quesito, eu tenho que entender, já que tentar inserir ela entre elfos lutando contra as "forças do mal" seria realmente forçar demais a barra. Então, acho que foi um escolha acertada.
Saindo da parte liga ao universo humano que ela tentou inserir, eu tenho que concordar que foi outra história instigante. Apesar de ter 800 páginas, dá para ler em uma sentada.
A questão do "vivo ou morto" líder do Blackswam e a inserção de ogros de forma muito mais interessante, engraçada e real foram aspectos interessantíssimos da história. Não posso deixar de acrescentar que a mãe de Keefe se torna mais participativa do que nunca e O QUE PARECIA SER PURO PLANO DE FUNDO OU PERSONAGENS SECUNDÁRIOS PODE SE MOSTRAR MAIS IMPORTANTE DO QUE NUNCA.
Quanto ao final ou ao que poderiamos chamar de clímax, não achei o desse livro melhor que o do anterior. Foi um final emocionante, cheio de reviravoltas e "ruas sem saída" como o normal, mas nada tão chocante assim.
Sei o que você está pensando: "Você deu cinco estrelas, mas não está parecendo tão satisfeita." Mas pensar assim seria errado. Esse livro, na minha opinião, assim como o segundo livro dessa série (se minha memória não falha), é uma ponte entre o anterior e o que está por vir. Então, nem sempre o autor vai conseguir fazer uma ponte que seja tão ampla, complexa ou interesante quanto as ilhas, cheias de mistério e desafios, que são interligadas por elas, mas é extremamente necesário passar pela ponte para chegar ao outro lado.
Quanto aos personagens, a relação entre Sophie e Dex sofre uma certa reviravolta que eu achei necessária; os outros personagens aparecem e desaparecem na história, primeiramente, porque eles são muitos, depois porque eles tentam dividir as tarefas o máximo que podem, então, a gente começa acompanhando Sophie mais com Keefe, depois mais com Fitz e os outros colegas, depois com todo mundo.
Prefiro, com certeza, quando os personagens estão todos juntos, pois isso deixa a história mais interessante, mas dar um tempo privado para vermos como cada um deles se relaciona com o outro é necessário e permite que a história se construa de maneira mais coerente também. Enfim, os personagens continuam cativantes, engraçados e aventureiros como sempre.
Ah! E uma nova recruta aparece no grupo. Uma bem poderosa e que, com certeza, vai se mostrar importante no futuro.
Quanto aos ambientes em que a autora nos insere, não há nada muito novo, um ou outro lugar diferente relacionado a Nightfall ou às missões em que eles se metem e nada mais. Isso não me pareceu um ponto negativo, ainda mais porque, pelo jeito, a autora pretende reinseri-los mais na escola de novo, o que, na minha opinião, seria um passo interessante para deixar a história mais cheia de conteúdo e os desafios mais difíceis de serem enfrentados.
Tenho que dizer que não entendi bem os planos da mãe de Keefe, mesmo quando ela explicou tudo. Ela realmente pareceu viajar demais. "Sophie, você tem que fazer a escolha difícil, blá, blá, blá". Estou realmente querendo saber o que ela intenta fazer.
Quanto à prisioneira liberta, estou com muita vontade de entender melhor o que ela quer. Os truques que ela faz são realmente interessantes. Tudo, na cena em que ela aparece, me lembrou um circo, com um espetáculo macabro e maluco, mas bem interessante.
Por fm, a cena final traz implicações bem interessantes, eu com certeza vou querer ler o próximo. Ótimo livro. Espero que Flashback seja melhor, mais cheio de aventura e essa série continue a ser assim: boa demais para ser verdade.