O Lado Escuro da Madrugada

O Lado Escuro da Madrugada Roberto Giacundino




Resenhas - O lado escuro da madrugada


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Letícia 05/06/2020

Sandra é uma jornalista que não aceita deixar nada pra lá. Ela foi por muitos anos correpondente internacional em diversos países, o que lhe deu muita experiência.

Quando um amigo publicitário é assassinado após uma premiação em pleno Teatro Municipal, Sandra não iria ficar parada e toma a frente das investigações, indo por um caminho que a polícia não comprou: neonazistas estavam envolvidos, ela achou uma evidência, e o Evandro, o publicitário, havia feito uma campanha contra o preconceito além de ser negro, campanha que irritou esse grupo extremista, para Sandra estava claro o envolvimento do grupo de lunáticos.

E junto com ela mergulhamos pelas rua de São Paulo para desvendar esse mistério, ocorre que ela também tem um segredo escondido no passado, que poderia acabar com sua carreira...

Com algumas reviravoltas percebemos que Sandra não pode confiar em ninguém para trazer justiça ao Evandro.
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Valentin 23/12/2021

Farofada
Comprei este livro as cegas, pois pela capa e pelo nome achei que era algo relacionado a terror / suspense. Meu cavalo caiu logo no início do livro. Resolvi não ler a sinopse e seguir a leitura tentando entender a trama.

É um livro de mistério policial (a sinopse deixa isso claro), em nada tem de terror. Mesmo assim, por gostar de policial, ainda tive interesse no livro. A história é simples, uma jornalista tentando descobrir quem matou seu amigo. Porém, o autor coloca umas tramas e plots tão mirabolantes, que ficou meio esquisito. Do nada, fala de neonazismo que podia ou não estar relacionado com o desfecho.

Os diálogos são tão artificiais que dá vontade de rir. Parece um filme dublado da Sessão da Tarde. Tudo muito conveniente, a polícia em si em nada ajudava, a jornalista Sandra que fazia tudo.

Enfim, quebrei a cara, mas quis saber o final pra ver se melhorava, ai descobri que quebrei de novo a cara. Não recomendo?
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camilebaldoni 13/02/2022

Demorei para ler, mas a história é boa, só estava ocupada mesmo. É um mistério policial que a renomada jornalista Sandra Garcia se envolve ao tentar descobrir o assassino de seu colega de trabalho Evandro. Ele foi assassinado pouco depois de receber o prêmio no teatro municipal. Uma série de revelações, suspenses e desconfianças se sucedem ao longo da leitura que vale muito a pena conhecer!
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Gii Peraro 04/09/2020

Surpreendente.
Comprei esse libro na última bienal que fui, onde conheci o autor. Eu comprei sem saber muito o que esperar. Não estou acostumada a comprar livros escritos por brasileiros. Mas valeu muito ter comprado. Além de ser bem escrito, com uma narração gostosa, não é nem um pouco previsível. A história toda te faz suspeitar de pessoas e mais pessoas e o verdadeiro culpado é o mais divertido de se descobrir. Recomendo com força.
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Luciano Otaciano 04/05/2020

Livro muito bom!

Olá caros leitores e caríssimas leitoras, preparados para mais uma resenha literária. Venham comigo descobrir minhas impressões à respeito da obra.



