Os novos moradores

Os novos moradores Francisco Azevedo




Resenhas - Os Novos Moradores


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Marcos Aurélio 16/05/2021

Polêmico, controverso, poético.
Na primeira vez que nos encontramos, Francisco contou-me a história de Antônio Custódio, Maria Romana e Palma. Palma irmã e cunhada romântica. Palma que, pobre financeiramente e riquíssima em amor, juntou o arroz que abençoou os noivos na saída da igreja em Viana do Castelo, Portugal e lhes deu de de presente:

"Este arroz - plantado na terra, caído do céu como o maná do deserto e colhido da pedra - é símbolo de fertilidade e eterno amor. Esta é a minha bênção. Palma?.

Nos encontramos novamente para um café, naquela oportunidade, Doce Gabito, Francisco contou a história de Gabriela, órfã, criada com amor pelo avô Gregório. Quando o avô morreu, Gabriela foi morar com a tia Letícia no casarão da Glória.

No casarão recebe afeto, carinho e conhece a dor e doçura de ser o que é:

"Borboletas e ratazanas, miséria e fausto, salvamentos heróicos e covardes assassinatos, delícias e nojos, vaias e aplausos, gritos de bravo, gritos de Munch, tudo no seu devido tempo e lugar, tudo de repente, tudo misturado. Desde que o mundo é mundo, você sabe".

Não pude evitar o terceiro encontro, novamente um conversa agradável, que atravessou madrugada. Os Novos Moradores, a história da casas geminadas da rua dos Oitis.

Enquanto conversávamos pesquisei e encontrei os geminados, maravilhas da tecnologia moderna. Mostrei a Francisco, ele sorriu, com os lábios e os olhos. Pegou xícara de café preto, com o indicador enfiado na asa da xícara e disse: "a realidade imita a a arte", piscou e continuou a história.

O apaixonado Cosme é encantador, perseverante, resiliente, paciente. Em nenhum dos livros o autor nos poupa da pior dor que o ser humano precisa enfrentar, a morte. Compensa a partida, com a chegada de alguém, sempre um personagem querido, como Bernardo em O Arroz de Palma, ou Petra na história dos geminados.

A família também é sempre presente, e mesmo diante de temas polêmicos, controversos, Francisco é maravilhoso. Sua escrita é pura poesia, frases curtas, claras, como um [*****]pido, é flecha direta no coração do leitor.

Cada casa tem vida própria, nelas tijolos são carne, cimentos são pele, vigamentos de ferro são estruturas ósseas. Cada parede esconde segredos que os seres humanos calam por medo, ou dor.

"Quem ousa se revelar por inteiro tendo se conhecido no pior desse mesmo? Por instinto de sobrevivência, somos todos os caracóis. Vamos nos arrastando lenta e diuturnamente, carregando nossas bagagens secretas. Peso inútil. Até o fim".

E quando as verdades vem à tona, quando as paredes são removidas, só o amor liberta. Liberta, perdoa, ama. Cosme sabe disso e mantém-se firme no propósito de unir a família. "Família que ele ama, porque ama. E isso lhe basta".
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lecofaria 13/01/2021

Família somos todos
Os Novos Moradores, de Francisco Azevedo

O texto de Chico Azevedo é pura poesia. Ele, que estreou e conquistou o público com O Arroz de Palma, voltou ao tema família em seu terceiro livro, Os Novos Moradores, de 2017, que finalmente li. O livro estava em minha lista há tempos, mas por motivos diversos ia ficando para depois. Até que em dezembro, de uma tacada só, finalmente o comprei, junto com o mais novo lançamento do autor, A Roupa do Corpo, que lerei em breve.

Aqui, corajoso, Chico toca em feridas através de um tema espinhoso, o incesto. Mas com sua prosa poética, o faz aos poucos, nos apresentando essa relação devagar, ao mesmo tempo que conhecemos duas famílias que residem em casas geminadas na Rua dos Oitis, na Gávea. Vamos, lentamente, nos apaixonando e nos reconhecendo em cada um dos personagens e suas tramas, que se desenrolam feito novelo pelas páginas do livro. Assim, quando o (in)esperado acontece, não nos choca; até mesmo o desconforto do tema, culpa de nossas formações, tenho certeza, não é grande ao conhecermos essa história.

