Resenhas -

Vicky Bezerra 21/11/2017

Scout >> Tom Robinson
O sol é para todos se tornou leitura obrigatória nas escolas norte-americanas como principal objeto de estudo do racismo. A maioria dos resumos que se acha pela internet, resenhas, e até mesmo o texto de orelha de algumas edições apontam esse como o tema principal. No entanto após a leitura vemos que o tema racismo recebe atenção na mesma proporção que os outros temas, porém se destaca por ser o mais chocante e catártico talvez.
As diferentes interpretações do livro levam a diferentes opiniões formadas, por isso afirmo nessa resenha que não se pode tomar todo o livro pelo tema racismo. Até porque não envolve em nenhum ponto a narradora e personagem principal Scout. Em relação a esse ocorrido ela é apenas espectadora.
A história aborda diversos temas e o racismo é sim um deles, porém não o principal. Há no livro inúmeras personalidades complexas que são muito bem desenvolvidas pela autora; praticamente a cada capítulo temos um background de um personagem sendo desvendado, ou em alguma casos e como Harper Lee bem gosta, confundido ainda mais!
A personagem principal por exemplo é muito bem construída para entrar nos moldes perfeitos para a história ficar mais leve e descontraída: é uma menina na segunda infância que se comporta da maneira mais transgressora possível para a época e para as expectativas da família e vizinhança. Arruma briga na escola, bate nos outros meninos e no próprio irmão, responde com petulância os mais velhos, xinga, usa roupas totalmente contrárias às usuais das meninas e vive brincando na rua com seu irmão Jem como se fosse menino igual a ele.
E passamos boa parte do livro com esse plano de fundo para os acontecimentos de Maycomb. Claro que os outros personagens vão tendo suas complexidades desenroladas, como o misterioso vizinho anti-social Boo Radley, o amigo Dill e a tia Alexandra, mas como tudo é narrado por Scout no alto de seus sete anos, não há um ar pesado no romance.
Podemos dizer que fica mais pesado no momento do julgamento não só pelo tema estupro mas também pelas falas mais rebuscadas que o ambiente e a situação exigem. No entanto nada que uma criança não seja capaz de entender. Provavelmente esse é o ponto principal para a autora ter colocado toda a história do ponto de vista de uma criança, para que todos pudessem entender com clareza tudo que está acontecendo.
Falando sobre o julgamento vamos a um breve resumo da história: a trama se passa em um condado ao sul dos Estados Unidos na década de 1930. Os personagens principais são os membros da família Fintch: Jean Louise, apelidada de Scout, seu irmão Jeremy, poucos anos mais velho que ela, apelidado de Jem, o pai viúvo dos dois, Atticus, o advogado, e Calpúrnia, a empregada negra.
Em meio às peripécias vivenciadas pelas crianças, vemos críticas ao regime escolar da época, preconceito racial exacerbado, formação de caráter e destruição do mesmo, luta pela sobrevivência dos moradores do lixão e da comunidade negra, até finalmente o julgamento.
O júri popular tem que decidir se absolve um condena um homem negro, deficiente de um braço, da acusação de estupro a uma menina branca de dezenove anos moradora do lixão. Ambos pobres, ambos a margem da sociedade e da credibilidade, porém o acusado é negro. Não se pode nos Estados Unidos da década de 30 levar em conta a palavra de um negro contra a de um branco. Nem mesmo se ele se declarar inocente.
Como já foi dito a trama tem seu foco principal na menina e suas aventuras pela cidade pequena. Por isso é um pouco decepcionante que o tema principal definido por meio mundo seja um que não este. A história afinal de contas explora as diferenças entre como as crianças veem o mundo e como os adultos veem o mundo. As crianças ainda estão puras, não tem muitas opiniões próprias, rejeitam o que é diferente, mas no geral veem as coisas com mais inocência. Já os adultos não, eles já tem seus preconceitos formados, suas críticas estagnadas e suas negligências conhecidas.
Outra crítica que podemos fazer é acerca do título original. Durante toda a leitura se espera uma história marcante sobre os passarinhos, porém é uma espera em vão. No português o título nos traz uma ideia de justiça, o que pode ser melhor aceito para a história.
No original, To kill a Mockingbird, a autora emprega com muita clareza o idioleto específico do sul do país assim como o da comunidade negra a qual Calpúrnia pertence. São dois idioletos diferentes, porém ambos extremamente coloquiais.
No entanto, sendo uma obra clássica da literatura essas características específicas da sociedade separatista racial norte-americana poderiam não ser assimiladas por todos os tipos de leitores, então na tradução brasileira Beatriz Horta optou por apenas deixar o livro com um discurso informal e coloquial como um todo.
Porém mesmo assim foi muito distante ver o livro a todo momento sendo narrado por uma menina sulista de sete anos. Ela não usaria ênclise numa situação real. O que nos mostra que a literatura ainda tem um certo receio em deixar os clássicos falarem uma língua menos formal.