Em seu livro de estreia, Roberto Giacundino constrói um inesperado romance policial envolvendo um assassinato de um famoso publicitário em pleno Teatro de São Paulo e uma repórter que logo larga suas obrigações com a emissora de televisão para lá e passa a se dedicar com afinco em descobrir quem é o responsável por este crime.
O problema central da investigação é: fica claro desde cedo que, como o crime foi cometido durante uma cerimônia de premiação, após a vítima ter recebido um prêmio por uma campanha publicitária contra a discriminação, que o assassino muito provavelmente é um dos convidados. Poderia ser a ex-namorada, enciumada depois de ser trocada por uma menina? Poderia ser um dos funcionários da emissora de TV que fora visto discutindo com a vítima alguns minutos antes de sua morte? Poderia ser algum membro de uma organização neonazista insatisfeito com a campanha contra a discriminação?
Partindo dessa premissa Giacundino cria uma trama bastante envolvente de ser desbravada.
As possibilidades parecem ser infinitas. Mas só parecem infinitas, pois encontram neste livro um romance policial no estilo clássico, em que aos poucos vão surgindo pistas, algumas que destraem nossa heroína e outras que a deixam mais perto da verdade. O momento da revelação é bem construído, tanto por ser uma cena cheia de ação quanto por conseguir nos surpreender sem fazer com que nos sintamos enganados; a resposta estava ali, ao nosso alcance, o tempo todo.
No entanto, como seria natural, principalmente em um romance de estreia, existem dois pontos que poderiam ter sido melhores, na minha opinião. Primeiro, há muitos capítulos em que conhecemos o background da protagonista, a jornalista Sandra Garcia. Ela tem uma estória muito interessante, em que muitos fatos do passado podem servir de base para compreendermos melhor suas ações do presente, mas senti certo exagero nesta “volta ao passado”.
Se o autor optasse por um capítulo apenas contando o passado de Sandra seria ao meu ver o ideal.
Outro aspecto que poderia ter sido melhor trabalhado no livro é o quanto de informação o autor nos dá, isto é, o bom e velho “Show, don’t tell” (Mostre, não diga). Isto porque em mais de uma ocasião senti que o autor estava sendo repetitivo, me informando de coisas que já tinham ficado claras anteriormente. Este pequeno detalhe pode causar em certos leitores uma enfadonha sensação de leitura "arrastada".
Entretanto, mesmo com estes pequenos problemas, eu gostei bastante da leitura e recomendo para quem está atrás de um romance policial que mistura elementos tipicamente brasileiros com aqueles que fazem parte da tradição do gênero. Também é uma boa pedida para quem, como eu, costuma sentir falta de escritores homens capazes de escrever personagens femininas tão bons quanto os masculinos. Este aqui Giacundino caprichou na protagonista. A escrita de Roberto Giacundino é ágil e muito fluída, tornando a leitura agradável, apesar das ressalvas citadas. Ademais é um livro muitíssimo bem construído em personagens quanto aos sentimentos à eles atribuídos. Em resumo " O Lado Escuro da Madrugada" é uma grata surpresa, pois mostra-nos claramente como existem autores e autoras maravilhosos em nosso país. Recomendo! Finalizo por aqui, espero que tenham gostado da resenha e até a próxima!

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Hiago73 23/01/2021

Um thriller brasileiro de tirar o fôlego!
Sandra Garcia é uma jornalista com um faro investigativo apurado e infalível.

Quando ela se depara com um assassinato em dos eventos midiáticos mais badalados de São Paulo, a repórter embarca numa corrida alucinante em buscas de respostas, arriscando a própria vida durante o percurso.

O Lado Escuro da Madrugada foi o meu thriller favorito de 2020. Com uma ambientação abrasileirada e muitas reviravoltas, o livro de estreia de Roberto Giacundino foi certeiro no que se propôs.

A narrativa é linear, com nuances do passado da protagonista em contraste com a investigação. É tudo bem estabelecido, sem divagar muito em focar num passado nebuloso. É tudo bem equilibrado.

Sandra é foda! Com uma determinação invejável, ela arrisca a própria pele em busca da verdade, com a ajuda de pessoas que ao seu lado, estão tão ávidas pela verdade quanto a ela.

O terceiro ato é de tirar o fôlego. Quando pensamos que a verdade vem a tona, o autor joga um balde de água fria com outras revelações, com uma sequência de atos sufocantes.

A revelação final deixa a desejar, há elementos que não ornam com ele, mas fazem sentido, se comprarmos a história e encararmos a proposta inicial. Um mísero detalhe feito pra impulsionar o roteiro, mas que não tira a grandiosidade do conjunto da obra.

O Lado Escuro da Madrugada entrou no hall dos meus livros favoritos da vida. Com personagens bem construídos, uma ambientação ótima e cenas de ação de deixar os cabelos em pé, não espero menos que outros livros com a personagem Sandra Garcia.

5/5 ??