Belo e envolvente, Os Novos Moradores é um retorno emocionante de Francisco Azevedo ao tema que o consagrou. Chico fala de família com uma propriedade e de um jeito tão natural que é impossível não nos identificarmos, sorrirmos ou nos irritarmos aos nos vermos retratados em suas palavras. Porque família somos todos. Sejam elas as de sangue ou as que nos acolhem e escolhemos.

Terminei a Leitura em: 13/11/2021
Cotação: 5 estrelas em 5
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Ladyce 28/09/2017

"Os novos moradores" é o terceiro romance, precedido por "Arroz de Palma", Editora Record: 2008 e "Doce Gabito", Editora Record: 2012, do escritor Francisco Azevedo e o segundo que leio. Tem todas as marcas de grande sucesso. Situado no bairro da Gávea, no Rio de Janeiro, a história se desenrola entre os ocupantes de duas casas geminadas na rua dos Oitis. Enquanto a casa de cor cinza é habitada por uma família severa cujos membros são emocionalmente distantes, a outra, amarela, tem como residente uma família amorosa e alegre. O relacionamento entre as famílias surge através dos filhos que com isso trazem para o âmago de cada núcleo familiar experiências e acontecimentos imprevisíveis.

Talvez seja impossível imaginar que pessoas, morando em casas que se espelham, pudessem viver sem convívio estreito. É esse relacionamento inesperado entre os dois núcleos familiares que acontece na rua dos Oitis. De repente, o mundo destas duas residências compreende nos seus sentimentos todo o mundo, toda a humanidade, em paixões e amores descasados. Amores proibidos, vingança, calúnia são alguns dos elementos que tomam cada um dos personagens de surpresa e embaralham-se pela trama, em lógica única, respeitosa de cada retratado, mas selada na bolha emocional que encapsula as duas moradias. O agente de união entre as duas casas, é Cosme, o menino da casa cinza, cuja curiosidade pelo amor, primeiro o leva a visitar a casa ao lado, e mais tarde, através da paixão se envolve e participa das aventuras amorosas dos moradores da casa ao lado. Aos poucos cada habitante é atingido por esse traço de união que Cosme constrói entre ambas as residências. Uns menos, outro mais, todos são afetados pela capacidade enorme que Cosme tem de amar e de perdoar. Por fim, é sua insistência em apoiar aqueles que ama que redime os pecados cometidos por todos os personagens quer por amor, quer por desamor.

Já em "Arroz de Palma", Francisco Azevedo se firmou como um contador de histórias de famílias. Famílias para ele são um microcosmo do mundo e apresentam a oportunidade para que o autor possa explorar o coração humano, seus segredos mais recônditos, pecados, paixões, vícios, desajustes. Simultaneamente famílias são o lugar onde todas as transgressões que encontramos mundo afora podem ser recontadas com compaixão e generosidade. No caso das casas geminadas, mais uma vez Francisco Azevedo postula que o perdão é o gesto mais libertador. Assim como encontramos nos textos bíblicos de São Lucas [17:3-4]; São João [1:9]; São Mateus [6:14-15], Francisco Azevedo prega o perdão como maior ato de generosidade do ser humano; prova de conduta altruísta e caridosa, que liberta pecador e mais ainda aquele que perdoa.

Não quero com essa descrição dar a ideia de que se trata de texto religioso representando retidão moral do mais alto calibre. Muito pelo contrário, nessa trama os mais descabidos comportamentos, transgressores de valores tradicionalmente familiares, são encontrados e muitas vezes lidos com bastante agonia, como foi o caso com esta leitora. Só mais tarde, ao fazer o balanço da história — no meu caso muitíssimo ajudada por ter a oportunidade de conversar com Francisco Azevedo pessoalmente — veio a luz, a beleza, a pureza de seu preceito, a retidão e incrível confiança que o autor tem no ser humano e em sua enorme capacidade de se superar.

