Os 27 Crushes de Molly

Os 27 Crushes de Molly Becky Albertalli
Becky Albertalli




Resenhas - As 27 Paixonites de Molly


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Mateus295 28/11/2018

Emoji de carinha sem expressão
Ao ler este livro já tinha uma ideia que ele fosse leve e descompromissado, era o que eu esperava. Algo para desanuviar a cabeça de um livro metido a erudito que li antes. Mesmo assim o livro me decepcionou em alguns quesitos, tendo em vista que ele é inteiramente linear, não traz nenhum alto nem baixo.

“Os 27 crushes de Molly” é um livro que narra a saga de uma garota que está em busca de um namorado. Essa procura que é dificultada pela autosabotagem da garota provocada pela sua baixa autoestima causada pelo seu peso. Aqui temos um ponto bacana de ser trabalhado e que pouco vemos nos personagens principais de livros YA (pelo menos dos quais eu li), mas aqui isso não é bem trabalhado. E eu vou dizer os meus porquês.

Primeiro, a autora cria um pano-de-fundo muito complexo que não dá muita margem para que a Molly e seu problema de autoestima se desenvolva. A narrativa traz um modelo de família muito interessante, que frequentemente deixa a Molly desfocada. Molly é gêmea bivitelina de Cassie, que é totalmente diferente da primeira, principalmente quanto a relacionamentos. Vale ressaltar que Cass é lésbica e na trama está conhecendo alguém novo de uma forma nova para ela

Não bastando os holofotes sendo dividido para a Cass, as garotas são filhas de um casal lésbico muito bonito, que também tem um filho menor que é apelidado de Professor Xavier (sim, do X-Men). Então entendam, a trama tem arcos que facilmente podem tirar o destaque de Molly e seus 27 crushes, esses que são pouco abordados ao longo da narrativa.

O segundo motivo que prejudica a avaliação final do livro é que as crises de autoestima de Molly parecem não tomar muita profundidade, e ainda ficam perdidas no livro. Os dramas abordados normalmente já passeiam pelo imaginário de qualquer pessoa que tenha um pouco de empatia e imagine as lutas enfrentadas por pessoas solitárias, não há nenhuma coisa nova e intrigante. Eu esperei que houvesse um maior aprofundamento até para singularizar o drama, para que assim houvesse uma identificação para pessoas que são gordas e solitárias. Não acho que rolou isso...

Contudo, o livro é de fácil leitura, parece até aqueles contos que encontramos no WattPad. E sendo assim, não só espere uma escrita muito fácil – com descrição detalhadas de emojis -, como também resoluções fáceis e “felizes para sempre” para todos. É uma leitura de lazer, sem muito compromisso, para quem quer passar o tempo lendo algo que não pretende sair do óbvio.
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Likka 29/11/2018

Mais uma obra incrível de Becky!
Eu me apaixonei por esse livro de cara, foi amor a primeira vista, sabe? Quando li sobre os 26 crushes já me identifiquei, depois li sobre a insegurança que a personagem tinha com a própria aparência e ai... estava óbvio. Eu tinha que ler aquele livro. Felizmente, posso dizer que não me arrependo e Becky superou minhas expectativas.

"Os 27 Crushes de Molly" conta sobre a vida de Molly, uma adolescente de 17 anos alegre, inteligente e carinhosa, - a amiga perfeita - que vive com suas duas mães, uma irmã gêmea e um irmão mais novo. A personagem é tímida e um pouco insegura, por conta disso ela é um pouco solitária, tendo só a família e sua irmã como melhor amiga. Então, quando sua irma começa a namorar Mina, ela começa a se sentir extremamente solitária. Claro que ela ficou muito feliz por sua irmã, mas perder a melhor amiga dói, né? Todas as atividades que Molly fazia sua irmã estava lá e agora, com Mina, ficava difícil para a gêmea dividir o tempo entre as duas. Obviamente, como as duas eram irmãs, Cassie prefere passar seu tempo com a namorada quando não dá para passear com as duas. Acaba que essa situação desencadeia algo na protagonista, ela começa a se sentir "atrasada" em relação as outras garotas de sua idade, porque aos 17 anos a maior parte das adolescentes já estiveram em um relacionamento e Molly nunca nem beijou alguém. Boa parte dos motivos para isso nunca ter acontecido é porque ela pensa "garotas gordas sempre têm que ser cautelosas" e por causa dessa insegurança a personagem teve crushes, paixões platônicas, sem nunca deixar eles saberem sobre seu sentimento, já que morria de medo de levar um fora.