Rafael 01/11/2020

REFLEXIVO
Mostra o que se esperar de um ser humano descente .

Thaís 10/10/2021

“Em geral, as pessoas veem o que querem ver e ouvem o que querem ouvir.”
O Sol é para Todos é um livro no qual temas como racismo, injustiça e preconceito social são abordados e narrados a partir da visão ingênua de Jean Louise (Scout), uma criança de seis anos de idade.
É um livro que trabalha as consequências de um julgamento antecipado e do próprio preconceito.

erivaldo4680 30/08/2022

Excelente!
Harper Lee mostra de forma simples a inocência de uma criança frente ao mundo, numa época de preconceito, contra os negros nos Estados Unidos. Scoutt é uma garota de oito anos que presencia o preconceito quando o seu pai, Atticus, defende um negro acusado de um crime. Ela vive sua vida e muitas indagações desse fato, aprende que não é tão simples resolver as coisas como uma criança.

O sol é para todos é um livro de escrita leve, principalmente, por que mostra o ponto de vista sobre o olhar de uma criança; apesar de os temas serem pesados. Jem, Scoutt e Atticus mostram a profundidade de um ser humano, tanto para o mal, quanto para o bem, nas suas crenças, preconceito, exclusão e injustiça. Também na sua bondade e caridade deixando claro que não somos melhores nem piores que os outros.

Seria ótimo se pudéssemos enxergar as coisas como uma criança, que não exclui, mas acolhe. Recomendo muito a leitura porque é uma história que emociona, uma leitura prazerosa, leve e personagens humanos e fantásticos. Não é a toa que é um clássico!

genyfr 28/03/2023

O sol não é para todos neste livro
??Temas como racismo, discriminação e violência são retratados neste livro.

Um advogado é responsável por defender uma acusação de estupro contra uma mulher branca. Tom é um homem negro que não tem sua voz ouvida na sociedade.

Scout é filha desse advogado. Ela tem 9 anos e o ódio das pessoas são narrados por ela, uma criança.

É um livro clássico, recomendo essa leitura a todos que querem entender como era o racismo nessa época.

(?) Queria que você a conhecesse um pouco, soubesse o que é a verdadeira coragem, em vez de pensar que coragem é um homem com uma arma na mão. Coragem é fazer uma coisa mesmo estando derrotado antes de começar ? prosseguiu Articus. ?  E mesmo assim ir até o fim, apesar de tudo. Você raramente vai vencer, mas às vezes vai conseguir.

(?) você só consegue entender uma pessoa de verdade quando vê as coisas do ponto de vista dela.

(...) Nunca sabemos como realmente vivem as pessoas. O que acontece por trás das portas fechadas, os segredos.

(...) Se só existe um tipo de gente,  por que as pessoas não se entendem? Se são todos iguais,  por que se esforçam para desprezar uns aos outros?