Ao longo dos anos, fui agraciada com muitos leitores. Ao todo são um pouco mais de 240 resenhas publicadas até o momento. Tenho leitores que, inexplicavelmente, aguardam minhas reações; com essas pessoas tenho a responsabilidade da verdade: tive muita dificuldade com a leitura e aceitação de certos aspectos da trama; problemas com as transgressões de comportamento descritas. Esse texto me colocou contra a parede para ver e aceitar muito do que sempre imaginei inaceitável. Como uma casa geminada, encontrei a pessoa do outro lado do espelho,e ela apareceu muito mais rígida do que imaginei. Conversei com uma amiga de muitos anos, psicóloga que me disse que o que me incomodava era que os personagens tinham saído dos lugares que lhes pertenciam na família. Todas as famílias têm um lugar para o pai, para a mãe, para os irmãos e esses pareciam embaralhados. Talvez ela tenha razão.

Mas tive a oportunidade de conhecer o autor e com isso descobrir sua intenção, sua visão magnânima do ser humano, e sua convicção de que é imprescindível o perdão para o bom viver. Assim, convido todos a lerem esta história carioca. Se nada mais, ela lhe mostrará os seus limites, sua habilidade de aceitação. Isso é muito mais do que a leitura de um romance em geral traz ao seu leitor.
Sinésio 28/09/2017minha estante
Ladyce querida, sua resenha me deixou com a sensação de ter provado um bucadim, lambido os beiço, e agora ansioso pra comer um prato cheio!
bjs.


Wagner 28/09/2017minha estante
Excelente.


Ladyce 28/09/2017minha estante
Obrigada Wagner!


Marta Skoober 28/09/2017minha estante
Wagner tem razão.


Marta Skoober 28/09/2017minha estante
E eu, Ladyce, estou entre os leitores que aguardam sua opinião acerca dos livros que lê, para decidir-me sobre eles. E devo dizer que neste país de instituições absurdamente falidas e corrompidas é acalentador encontrar alguém que inspira credibilidade.


Ladyce 28/09/2017minha estante
Sinésio, só agora vi seu comentário. Não sei porque não apareceu antes. Depois de ler me diga o que achou. Meus grupos de leitura me surpreenderam. E eu me surpreendi com a minha reação. Os grupos -- o Papalivros -- um pouco mais velho em idade, aceitou melhor, bem melhor, O grupo Ao Pé da Letra mais jovem já teve mais resistência. Ambos se encontraram com o autor e ambos saíram dos encontros com uma visão mais global dos problemas porque o próprio Francisco Azevedo disse que esperava um reação contrária... Vá lá... veja e me conte. Suspeito que você possa ser maior do eu, mais acolhedor.


Ladyce 28/09/2017minha estante
Marta, muito obrigada pela confiança. Não imaginava. Muito, muito obrigada,


Márcio_MX 29/09/2017minha estante
"Arroz de Palma" é sensacional. "Doce Gabito" me esfriou uma pouco, mas depois de sua resenha esses Novos Moradores já entraram para lista :D


Nanda 24/10/2017minha estante
O segundo livro, alguém sabe me dizer o título?


Ladyce 24/10/2017minha estante
Doce Gabito...


Nanda 24/10/2017minha estante
Obrigada, sou apaixonada pelo "Arroz de Palma"


Nanda 24/10/2017minha estante
Acelino Álvaro, da uma olhada




Gaby 07/11/2021

Francisco Azevedo é mestre em família
Posso dizer que Francisco Azevedo foi a mais feliz surpresa que eu tive no mundo da literatura. O livro Arroz de Palma se tornou um dos meus livros de cabeceira!
Quando comecei a ler "Os novos moradores" me decepcionei com o tema, para mim ainda inaceitável, mas mesmo assim decidi não desistir da leitura, até porque minha curiosidade assume o controle da minha leitura mais do que o meu gosto pelo assunto (sem spoilers).
A realidade é que saga familiar é com Franciso e eu não o deixaria me decepcionar fácil assim. Além disso, tinha o Cosme que me conquistou desde o princípio. Então, continuei a leitura e não me arrependi.
Francisco sabe falar sobre amor e família melhor do que ninguém. Acabei o livro muito antes do que esperava e com o coração aquecido.
Eu simplesmente amo o jeito que este autor escreve, é poético, é tocante, é envolvente.

Desde criança quando passeio de carro pela cidade fico vidrada na janela olhando as casas passarem, imaginando as histórias que se passam dentro delas, ativo a minha imaginação.
Ao ler esse esse livro me senti como se eu tivesse conseguido entrar dentro de duas casas geminadas e tivesse acompanhado as vidas que se passavam dentro delas, tão pertinho, tão real, tão doido. Adorei.

Tema do livro foi o motivo das 4.5 estrelas. Mas Francisco merece 10?.
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*Si* 17/01/2023

Qualquer forma de amor vale a pena?
Esse livro é um soco no estômago. Revirou meu senso crítico pelo avesso. Família. Tema central. A chegada dos novos moradores, um modelo livre e alegre de família, incomoda os antigos habitantes da casa geminada ao lado, um modelo tradicional e moralista de família. O filho mais velho da casa de cá cruza o muro pela segunda vez encontrando um lugar especial na família da casa de lá. Segredos. Ressentimentos. E a mão soberana do tempo movendo as peças do tabuleiro da vida. O Amor em suas infinitas formas pode legitimar uma relação proíbida? Quanto o amor pode ser paciente? Quantas possibilidades de amar? Quantas configurações diferentes de relacionamento podem formar uma família?
A linguagem lírica, envolvente, muitas vezes nos tira o lugar de julgadores, abre caminhos para um olhar um pouco mais generoso, afinal é uma obra de ficção, mas, poderia não ser...
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Cheiro de Livro 09/08/2017

Os Novos Moradores
Se você, como eu, é uma frequentadora assídua de livraria com certeza já fez um amigo livreiro, aquele que te mostra não só os últimos lançamentos, mas também os livros que não tem tanta propaganda mas que você vai amar. Foi assim que Francisco Azevedo entrou no meu radar, seu “Arroz de Palma” caiu na minha mão e eu li de uma sentada, agora com ele voltando ao tema família resolvi voltar para as páginas de Azevedo, desta vez com “Os Novos Moradores”.

Duas casas geminadas na Gávea abrigam duas famílias muito distintas. Na casa de cá, Carlota, Zenóbio, Damiana e, nosso protagonista, Cosme, na casa de lá Pedro, Inês, Amanda e Estevão. Essas vidas vão se entrelaçar ao longo de três décadas. Numa casa uma família harmônica, na outra pessoas que não se falam, não se compreendem. É nesse emaranhado de relações que Azevedo vai tecer sua história.

Quando li “Arroz de Palma” o ritmo da narrativa me cansou um pouco, passados os anos, a forma quase poética de Azevedo narrar os acontecimentos me envolveu. Os dois primeiros terços do livro se aproveitam dessa narrativa para construir todo uma ambientação de vergonha, segredo e amor. A história se desenvolve vagarosamente e vai crescendo o drama com delicadeza. É encantador acompanhar os amores e desavenças narradas no ritmo típico de Azevedo.

O terço final do livro foge do todo, tudo começa a acontecer rápido, os conflitos são deixados de lado e tudo vai se acertando como que em um passe de mágica. É estranho, senti como se o livro tivesse que acabar logo e todos aqueles dramas que tornaram esses personagens envolventes não fossem mais levados em conta. Foi um final decepcionante, não pelo que acontece e sim como tudo e contado e acelerado. É um final mais ou menos para um livro que começa tão bem.

Mesmo tendo problemas com o terço final “Os Novos Moradores” é desses livros para recomendar. É Azevedo mostrando mais uma vez que entende desse negócio de falar sobre famílias.

site: http://cheirodelivro.com/os-novos-moradores/
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Nana 20/09/2017

Um história sobre famílias, amores e amizades
A forma de escrever deste autor é muito agradável. Ele tem uma linguagem poética que flui facilmente e vai nos envolvendo aos poucos até chegar o momento que fica difícil desgrudar do livro.
O enredo trata de relacionamentos familiares, com um tema central bem polêmico. É importante que seja lido, se possível, sem julgamentos, mas com compreensão e um pouco de empatia para que o leitor se coloque naquela situação e imagine como reagiria.
Gostei bastante! Acho que vai agradar quem gosta de livros com pouca ação, mas com personagens e assuntos que poderiam fazer parte do dia a dia de qualquer um.
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F. 26/11/2017

