Fluam, minhas lágrimas, disse o policial

Fluam, minhas lágrimas, disse o policial Philip K. Dick




Resenhas - Fluam, minhas lágrimas, disse o policial


42 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Antonio Luiz 26/06/2013

O estranho caso do astro mundialmente famoso que ninguém conhecia
“Enquanto a maioria dos autores de ficção científica do século 20 aparente estar absolutamente datada, Dick oferece uma visão de futuro que captura a aura de nosso tempo”, diz a nota publicitária da contracapa, que cita a Wired. Mas convém prevenir o leitor de que a matéria da revista (“The Second Coming of Philip K. Dick” por Frank Rose, de 2003) não se refere ao livro em questão, “Fluam, minhas lágrimas, disse o policial” e sim ao conjunto da obra. E de que há um bocado de licença poética embutida nessa frase. A maior parte das obras de Philip K. Dick é claramente datada nos cenários, nas ideias, nos comportamentos dos personagens e alusões políticas, inclusive esta.

Neste romance, datado também no sentido literal – a história começa nos EUA, em 11 de outubro de 1988 –, itens futuristas isolados como carros voadores, drogas mirabolantes, sexo virtual pela rede telefônica (apesar de não haver outros sinais de algo parecido com uma internet) e monitoramento à distância com microtransmissores, convivem com discos de vinil, microfilmes, telefones públicos que funcionam com moedas (mais precisamente, “quinques de ouro”, paradoxalmente apresentados como dinheiro do futuro), num cenário distópico cujo fundamento é um Estado policial mundial surgido após uma guerra civil entre o governo e estudantes (alguns dos quais ainda resistem em kibutzim subterrâneos sob campi universitários em ruínas), acompanhado de eliminação eugênica gradual da raça negra. O pano de fundo não se limita a apontar para o ano em que foi escrito: acena furiosamente para 1974, ou mais precisamente para os desdobramentos do maio de 1968 e o governo Nixon.

Apesar do articulista da Wired, a razão pela qual esse e outros romances de PKD continuam a parecer atuais e legíveis e a inspirar adaptações de sucesso (este, em especial, já gerou uma peça de teatro e está para ser transformado em filme) não é por capturarem uma mítica “aura de nosso tempo” e sim porque seu núcleo é atemporal. Como em praticamente todas as obras desse autor, o mote é o questionamento da realidade objetiva e da identidade pessoal, tema que é não é mais atual hoje do que o foi para Mahavira, Buda ou o proverbial sábio chinês que não sabia se era uma borboleta sonhando que era um homem ou um homem que tinha sonhado ser uma borboleta (mais precisamente, Zhuangzi, século III a.C.).

Neste caso, um famoso cantor e astro da tevê com 30 milhões de telespectadores, podre de rico e geneticamente modificado para ser carismático e atraente, subitamente acorda num miserável quarto de hotel e descobre que se tornou literalmente um joão-ninguém: não tem documentos, ninguém o reconhece e não há nenhum indício de sua existência nos arquivos da polícia. Problema que, é claro, se torna muito mais sério quando se vive num Estado policial a serviço dos ricos e poderosos e é preciso passar por postos de verificação de identidade a cada esquina e suspeitos são rotineiramente internados pelo resto da vida em campos de trabalhos forçados no Alasca. Esse regime orwelliano, cabe observar, é descrito de forma bem superficial: serve menos para se tratar de política do que para complicar a vida do protagonista e criar uma camada adicional de dúvidas e questionamentos sobre a natureza da realidade.

