Leila.Cavalcante 31/01/2020
Primeiro que eu passei eras criando coragem para pegar esse livro pra ler (em francês), porque achava que ia ter enormes dificuldades de entender. Mas, pra minha surpresa, as dificuldades não foram tão grandes. Claro, não vou dizer que é uma leitura fácil, mas é compreensível, apenas exige um pouco mais de esforço intelectual (e a forma arcaica de passé composé que eu demorei muitas páginas para entender, mas enfim). Segundo ponto é que eu fiquei chocada com o quanto o livro é diferente do filme. Sem querer entrar nessa discussão, mas tinha visto o filme há alguns anos e já não me lembrava de quase nada, depois que comecei a leitura, fui rever o filme e minha revolta porque ele é 100% diferente do livro foi enorme (basicamente só mantiveram os nomes).
Dito isto, o livro é excelente. Na primeira parte (da primeira parte), as coisas acontecem bem rápido. Edmond Dantès é um rapaz do bem, honesto, trabalhador e, de certa forma, ingênuo. Tudo que ele queria era se casar com Mercedès, ajudar o pai a ter uma vida melhor e ser capitão do navio. Mas acabou caindo numa cilada orquestrada por Danglars e Fernand. O primeiro, por inveja do sucesso profissional de Edmond, o segundo, por causa de Mercedès. De repente, Edmond ver tudo que ele tinha, que não era muita coisa, mas para ele era o bastante, ser tirado de si, e se vê jogado numa prisão, sem nem ao menos saber o crime que havia cometido.
Mas a prisão muda a vida de Edmond. Para melhor? Claro que não. Ser privado da sua liberdade, especialmente quando se é inocente, não pode ser uma coisa positiva. Porém, é verdade que a ingenuidade dele foi destruída. Edmond não perdeu o lado bom (eu acho, porque ainda tem mais coisa pela frente), mas deixou de ser otário, para isso, contou com a ajuda do padre Faria, que além de ensiná-lo várias línguas, matemática, economia e etc., ainda estava disposto a dividir com ele o tesouro escondido da família Spada. Entretanto, Faria não resiste à prisão e a morte dele abre as portas para Edmond recuperar sua liberdade.
Na segunda parte, Edmond Dantès desaparece e o conde de Monte Cristo se torna a figura mais recorrente do livro. A partir daí, a história caminha um pouco mais devagar. Vários personagens aparecem com histórias paralelas acontecendo.