Insta: @flop.literario
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Vanea 27/10/2021

Após a morte de um colega de emissora - o publicitário Evandro Jordel - em plena festa de entrega de prêmios no Teatro Municipal, Sandra Garcia, uma jornalista bem conceituada, vê-se envolvida em uma trama instigante.
Será que para por aí?
Será que haverá mais mortes?
Após desconfiar que não se trata de um latrocínio, ela decide investigar o caso por conta própria.
Afinal, quem seria tão audacioso a ponto de matar alguém em pleno Teatro Municipal lotado de convidados?
O que vem a seguir gera uma série de desconfianças por parte do leitor (eu rsrs).
Cenas fortes virão.
O @robertogiacundino nos mostra motivação que vemos não só na ficção, mas também na nossa realidade. Infelizmente.
O que terá enfim motivado o crime? Dinheiro, inveja, ciúmes, diferenças raciais e religiosas...?
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Vinny Britto 13/02/2019

É um bom livro, principalmente levando em consideração que é um livro de estréia, mas achei que faltou algo. Provavelmente leitores iniciantes em romance policial acabem gostando bastante, mas quem tem mais bagagem vai sentir que poderia ter rendido muito mais. A parte de investigação achei fraca, que tudo foi feito sem muito esforço e as pistas acabavam surgindo facilmente.

Discordo de alguns leitores que afirmaram que o final foi surpreendente. Pra mim não foi, já imaginava quem era o assassino, e não foi por isso que não achei bom, mas a motivação não colou.

Enfim, tem seus méritos, mas mais uma vez ficou a sensação de que as opiniões de blogs não são tão confiáveis.
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Léo 31/08/2017

Leitura de tirar o fôlego. Escrita caprichada
''O Lado Escuro da Madrugada'' apresenta um enredo cheio de trajetórias que se alteram a cada capítulo transformando incessantemente o que se espera do seu desenlace, pois novos pensamentos começam a se passar pela mente do leitor que se vê em um grande labirinto perigoso cercado por figuras suspeitas e expostas com toda maestria de Roberto Giacundino, que mostra uma escrita ritmada e gradativa flexionando com facilidade a atenção do leitor. E não apenas pela razão de o gênero ajudar nesse detalhe de sedução, mas por toda a eficácia concentrada e transportada à obra. Roberto Giacundino comprova, assim como outros autores do gênero, que o grupo de autores do thriller literário nacional cresce e evolui consideravelmente em muitos aspectos, não deixando nada a desejar se comparados a conhecidos nomes do meio. A habilidade em alterar as cenas, as pistas, as respostas e os argumentos se tornam claras e caracterizam também a redação do autor, assim como os clímax mirabolantes que transitam nos trechos mais significativos da obra conduzindo a vestígios importantes para a aclaração dos crimes: ''Este é o problema da imprensa escrita: muita fantasia, pouca realidade. Não podemos transformar este caso em novela policial! Devemos informar o que é fato...''.

Os personagens primeiro se entregam às próprias veredas para depois se embaralharem entre uma profusão de substâncias, a incluir seus passados misteriosos e seus presentes duvidosos, que podem ser retrucados pelo leitor ao ponto de se tornarem fundamentais para o entendimento completo do ótimo enredo, que não apresenta ''buracos'' durante o seu desenvolvimento. ''O Lado Escuro da Madrugada'' conta com uma caracterização perfeita aos olhos do leitor apaixonado, que encontra, em um âmbito comum do cotidiano das personagens, uma protagonista determinada apesar de, em muitos instantes, hermética, e toda a sua cadeia de força e coragem. Já na premissa, Giacundino dá ares de que utilizará assuntos mais graves como o contexto de neonazistas e a discriminação racial, e isso realmente acontece, além de mostrar um relevo bem deslindado com referências de grupos skinheads. Na verdade, todo o cenário thriller desenvolvido pelo autor é muito digno de um grande roteiro cinematográfico. Todo o processo de leitura vai sendo feito como a apresentação de uma aquarela profunda e enigmática, que dissolve aos poucos - e no instante mais oportuno - a sua variação, tornando-se um único elemento no meio das grandes expectativas: ''Sandra estava com a adrenalina a mil com a descoberta feita no vídeo... Tudo fazia sentido! Se aquela afronta tivesse sido notada por algum grupo de neonazistas, a morte de Evandro poderia ser uma mensagem...''.