Então, Cassie tem uma ideia brilhante! Por que não juntar sua irmã com um dos amigos de Mina? Afinal, o cara era um fofo e as duas estariam sempre juntas. Molly acha a ideia assustadora mesmo com os incentivos de coragem da gêmea, mas decide tentar se aproximar do rapaz - devagar, é claro.
Porém, tudo complica quando a protagonista começa a trabalhar em uma loja de artigos de bebê e conhece seu novo colega de trabalho, Reid. O rapaz é meio estranho, sempre usa tênis brancos e é meio nerd, mas Molly se surpreende após conversar um tempo com ele. A conversa simplesmente fluía, sem pânico, de certa forma ela se sentia confortável perto dele e não tinha medo de ser ela mesma. É aí, então, que ela se desespera! "Estou sentindo algo por Reid ou é só imaginação"? Relaxa, Molly, eu não te julgo por isso. Rapazes podem ser difíceis de ler... e depois dizem que as mulheres são incompreensíveis... kkk

"Os 27 Crushes de Molly" é, acima de tudo, uma história de autoconhecimento que fala sobre autoestima, confiança, amizades duradouras e família. Além disso, conhecemos personagens divertidos e muito reais. Como o esperado, Becky rompe mais uma vez com os padrões sociais e faz isso de maneira delicada, leve e divertida.
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Leonardo 02/12/2018

RESENHA SEM SPOILERS
Molly é uma adolescente que ao longo de sua vida já teve muitos crushes (vinte e seis, pra ser exato), no entanto nunca beijou nenhum deles. O motivo para isso é sua insegurança e timidez. Problema que sua irmã gêmea, Cassie, não possuí, já que ao longo dos anos a Cassie já beijou várias meninas, porém nunca namorou. Tal cenário começa a mudar quando Molly conhece Mina no banheiro de uma balada, Mina é linda e logo apresenta pra sua irmã, as duas começam a desenvolver uma relação e isso começa a afetar Molly, ao perceber que Cassie coloca Mina no centro das atenções e deixa Molly de lado.

Porém sua irmã percebe isso e cria um plano de arranjar alguém para ser o namorado de Molly, daí entra Will, o deus hipster amigo de Mina, tudo parece perfeito, já que assim os quatro poderão sair juntos e a relação entre as irmãs poderá continuar firme e forte. Molly aceita participar do plano, mas sua mente está divida entre arranjar um namorado e seu primeiro emprego em uma loja de artigos pra decoração. Lá a garota conhece Reid, um nerd fã de Game of Thrones e Senhor dos Anéis que aos poucos vai construindo uma relação com Molly.


Nunca tinha lido um livro de Becky Albertalli (acreditem, nem Com Amor, Simon), mas sempre fui LOUCO pra ler! Por isso não sabia o que esperar direito de Os 27 Crushes de Molly, comecei a leitura bem descontraído e fui fisgado pelos personagens rapidamente. Um dos motivos para eu querer muito ler os livros de Becky foi pela inserção de personagens LGBTQ em uma história leve, romântica e até mesmo um tanto cômica, mas com naturalidade, e no mundo de Molly não é diferente.

A personagem principal é filha de um casal homoafetivo e, por assim teve uma educação social livre de preconceitos e tabus, no livro tanto as mães dela quanto sua irmã (que é homossexual), são tratadas normalmente, exatamente como deveriam ser. Molly não se vê como uma pessoa gorda infeliz que se odeia por conta do peso, mas sente repressão pela visão preconceituosa e gordofóbica das pessoas acerca disso, o que é um ponto de vista interessante e raramente aprofundado.

