Todos os Pássaros no Céu

Todos os Pássaros no Céu Charlie Jane Anders
Charlie Jane Anders




Resenhas - Todos os Pássaros No Céu


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Guilherme Ambrosio 28/04/2020

Uma brilhante ideia mal construída
O livro é dividido em quatro partes, sendo que cada uma narra uma fase da vida de Patrícia e Laurence. A ideia do livro já foi explorada em outras obras, sendo esta a coexistência entre tecnologia avançada e magia no mesmo mundo. Entretanto, pelo clamor que o livro recebeu, esperava algo diferente e surpreendente, o que achei que realmente me seria entregue a partir da leitura das primeiras páginas.

Todavia, não foi isso que senti logo ao final da primeira parte.

Patrícia descobre ser uma bruxa que pode conversar com os animais e Laurence é um super geek que consegue, ao seguir instruções na internet, fazer uma máquina do tempo de 2seg, além de várias outras invenções.

Já na primeira parte, tive a sensação de que faltava algo para o livro. Creio que o principal seria a falta de background da época em que se passa. Poucas explicações são dadas acerca do estado de desenvolvimento tecnológico atual do mundo para criar maior verossimilhança com as invenções de Laurence. O mundo é mal construído e, para todos os fins, não parece futurista.

De outro lado, a falta de um sistema de magia coeso também atrapalha em muito para sabermos quais as limitações dos poderes de Patrícia e dos demais bruxos. Há uma explicação genérica sobre os tipos de magia do mundo, mas totalmente insatisfatória.

Não há construção dos demais personagens. Todos parecem figurantes sem relevância para a trama.

A relação adulta desenvolvida entre Laurence e Patricia também deixa a desejar no quesito construção/explicações.

Há também alguns acontecimentos que são claramente decisões de enredo voltadas para a história seguir o rumo desejado pela autora, mesmo que tudo na história indicasse outro caminho. Não falo aqui de a autora tentar nos surpreender, mas sim de dar uma guinada no rumo da história sem verossimilhança alguma.

Quanto ao final: novamente acho que foi desperdiçado. É uma ideia tão brilhante que, se o restante do livro fosse bem construído, é bem provável que este pudesse ser alçado ao patamar de clássico da ficção científica. Por outro lado, na conjuntura do livro, o final simplesmente parece errado, mal apresentado, com reconciliações mal arquitetatadas, tanto entre Laurence e Patrícia quanto entre ciência e magia.

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Carolina Miranda 24/10/2023

Que loucura
Foi extremamente difícil dar uma nota pra esse livro? fiquei um tempo sem ler e quando voltei só conseguia pensar: ?que cassete de livro é esse que eu estou lendo??.
De modo geral, a história tem uma linearidade, com muitos gaps mas existe. É envolvente mas é extremamente doida, acho que até agora eu estou confusa com o que que eu acabei de ler.
Acho que vale a experiência, e quanto mais baixa as expectativas mais interessante vai ser a jornada.
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Rafael 07/09/2022

Das coisas inúteis da vida, esse livro é uma delas
Eu preciso destacar que esse livro me fez rir de modo que não deveria, de tão sem noção que algumas partes foram. É ridículo você ter que ler que pais abdicaram de um programa de final de semana para poder manter a filha no castigo rigoroso. Ou, que de tanto consumir pimenta por culpa da irmã, Patrícia se viu voando. Ou, Patrícia em fuga, se transforma em pássaro e vai comer comida de pássaro que a satisfaz (comida essa que segundo a personagem é muito boa por sinal). Patrícia foge de casa e só faltou os pais celebrarem a fuga (se for fugir de casa, vá logo que a gente pode economizar uma boa grana, viu? isso tá no capítulo 5). Que um assassino é professor (não é spoiler, se for, finge que não aconteceu nada - assim como no livro que nada acontece). Sem contar tantos outros pontos falhos nessa estória, que é o que mais tem nesse livro, por sinal.

Temos dois personagens principais (Laurence e Patrícia) que de colegas de escola, se tornam arqui-rivais nos seus objetivos. Ok. Mas eles vivem se encontrando nos lapsos temporais que aconteceu a cada morte do papa, e terminam de um jeito totalmente inesperado (uau, que novidade esse livro trouxe, que plot.... contém total ironia).

