Resenhas - As Mães

Joana Ern 06/09/2020

Simplesmente perfeito! Logo do começo uma previsão 5 estrelas e não deixou a desejar

samuelmarquesu 12/05/2021

Esperava mais...
A história começa parecendo que irá ficar bem melhor, porém continua parada e meio chata.,

O livro aborda questões bem interessantes e sérias, como aborto, racismo e suicídio, só que esses temas acabam meio que se perdendo entre si, e não encontrando uma conexão muito bacana.
Mas, não é de todo ruim, faz um reflexão bem interessante de como é a vida de jovens que fazem um aborto por ser a melhor opção na época e como isso acaba marcando o resto da vida adulta.

Drikolina 05/06/2021

Mostra que as pessoas são alem do verniz que vemos
Tanto as que todos acreditam serem "boas", quanto as que são rotuladas de más, ou mesmo estranhas.
Trata temas muito delicados com sensibilidade.
A autora tem uma escrita muito boa. Fala da maternidade, do racismo e das consequências de nossas escolhas.
Aborda também a amizade, o amor e a intimidade que exigem para que realmente possam crescer.
O luto e o afastamento familiar que ele pode causar também compõe a trama do tecido fino que é esse livro.

Helder 26/01/2021

Porque este livro nao é um sucesso?
As Mães de Brit Bennet foi lançado no Brasil pela Editora Intrínseca em 2017 e infelizmente teve pouca repercussão, pois é um livro extremamente bem escrito e muito interessante.
O titulo é o primeiro livro da autora, o que o torna ainda mais surpreendente.
AS Mães são as narradoras deste livro. Idosas senhoras de uma pequena congregação de negros em uma pequena cidade da California, que acompanham a vida de todos que pertencem aquela igreja.
Uma destas histórias é a de Nádia Turner. Filha de uma bela mulher devota da igreja e um fuzileiro naval, que ela só conheceu quando tinha 4 anos. Devido a isso, ela sempre foi muito mais apegada a mãe, e isso só torna maior o seu choque quando a mãe se suicida de maneira violente e sem nenhuma explicação.
Nádia, com 17 anos não consegue entender o que ocorreu. Seu pai, que já era um homem distante, se afunda no luto e sozinha ela passa a procurar por coisas que possam lhe ferir, como se precisasse encontrar dores maiores do que a perda de sua mãe.
Assim ela conhece Luke, o filho do pastor da congregação, bonito, jogador de futebol e protegido pelos pais, e nasce ali uma grande e descuidada paixão, que acaba trazendo pesadas consequências para o jovem casal, com grandes segredos que passarão a guiar suas vidas.
A autora mostra o peso que nossas decisões acabam trazendo para nossa vida.
Nádia torna-se uma pessoa fria e exageradamente auto suficiente. Por fora uma mulher vitoriosa e independente. Por dentro, uma mulher quebrada e incrivelmente triste. Uma das melhores personagens que já tive a chance de conhecer em um livro.
Já Luke percebe que a vida real é muito diferente daquele seu sonho de moleque, e também traz diversas camadas para o livro.
Mais a frente, conhecemos Aubrey, uma menina extremamente pura que vive na igreja prestando serviços comunitários, mas que possui muitos traumas e acaba se tornando a melhor amiga de Nádia, mesmo que ambas pareçam tão diferentes.
Mais que isso, não posso falar, pois com certeza estragará sua experiencia ao ler este livro.
Não espere grandes reviravoltas.
Brit Bennet tem um texto extremamente seguro e cria personagens que parecem pessoas reais e vai nos conduzindo em suas vidas aparentemente comuns.
E aos poucos vai discutindo assuntos que nunca perdem sua relevância, como racismo, relações familiares, aborto, pedofilia, machismo, religião e mais alguns desvios de caráter.
Sabe todo aquele hype em cima de Pessoas Normais que você viu nas redes sociais em 2020? Deveria ter sido feito sobre AS Mães, pois este sim fala sobre pessoas normais, que podem ser um amigo, um vizinho ou mesmo você.
Os personagens aqui erram demais. Muitas vezes até tentando acertar, e a gente se pergunta quão diferente teríamos agido, na mesma situação, na mesma idade, e isso torna o livro viciante, mesmo que nem sempre nossas reações pelos personagens sejam de amor e carinho.
Li As Mães em 2 dias, pois precisava saber o que ia acontecer com eles.
E fazia tempo que não lia um livro tão adulto e reflexivo.
Se você busca uma leitura que te faça refletir sobre a vida, lhe mostrando que não existe certo ou errado, mas sim seres humanos tentando, tentando serem bons, tentando não serem machucados, tentando não machucar, As Mães é o título perfeito para lhe atender.
Experimente!

danisnilo 08/07/2022

Poderia ter sido bom
Ótimas frases ficam perdidas entre páginas e páginas de acontecimentos sem cadência. O livro tem saltos temporais estranhos e revelações sem emoção alguma. Os temas importantes não salvaram a história mal desenvolvida.