Confira o resto no site!

site: https://oporaoliterario.blogspot.com/2018/12/resenha-os-27-crushes-de-molly.html
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Mariana 09/12/2018

Os 27 Crushes de Molly
Sabe quando você está em uma ressaca literária ou acabou de ler aquele livro pesado, e precisa de uma leitura leve e agradável para relaxar? Pois então: 'Os 27 Crushes de Molly' é perfeito para a situação! 

Para quem não conhece, a história é sobre, (obviamente) a Molly. Uma adolescente de dezessete anos que já teve 26 Crushes em sua vida, e nenhum desses foi um amor correspondido. Isso porque ela nunca teve coragem de chegar em ninguém. Tanto que nunca sequer beijou. Até que chega um momento em que a personagem se sente atrasada em relação as pessoas de sua faixa etária, e começa a se questionar sobre isso. 

No desenrolar do livro Molly conhece o Will, que seria o seu crush de número 27, e sua irmã gêmea, Cassie, e a namorada Mina, tentam traçar um plano para fazer a personagem se aproximar do rapaz. Até que, no decorrer da trama, as coisas não acontecem bem do jeito que era esperado. 

Lendo, você pode ter a impressão de que é só mais um Young Adult da mocinha se apaixonando e tornando o livro um romance clichê que não agrega em muita coisa. Entretanto, a história é muito mais do que isso. 

Este foi o meu primeiro contato com a escrita da Becky Albertalli e, por mim, posso dizer que foi surpreendente. Digo isso porquê no livro são discutidas questões sobre padrões sociais e como se desvencilhar deles, além de homofobia, inseguranças, amor próprio e até gordofobia. Também tem espaço para abordar a família, de uma forma muito prazerosa.

Os personagens coadjuvantes tem papéis fundamentais que enriquecem a história, como a irmã de Molly, que é lésbica, e a sua namorada que é pansexual. Também temos as mães das meninas, que sim, é no plural mesmo! Sendo que uma delas é bissexual. Ou seja, um livro que questiona padrões e mostra a importância da representatividade. Tudo em uma escrita simples, cativante e muito bem humorada. 

Também tem, claro, os momentos adolescentes, como as festas, as inseguranças (já dito anteriormente) e os primeiros amores da vida. 

É uma leitura extremamente leve e aconchegante, recomendado principalmente pra quem está a fim de ler um livro tranquilo, para relaxar. Confesso que por ter sido minha primeira experiência com o trabalho da autora, me despertou uma grande vontade de ler outras histórias dela. 
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Thamires_ 15/12/2018

''O amor é uma coisa que vale a pena querer''
O livro narrado em primeira pessoa permite que o leitor sinta empatia ao se colocar no lugar de Molly retratado sobre a gordofobia, problemas familiares, conflitos de sentimentos e a baixo auto estima da personagem principal. Uma leitura leve pra ler em poucos dias.
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vaneperola 19/01/2019

Uma leitura quase que necessária!
Gente, esse é o primeiro livro que leio da Becky Albertalli e gostei muito. Sei que ela é conhecida pelo livro Com amor, Simon, mas esse livro foi o que li primeiro. No início a leitura é muito boa e corre tranquilamente. Cassie, que é irmã de Molly é engraçada e divertida e Molly sempre encucada com seu peso, suas paranoias. Até então tudo bem, mas o meio do livro começa a ficar chato, até que, você simplesmente começa a entender o porquê de Molly ser do jeito que é. E no meu caso, desenvolvi empatia por ela ao perceber que ela sou eu. Insegura em relação ao corpo, em relação a ter alguém bonito apaixonado por mim, com medo de me relacionar com quem quero por pensar muito se as pessoas vão achar ele bonito ou legal. Lembrei muito do filme Sierra Burgess is a loser. E as duas me mostram o quanto ainda é difícil conviver com a insegura.
Amei o desfecho do livro, amei que ela acabou com quem eu queria e amei o jeito simples e cativante que a Becky escreve.
Leiam o livro e percebam a Mooly, tenho certeza que vão sentir vontade de abraça-la e dizer: NÃO HÁ NADA DE ERRADO EM SER VOCÊ!
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Cris.Matthiesen 21/01/2019

