Binti: The Night Masquerade

Binti: The Night Masquerade Nnedi Okorafor




Resenhas - The Night Masquerade


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Mateus 21/07/2021

O final em si é bacana, mas muitas decisões que levaram até lá acabaram sendo simplistas demais, apesar de entender isso devido ao formato de "novella" mais extensa.

A leitura no geral é bem agradável, bons personagens, temas bacanas e boa construção de universo.
Soph 21/07/2021minha estante
Legall




Isabelle 27/09/2020

Nnedi Okorafor, uma grata descoberta.
“The Night Masquerade” é o terceiro livro da trilogia Binti, lembro quando li o primeiro livro da trilogia e como fiquei encantada com a ideia de usar a cultura Himba em um cenário futurístico e como eu não conseguia ver essa ideia saindo de outra pessoa que não a Nnedi, a história de Binti e sua evolução ao longo dos livros é incrível, não foi um livro que ganhou o Nebula Awards sem mérito.

O terceiro livro também merece ser lido, porém adianto não ser o meu favorito, por vezes senti que autora deu soluções simplistas e anti-climáticas que poderiam ter sido melhor desenvolvidas, a sensação que tive foi que a autora estava correndo para finalizar a história. Apesar disso, é em “The Night Masquerade” que entendemos mais da conexão entre Binti e o povo do deserto e todo contexto do conflito entre o povo Khoushe os Meduse.

Enfim, uma ótima escolha para quem curte uma boa ficção. E quem não quis ir estudar na Oomza Uni que atire a primeira pedra!
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Ricardo Santos 27/06/2019

Uma jornada notável
A autora estadunidense, de ascendência nigeriana, Nnedi Okorafor disse, certa vez, que, como não havia ficção para ela ler sobre a África no futuro, ela resolveu escrever suas próprias histórias. A trilogia Binti é um excelente exemplo desse projeto.

Na primeira novela, somos apresentados a Binti, uma garota muito curiosa, matemática brilhante e filha de um fabricante de astrolábios. Ela faz parte do povo Himba, na Terra. Um povo que dá valor ao conhecimento, mas muito fechado em si, bastante apegado às tradições. Quando Binti decide viajar para outro planeta, onde se encontra a universidade mais prestigiosa da galáxia, gera-se uma crise familiar. Os poucos Himba que deixam sua comunidade se tornam párias.

Na nave que a leva, Binti é a única pessoa do povo Himba a bordo, com otjize espalhada pelo rosto e tranças, uma espécie de argila vermelho-alaranjada, símbolo fundamental em sua cultura.

Binti se sente novamente dividia com o acolhimento de um grupo de estudantes, futuros colegas de universidade (depois de um estranhamento inicial) e a curiosidade espantada e racista de tripulantes e passageiros, gente Koush, um povo humano dominante. Então acontece uma reviravolta sanguinolenta. A viagem especial se torna cenário de uma eletrizante história de terror, com a chegada do povo alien Meduse, inimigos mortais dos Koush.

Binti é uma adolescente muito decidida, mas também frágil na incerteza do que o futuro lhe reserva longe de casa, na universidade, e em seu contato com o povo Meduse. Contato esse que fica mais complexo e tenso à medida que o tempo vai passando na nave, e que vai transformar a vida de Binti para sempre.

Em Binti: Home, segunda novela da trilogia, ela já frequenta a universidade de Umza Ooni. Depois do trauma vivenciado no livro anterior, Binti volta para Terra, a fim de se explicar à sua família por ter fugido. Esse retorno não é fácil. Binti não é mais a mesma pessoa, algo que tanto seus familiares, assim como a própria Binti, têm dificuldade em entender.

A expansão desse universo é o maior mérito do segundo volume. Conhecemos mais o povo Himba e a família de Binti, com seus afetos e conflitos. Agora Binti enfrentará mais uma etapa decisiva em seu caminho de autodescoberta, após revelações sobre seus ancestrais e poderes que ela desconhecia. Ao mesmo tempo, há um grande perigo no ar. A rivaldiade entre os Meduse e os Koush chega à Terra, ao povo Himba e coloca a vida de Binti em risco.

Na terceira novela, The Night Masquerade, temos uma conclusão épica à jornada de Binti, colocando-a no epicentro de uma guerra iminente entre Meduse e Koush, após anos de trégua. Binti precisa buscar a paz a fim de preservar sua cultura e a vida de seu povo. Além de tentar entender as habilidades que carrega consigo.

A primeira novela é tão empolgante que você consegue terminá-la de um só fôlego. O texto de Okorafor é simples, fluido, muito gostoso de ler. É uma prosa cheia de sabedoria, calorosa, mas que não deixa de lado o aspecto sombrio da natureza humana... e de alienígenas. Isso continua em Binti: Home, mas aqui algo fica faltando, um maior investimento na trama. Não acontece muita coisa, mesmo com um elenco de personagens fascinantes.

Contudo, em The Night Masquerade, Okorafor consegue aproveitar muito bem o fato de escrever a novela mais extensa para, finalmente, entregar ao leitor o cenário completo de toda a saga. É no terceiro livro que temos os melhores momentos de Binti, tanto na interação com os demais personagens, como em suas reflexões sobre seu lugar no mundo (e no universo) e outros temas caros, como os papéis da mulher, sede de conhecimento, estado de guerra, tradição, modernidade e negritude. Himba, Meduse e Koush não são retratados como mocinhos e vilões, mas como gente e seres complexos numa situação-limite, que precisam fazer escolhas difíceis, vencer barreiras e preconceitos. O desfecho é positivo, mas longe de ser ingênuo.

Com a trilogia Binti, Nnedi Okorafor subverte as convenções da ficção científica para tornar o gênero mais vibrante. Ela continua os passos de Octavia Butler e apresenta uma obra de afrofuturismo notável. A primeira novela ganhou o Nebula e o Hugo.
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