Em 40%, minha vontade era de simplesmente largar o livro e fingir que nunca aconteceu. Como estava participando de uma leitura coletiva, para minha tristeza, insisti em finalizar. Céus. A escrita é ruim, com trechos simplesmente desnecessários, com uma ficção-científica rasa e que nada lhe agregará. Se tiver com vontade de ler esse livro, lembra que tem outros tantos na fila de espera de leitura e deixa ele para o futuro (se possível, bem distante).

Quer um exemplo de trecho?
- Laurence estava caído no chão, grunhindo, o sangue esguichando da testa onde havia batido na mesa de centro. Patrícia agachou-se sobre ele e lambeu a ferida em um movimento rápido. [...] A cabeça de Laurence parecia melhor. Ele teve uma ereção.

Sim, você leu certo. Uma ereção. Bom dia.

E, para finalizar, você ler as notas de agradecimento e se deparar com uma "ameaça"/ofensa da autora dizendo que caso você não tenha gostado do livro, ela iria até a casa do leitor para encenar com fantoches de origami não é algo que se espere de um autor. Inclusive, estou bem sentado esperando a visita da madame.

Não recomendo que você perca seu tempo com esse livro.
Wania Cris 07/09/2022minha estante
Tô rindo por fora, chorando por dentro por saber que nada da resenha é inverídico. Não sei se acendo meu narguilê em forma de elfo enquanto espero que a escola de magia me sequestre ou se saio pra cuspir em sopa de doentes. Sério, esse livro é tão absurdo tão sem sentido, tão vazio e... Uma perda de tempo absurda. Sinto muito por te arrastar pra isso...

Era melhor ter ido ver o filme do Pelé... ?


Rafael 07/09/2022minha estante
Choremos juntas e abraçadinhas para compensar (com um bom gin na mão). Já vou de Google > Filme do Pelé em exibição > pesquisar


Natallia.Domingues 06/10/2022minha estante
Obrigada por me fazer economizar uma grana!!! Ri muito com sua resenha.




Bea Oliveira 27/01/2022

Resenha: Todos os pássaros no céu.
Patricia é a caçula de uma família problemática, os pais a castigam por qualquer atitude que foge do que consideram o padrão. Aos seis anos de idade, tentando salvar um pássaro machucado, Patricia se perde no meio da floresta próxima a sua casa e tem uma experiência inacreditável: ela chega a uma árvore gigantesca onde centenas de pássaros se reúnem e dizem a Patricia que ela pode ser a sua nova bruxa protetora. Para confirmar que ela é essa pessoa, o grupo de aves faz uma pergunta, mas no momento em que a escuta, a menina se vê em casa, levando uma bronca dos pais, sem saber se o que vivenciou foi real ou sonho.

Laurence é um garoto prodígio que nasceu para se dedicar à ciência, antes dos dez anos de idade construiu um relógio que pula dois segundos no tempo, e é dessa forma que foge das agressões e das pequenas humilhações que sofre na escola – dois segundos podem fazer toda a diferença na hora de desviar de um soco ou ignorar um comentário irritante.

Na pré-adolescência, Laurence e Patricia trombam um com o outro. Ambos passam pelas mesmas dificuldades: desprezo dos professores e bullying dos colegas, principalmente Patricia, a mais esquisitona dos dois. Ela, ao perceber que Laurence tem algo de especial, se oferece para ajudar na questão “pais naturebas”, fingindo que é sua parceira nas andanças pela floresta enquanto, na verdade, ele continua se dedicando aos computadores e seu novo projeto uma inteligência artificial M3MUD4. A partir disso os dois formam uma amizade e não se desgrudam até que ele presencia um dos seus atos mágicos.

Enquanto isso, um assassino profissional observa os dois garotos por conta de uma profecia que diz que eles serão os responsáveis pelo fim do mundo. Ele não pode fazer nada, matar crianças vai contra as novas regras de seu grupo de mercenários. Então ele só tem duas opções: esperar que Patricia e Laurence façam 18 anos ou tentar jogar um contra o outro e resolver esse problema agora.