Para sobreviver no submundo enquanto tenta entender o que lhe aconteceu, o astro Jason Taverner, um elitista arrogante e preconceituoso que despreza seus fãs em geral e as mulheres em especial, tem de se arranjar com um maço de dinheiro que lhe restou no bolso e sua habilidade em seduzir mulheres para ajudá-lo a produzir documentos falsos e se esconder. A inexperiência o leva, porém, a se envolver com informantes da polícia e a estranha ausência de qualquer registro sobre ele nos bancos de dados oficiais, num regime que supõe ter informações detalhadas sobre a vida de cada cidadão, chama a atenção de um general da polícia, aquele que vai derramar as lágrimas do título. É um antagonista mais interessante que o protagonista e tem um estranho relacionamento com sua irmã gêmea, personagem ainda mais peculiar e decisivo para a solução do mistério, incrivelmente fantasiosa e rebuscada.

Dentre as tramas de Philip K. Dick, esta é uma das mais enredadas e irônicas e das mais povoadas de personagens ambíguos e complexos, o que não é dizer pouco. Também é a que, apesar de passar longe do erotismo, faz a abordagem adulta e realista da sexualidade, por mais que a pontue de momentos misóginos, homofóbicos ou moralistas. Os pontos fracos estão no excesso de pontas soltas e de subtramas que não levam a parte alguma e no epílogo inconsistente e anticlimático. É como se o autor se divertisse à custa do leitor, zombando de suas expectativas e de sua credulidade. Não há como duvidar, porém, de que este é mais um dos livros de Dick com muito potencial para se tornar um filme de sucesso. Por mais que diretores e roteiristas virem do avesso, como de hábito, o enredo, o caráter dos personagens, o cenário e as visões filosóficas e políticas do autor, sua premissa fundamental – a estranha situação de um astro mundialmente famoso que ninguém conhece – é interessante o suficiente para sustentar quase qualquer coisa que se queira fazer com ela.
comentários(0)comente



Rafael 28/04/2022

Comprei até panos novos para passar para o PKD
Se você leu “Fluam, minhas lágrimas, disse o policial” e não gostou, infelizmente teremos que sentar até você ler direito. Talvez eu use da força para te convencer. Que obra prima! Eu comecei a leitura sem saber a premissa da estória (como sempre) e fui completamente surpreendido! Eu queria saber mais e mais a cada página. Escrita em 1974, é uma obra extremamente atual e que faz diálogos perfeitos sobre identidade, percepção, fama e exclusão social.

Jason Taverner é um seis. Sim, seis. Um indivíduo que passou por um experimento genético e que criou indivíduos magnéticos, com beleza física, charme e especialmente carisma, além de vantagens de memória e concentração (inclusive, se alguém souber onde tem, quero ser cobaia). As pessoas se sentem atraídas facilmente por um seis. E Taverner, com essa vantagem, se torna um astro da TV com milhões de telespectadores (com a fama na cabeça e uma paixão por Heather) mas, depois de um incidente, acorda em um quarto de hotel sem saber como chegou ali, e, ao se dar conta, percebe que não há qualquer registro sobre sua existência. Ninguém nunca ouvir falar do seu programa de TV, dos seus álbuns, quiçá, da sua fama. É nesse desespero que Taverner começa a descobrir uma nova realidade, a de um ser inexistente. Ao buscar ajuda, ele se depara com Kathy, uma mulher forte e que sofreu uma perda ainda inaceitável. Daí em diante Taverner se encontra em uma busca constante para tentar recuperar sua identidade e, de certo modo, sobreviver nesse mundo.

Nessa loucura, Taverner acaba tendo problemas com a Pol pela sua identidade falsa (como ele conseguiu essa identidade seria spoiler aqui). Felix Buckman nos é apresentado como membro da Pol que persegue Taverner, mas também tem em sua estória surpresas a serem reveladas ao leitor, principalmente envolvendo Alys Buckman, sua irmã. Os próprios sentimentos de Buckman acabam se tornando uma discussão: homens podem chorar sem um motivo específico?

Esse livro tem diálogos que marcam MUITO (capítulo 11 é um grande exemplo): “- Amar não é apenas querer uma pessoa do jeito que você quer um objeto que vê numa loja. Isso é apenas desejo. [...] Quando você ama, para de viver para si mesmo”. Sem citar outros vários trechos.