O lado do thriller psicológico é bem observado no tocante a personagem Sandra - a protagonista -, que no decorrer da trama trepidante se vê sufocada por todos os lados e busca formas de se livrar não somente de seus temidos inimigos mas até mesmo de seus próprios medos e questionamentos; o leitor a vê como uma personagem que, sem se dar conta, entra em um ciclo vicioso e acaba sentindo a necessidade de fugir até mesmo de sua própria sombra. Dessa forma o leitor encontra mais razões para se jogar de cabeça no complexo e instigante mundo das personagens, correlacionando passado e presente e duvidando de todos e de tudo. Contudo, ''O Lado Escuro da Madrugada'' é realmente um modelo de thriller criminal onde o autor aposta também no foco subentendido do mentor criminoso e de suas ações contínuas e nada amistosas. O tema dos assassinos em série (serial killers) talvez seja um tópico bem comum já visto nas obras de suspense, mas a aposta de Giacundino foi certeira, pois ao abrir o leque de possibilidades que os assassinos, assassinatos e perseguições permitem, ao mesmo tempo, consentiu em inovar em uma convergência de diversos outros fatores estimulantes. Está certo quem pensa que o thriller de mistério, criminal, psicológico e erótico até caminham juntos mas conduzi-los brilhantemente até o último suspiro requer demasiada competência, pois qualquer deslize quebra as pontas do dédalo e desfaz completamente a vibração com a leitura.

A profissão de Sandra - Jornalista -, tem grande importância e facilita a protagonista a seguir as pistas. Esse universo profissional também é bem caracterizado e deixa a trama com ares mais verídicos. O contato mais próximo - ainda que não percebido - da personagem com o desconhecido é possibilitado através de seus ditos aliados, personagens tão fundamentais na trama quanto a presença de um assassino. Dessa forma, sente-se cada vez mais próxima do alvo. Ou será que não? Será que a cada nova pista encontrada o assassino não estaria mesmo dois ou três passos à frente da jornalista? Ou quem sabe até, dois ou três passos ao lado da própria? Cada detalhe torna-se tão importante quanto as células de um corpo humano, e com muita inteligência Giacundino faz seu leitor perder o fôlego ao encarar um mundo totalmente ganancioso, doentio, sarcástico e dissimulado.

A escrita perfeita permite uma leitura sem pausas, e o desenvolvimento engenhoso oportuniza o aparecimento de uma obra promissora, com elementos (no geral) bem pontuados, pautados de maneira detalhada porém precisa. A partir de determinado momento é possível conhecer - e mesmo passear - pela mente das personagens, entendê-las - ainda que não por completo, e isso é ótimo -, e gerar questionamentos e intrigas para si próprio a respeito da conduta e mentalidade do ser humano. Percebe-se que uma das propostas do livro é exatamente essa, levar o leitor ao mundo obscuro que o cerca e deixá-los de fronte a ideias, ideais e intérpretes que fazem parte de um conjunto íntegro de uma sociedade corrompida. A analogia é equivalente e vale, disso o autor pode se contentar também.

O objeto de transmissão da obra é absoluto e transmitido em setenta e cinco curtos capítulos que aguçam o leitor e transformam o procedimento de leitura mais tranquilo e nada fadigante. Essa metodologia - também muito utilizada por outros autores - é rica e propícia para atrair novos leitores. Roberto Giacundino mostra segurança enquanto contorna um contexto atual e bem discutido na mídia e nos camarotes da inteligência policial. Essa segurança é passada para o leitor e logo observada em sua escrita, quando a consciência de suas personagens - que se tornam complexas peças que se desmontam em meio a tantas descobertas e surpreendem o leitor - por fim chegam à superfície: ''... Parou o carro numa rua deserta, perto de um terreno baldio. Precisava colocar as ideias em ordem... avisou-o sobre sua investigação e a suspeita sobre Rogério, e pediu urgência, alertando-o de que se interceptassem ele na próxima hora, era possível que o encontrassem com drogas!".

