Machado de Assis, historiador

Machado de Assis, historiador Sidney Chalhoub




Resenhas - Machado de Assis, historiador.


4 encontrados | exibindo 1 a 4


Cristiane.Cardoso 03/03/2023

História nas histórias machadianas
Esse conclui no dia 24/02. Não estava conseguindo acessar o skoob.

Nesta obra, Chalhoub dialoga tanto com a história quanto a literatura de Machado de Assis, olha para seus principais romances buscando compreender como este autor olhou para o século XIX.
Interpreta as entrelinhas de suas obras onde reflete as questões das classes servis no Brasil do seu tempo bem como a condição do escravo a partir da Lei do Ventre Livre e a ideologia das classes senhoriais, de forma sutil tercia uma profunda discussão a respeito do seu tempo, a respeito do seu contexto histórico. E é dessa forma que Chalhoub apresenta o autor, como um historiador.
Uma analise aprofundada da maneira machadiana de unir Literatura e história em uma Trama envolvente
comentários(0)comente



Giliane.Rosa 13/07/2017

História x literatura
Não poderia existir combinação melhor! O livro relata o momento histórico do Brasil, em especial o movimento abolicionista, relacionando com as obras de Machado de Assis!
comentários(0)comente



BeatrizFonseca1 04/10/2023

O autor analisa aspectos históricos,como a escravidão através de uma perceptiva literária das obras do grande Machado de Assis.
livro massa recomedo.
comentários(0)comente



Bia 04/11/2018

“Na ótica de scharz, a obra de Machado , é interpretada como um comentário “estrutural” por assim dizer , sobre a sociedade brasileira do século XIX : o romancista expressa e nalisa asctos essenciais ao funcionamento e reprodução das estruturas de autoridade e exloração vigentes no período” (p.17)

‘O primeiro aspcto a observar é que Helena tem um método próprio , por assim dizer de conversar , e de conversando interpretar a realidade a sua volta. (p.24)

Tal método está exposto em detalhe no capitulo VI, em meia dúzia de paginas surpreendentes.(p.24)

“As Palavras de Estácio operaram uma inversão retorica, curiosa curiosa pois ele , que não conseguiu pensar e não ser como um senhor de escravos, acusava Helena de realibilitar a escravidão. Na verdade o raciocínio varonil permanece o mesmo : a escravidão é a situação de máxima dependência , e essa dependência absoluta é o pior estado do homem” (p.31)



Nessa época escravos e senhores eram vistos, de uma forma semelhante, pois possuíam proprietários e eram encarados como propriedades, no caso de Helena que era filha de escravos, mas que foi adotada pelo seu senhor como sua filha, sempre existia da parte dela um medo de avançar, porque ela sabia que sua posição não era legitima, não possuía de fato uma liberdade que era verdadeira, a História de “Helena” de Machado de Assis era mais do que uma História de amor, era a descrição de um período onde o preconceito com os negros e a hegemonia dos senhores -escravistas prevalência, o conceito de paternalismo perante o personagem de Helena deve ser usado com cuidado porque não se podia causar confusão entre seu pai verdadeiro e seu pai.
Não existe antagonismos, sociais, significantes, pois os valores impostos pela sociedade, são sempre colocados perante os valores ou modos de ver o mundo dos brancos , não havendo a necessidade de ver a sociedade de forma horizontal.
Rebecca Scotto salienta , que os negros não são passivos, eles sempre encontrar formas de buscar seus valores e sua ideologias , tentando fugir da dominação ideológica dos senhores seus donos.
John Gledson salienta que Machado de Assis se preocupou em mostrar que a escravidão é um elemento causal da mudança, e ele sentiu dificuldade de mostrar uma solução artística, para esse problema da sociedade que ele viveu .
A vontade senhorial , não pode ser quebrada, ou seja sua vontade vai sempre passar pelas dos outros, em muitas vezes, acima até da lei, “o contrabando de africanos prosseguiu e intensificou-se até a nova leu de abolição de 1850 , contendo sempre com a convivência de políticos e autoridades publicas. “(p.66)

No livro de Brás Cubas, ele cria uma falsa intriga entre as famílias e seu pai sente a necessidade de mentir a respeito da sua genealogia familiar,
A família de Cubas, e ele próprio prega muito , pela relação que tem como outros elementos e outras famílias, o defunto-autor tem a necessidade de mostrar no inicio do livro , quem foram seus padrinhos pra mostrar sua influência e riqueza, isso mostra que quando seu pai tinha cabado de morrer e os vermes não tinham comido seu corpo ainda, e eles já viam a necessidade de brigar pela divisão do espolio. “Um belo dia Brás estava em seu quarto quando uma borboleta grande e negra entrou janela adentro esvoaçou muito e ao redor e lhe pousou na testa” (p.107)” Borboletas e escravos não tinham vontade própria ou espaço de ação automica ” (p,109) eles viviam assim como seus seres desejam , sem ter o livre arbítrio. Entretanto em 1871, as primeiras leis, com relação as aforrias dos negros surgiram e a sua realidade começou a ser alterada de forma gradual e lenta.
D, Eusebeia acreditava talvez que uma borboleta de tal cor, significasse mau agouro , ou até que fosse em bruxa em forma de inseto” (p.109) isso mostra o qual preceituosa a sociedade da época era, e isso mostra o qual superior Cubas, se achava porque no capitulo que ele está tendo alucinações antes de sua morte, ele salienta que as pessoas que acreditavam nisso, eles inferiores e por tanto ele era superior.
Lobo Neves, o namorado do amor da sua vida vigília, possuía superstição com o numero 13, porque o pai morreu no dia 13, treze dias depois de um jantar que dia treze pessoas, e por isso ele recursou seu cargo, de ministro, pois o mesmo tinha saído , no dia 13, Cubas agradeceu que isso tinha ocorrido, porque se não ele teria ficado sem sua amada Virgilha, mais cedo.
Bras começa a se apaixonar por Eugenia, entretanto começa a arrumar motivos para não namorar a belíssima jovem, primeiro porque era ela de uma classe inferior que ele e segundo porque era coxá, porque bela, se coixa, porque coixa se bela” “O trecho explica a mania do memorialista de achar que todas as mulheres com os quais se relacionava ao longo da sua vida estiveram aos pes dele” (p,114)
Existia a crença , que o sangue branco iria, fazer com a misgenaçaõ dos povos acaba-se e com isso algumas doenças iriam desaparecer, isso mostra a questão da “superioridade” do sangue europeu. Gledson salienta que Machado de Assis desconfiava de uma explicação para as transformações históricas e ambientais , mas isso não significa que ele não pegou explicações como o darwinismo social para explicar alguns aspectos sociais.
John Gleddson argumenta que Machado de Assis, tinha a mania de tentar explicar e decifrar o modo que os povos pensam e se comportam, de acordo com o formato do nariz. Ao ver de muitas pessoas daquela época , a mestiçagem traria muitos ascptos ruins para a humanidade, como a melancolia e a tristeza e que os negros eram uma “raça” inferior e degenerada.
“O Fato de esse contato sobre narizes estar situado no século XVI pode ajudar a revelar o seu assunto principal , que é , acho eu , a ciência racial do século XIX, por ciência racial entender-se a tentativa de relacionar as características físicas dos povos a seus supostos estágios ou graus de civilização a essa ou aquela nação” (p.128)





comentários(0)comente



4 encontrados | exibindo 1 a 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR