O deserto do amor

O deserto do amor François Mauriac




Resenhas - O Deserto do Amor


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Rittes 16/10/2023

O deserto das palavras não ditas
Não parece possível, mas Mauriac consegue traçar a história de uma paixão avassaladora entre três pessoas muito mais sobre aquilo que não é dito do que o contrário. Com a ajuda luxuosa da tradução de Rachel de Queiroz, tudo fica ainda mais perfeito. Esteticamente, "O deserto do amor" quase não tem defeitos, embora se ressinta de sua gênese, há quase cem anos. Por outro lado, apesar disso, ainda soa atual. Uma façanha que só um gênio como Mauriac seria capaz de realizar. Vale a leitura.
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regifreitas 10/01/2022

O DESERTO DO AMOR (Le désert de l'amour, 1926), de François Mauriac; tradução Rachel de Queiroz.

A última leitura de 2021 foi também a minha segunda do Nobel de Literatura de 1952, François Mauriac, ambas realizadas no mês de dezembro.

A sinopse desta obra falava em “um triângulo amoroso improvável”: pai e filho disputando a mesma mulher. Contudo, trata-se da história de um pai e um filho obcecados por essa mulher - Maria Cross. O primeiro - o médico Paul Courrèges - se ilude idealizando-a; apaixonado, ele não enxerga que a sua Maria de fato não existe, e tampouco está interessada em se envolver sentimentalmente com ele, o que ficamos sabendo ao acompanhar o ponto de vista da própria Maria. Já o filho - Raymond Courrèges - um estudante de 17 anos, fica fascinado pelos boatos e fofocas que envolvem a vida dessa mulher. Ao se deparar com ela casualmente no bonde, acaba se aproximando e fazendo amizade, já que Maria parece demonstrar certo interesse por ele. Já o comportamento de Maria em relação ao rapaz é ambíguo, entre um interesse erótico e um sentimento filial. É a personagem mais complexa e intrigante da obra.

Quando se lê um texto como o de Mauriac é nítida a qualidade da escrita; trata-se de um escritor mais clássico na construção das frases, no encadeamento do texto. Talvez a sua tradução por aqui por uma autora de renome, como foi o caso de Rachel de Queiroz, ressalte ainda mais essa qualidade. Entretanto, o desenvolvimento do enredo não me agradou tanto.

Nas primeiras páginas eu estava muito interessado em saber sobre os acontecimentos que levaram a história ao ponto no qual ela inicia. Mas, à medida que o autor vai desvendando seus personagens, as motivações deles - principalmente do protagonista, Raymond - vão ficando desinteressantes. E, embora a conclusão retome algumas das questões levantadas inicialmente, encerrando-as de forma até bonita, todo o entremeio da obra é maçante e cansativo.
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Luana.Abreu 08/07/2020

Um livro curto sobre o triangulo amoroso que se estabelece entre um jovem rapaz de Bordeaux, interior da França, e seu pai, médico que a atende a mulher de nome Maria, objeto da paixão tanto do pai quanto do filho. É um livro interessante, principalmente quando trata das angustias, enfermidades e vícios da paixão na juventude. Um livro pequeno, porém que me tomou bastante tempo para ler.
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Dinha 21/04/2020

O Deserto do Amor é um livro que de início não apresenta nenhuma impactante ideia e percebe-se que este é o objetivo do autor. As pessoas são comuns, com vidas comuns e por isso cheias de dificuldades humanas de relacionamento. Sentimentos humanos preenchem o livro mostrando o quão complexo é viver e conviver. É muito o nosso dia a dia de sentir.
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Amanda Teles - Livro, Café e Poesia 15/04/2020

Tais pensando que só Recife é a capital internacional da gaia, né não visse? Também tem gaia nos estrangeiros! ??????????
Hoje vou falar sobre o livro O Deserto do Amor, de François Mauriac, vencedor de um Nobel de Literatura em 1952. Ler um Nobel não é fácil, pois nossas expectativas vão lá para estratosfera, cuidado com essa atmosfera ou a queda será grande ou o vôo será lindo!
??????????
Se liga que a história é assim: Raymond aos 17 anos, se apaixona por Maria Cross, com quem tem um encontro casual no bonde. Maria começa a flertar e corresponder Raymond, mas ela não sabia que ele era filho do seu adorado médico Paul, que não era feliz no casamento e também apaixonado por Maria. Aí já viu né?
??????????
A história oscila entre Raymond aos dezessete anos em sua cidade no interior, e aos trinta e cinco anos em Paris. Ele leva consigo um desejo de vingança por um amor não correspondido por Maria.
Entre o desejo de Raymond e a consumação de seu amor, existe uma relação bem complicada com o pai.
??????????
O que eu achei?
O livro é um clássico francês, publicado em 1925 e é interessante como François retrata o amor sob o olhar em gerações diferentes, na visão do pai e do filho. Pela época da publicação do livro, tem algumas expressões que eu não conhecia e tinha que recorrer ao Google para acompanhar. A paisagem que esse triângulo me passa é de estar sempre nublado, permeado de pessoas tristes, desiludidas, insatisfeitas e sem coragem, confrontando seus sentimentos de culpa, orgulho e frustrações. Uma história intensa onde o perdão é um fantasma que atravessa gerações para ser concedido.
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Nani 12/04/2020