Ousado e sensível
Fiquei enredada em tanta beleza, loucura, poesia, feito bicho, feito anjo. Este romance é uma obra de arte, ousada e intensa, com luz capaz de ofuscar os olhos, mas logo vamos nos habituando a ela e tudo se torna mais iluminado.
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Lorena Alhadeff 31/01/2019

Uma grande ilusão!
Um livro cheio de picos e vales. Como sempre, Francisco Azevedo tem as palavras certas para os momentos certos: emoção, perdão, reflexão, sabedoria e ternura são garantidos! Essa história que, várias vezes, nos dá belas lições de resiliência com uma boa dose de inteligência emocional, pecou, ao meu ver, no início, por se mostrar uma ingênua história infanto-juvenil, onde a mocinha é uma tirana intocável que só faz besteira e sempre se dá bem no final; o mocinho é uma mistura de razão-emoção-tesão-perfeição, milimetricamente calculado; ou outro jovenzinho, ciumento e maleável demais...
Além do X da questão, um horror, que tenta ser mostrado com naturalidade, uma simples peça no jogo do vale tudo da paixão!
Já na segunda parte do livro, todo o complicado quebra-cabeças, como num passe de mágica, vai se encaixando. Não importa o tamanho do problema, as peças sempre se encaixam. Essa previsibilidade gerou em mim um certo tédio.
Um bom livro, apenas.
Finalizando em poucas palavras: tudo uma grande ilusão!
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Lusia.Nicolino 09/01/2020

Uma história como essa só nos chega pela literatura. Será?
Problemas difíceis de solucionar, resolvidos assim, com tempo e diálogo? Improvável.
De onde vem a narrativa que, às vezes, quase escorrega para a poesia barata? O anseio de que na realidade o amor fará vir à tona a solução que tudo apazígua.
Cosme, Amanda, Damiana, Estevão, Jussara, Inês, Pedro, Zenóbio, Carlota, quem mora na casa de lá e quem vive na casa de cá?

Azevedo explora o tema da família, vizinhas, morando em casas geminadas. O que as torna iguais e o que as torna diferentes? Os segredos, as tramas, pais e filhos, seus silêncios e suas escolhas. A passagem do tempo, os objetos que simbolizam cada uma das etapas.
Até onde os humanos permitem que sua intimidade seja devassada, confrontada e julgada?

O amor entre os indivíduos permite um desfecho com futuro promissor, costurado pelo perdão.
O problema, no meu caso, é que eu não acredito nele.
E, apesar da trama prender e nos fazer querer saber qual é o final, inusitado ou definido pelo destino, preciso conferir o livro de maior sucesso do autor, O Arroz de Palma, de 2008, para fechar meu veredicto.
Por enquanto, eu não o perdoei.
Mas, o convido a ler e avaliar pessoalmente que sentimentos o amarelo ouro lhe traz.

Quote: “Pai Omisso em seu infinito conforto, endereço ignorado. Perdão nenhum, castigo nenhum. Que todos façam o que quiserem e ajustem lá suas contas por si mesmos. Não é assim que, órfãos, funcionamos? Mas nem tudo está perdido, consola-se. Restam as livrarias que encontra por onde passa. E a companhia de novos livros – brochuras simples com títulos sugestivos e capas que o atraem. Amizades de conteúdo, sólidas, sempre disponíveis. Amizades de papel, boas de pegar e cheirar. Ai dele se não fossem elas.”

site: https://www.facebook.com/lunicolinole
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Marta 31/01/2022

Os novos moradores
Sabe aquele livro que emociona? Então... mais uma vez o tema é a família. Família de cá e família de lá. Logo se tornam uma coisa só. Linda história, desse autor que já aprendi a amar!
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Lorena.Magno 12/04/2022

Os novos moradores
Amo a escrita do autor. Adoro como ele fala sobre família. Só não foi 5 estrelas pois achei q a temática me assustou um pouco.
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