10 anos depois. Patricia se formou em uma “escola de magia” para aprender a lidar com seus poderes e Lauren trabalha em um projeto secreto que tem como missão criar um portal para tornar as viagens interplanetárias possíveis e rápidas,

Todos os pássaros no céu tem uma premissa bem interessante, mas a execução não foi das melhores, me vi lutando para continuar a leitura, e só me empolguei realmente com o livro lá pela página 150. É como se o livro não tivesse encontrado seu próprio ritmo, já que por vezes as cenas se arrastam demais, enquanto em outras tudo acontece com tanta velocidade que você se pergunta como é possível que eles cheguem a conclusões mirabolantes tão rápido, mas não conseguem enxergar as coisas mais simples. O próprio embate entre ciência e magia fica em segundo plano. Não era o que eu estava esperando, e por isso acabou sendo muito decepcionante.

Queria ter gostado mais da leitura, assim como eu gostaria de ter visto mais do M3MUD4. Ele sem dúvida é a parte mais interessante da história, mas quando a IA de Laurence consegue atingir um estado próximo da consciência – com a ajuda de Patricia –, ele desaparece por uma boa parte do livro, até retornar para o espanto do seu próprio criador. De longe é o aspecto mais bacana do livro e o melhor personagem. Eu queria mais Peregrino e menos Laurence e Patricia.

E não vou nem comentar sobre o desfecho, pois pra mim esse sim foi uma completa decepção.
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Tamirez | @resenhandosonhos 07/08/2018

Todos os Pássaros no Céu
Esse é um daqueles livros onde ou você o carrega no coração ou vai ser difícil entender o propósito. Todos os Pássaros no Céu passa longe de ser convencional ou de usar linhas narrativas explicativas e lógicas. Há um desafio ao leitor em achar significado nos atos e nos acontecimentos. E, mesmo a trama envolvendo ficção científica e magia, o foco não reside nesses aspectos e sim nas relações entre as pessoas e no significado que isso tem frente ao peso de coisas mais importantes, como o destino da humanidade.

É uma história de amor, mas não entre um casal. É uma relação de amizade, sem ser amigos. É sobre compreensão, sem entender coisa nenhuma. É simples? Se tirarmos todos os arabescos que tentam enfeitar a trama, sim.

“Laurence não ficava por ai sentindo pena de si mesmo, ele agia.”

Basicamente, Patrícia e Laurence são dois underdogs. Ambos sofrem bullying, ambos tem relações conturbadas com os pais, ambos querem escapar a sua realidade. Eles vão então se unir para escapar e ser o apoio que o outro precisa? Não exatamente. Há um individualidade mútua que os distingue, que impede que eles se aproximem mais que na casualidade de um propósito e, mesmo assim, muitos chamariam de amizade, porque também há uma preocupação, um receio de ferir, enquanto tudo é possível pra se manter “vivo” dentro da escola.

“Crianças são adultos que ainda não aprenderam a transformar o medo em fantoche.”

E em meio a isso há pássaros e árvores falantes, seitas de assassinos, cientistas inteligentíssimos e muitos adolescentes maldosos. É quase como realismo mágico, mas com mais regras, o que pra mim, salva a situação. Pois se tem algo que me encrenca o humor é pegar um livro onde absolutamente tudo pode acontecer, se criar, e nada precisa ser explicado. Aqui, por mais que haja uma certa insanidade em parte da situação, você logo de cara entende até onde a autora pretende ir com aquilo e os limites do que vamos considerar real nesse mundo ficam estabelecidos.

A minha interpretação dessa história foi que a autora trouxe os personagens a frente com o propósito de representar algo maior em suas personalidades. Com isso, a certo ponto da história, perto da 4ª parte, eu abri mão de pensar neles como Patrícia e Laurence, e realmente os absorvi dentro de seus conceitos.

A batalha ente natureza e ciência é algo que permeia as discussões há muitos anos. Nós construímos um mundo mais tecnológico, mais isso gera consequências no nosso planeta e parece difícil ter os dois polos em harmonia. O que o livro se propõe com essa história, é exatamente expor isso de uma forma mais lúdica, a disfarçar o assunto sério por algo com que o leitor possa se relacionar, personagens que sentem e vivem a essência de cada um desses aspectos em sua vida de forma muito forte e presente.

