lou 16/12/2021
"A guerra real nunca entrará nos livros" Walt Whitman
Óbvio que ninguém nunca vai saber a guerra real e todos os milhões de aspectos e lados diferentes que ela teve, mas pouca gente percebe que esse é o lado fascinante de ler sobre isso. Sempre vai ter algo que você não sabe sobre o rumo que a segunda guerra mundial teve, de tão abrangente e ao mesmo tempo corrosiva ela foi. No caso desse livro em específico, é muito interessante pra mim ler sobre como absolutamente qualquer coisa na época na Alemanha nazista dependia das drogas, e como o autor não focou só em Hitler, mas no uso abusivo dos soldados em massa, em todos os testes feitos desde o início e sobre como o médico dele aplicava drogas cada vez mais pesadas no paciente. Que Hitler era viciado em cocaína acho que todo mundo já sabia ou ao menos suspeitava, mas continua meio surreal ler todas as palavras dele implorando pela droga ao médico particular e todos os procedimentos e o uso crescente dela. No fim, ainda tem as dificuldades de Hitler de se manter com as mesmas drogas e substâncias usadas desde o começo e como ele teve que parar de se drogar pela única razão de que quase todas as fábricas de medicamentos e drogas estavam destruídas pelas bombas. Quando li na sinopse que a conquista dos alemães pela Polônia poderia ter sido conquistada só por causa das drogas, não acreditei muito, mas ao longo do livro isso se mostrou cada vez mais real e grave, e é isso o que torna esse caso inteiro tão complicado e fascinante.