Esse livro é daqueles fofinhos, que a gente lê e se diverte. Molly é uma gracinha e seus pensamentos são tão simpáticos! Molly é linda. Recomendo a qualquer um que esteja a fim ler algo simpático e ao mesmo tempo que fale dos problemas dos adolescentes que não estão dentro dos padrões exigidos pela sociedade hipócrita.

site: https://crismatthiesen.com/
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Thaynara Carolina 30/01/2019

A melhor leitura de 2019 até agora
Esse foi o primeiro livro da Becky Albertalli que li e já favoritei como um dos melhores que já li em tempos. Chorei muito quando terminei de ler e em inúmeros momentos do livro por ter rolado um "match" com os pensamentos de Molly, que são tão reais e, infelizmente, comuns entre os jovens.
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A enredo é uma história simples, mas avassaladora. A autora soube medir o engraçado e divertido com o tocante e essencial pra transformar esse livro em uma leitura incrível.
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Outro ponto importante é a representatividade que esse livro tem. A Molly e Cassie são filhas de um casal homossexual e foram geradas por uma das mães por meio da inseminação artificial. Sem falar que elas têm um irmãozinho que foi gerado pela outra mãe também pela inseminação do mesmo doador 16 anos depois das meninas. Quer mais? Uma das mães é negra e a outra branca e são Judias. Um hino de livro, não é mesmo?
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Diferente de outros livros, em Os 27 Crushes de Molly a representatividade não é jogada lá como se fosse por obrigação, ela é estruturada e tem fundamento.
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Não tenho absolutamente nenhuma crítica negativa sobre esse livro, a única coisa que sinto sobre ele é amor. Leiam

site: https://www.instagram.com/resenhasdathay/
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Natália Tomazeli 31/01/2019

O clichê de sempre, mas com representatividade
"Sabe, quando a gente tem dezessete anos, tudo parece o fim do mundo. Ou o começo do mundo. E é uma coisa incrível."

AVISOS:
1- eu vou comparar muito esse livro com o "Simon vs a agenda homo sapiens" porque né, motivos óbvios;
2- eu sou uma pessoa que gosta de livro YA, então sim, eu tô ligada no padrão que esses livros costumam seguir; minhas críticas não são ao tipo de livro, nunca; e é só minha opinião, você pode ler isso tudo e amar, sei lá. Normal...

Eu fui completamente influenciada por "Simon vs a agenda homo sapiens" a ler e comprar esse livro. E quem não seria? Afinal Simon é um livro que originou um filme que eu considero ter mudado a forma como a gente vê as "comédias românticas" no cinema, além do livro mesmo ser uma coisa totalmente inovadora dentro dos YA's. Simon é um livro que não traz só representatividade, trata a homossexualidade de maneira natural. A trama principal de Simon não tá focada nos problemas de ser uma pessoa LGBT. Claro que isso é citado, mas não é o centro da vida do Simon. Com pessoas LGBT, parece que a partir do momento que vc faz parte desse grupo, você meio que não é mais uma pessoa e a sua sexualidade é uma partezinha de você, parece que você É literalmente a sua sexualidade. Toda pessoa que você é, se resume à aquilo. Vc não mais um fulano, vc é o fulano que é gay. A fulana que é lésbica...
E você deve tá se perguntando porque eu começo esse texto dizendo isso, né? Sabe porque? Por que a Becky Albertalli é mestra em não fazer isso. E isso é a única coisa boa desse livro, gente, infelizmente!

É muito inevitável não fazer uma comparação com "Simon vs a agenda homo sapiens" por causa disso que eu falei acima e porque querendo ou não, esse foi o maior sucesso da autora, com certeza. Ela podia ter usado a mesma fórmula de Simon para fazer esse livro, mas eu não sei o que aconteceu, nem parecia que era ela que tava escrevendo!
Pra começar, é um livro TOTALMENTE raso, tipo uma poça! Juro! Sabe tudo aquilo que tá escrito na sinopse? Então, é aquilo ali que é o livro inteiro, só que claro, com umas encheções de morcilha que pouco colabora para o enredo como um todo. No Simon, por mais bobo que alguém possa achar, pelo menos vc tinha aquele mistério de "nossa quem será que é o Blue?". Aqui não tem nenhum mistério, nenhuma emoção, nenhuma mínima coisinha que mude o ritmo da trama, é tudo uma coisa já pré-estabelecida e no mesmo ritmo sempre.