A leitura foi um pouco mais lenta no começo e, como a sinopse entrega uma grande parte da trama, eu fiquei mais empolgada quando alcancei a parte que se desvencilhava do que eu já sabia para trabalhar o resto da história. Essa edição da Morro Brando está linda, como são também os outros livros da editora. Eles tem um cuidado muito grande em, mesmo entregando o volume em edição comum com capa de papel, fazer um trabalho exemplar. O que, ao meu ver, deveria ser o propósito de todas e infelizmente não é.

“Está ai a raiz de todo o mal: não fingir como todo mundo faz. Porque todos nós, malucos de uma figa, não conseguimos aguentar quando outra pessoa revela nossa loucura. É como se tivesse formiga embaixo da pele. Temos que destruir você. Não é nada pessoal.”

Não sei se esse é um título que agradaria a todos os leitores, mas pra mim foi uma experiência bem legal. Gosto desses livros ontem a gente fica um pouco confusa sobre o que é realmente a trama e vai formando teorias aos poucos, descobrindo novos formatos e propósitos dentro da história.

Todos os Pássaros no Céu é uma história mágica que flutua entre a fantasia e a ficção científica pra nos trazer uma narrativa que brinca com temas atuais de uma forma mais leve. Que vai do divertido ao sério em uma mudança de frase, e que anseia que o leitor o acompanhe nessa dança, dando vida a esses temas com a mente aberta. Ao mesmo tempo em que nos apaixonamos pelos personagens, eles também se tornam pessoas difíceis de alcançar pela sua representação, e isso foi algo novo com o que me confrontei. Certamente lerei outras histórias dessa autora quando elas surgirem e recomendo que você dê uma chance e descubra se vai ser encantado também!

site: http://resenhandosonhos.com/todos-os-passaros-no-ceu-charlie-jane-anders/
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Wania Cris 06/09/2022

Preferia ter pego sessão dupla do filme do Pelé
O livro foi escolhido como leitura coletiva em um grupo. De outra forma acredito que eu não o teria lido e preferia que tivesse sido assim...

A premissa é sensacional e desperta o desejo de ler, mas, poucas páginas depois esse desejo já se esvai.

A autora, provavelmente com a intenção de chocar ou justificar os absurdos que viriam depois, cria dois pares de pais de crianças totalmente absurdos! Logo no primeiro capítulo Patricia fica de castigo por se perder na floresta passando dias trancada no quarto sendo alimentada por debaixo da porta. Por que? Por que sim. E isso acontece mais de uma vez na infância da garota. Os pais de Laurence não são nada melhores e colocam tudo, absolutamente tudo, em escala de importância superior ao filho.

A fase adulta das personagens não é nada melhor e as coisas continuam acontecendo sem fundamentação. As personagens continuam ridículas e mais ridículos ainda são as personagens secundárias que nada acrescentam a trama.

Sobre a promessa de mistura de sci-fi com fantasia é exatamente o que o livro entrega: promessa.

A narrativa é confusa, linearmente irregular mesmo o sendo cronologicamente. As situações vivenciadas pelos protagonistas são incoerentes e a linguagem inteira do livro é infantilizada, se não idiotizada. Pra piorar, nos "agradecimentos" a autora chama de burro quem não entendeu a obra ou a achou aleatória demais. Pra quem pregou tanto por humildade no livro, deixou de praticar na vida.

Não sei nem o que falar sobre o trabalho de tradução de Petê Rissatti. Conhecendo o trabalho dele no espetacular A Outra Sra Parrish acredito que ele deu tudo de si e fez o que pôde. Parabéns, Petê. Que outra dessa não te apareça.

Foi realmente uma péssima experiência de leitura e não recomendo.
Rodrigo 06/09/2022minha estante
E existe filme do Pelé?


Wania Cris 06/09/2022minha estante
Existe e é horrível...


Deia Books @andreia_books 06/09/2022minha estante
Amiga, que desespero? não sei o que dizer? acho que vou ver o filme do Pelé.




Cíntia 20/12/2021

Li o livro em uma leitura coletiva do Clube Livros, Vinhos e elas.

O livro é divido em duas partes. A primeira conta a infância de Patricia e Laurence. E a segunda se passa 10 anos depois.