O livro se assemelha a um vivo e assustador puzzle (quebra-cabeça) com a finalidade de expressar os extremos entre a verdade e a mentira, o que é, não é e o que só parece ser. Os batimentos cardíacos aceleram e a respiração arfante não para por um segundo. Enquanto o autor desvela uma obra extremamente caprichada, o leitor percorre um caminho arriscado e sem volta em busca de vestígios e ligações criminosas que desmascarem um assassino em série. A maneira audaciosa com que Roberto Giacundino pinta as bordas de ''O Lado Escuro da Madrugada'' tornando esta, uma arte da literatura thriller nacional, rendem aplausos ao autor e garantem a indicação mais do que merecida ao público. Este é um livro para se ler e lembrar todos os passos até a descoberta final de tirar o fôlego.


site: www.marcasliterarias.com.br
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Kamila 13/09/2017

O Lado Escuro da Madrugada nos apresenta Sandra Garcia, uma jornalista investigativa que está prestes a ser reconhecida por sua carreira, que, aliás, foi um tanto meteórica. Ela e vários outros profissionais de comunicação estão no Teatro Municipal para receber um certo prêmio. Entre os presentes estão os irmãos Evandro e Simão Jordel. Eles são publicitários e receberão um dos prêmios por sua peça publicitária, um comercial que denuncia o preconceito - lembrando que os irmãos são negros e vieram da periferia, e esse detalhe é crucial para o andamento da trama.

Porém, durante a festa, Evandro Jordel é assassinado. Ele e Sandra eram próximos, por isso a jornalista ficou abalada, mas, uma certa abotoadura encontrada por ela a faz querer mergulhar de cabeça nessa história. Isso porque a abotoadura tem uma suástica desenhada. Isso mesmo, nesse Brasil de nós todos, miscigenado até o olho do brioco, tem gente fã do Hitler.

Sandra trabalha na TVG, a maior emissora do país. Ela é conhecida por suas matérias tensas, onde não foge da raia, investiga até o fim. Durante os primeiros dias de investigação, chega um certo Fabio Guedes à redação. Ele já trabalhava na TVG, mas na parte destinada às novelas, como diretor de externas. Ele será um parceiro e tanto para nossa protagonista. Sua linha de pensamento é parecida com a dela, que enveredou pela linha do neonazismo (nazista brasileiro é uma piada pronta).

Enquanto ela investiga, certos fantasmas do passado voltam a atormentar a jornalista. Sandra também tem sua história pra contar. Uma história vencedora, mas com uma mácula. E é essa mácula não a deixa dormir. Porém, seu foco é encontrar o assassino de Evandro, e, para isso, ela vai contar com a ajuda do já citado Fabio, de um certo hacker e de Simão, o irmão que ficou. Uma história que tem vários plot twists, um romance policial brasileiro que não perde em nada para os de fora (até mesmo os meus queridos escandinavos).

Quando eu recebi o exemplar de O Lado Escuro da Madrugada, através da parceria do blog com a Oasys Cultural, admito que estranhei o tamanho do livro. Um romance policial com 270 páginas? Pra mim, que estou acostumada com os scandi-crimes, que tem, no mínimo 400 páginas (tenho aqui em casa livros de cinco suecos: Stieg Larsson, Camilla Läckberg, o casal Börjlind e Henning Mankell, e tirando a dupla Sjowäll-Wahlöö - que, como precursores do gênero como conhecemos, escrevia pouco pensando naquelas edições de bolso, voltadas pro povão mesmo -, essa galera que citei escreve uns livros bem grandes) ver um romance com tão poucas páginas é algo um tanto inédito, mas isso não influencia em absolutamente nada na qualidade do texto.

Sandra Garcia (não tem nada a ver, mas o nome me fez lembrar de Sandra Gomide, jornalista assassinada em 2000 pelo ex-namorado) tem uma carreira que muitos jornalistas sonham: ascensão rápida, reconhecimento, muitas matérias importantes no currículo... tudo isso depois de viver uma juventude pesada numa cidade interiorana. A morte do amigo Evandro a faz suscitar muitas dúvidas, mas seu faro espetacular sabia que tinha algo errado.

O pior é que eu acertei o assassino logo nas primeiras páginas, mas duvidei de mim mesma (e só percebi isso enquanto escrevia essa resenha) e descartei minha suspeita - definitivamente, eu seria uma péssima protagonista de romance policial - mas, se você ler e passar pela mesma situação que eu, também vai fazer a mesma coisa.

