A Descoberta da Escrita

A Descoberta da Escrita Karl Ove Knausgård




Resenhas - A Descoberta da Escrita


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Frankcimarks 12/06/2020

A beleza do banal
Devorei esse livro. Foi meu primeiro contato com o escritor norueguês. Fiquei admirado com a fluidez de sua escrita. Livro de memórias de sua época de juventude, quando estudou letras e escrita criativa. Conhecemos sua família, intimidade e amigos. A descoberta da sexualidade, seu problema com ejaculação precoce. Sim, o autor se expõe a esse ponto. O livro é visceral e super sincero. O que mais me agradou foi seu processo de formação como escritor. Essa obra foi um fôlego para mim. Uma das melhores leituras até aqui em 2020. Pretendo ler o resto da série Minha Luta, pois vale muito a pena.
Fabi 28/08/2020minha estante
Leia a Morte o Pai, o primeiro... A 1a e a ultima páginas têm um texto incrível...


Frankcimarks 28/08/2020minha estante
Tá na lista. Obg.




Camila Faria 19/01/2018

O quinto volume da série é dedicado ao período que Karl Ove passou como estudante de escrita criativa na cidade universitária de Bergen e focado nas dificuldades e frustrações que envolviam as suas tentativas de se tornar escritor. Inacreditavelmente (ainda mais conhecendo hoje o conjunto da sua obra, tão rica e extensa) ele simplesmente não conseguia escrever. Para ele, acompanhar de perto o sucesso de seus colegas é mais do que apenas difícil, é uma verdadeira humilhação. Em paralelo somam-se as suas (já conhecidas) crises de insegurança e inadequações sociais. E, claro, não podemos esquecer, suas desilusões e insucessos românticos. Nessa edição conhecemos mais a fundo a sua história com Tonje, sua primeira esposa, uma peça importante que ainda faltava nesse ambicioso quebra-cabeça literário, parte-rememorado, parte-ficcionalizado. Uma leitura viciante. Mal posso esperar pelo sexto, e último, volume.

site: http://naomemandeflores.com/os-quatro-ultimos-livros-18/
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vannybs 13/04/2021

Quinto livro de uma séria autobiográfica, conta sobre sua fase de jovem adulto, estudando, trabalhando, casando e se tornando escritor.
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Henrique 21/11/2018

Recentemente tem se tornado moda o que se convencionou a chamar de "auto-ficção", mas o que Knausgard faz é tornar essa auto-fabricação de si um processo atmosférico e vergonhoso. Não há congratulações, não há certezas- mas ambientes, rurais ou urbanos, que se estendem enquanto narrativa contínua, eliminando a fronteira explícita entre "dentro" e "fora", "memórias" e "invenções".

Karl Ove Knausgard segue um caminho em que principalmente as marcas, as cicatrizes, narram. Neste livro, Knausgard impregna todos os atos com um ritmo acelerado, como se eles sempre distanciassem o eu-lírico do mundo em uma casta de solidão.

Algumas alusões evocam paisagens grandiosas que não anulam um sentimento de ser uma pessoa fundamentalmente ruim. Tudo é exposto. As referências aos mais diversos lugares ampliam, como um microscópio, o desenho de uma figura desconfortável por estar no mundo, que sempre imagina uma fuga ou, mais frequentemente, tem fantasiosos delírios suicidas.

Kausgard discutiu todo o seu constrangimento. Falando de vergonhas físicas e psicológicas, esmiuçando cada situação embaraçosa. Há certamente o encontro desta decadência pessoal com várias e deslumbrantes paisagens, exibindo como o mundo comporta e aceita todas as coisas.

Falando dessas coisas, o mundo da escrita se revela tanto como o da sofridão quanto o da liberdade mais preciosa. As cabanas nos bosques, as ilhas, a boemia estudantil- tudo é teatro de um encontro entre o "eu" mais profundo como uma superficialidade delirante e complexa.

Finalmente, a escrita pulsa vida, mesmo quando não sabe como ou quando deveria pulsar, ou em qual direção seguir. Próximo ao fim, somos deixados com um mundo de despedidas que não param de conjurar enquanto nossos corpos transitam. Depois, a morte.
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Rafael V. 31/12/2022

Continua envolvente
É interessante minha relação com essa hexalogia, termino o quinto livro levando a leitura de forma vagarosa, abandonando o livro por uns dias ou meses, retomando sempre antes de dormir e lendo menos de 1% a cada leitura. Enfim, Karl Ove tem essa coisa de contar a própria vida, você se encanta com alguns momentos, quer saber o que aconteceu, mas a maioria do tempo é só a vida banal que te leva a ficar com sono com a monotonia.

Esse livro é uma boa escolha para quem quer pensar sobre escrever. Claro, o título já diz isso, mas o contexto de criação, o tempo que ele teve para criar e "se descobrir" é o tempo que um brasileiro médio dificilmente tem. As crises, as indas e vindas, a vontade de ser e não ser um escritor, tudo isso no Brasil passa por uma realidade urgente que é a manutenção da própria vida. karl Ove pode viver e sentir crises existenciais, lutar contra complexos de inferioridade, mas tem onde morar e o que comer, não precisa batalhar todos os dias pra continuar existindo.

No entanto, acredito que é uma boa reflexão para se fazer sobre a relação com o pai, os amigos, o amor e o processo criativo de escrita.
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Escritor.Lucas 30/09/2022

Sensacional
O quinto livro do autor Karl Ove é tão bom quanto os 4 primeiros. Sua escrita é extremamente detalhada e muito descritiva. Talvez seja cansativo para quem não está acostumado a ler, mas para leitores assíduos, é uma grande satisfação. Recomendo.
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Rodolfo Vilar 21/04/2023

Eu sempre vou ficar encantado com a escrita do Karl Ove Knausgard, porque ele consegue ser intenso, ser humano, mostrar que a literatura também pode mostrar o feio, o erro, os problemas, as dificuldades, assim como mostrar o belo. Ele é minucioso e consegue, assim como Proust, Thomas Mann, narrar como uma folha cai em 50 páginas sem deixar o leitor saturado. Esse é o seu poder de escrita.
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Em seu quinto volume da série ?Minha Luta? Knausgard mostra os seus anos como estudante de literatura e sua busca em ser escritor, uma tarefa que parece ser árdua e as vezes bem decepcionante, uma vez que há altos e baixos. Há aqui nesse livro MUITAS referências a outras obras literárias, e ler sobre essas descrições, opniões e análises e mergulhar na cabeça de quem sabe muito bem falar sobre literatura. As páginas voam e você nem sente.
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Mas aqui também Knausgard mostra o lado feio da coisa: mostra seus erros, suas traições, seu lado selvagem e como a busca pelo crescimento muita das vezes o levou a cometer ou ser um pouco louco. Mas sua sinceridade revela um ser humano que se parece bem mais com o leitor que d encanta com suas palavras.
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É isso, sempre terei um deslumbre pela sua literatura e não há como não se encantar com seu jeito. Recomendo.
Talys 21/04/2023minha estante
Queria tanto ter gostado dele, mas não rolou rs


Rodolfo Vilar 08/05/2023minha estante
confesso que alguns volumes são chatos, como por exemplo o terceiro, mas esse sobre a escrita é fantástico.




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Juca 25/07/2018

Viciante!
E meu vício Karl Ove continua!!! Neste, o autor, andarilho pelas estradas da vida, reconta seu percurso rumo à escrita, Autor de estilo rascante, viciando todo leitor ao contato com sua grandiosa obra. O texto é diferente de tudo o que já li, e de uma autenticidade impressionante! Vale a leitura!!!!
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Mario Miranda 13/08/2018

Uma Ode ao Banal
A Descoberta da Escrita, de Knausgard, sucede cronologicamente o livro 4º, uma Temporada na Escuridão, porém antecede temporalmente o 2º livro, Um Outro Amor.

A Descoberta na Escrita apresenta o início da vida adulta do autor, após passar o primeiro ano pós-ensino secundário como professor no Norte da Nortuega, quando muda-se para Tromso para estudar em uma Escola de Escrita Criativa e, posteriormente, como aluno de curso superior na mesma cidade.

O mérito da obra está intimamente ligado àqueles que buscam motivos para perseverarem nos seus projetos (sejam estes Literários, como no caso de Knausgard, ou quaisquer outros projetos), ao ler cada fracasso e deslize do autor em se desenvolver como escritor, mas sem nunca abandonar seu projeto literário que culminou em seu primeiro prêmio literário.

As páginas finais do livro se confundem com a história da 1ª obra, A Morte do Pai, pois retoma e narra novamente o momento da morte do seu pai.

O momento em que se principia o fim da obra Proustiana de Knausgard, obra que tornou central a vida banal, o cotidiano, o ordinário, deixará sem dúvida um vácuo na literatura ocidental. Este não foi o meu livro predileto (o 2º e 4º, Um Outro Amor e Uma Temporada na Escuro, respectivamente), mas sem dúvida traz novas óticas para avaliarmos o banal.

site: https://www.instagram.com/marioacmiranda/?hl=pt-br
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Karen 10/12/2021

Big Brother Noruega Vol.5
Adorei a escrita do autor!! O livro é um tijolinho e narra a sua experiência na universidade, período de inseguranças, descoberta e desenvolvimento da sua escrita.
Você imerge naquele universo de maneira que parece o seu.
Acompanhando em "tempo real" o que vive o personagem.
"O que emergiu disso tudo fui eu mesmo, era aquilo que eu era.".
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