Além disso, o livro traz essa protagonista, a Molly... O que dizer sobre essa protagonista? Eu achei ela totalmente problemática dentro do que a autora coloca como meio que "premissa" para ela. Tudo bem, eu não esperava ver aqui uma Alexandra Gurgel, né, mas poxa, sabe. Queria ter visto uma evolução da personagem, uma mudança de atitude. Que ela parasse de se importar tanto com o que os outros pensam, que ela trabalhasse mais essas inseguranças. E tudo que eu vi aqui é a guria reclamando e colocando minhoca na cabeça de sempre AS MESMAS COISAS. Sempre! E tipo, não é como se ela não tivesse ninguém para servir como inspiração ou pra tirar ela dessa neura, ou para conversar, desconstruir, sei lá. As mães e a irmã são super desconstruidonas e diversas vezes no livro aconselham ela. Mas ela não muda. E isso cansa, irrita. Deixa o livro maçante, porque a gente já sabe tudo o que ela vai pensar. De novo, não traz nenhuma novidade dentro do que a gente já viu em um monte de YA por aí. Ela é aquela típica menina sem auto-estima nenhuma, com zero personalidade, que só se sente melhor com a aprovação de outro homem. Que novidade tem nisso? "Ah mas o livro tem muita representatividade, olha que inovação" SIM SIM e SIMMMMM! Só que ao meu ver foi tão mal utilizado que dá até dó! A representatividade lésbica desse livro é tão boa mas TÃO BOA que me deu muita raiva quando eu acabei o livro e vi que no conjunto, isso foi muito desperdiçado. A Becky cria a personagem da Cassie, que foge completamente dos esteriótipos lésbicos de SEMPRE (o que já é de se comemorar, obrigada pela coerênciia, Becky!) e com maestria dá um show em diálogos com os outros personagens sobre assuntos ligados ao mundo lésbico (e na sexualidade como um todo), que honestamente, nunca são abordados nem na vida real. Tem um diálogo sobre a sexualidade lésbica que ela tem que gente, eu fiquei muito feliz de ver em algum lugar, sendo dito FI-NAL-MEN-TE... Mas pra depois ficar triste de novo com os mesmos padrões e esteriótipos heterossexuais sendo seguidos do mesmo jeito pela Molly. Aquela mesma receitinha de bolo da protagonista acabando com um cara no final, sempre do mesmo jeito e sempre só chegando no ápice da felicidade da vida dela com ele dizendo "Nossa você é linda" e fazendo o favor de nossa, namorar com ela, olha só! Cara, porque? Porque a autora fez isso, gente? Pra fechar aqui, outra coisa muito padrãozinho que meio que completa essa coisa do namoro, é a questão de que parece que ela nunca pode ficar solteira. Essa coisa de que a mulher hétero só vai ser completa e ter uma vida próspera, quando deixar de ser solteira. Enquanto com a Cassie, o namoro acontece naturalmente, tipo, ela tava levando a vida aqui, aí conhece a namorada (não vou falar como porque pode ser spoiler, vai saber, mas é de uma maneira muito legal e diferente tmb) e se apaixona. Você vê a evolução, a coisa despretensiosa. Fora que a Cassie não tá nem aí com namoro, mas ao mesmo tempo também jamais descarta a possibilidade de começar a namorar. Tem uma evolução do casal, e sabe, ela nem é a protagonista!! Aí do outro lado, a Molly parece sempre fazer tudo de maneira forçada porque "nossa olha quantos anos eu tenho e nunca namorei" pra que?? Outra vez, cade a inovação? Ela é a narradora, porque?? Porque com a posição de narradora, ela não podia ser só um pouquinho natural, sei lá??
Aí, tudo o que eu consigo pensar que poderia ter salvado esse livro e poderia ter marcado história assim como Simon, era a Becky ter colocado a Cassie como protagonista, ao invés da Molly. E não é como se a Cassie fosse perfeita, muito pelo contrário, ela é cheia de defeitos. Mas são os defeitos dela que dariam toda a vida para uma trama na qual ela fosse a protagonista.