Eu amei com todas as forças possíveis. Muito. Até o momento, melhor leitura de livro único de 2022.
Wania Cris 28/04/2022minha estante
Meu Deus, eu preciso ler esse livro e, depois dessa resenha, preciso ler já! Reorganizando as metas pra inserir essa leitura o quanto antes!




Nick 23/12/2020

Simplesmente maravilhoso
Serie esse um livro da nossa sociedade atual ?!
O livro inicia-se contando a história de um cantor, apresentador super famoso. Porém o mesmo de um dia para o outro não existe mais, ou pelo menos socialmente registrado e publicamente.
O autor também te apresenta alguns outros personagens interessante, uma falsificadora psicologicamente instável, um policial general com sua irmã gêmea, que depois toma um pouco a atenção da trama.
comentários(0)comente



Aline T.K.M. | @aline_tkm 14/02/2015

Saboroso e lancinante
Fama, dinheiro, mulheres. O que acontece na vida de um cara que tem tudo isso em quantidades respeitáveis e que, da noite para o dia, se vê sem nada daquilo que um dia conquistou?

O famoso apresentador de TV e cantor de sucessos pop Jason Taverner acorda sozinho num quarto de hotel mequetrefe, sem saber como foi parar lá. Não demora muito e ele percebe que ninguém mais – fãs, amantes, agentes... ninguém! – o (re)conhece: ele passou a ser um completo desconhecido. E mais, não só se vê destituído de sua vida de celebridade, como tampouco é um cidadão perante a lei. Sem qualquer registro legal de sua existência, é como se Taverner não existisse nem houvesse sequer nascido.

Adentrando a ilegalidade, o ex-apresentador busca por documentos falsificados e foge das autoridades, enquanto tenta decifrar o que ocorreu e encontrar sua própria identidade.

Neste combo de distopia e ficção científica, a trama se desenrola num universo onde o Estado é comandado por uma polícia opressora, vigilante e manipuladora. Os estudantes universitários e os intelectuais são marginalizados e constituem a camada mais baixa da sociedade, sendo enviados para campos de trabalho forçado. Já os negros foram em grande parte eliminados, e seres humanos híbridos (resultantes de modificações genéticas) foram inseridos no meio da população. O próprio Jason Taverner, aliás, é resultado de uma dessas modificações. É um Seis, como é chamado, e conta com atributos como a beleza física e um poder de atração bem acima da média, que fazem com que essa “espécie” geralmente tenha êxito no showbiz.

À parte o conflito central da trama e todo o universo criado por Philip K. Dick, também as personagens femininas merecem atenção especial. Na verdade, não apenas as personagens em si, mas a maneira como são retratadas as mulheres nesse mundo futurista e simultaneamente retrógrado. Elas vão de manipuladoras, pervertidas e egocêntricas, a seres por demais receosos e que despertam a compaixão do protagonista. Cem por cento das vezes, no entanto, elas se revelam únicas, marcantes e inesquecíveis.

Fluam, minhas lágrimas, disse o policial mexe com os sentidos e bagunça a percepção do real, tanto dos personagens como do próprio leitor. Chega a ser inevitável, em algum momento da trama, o questionamento da realidade do protagonista – será que ele é mesmo quem acredita ser?

Assim como nos contos de Realidades Adaptadas, aqui também somos tomados pelo sentimento paranoico da dúvida. Muito mais do que mergulhar no fascínio próprio da distopia e da ficção científica – o autor não se demora muito em explicações sobre o universo criado –, alcançamos as profundezas do ser humano e os questionamentos acerca de suas percepções. Afinal, o que é a realidade? E o que faz de alguém um ser humano?