Não posso dizer que não gostei, porque li com bastante curiosidade para saber o desenrolar da história e foi uma leitura relativamente rápida pra mim. Mas acho que a autora se perdeu um pouco. Acho que ela queria um livro de Sci-fi, mas pra mim está mais para fantasia.

Não sei se indico a leitura. Não desgostei dela de um todo, mas foi muito confusa.
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Mily!! 18/01/2024

TODOS OS PÁSSAROS NO CÉU
Primeiramente, eu só comprei esse livro pq gostei da capa e li a sinopse atrás e achei interessante, mas é tãooooo chato. Parece um livro clássico sem frases reflexivas, com acontecimentos chatos e palavras vazias.

Trata de dois amiguinhos de infância, Patrícia é uma bruxa e Laurence era um gênio dos computadores, dois opostos: magia e tecnologia, sentimento e lógica. Após vários desencontros, se separaram por 10 anos até se encontrarem por acaso em São Francisco e ainda com as mesmas personalidades.

Prometeu muito e entregou nada.
hellupan 18/01/2024minha estante
Me senti exatamente da mesma forma
Tbm comprei pela capa ?




Elaine | @naneverso 12/04/2022

Muitos ??? pra poucos Uau!
As pessoas desse livro não poderiam ser brasileiras porque seriam sequestradas e roubadas em dois segundos. O tema é ótimo, mas talvez o desenvolvimento tenha deixado a desejar. O foco do livro é diferente do que a história nos leva a crer e quando parece que o negócio vai esquentar, pimba! a narração pula um pedação sem se importar com nossa vontade de saber o que vai acontecer. Enfim, ainda com sentimentos conflitantes, mas mais pra bom do que pra ruim, acho. Um meio termo explica bem minha reação.
Daniela 13/04/2022minha estante
Não entendi a parte do sequestro. É por eles ficarem à toa pela rua? ?


Elaine | @naneverso 13/04/2022minha estante
hauaha Dani, é porque ninguém desconfia de nada. Tipo: vc vai ser levada para a escola de bruxa no meio da noite por um desconhecido. Sua reação: fechou! O que um desconhecido poderia fazer de mal a mim no meio da floresta, né? hauahauha


Daniela 13/04/2022minha estante
Ah! Kkkkk tirando o fato da vida dela ser um lixo... Uma fantasia digna de drogas rola nessa parte, né? Por isso nem me abalei. ?




Pati 23/05/2020

Uma fábula para adultos
Esse livro está na minha estante já faz algum tempo e surgiu agora a oportunidade de lê-lo, no meio das filas infinitas de prioridades improrrogáveis de leitura. E foi uma grata surpresa! Sem a pretensão de ser um livro maior do que é, ele vai muito mais longe do que aparenta inicialmente. Apresenta, com uma história relativamente 'simples', diversas questões existenciais, numa espécie de fábula futurista, utilizando-se de ideias da psicologia e filosofia. No meio de tudo isso: fantasia e ficção científica. É aquela velha história: é o livro escrito para mim, ou que eu gostaria de ter escrito. A autora é notadamente irreverente e habilidosa, criando um universo complexo, personagens dimensionais e uma narrativa fluida e bem elaborada. Nas diversas partes do livro essa voz narrativa acompanha a evolução psíquica dos personagens e as metáforas vão emergindo cuidadosamente do meio dessa belíssima história, que além de sagaz e criativa, é de uma sensibilidade e beleza ímpares. Fácil de ler, com um enredo eletrizante e um subtexto rico, indico para todos que gostam de bons livros e uma dose de fantasia para ajudar a compreender melhor nossa realidade.
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dido4 27/04/2020

Alguns Pássaros no Céu
Não costumo fazer resenhas, e muito menos falar mal de livros, mesmo quando não me agradaram tanto. Mas esse livro aqui foi um caso especial. E sim, eu sei que é um livro muito bonito, e a pessoa responsável pela arte da capa merece um crédito enorme, mas não se engane.

Todos os Pássaros no Céu é dividido em quatro partes. Logo de início, nas duas primeiras partes, achei o livro confuso. Não achei a escrita fluída e apresentou muitas coisas na narrativa que me pareceram ficar sem muito motivo no fim das contas. Achaei a forma com que a autora descreve certas situações bastante confusa, e o modo com que passava de uma cena pra outra fez com que me sentisse perdido as vezes.