Damy 14/04/2021

crentes fofoqueiras
Gostei bastante da escrita desse livro, não achei cansativo e é bem rapidinho de ler. Só não entendi muito o propósito? Eu devia ter alguma reflexão no final desse livro? Achei que abordou uns temas bem pesados de uma forma bem rasa e pra mim pareceu ser mais anti-aborto do que qualquer coisa.

sordeps 31/01/2021

É um livro bom, gostei de passar o tempo que passei com as personagens, mas poderia ser melhor. Admirei muito a escrita da Brit Bennett, seu controle ao ir e voltar no tempo, a forma ?debochada? das narradoras contarem a história... mas chega em determinado momento que senti estar andando em círculos sem fim, sendo que ela poderia ter abordado melhor as temáticas como suicídio e abuso sexual. Vale a pena a leitura (se vc não se incomoda com livros lentos)!

Karoline67 21/09/2019

Um livro real
Esperar de "As Mães" grandes surpresas, reviravoltas e fatos chocantes é fatalmente se decepcionar com a história (para isso, sugeriria "Fique Comigo" da Ayóbàmi Adébayò), mas acredito que justamente por isso gostei tanto dele.
É um livro real fazendo críticas reais: a hipocrisia da Igreja protestante e de seus membros, abordando temas polêmicos e profundos, tudo isso é muito bem trabalhado no livro

Mas o que mais me encantou nele foi a NATURALIDADE: quase todos os personagens do livro são negros sem nenhum esforço ou nada que chame a atenção para isso absurdamente ou com pegada ativista. Há um casal lésbico e interracial na narrativa, também trabalhado com muita naturalidade. O suicídio é encarado como o que ele é, sem romantismo ou tabu.
Em "As Mães", a trama de verdade acaba sendo, afinal, um pano de fundo. O chocante, verdadeiro forte e incrível no livro é o que está em volta, o ambiente, as pessoas, os coadjuvantes, a capacidade da autora em levar você junto com ela.
Por isso as 5 estrelas. Recomendo muito a leitura!

Natália 24/01/2021

Intenso.
Me emocionei e passei raiva, um livro que trás histórias palpáveis com personagens complexos cheios de falhas. Uma história sobre perda, traumas e consequências de escolhas.

Bruno Malini 02/11/2023

Bom livro
Um livro que fala sobre perda, abandono, dor, luto, o sentimento de não pertencimento em que todos os personagens erram e têm seus momentos questionáveis

juandbooks 04/08/2020

o 0.5 de estrelas que faltou na minha nota de pequenos incendios por toda parte da celeste ng (dei 4.5) foram trazidos num contexto completamente diferente de uma autora completamente diferente nesse livro lindo que eu amei tanto! a sensibilidade, a forma que todos os personagens eram completamente humanos cheio de erros que a gente não conseguia se irritar (a unica coisa que eu senti foi pena e amor) porque as mesmas desculpas que eles davam a si mesmos para seus erros a gente conseguia ver e sentir na pele. esse livro foi o primeiro livro da brit bennett, um livro de estreia completamente lindo unico e forte com uma escrita que me tirou o folego! se você gostou de pequenos incendios você vai amar esse, se você achou que algo faltou em pequenos incêndios com certeza você vai achar o que falta aqui mas não confunda: esses livros são totalmente diferentes que passam mensagens mais diferentes ainda.
é uma pena que esse livro tenha tido uma sinopse que puxa ele para um thriller porque esse livro não é nada disso: ele é sobre relações, sobre amor, sobre luto!
lindo lindo lindo

Jô 27/10/2020

Esse livro precisa de um hype
Para um livro que eu li quase dois meses atrás, eu ainda penso nos personagens e no que aconteceu e vai acontecer com eles.
Um drama familiar que se passa em uma cidade pequena, toda construção te leva para atmosfera dos personagens e da ambientação, um livro com menos de 300 páginas faz um trabalho MARAVILHOSO em construir os personagens e fazer com que você se importe com eles.
Além disso, traz conversas muito importantes sobre raça e classe, e apesar de se passar nos EUA não é muito difícil trazer para o Brasil já que ambos foram colônias europeias, e sendo debatido de uma maneira leve e natural.
Brit Bennet é perfeita e não posso esperar para ler seus outros livros.

Filipe_Quaresma 16/03/2021

Dicotômico
Eu não sei por onde começar nem o que dizer. Qualquer pessoa que ler esse livro pode jurar que ele foi escrito por um "pró-vida". Porque é essa a sensação que ele passa em quase todas as cenas que abordam a questão do aborto.

Não sou e nunca serei a pessoa certa pra julgar os sentimentos que vêm após um aborto, mas tudo o que foi apresentado é tão real que chega a dar raiva, odiei o livro porque ele traz verdades.

A intenção da autora fica clara no fim, quando ela diz "...uma menina que não existiria se o filho dela existisse." trazendo um ótima reflexão sobre como a felicidade se configura de diferentes formas. Foi errado o que Nadia fez, mesmo que ela tenha realizado um sonho? Ela teria conseguido se tivesse mantido o filho? Aubrey conseguiria essa oportunidade se não fosse a decisão de Nadia no passado? ou até mesmo, o quanto afetada uma pessoa pode ficar por causa de um aborto?

Felizmente, todas essas questões parecem ter respostas e, pra mim, simplesmente saber que uma mulher pôde realizar seus desejos e desbravar o mundo pois não estava presa à uma crença limitante ou a uma criança, já vale a leitura.

bjs, deus abençoe família

Duda 16/05/2021

Cruel e real.
Apesar de ser um livro bem curtinho, parece que li algo de 400/500 páginas. Não foi pela falta de fluidez, muito pelo contrário. Só que a intensidade que a Britt conseguiu transmitir em apenas 256 páginas é incrível.

É uma leitura dolorosa e cruel, pois é basicamente a realidade. Todos os problemas enfrentados são problemas reais e que precisam ser discutidos. Os personagens são falhos e humanos, então você torce e odeia eles na mesma intensidade.

Recomendo muito a leitura, porém vá preparada. É uma leitura cheia de gatilhos.

Não dei cinco estrelas pois acho que o livro podia dar algumas respostas, mas entendo também o motivo de não ter as mesmas.

Geovana Rodrigues 20/04/2021

[ALERTA GATILHO – VIOLÊNCIA, ABORTO, DEPRESSÃO, LUTO, ALIENAÇÃO PARENTAL E SUICÍDIO]
Se gosta de livro de fofoca, você acaba de encontrar a indicação certa!
As Mães é um livro sobre cidade pequena – como todo mundo sabe coisas de todo mundo e como as línguas podem atormentar as pessoas.

A narrativa gira em torno de 3 personagens, a Nádia, o Luke e a Audrey. A vida dos três são interligadas de formas surpreendentes: Nádia perde a mãe precocemente, e o peso do suicídio da mãe a persegue por todos os cantos, levando-a então, a querer sair da cidade (calma, isso não é spoiler). O pai dela vive em uma espécie de torpor, claramente em depressão; a vida não é fácil e ela encontra uma espécie de conforto em Luke, o jogador popular da escola.
Luke é filho do pastor, querido por todos, mas não gosta da pressão que os pais e a congregação impõem sobre sua vida.
Ligadas por terem em comum o abandono das mães, Audrey acaba se tornando amiga de Nádia.

É difícil comentar profundamente, porque mesmo a trama sendo meio parada, acontece coisinhas que irão influenciar no futuro. Os segredos acabam se tornando sufocantes! Faltou diálogo, assim como a abertura para tal. Amizades e relações desfeitas por falta de conversa.

“Até se ver frente a frente com o desespero, a gente nunca sabe o que é capaz de fazer.”

E não se enganem, o livro tem 200 e poucas páginas, mas não é uma leitura fluída (pelo menos, não para mim). É muita informação e não possuí linearidade. A escrita é densa – todos os personagens têm diversas camadas – até demais, porque senti que tinha muito mais à cerca de uma personagem, apesar de parecer não ter dado tempo de terminar o desenvolvimento dela.

É uma leitura diferente das que estou acostumada a ler, e mesmo achando meio parado e cansativo, indico por conta dos debates sobre aborto, as questões familiares e superação. Pode ser forte para algumas pessoas, mas é um livro interessante para quem quer começar a ler as obras da autora (que inclusive terá mais lançamentos em 2021, e adaptação para as telas).

site: https://www.instagram.com/capitulo_20/