Fabio Guedes, que homem! Vai aparecer ainda no início, mas vai se mostrar um parceiro e tanto para Sandra. Não deveria, porque quando leio romance policial, quero ver sangue derramado e investigações, não romance propriamente dito, mas shippo esses dois. Além de ser lindo e maravilhoso e super competente, está sempre preocupado com a Sandra, sempre pensando no bem dela, sem ser perseguidor ou chato.

O outro integrante do trio é o hacker HD Darth Verde. Um nerd de óculos fundo de garrafa, de camisa verde surrada e dificuldade de locomoção. Isso mesmo, uma jornalista se alia a um hacker para desvendar um crime de ódio - onde vocês viram isso? Alguém pensou em Millennium? (postei e saí correndo). Ele é funcionário da TVG e manja de Deep Web, aquela parte da internet que é obscura, onde pedófilos, neonazistas e a escória da humanidade se une pra fazer o que fazem de melhor: nada que se aproveite. HD será essencial na busca de Sandra pelos detalhes do grupo neonazista que estaria por trás do assassinato de Evandro.

Uma coisa que preciso dizer: nunca me senti tão identificada num livro. A história se passa em São Paulo, mas não na SP dos endereços lugar-comum, tipo Avenida Paulista, mesmo a Sandra morando próximo da Paulista, e sim pela Igreja de Santa Efigênia, Vale do Anhangabaú, Praça do Patriarca e endereços que o povão conhece - e me identifiquei porque passo por alguns deles (Anhangabaú, principalmente) todo santo dia, pois fazem parte do meu itinerário. E isso foi tão legal, tipo, visualizar a protagonista passando pelo Anhangabaú (o que é perigoso, por sinal) procurando sabe-se lá o quê. Por isso que é importante escrever histórias que se passem aqui no nosso país - mesmo tendo personagens gringos, tipo o meu filhote Segunda Chance...

Por incrível que pareça, a edição da Pandorga está boa. Em relação a outros livros da mesma editora que li, eles melhoraram bastante no quesito revisão. Eu peguei uns que a qualidade de revisão era horrível, neste, apesar de um ou outro erro, o trabalho ficou bom. A capa, em que uma moça corajosa sai correndo no meio da noite, tem total sentido à trama, uma capa muito bonita.

O Lado Escuro da Madrugada é mais um exemplo de como a literatura policial brasileira tem ótimos representantes, mas que não é tão vista assim pelo público. Foi uma grata leitura e espero que o autor continue escrevendo nesse gênero e, o mais importante, crie novas histórias com Sandra Garcia!

site: http://resenhaeoutrascoisas.blogspot.com.br/2017/09/resenha-o-lado-escuro-da-madrugada.html
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Mori.Tudorache 14/01/2022

Primeiro livro do ano concluído com sucesso, no início achei que seria um livro óbvio e sem graça, mas fui surpreendida positivamente, leitura rápida e bem dinâmica, com um final cheio de revira voltas.
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Andréia 25/01/2024

Plot twist daqueles.
Sandra Garcia é uma jornalista importante e muito conhecida,por seu faro investigativo. Ela sempre sabe quem está mentindo,então,ninguém a engana.
?


   Sandra vai usará seu lado investigativo,para descobrir quem matou seu colega de trabalho,logo após esse colega receber um prêmio por sua campanha,contra todo tipo de preconceito. Ela acha uma abotuadura na cena do crime,e guarda para si,supondo ser uma pista.
?


   Mas,o que Sandra é ninguém sabe,que esse é o primeiro de uma série de assassinatos,que vai desafiar a polícia e própria Sandra. Uma história que terá muitas reviravoltas,com cenas de tirar o fôlego.  Os personagens são cativantes,mas tem alguns que sentimos vontade de enforcar haha.
?


   Uma trama cheia de suspense,ação e romance. Uma leitura fluída,rápida e de fácil entendimento. Foi meu primeiro contato com a escrita do autor,e confesso que gostei.
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Katlheen.Thomas 28/01/2022

Estregou tudo
Comprei esse livro numa promoção antiga da Amazon,de 3 livros por 50 reais, e a sinopse desse me interessou, mas demorei pra ler, e agora que li me arrependo da demora, é muito bom, o plot é perfeito e totalmente inesperavel, amei, super indico
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