Não digo que não gostei de nada. Uma passagem ou outra me deixaram intrigados, mas depois delas a escrita logo apresentava outras que me desistimulavam. Parece que a autora estava constantemente tentando se diferenciar, escrevendo de uma forma curiosa, mas não conseguiu o que queria. Nos meus olhos, só ficou algo estranho de se ler. A história em si, não compensou o quão cansativo foi a primeira metade do livro, tendo que passar por uma fase da vida dos personagens que foi extremamente desinteressante. Durante essas duas primeiras partes, as interações dos protagonistas com quaisquer outros personagens me causavam estranheza (Que não imagino que tenha sido intencional).

O objetivo da autora nesse livro foi juntar dois mundos, a magia/natureza e a tecnologia, mas não o fez de uma forma que me atraiu. Quando cheguei a terceira parte, eu estava até levemente interessado na história de Patrícia, pelo que as outras partes haviam apresentado, mas o personagem de Laurence e seu background não me despertava nenhum interesse. Considerando que era intenção da autora juntar os dois "mundos" diferentes dos protagonistas, a forma com que eu estava vendo isso ser feito, não me deixou entusiasmado para continuar a leitura. Por não escolher o mundo da magia, ou o da tecnologia, para focar, senti que o desenvolvimento dos dois ficou raso, e a autora claramente tinha mundos mais desenvolvidos na sua mente do que o que ela conseguiu passar nas páginas. Falava de coisas que nunca havia mencionado e que nunca volta a mencionar. Assim, ao misturar os dois, acabou deixando a desejar dos dois lados.

Mesmo assim, quando comecei a parte três, achei que leitura fosse engrenar, já havia acabado a grande introdução confusa que foram as duas primeiras partes, e iriamos finalmente desenvolver alguma história. Isso de fato acorreu, até certo nível, a leitura ficou mais fácil, acho que por que já não era preciso apresentar mais do que já havia sido apresentado. Mas, ao continuar lendo, fui me deparando com diversos trechos que me causavam estranheza e insistiam em me desmotivar a leitura. No começo dessa parte, não senti que ficou claro a contextualização do presente em que os protagonistas vivem. As vezes, se falava algo sobre um acontecimento no mundo deles, mas era algo tão superficial, que não gerava impacto ou interesse algum. Outro problema disso é que, durante a leitura, nos deparamos com tecnologias novas, que não encaixam bem no contexto, pois o cotexto na real, não havia sido previamente montado, mas depois de um tempo, você passa a aceitá-las.

Porém, posso dizer que, em relação a história em si, lá pra metade da terceira parte (mais da metade do livro), meu interesse aumentou. Quando todos os personagens secundarios da parte dois foram abandonados (e são, praticamente por completo), a história pareceu finalmente saber pra onde ia, a leitura ficou mais fluida e, apesar de manter algumas partes de forma muito rasa, não foi ruim de se ler. Um pouco tarde demais, talvez.

Infelizmente, concordo muito mais com as diversas críticas negativas que li sobre o livro, do que com as poucas positivas que achei, de outros diversos leitores. E o que o livro me fez passar no começo para finalmente consegur engranar nessa leitura, não valeu a pena. Não quero mencionar o final também, para não estragar a experiência de quem queira ler, mas posso dizer que não achei muito bom, por motivos que não vou comentar aqui.
Essa não seria uma leitura que eu recomendaria, mas lembre-se que essa é apenas a minha opinião sobre o livro. Pelas críticas que li de alguns, há, claramente, quem goste do livro e se divirta lendo. E espero que, se você resolver se aventurar nessa leitura de qualquer forma, esse seja o seu caso, mas não foi o meu.
vinivilaca 27/04/2020minha estante
Pesaaaado




Dani 17/01/2022

Está entre ?razoável? e ?ruim?
Eu nem sei o que eu achei desse livro, tava muito ruim, aí ficou ?bom? e depois foi só ladeira a baixo. Não entendi nada e não me ensinou nada. Ótimo, 2 estrelas
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Anne - @literatura.estrangeira 02/12/2017

Não é uma resenha fácil de escrever porque além de ser negativa, tive e ainda tenho dificuldades de entender tudo que li, aonde a autora queria chegar e o que ela queria discutir quando escreveu esse livro.