Deserto mesmo
Um livro que deixa a desejar, um triângulo amoroso que não tem ápice... Personagens sem estima...
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Ohara 12/02/2020

Não está entre os meus preferidos. Mas teve uma certa dose de charme.

"...Enfim o seu deserto interior se confundisse com o deserto do espaço, para que esse silêncio de dentro dela não fosse mais diferente do siléncio das esferas."
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Rinaldo 11/02/2020

A França.
Uma história passional mas com a frieza de um bom vinho francês.
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Mario Miranda 23/04/2019

O Deserto do Amor (1924) é um clássico da literatura francesa da primeira metade do Século XX. Tendo recebido o Grande Prêmio de Romance da Academia Francesa - algo similar a nossa Academia Brasileira de Letras - e contribuído para que François Mauriac fosse laureado com o Nobel de Literatura (1952), sendo o 8º Francês a receber o prêmio.

O Deserto do Amor é uma narrativa que se desenvolve próximo a Bordeaux, envolvendo um triângulo amoroso entre um Pai (Paul), seu filho adolescente (Raymond) e uma manteúda (Maria Cross). Paul é um renomado médico da cidade, casado há anos com a mesma esposa, pai de dois filhos, mas que mantém um relacionamento extra-conjugal com Maria. Esta, ao perder o seu filho, inicia um processo de reorientação de sua vida, tentando abandonar os aspectos fúteis e irrelevantes, que tem como um dos atos o abandono a utilização de veículos particulares, passando a se locomover em transportes públicos. Em uma de suas viagens, e sem saber quem era seu pai, ela inicia um relacionamento com Raymond.

Mais do que um mero livro sobre um romance complexo envolvendo a disputa pai e filho por uma mesma mulher, O Deserto do Amor é uma dissecação do choque geracional e as incompreensões que envolvem os relacionamentos familiares.

Como último destaque, fica a belíssima capa com As Tulheiras em pleno inverno Parisiense, evocando toda a solidão que permeia os personagens da obra. Parabéns a Editora José Olympio pela reedição desta obra que traz, além de tudo, a tradução realizada pela primeira mulher a integrar a Academia Brasileira de Letras, Rachel de Queiroz.

site: https://www.instagram.com/marioacmiranda/?hl=pt-br
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Giuliana 21/02/2018

O que somos na solidão de nós mesmos
Dois homens unidos por sangue e amor, dois homens vivendo no profundo de suas mentes em épocas de vida diferentes. O amor para viver e vivê-lo em sua forma árida e solitária. Voltados para a mesma mulher impossível. Como fazemos algumas vezes, colocamos nossas realizações no inalcançável e nos vemos sem opção de liberdade, imaginando que o outro detém o curso do nosso destino.Não queremos aquilo que temos, mas desejamos o que não se tem. A felicidade, porém anda ao redor, em lugares que pretendíamos manter longe.
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Suka - Pensamentos & Opiniões 04/09/2017

Um livro interessante, que irá permear entre o passado e o presente de Raymond Courrèges, um home de 35 anos que morar em Paris e após 17 anos reencontrará sua paixão Maria Cross.
Courrèges morava em Bordeaux com sua família, na adolescência irá conhecer Maria Cross quando pega o bonde voltando para casa e irá apaixonar-se por ela, esses encontros que era casual, passará a ser frequente, quando eles finalmente trocam algumas palavras. Daí em diante ele passa a alimentar um amor platônico por ela, além do desejo de que esse amor se consumasse e paralelo a isso ele tem uma relação conflituosa com seu pai Paul Corrèges, médico bastante estimado, conhecia bem Maria Cross (ou acha que conhecia), ele também alimentava um amor por ela, insatisfeito com seu casamento, ele tinha esperanças que a forma em que ele a tratava significasse mais do que uma relação médico-paciente.
Iremos nos deparar com um triângulo amoroso, onde o desejo de Raymond é a vingança, com a leitura veremos a evolução e amadurecimento dos personagens.

site: www.suka-p.blogspot.com
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