Gente geneticamente modificada, drogas de efeito duvidoso, uma polícia que não preza muito pela ética; tudo isso misturado a turbulências humanas nos mais variados níveis – identidade, incesto, senso de justiça – são elementos de uma trama saborosa e lancinante a um só tempo. Trama cujas fronteiras de realidade e de percepção permanecem numa turbidez que nem a imaginação mais fértil seria capaz de conceber.

LEIA PORQUE...
O livro é viagem do começo ao fim! Soma-se a isso a narrativa objetiva e sucinta de Philip K. Dick, questionamentos filosóficos e uma sociedade situada – algo deslocada, é verdade – em algum lugar entre o futuro e o passado. Como se não bastasse, ganhou o prêmio John W. Campbell em 1975 como melhor romance de ficção científica. Leitura obrigatória, sem dúvida.

DA EXPERIÊNCIA...
Os questionamentos e conflitos dos personagens são universais e facilmente transportados para a nossa realidade. É aquele livro que a gente quer muito saber como termina, e ao mesmo tempo não quer que chegue ao fim tão cedo.

FEZ PENSAR EM...
Inevitavelmente, no clássico distópico "1984", por aspectos como a opressão e a vigilância, e a marginalização daqueles que podem ter algum poder de transformação.


site: http://livrolab.blogspot.com
Igor Gabriel 06/04/2015minha estante
Ótima resenha, parabéns!




Flavio 22/08/2016

Chuck Palahniuck que me perdoe, mas enquanto chuckinho engatinhava na bizarroce, Dick já transgredia nossas perfepções da realidade e humanidade a base de muito LSD e mescalina já pelos anos 50-60-70! O mais incrível deste livro é que parece que ele foi escrito ontem. Prepare-se para quebrar no meio a sua ideia de realidade!
comentários(0)comente



bieussauro 21/06/2022

Mais uma das viagens de Philip K Dick
Nesta obra ele nos mostra novamente sua capacidade de levar o leitor a questionar o que é de fato a realidade.
comentários(0)comente



Mari Taffarel 01/05/2015

"Fluam, ..." foi um livro que relutei para continuar a ler. Por sucessivas vezes o iniciava e parava, sendo que acho que na quarta vez, engrenei e não quis mais largá-lo.

Li traduzido para o português. O autor discorre muito bem sobre as questão do amor, "Quem somos?", "será que somos realmente quem pensamos?", e a relação das funções (ocupações que os personagens desempenham) com a identidade individual.

Em um ambiente ficcional, constrói uma caricatura da sociedade americana e de sua história. Temas como racismo, eugenia (criação artificial de humanos mais fortes), "darwinismo" (o melhor sobrevive), bem como questões inerentes ao ser humano (amor, uso de drogas, dinheiro, fama) são retratados em uma teia que, ainda que com relutânica, começou a me cativar no meio do livro.

Dois homens tão diferentes, mas tão iguais. Não interessa que cargo, posição, função ou status sociais tenham no meio social. O conflito psicológico que vivem as diferentes personagens se assemelha, sejam elas atrizes ou ceramistas, pretas ou brancas, hetero ou homossexuais.

Demorei a gostar mas gostei. Recomendo, para se ler em dois dias inteiros e não fazer como eu que, em dois anos, começou e parou várias vezes. Lindo, humano, instigante. O futuro que Dick vislumbrou é ainda presente.
comentários(0)comente



Alessa 18/10/2023

Com certeza um dos meus livros favoritos do autor. Acho que é preciso ler essa obra já tendo alguma noção do estilo de K. Dick, onde a narrativa muitas vezes abre bastante espaço pra reflexão.

Já sabendo disso, achei a leitura leve e o universo apresentado bem simples de entender, diferente por exemplo de Ubik, que achei mais complexo (mas igualmente genial!)

As reflexões que me deparei nesse livro me fizeram pensar muito e sempre termino as obras de K. Dick achando que poderia ter absorvido muito mais coisa. Talvez me falte um pouco de Mescalina no cérebro.