Iniciei a leitura de forma despretensiosa. A única informação que eu tinha era a que estava na sinopse, que parecia se tratar de uma trama simples, de fácil entendimento, mas que pra mim foi algo totalmente estranho e quase impossível de interpretar.

Todos os Pássaros no Céu é divido em quatro partes e vamos acompanhar a história de Laurence e Patrícia. Na primeira parte conhecemos Patrícia com seus seis anos de idade que acaba percebendo ter um dom incomum: ela consegue falar com bichos e até árvores. Ela não entende muito bem e nem a gente. Tudo leva a crer que Patrícia é uma bruxa. Ainda nessa primeira parte, conhecemos personagens altamente abusivos, como seus próprios pais e irmã e eu achava que cada mínimo detalhe serviria para algo maior no final, para alguma conclusão e entendimento, mas muitas coisas e personagens não fizeram sentido pra mim.

Já Laurence é um gênio da tecnologia. Ainda adolescente ele cria um relógio capaz de pular 2 segundos. Parece ser algo simples, mas cara, estamos falando de alterar o tempo. Isso é genial. Além disso ele acaba criando um computador que começa a desenvolver inteligência artificial que vai meio que ser um ponto chave quase no final do livro.

Achei a primeira parte super interessante, porque Patrícia fala com os animais e isso não é pouca coisa. Laurence é o menino mais bulinado na escola e ninguém faz nada. As pessoas veem e simplesmente fecham os olhos. Foi outra coisa que fiquei esperando que houvesse um motivo para ter sido inserido na história e que no final não fez sentido algum.

"Laurence não ficava por aí sentindo pena de si mesmo, ele agia. Ela nunca havia conhecido alguém como ele antes. E, nesse meio-tempo, o que Patrícia conseguia fazer com seus supostos poderes mágicos? Nada. Ela era totalmente inútil."

Quando adolescente, na segunda parte, eles acabam sustentando uma amizade por troca de favores. Não me pareceu uma amizade verdadeira e quando houve um rompimento no final dessa segunda parte, porca diferença fez para mim.

No início da terceira parte temos os dois personagens já maduros, onde Patrícia é formada em uma prestigiada escola de magia e Laurence um cientista muito renomado. A partir daí minha mente entrou num turbilhão de informações, misturando fantasia e algo futurístico, com uma possível guerra batendo na porta, além de um agravante de que a terra poderia não estar mais apta à suportar a vida e eu acabei não entendendo mais nada.

A escrita da autora não é algo fluido e regular, ela varia absurdamente durante a história a ponto de me deixar rezando pra entender algo no final. Eu nunca comprei o instalove de Laurence e Patrícia na terceira e quarta parte por se tratar de algo muito súbito. Além disso temos personagens secundários que aparecem e desaparecem e não acrescentam nada à narrativa.

"- Sabe... não importa o que faça, as pessoas sempre vão esperar que você seja alguém que não é. Mas se for esperta, sortuda e se ralar de trabalhar, vai se cercar de pessoas que esperam que você seja a pessoa que gostaria de ser. "

Enfim, eu sempre peço, mesmo não curtindo algumas histórias, para que leem e tirem as próprias conclusões porque é tudo questão de opinião pessoal e isso não se discute. Cada um tem uma experiência diferente durante a leitura - alguns positiva e outros negativa. Sempre espero ter bons sentimentos ao terminar de ler livros que mais anseio ler, mas nem sempre isso acontece.

E sem contar que é triste resenhar negativamente uma edição tão maravilhosa. Todos os Pássaros no céu está entre as cinco edições mais lindas da minha estante. Parabéns Morro Branco por sempre dar uma atenção especial às suas edições. Com certeza é um super diferencial.

site: http://www.literaturaestrangeira.com.br/
Maven 17/03/2018minha estante
Lindíssima falou tudo


Encontro de leitores 07/07/2018minha estante
Concordo com tudo, achei a escrita confusa, sem finalizações de várias aspectos levantados na história e me obriguei a terminar apenas por ser uma edição bonita. A história não me convenceu e a fluência da leitura foi terrível.




