Amanda Teles - Livro, Café e Poesia 15/04/2020Tais pensando que só Recife é a capital internacional da gaia, né não visse? Também tem gaia nos estrangeiros! ??????????
Hoje vou falar sobre o livro O Deserto do Amor, de François Mauriac, vencedor de um Nobel de Literatura em 1952. Ler um Nobel não é fácil, pois nossas expectativas vão lá para estratosfera, cuidado com essa atmosfera ou a queda será grande ou o vôo será lindo!
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Se liga que a história é assim: Raymond aos 17 anos, se apaixona por Maria Cross, com quem tem um encontro casual no bonde. Maria começa a flertar e corresponder Raymond, mas ela não sabia que ele era filho do seu adorado médico Paul, que não era feliz no casamento e também apaixonado por Maria. Aí já viu né?
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A história oscila entre Raymond aos dezessete anos em sua cidade no interior, e aos trinta e cinco anos em Paris. Ele leva consigo um desejo de vingança por um amor não correspondido por Maria.
Entre o desejo de Raymond e a consumação de seu amor, existe uma relação bem complicada com o pai.
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O que eu achei?
O livro é um clássico francês, publicado em 1925 e é interessante como François retrata o amor sob o olhar em gerações diferentes, na visão do pai e do filho. Pela época da publicação do livro, tem algumas expressões que eu não conhecia e tinha que recorrer ao Google para acompanhar. A paisagem que esse triângulo me passa é de estar sempre nublado, permeado de pessoas tristes, desiludidas, insatisfeitas e sem coragem, confrontando seus sentimentos de culpa, orgulho e frustrações. Uma história intensa onde o perdão é um fantasma que atravessa gerações para ser concedido.