Soph 13/05/2023

O sol é para todos
Favoritado do ano
Todos deveriam ler esse livro pelo menos uma vez na vida.
Tudo o que esse livro aborda é super importante.
O fato dele citar temas tão polemicos visto pelos olhos inocentes de uma criança é o que deixa a historia mais tocante.
Scott é uma menina de ouro.
Atticus é um pai excelente
Jem vai crescer pra ser um otimo advogado.
Esse livro fala sobre o Racismo como ponto principal.
Como a historia se desenrrola, é tão dificil aceitar a realidade do que o Racismo trás.
Recomendo esse livro mais do que tudo.
Vou reler depois de um tempo, e sei que vou amar ate mais.

10/5

Erika 29/05/2023

Realmente, um classico
Muito lindo. As primeiras pag fiquei empacada, depois de 40% de leitura foi q foi ...não é a toa q é um clássico. Leve e pesado ao msm tempo. Nos toca sutilmente e de maneira profunda.

ana.cllara 08/07/2023

O sol é para todos
O livro retrata várias questões, principalmente raciais, pela visão de uma criança, e apesar da escrita ser fácil (de ler) é formal, o que é normal para um clássico, mas não combina muito com essa questão da protagonista ser uma criança. Apesar disso, foi uma leitura interessante e muito importante.

Jessica 13/01/2024

O Sol é para todos
Necessário a leitura desse livro, adorei o fato de ser narrado através dos olhos de uma criança (Scout), é um livro complexo que trás vários temas importantes como o preconceito e o racismo, conseguiu me envolver e a escrita leve fez a leitura ser fluida e rápida. Com certeza é um livro que irei fazer uma releitura.

Juu 31/01/2024

Um livro clássico que trata sobre questões importantes, principalmente sobre o racismo, narrado através da visão de uma criança.
Eu amei a leitura, super flúida e de fácil compreensão, que te faz refletir sobre cada tema abordado. Recomendo muitoo?


?Coragem é fazer uma coisa mesmo estando derrotado antes de começar?prosseguiu Atticus.?E mesmo assim ir até o fim, apesar de tudo. Você raramente vai vencer, mas às vezes vai conseguir.?

Kamyyyy 29/02/2024

Atticus ??
Esse livro é cinco estrelas, e entendo o porquê dele ser um clássico.
definitivamente é um enredo que você leria mais de uma vez.

a escrita do ambiente é muito boa, a maioria dos personagens são bem carismáticos e o enredo da história é muito interessante de acompanhar.

não é exagero nenhum admitir que o atticus é um modelo de herói, uma inspiração verdadeira. O cara conseguiu ser um bom pai, e o um bom advogado, e em nenhum momento abrindo mão dos preceitos morais dele, e dá pra ver no reflexo dos filhos a criação, não perfeita mas ainda assim exemplar, dele.

é isso, é muito bom, leiam ????

Claudinei 27/03/2024

Uma história impactante narrada sob a perspectiva de uma criança, que através do seu olhar nos dá um perfil de sua sociedade, da hipocrisia humana e do racismo! Um caso emblemático de como a Justiça pode funcionar em um ambiente racista e disfuncional!

Cecilia261 15/04/2024

It is a sin to kill a mockingbird
Essa foi uma leitura difícil
Apesar de eu reconhecer que era progressivo pra época que foi escrito, é muito evidente que esse livro é um produto de seu tempo, e minhas visões de mundo são divergentes com o que eu acabei lendo
É difícil sentir simpatia por uma criança filha de advogado que, enquanto a vida de um homem está na linha, fica pensando "nossa, vão me associar com [n-word]"
Eu consigo ver a intenção por trás do livro mas ainda assim é difícil apreciar
(E apesar de eu gostar do "é um pecado matar um pássaro imitador", eu acho que não precisava ter repetido isso no final porque teria ficado melhor se fosse subjetivo. Enfim, perdão pelo spoiler de um livro de mais de 60 anos)