Alex.Estremia 16/04/2022

what a rideeeee
Que experiência... Experiênciativa.
Foi uma experiência com certeza, uma grande experiência.
Super interessante, uma experiência.
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Crônicas Fantásticas 17/09/2020

Todos os pássaros no céu
Resenha por Thamirys Gênova

Título: Todos os pássaros no céu | Autor: Charlie Jane Anders | Editora: Morro Branco | Gênero: fantasia | Páginas: 480 páginas | Ano de publicação: 2017 | Nota: 3,0/5,0

A existência humana pode ser explicada de muitas formas. Há quem prefira as respostas que o mundo místico fornece às questões humanas, enquanto outras pessoas acreditam que apenas a ciência é capaz de dar conta dessas indagações. De onde viemos? Para onde vamos? Qual é o nosso papel na natureza: interferir ou servir?

Em Todos os pássaros no céu, obra de estreia de Charlie Jane Anders (que já chegou faturando um Nebula Awards) a magia e a ciência precisam tentar impedir o fim do planeta Terra, que está em colapso climático. O problema é que os magos e os cientistas acreditam em soluções totalmente diferentes para conseguir isso.

Nossa história se inicia com eventos peculiares das vidas de Patricia e Laurence, os protagonistas. Desde a tenra idade, coisas bem estranhas aconteceram a ambos. Ela descobriu que podia falar com animais e que estava destinada a ser uma bruxa, enquanto Laurence criou um dispositivo capaz de fazer o tempo voltar até 2 segundos.

Durante a adolescência, os dois se tornaram amigos. Foram cúmplices em vários momentos difíceis desse período da vida. Sofreram bullying juntos: Patricia por ser “estranha” e Laurence por ser “nerd”. Em determinada ocasião, uma grande confusão faz com que os pais de Laurence sejam convencidos a separá-lo da convivência de Patricia. Ele foi internado numa escola militar; ela, convidada a entrar em uma escola de magia.

Muitos anos mais tarde, Laurence e Patricia voltam a se encontrar. Desta vez, ela é uma bruxa treinada e poderosa, enquanto ele é um engenheiro espacial muito bem sucedido.
Felizes por perceberem que conseguiram superar a terrível adolescência que tiveram, começam a redescobrir a afinidade de outrora e um romance se delineia ali.

O conflito da relação surge quando ambos revelam acreditar que o mundo está à beira do esgotamento natural. Patricia defende que a natureza e a Terra devem ser preservadas a todo custo, enquanto Laurence acredita que o planeta deve ser evacuado e sua população transferida para outro lugar. Nesse cenário apocalíptico, adivinhe quem é o responsável pelo maior projeto de evacuação da Terra? Isso mesmo, Laurence. E quem é a bruxa mais apta a enfrentá-lo? Acertou, é a Patricia.

A narrativa é uma delícia e a personagem Patricia é uma fofura. O plot é delicado, cheio de poesia, livre de tabus, e faz uma dosagem boa de ficção científica e fantasia. A internet, os aplicativos e toda a parafernalha digital movimentam tanto a história quanto o canto de pássaros mágicos e isso é bem legal. Outro ponto que gosto é a magia de barganha, pois nesse tipo de história sempre há um preço a ser pago pelos atos mágicos, é sempre tudo muito sofrido mesmo para um mago poderoso e eu adoro essa ideia de “com grandes poderes vem grandes responsabilidades”. Nesse livro, especialmente, a escalada poder versus responsabilidade é bem evidente e bonita, está na essência das personagens.

O que eu não gostei, e por isso a nota 3, foi a forma como o ritmo da história acelerou de repente no final e terminou de forma abrupta vários conflitos complexos e deixou sem resposta vários dilemas delicados. Há vários momentos em que a história conta com longas descrições, conflitos detalhados, esmiuçados e nos dois últimos capítulos todas as coisas se atropelam em resoluções inconclusivas. Não sei se é exatamente um problema, mas depois de tantos momentos épicos e dolorosos para as personagens, esperava um final bem dramático. De modo geral, com certeza, há uma bela quebra de expectativa.

Em resumo, é um livro divertido, envolvente, bem escrito, que dosa bem os temas mágicos e científicos, mas que tem um final questionável. Vale ler e tirar a prova de como esse final lhe parece.

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