Aí acaba aqui uma oportunidade de YA que poderia ter entrado facilmente na minha lista de preferidos, mas que não entrou por esse monte de coisas que eu citei. Fica a decepção. Acabei o livro triste, não sei bem. Eu não acho que acrescenta na vida de alguém ficar lendo esse monte de coisa que só reforça tudo o que a gente ouve todos os dias, que a gente vê todo dia, que a gente meio que vive quase que toda a adolescência e talvez pro resto da vida. E por mais que a autora fique tentando desconstruir toda hora isso com falas contrárias, na prática, a protagonista sempre acabava sucumbindo ao lugar comum, ao clichê.

Enfim, recomendo só pela parte da representatividade lésbica? Não sei. Tantos filmes e séries por aí representando isso tão bem nesses últimos anos, mas parece que nos livros, tá difícil da coisa engrenar, hein? Poxa... Autores e autoras, bora embarcar nessa? Oportunidades não faltam e público pra ler isso, não falta também!

"E às vezes isso acontece. As pessoas se afastam."
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leitoratrasado 31/01/2019

Sessão da Tarde
Se esse livro virasse um filme, com certeza, estaria nos meus preferidos. O livro trás uma perspectiva diferente de como uma adolescente se enxerga diante de amores platônicos e de todas as barreiras que a impedem de seguir por um desejo de ter um namorado... Molly se torna cada um dos leitores, pois dentro dela existem conflitos que permeiam os pensamentos de cada ser humano. A autora conseguiu contar a história de muitas pessoas! As personagens são bem definidas e a narrativa tem uma dinâmica surpreendente onde cada capítulo deixa a vontade de querer mais.

site: https://instagram.com/lucenadann
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Larissa 18/02/2019

Eu estou tão apaixonada
Meu Deus do céu o que foi isso? Becky é simplesmente genial. Me senti em uma bomba de representatividade. Como mulher gorda eu senti cada palavra desse livro, cada frase, cada pontuação. Finalmente, é assim que é se sentir incluida em uma história? Eu só quero mais disso. Deus do céu. Abençoada seja Albertalli. Leiam. Com certeza leiam. Vocês vão amar.
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Gabriel1994 21/02/2019

Simplesmente maravilhoso.
Todos deveriam ler esse livro pelo menos umas vez na vida!

Becky Albertalli é sensacional e, com certeza, se tornou umas das minhas autoras preferidas com suas três obras traduzidas. Ela conseguiu inserir diversos preconceitos e tabus nesse livro, porém com pitadas de romance, humor e drama, ou seja, uma obra digna de ser lida.

A protagonista Molly sofre por muitas coisas, como o fato de se apaixonar inúmeras -ou não- vezes; ser mulher; acima do peso; bv; virgem; tímida, etc -o que fez eu me identificar em vários pontos e amar mais ainda tal volume. Desse modo, o leitor vivencia como é ser uma adolescente que, apesar de feliz, vive em uma sociedade que a faz ser pressionada por muitas frentes, fazendo-o, ou reconhecer sua vida, ou conhecer problemas que ignorava ou desconhecia, tornando possível que indivíduos de todas as idades saibam que não estão sozinhos no mundo ou que precisam modificar de certa maneira seus modos de viverem, respectivamente.

Por fim, posso apenas recomendar e pedir que outras pessoas leiam esse exemplar simplesmente maravilhoso.
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Miry 02/03/2019

Me identifiquei demais
Molly é aquela adolescente que acha que a eternidade é maior aos 17 anos. A espera é mais cruel quando se tem 17 anos. Eu me identifiquei muito em varias partes e acho que muitos adolescentes se sentiriam como Molly e ficariam menos arrasados por não se identificarem com aquelas histórias adolescentes padrão que passa na sessão da tarde.
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