Os conceitos de despessoa, do que é o amor, o leve debate sobre racismo e maioridade sexual... nossa como é possível esse homem criar um universo tão complexo! Com certeza quero debater e pesquisar mais reflexões sobre essa obra, sei que vai além de tudo que concluí.
comentários(0)comente



Davenir - Diário de Anarres 25/02/2016

Uma nova forma de abordar a perda de iIdentidade
"Fluam, minhas lágrimas, disse o policial" (Flow my tears, the policeman said) é uma das obras mais emocionais de Philip K. Dick. Isso não significa que o livro seja meloso, mas intimista com certeza. O autor aborda temas como identidade, drogas e em menor proporção a fama e a governos autoritários.

História: O mundo onde se desenrola a história é uma ditadura da polícia, fruto de uma segunda guerra civil nos EUA. Nela, estudantes vivem sob cerco nos esgotos, os negros foram esterilizados e projetos de reprodução de eugênia chegaram a ser tentados. A televisão ganha uma influência na sociedade, onde a tecnologia de carros voadores e viagens interplanetárias são corriqueiras.
Acompanhamos Jason Taverner, uma celebridade, que possui um programa semanal na TV e vários discos gravados, não demora muito para vermos que Jason é um sujeito manipulador e egoísta que usa seu charme para conseguir o que quer. Depois de uma discussão com uma ex-amante que atentou contra sua vida ele acorda em um quarto de hotel, sem documentos. A partir daí, ele descobre que ninguém sabe quem ele é. Todos os conhecidos com quem tenta contado, parecem desconhece-lo. Os registros oficiais mostram que ele nunca existiu e a sua jornada pela busca de sua identidade se inicia.

Identidade e a "resposta" científica: Um dos elementos originais aqui é como Dick aborda a perda da identidade. Em livros como em "Identidade Bourne" de Robert Ludlun, e em muitos filmes temos , na maioria das vezes um personagem principal que perdeu sua memória e busca sua identidade procurando certas pessoas que o conhecem e fugindo de outras. Em "Fluam minhas lágrimas", Taverner sabe quem é, mas o mundo ao seu redor o desconhece. A presença da fama em sua vida e o mundo tomado por uma ditadura policial agravam seu drama.
A busca de Taverner o leva a um dilema constante, não exclusivo deste livro, mas na obra de Dick como um todo: qual o limite entre o real e o irreal? Não nos é oferecido um chão seguro para pisar. Entramos nas dúvidas de Taverner e continuamos a querer saber o que aconteceu. Em certo momento teremos as respostas plausíveis para os questionamentos de Taverner, ouvidas da boca de um cientista. Contudo percebemos o quanto essa resposta deixa um vazio. A ciência aqui é apenas capaz de mostrar "como", mas não o "por que" de tudo ter acontecido daquela forma.

Conclusões: O tom intimista da obra é um prenuncio para o quase autobiográfico VALIS. As pessoas que Jason vai conhecendo, com seus dramas pessoais misturando-se aos dele são mostradas com muita sensibilidade por Dick, isso nos impede de rotular qualquer personagem sumariamente. Este é um efeito que engrandece a obra. Neste ponto, vejo a obra de Dick como uma homenagem aos amigos que perdeu para as drogas e que ele próprio seria vítima quando da sua morte em 1983.

site: http://www.wilburdcontos.blogspot.com.br/2015/12/resenha-fluam-minhas-lagrimas-disse-o.html
comentários(0)comente



jdelisiario 08/12/2021

Fluam minhas lágrimas
Um livro bem diferente do que estou acostumada, mas achei legal a experiência.

O que você faria se, um belo dia, você deixasse de existir para as pessoas?
Um dia fama, outro total invisibilidade?
Nem seus melhores amigos o reconhecem mais? É de enlouquecer?

Isso e um pouco mais é abordado nessa obra.

Vale a leitura para tirar suas próprias conclusões.

#leituraTerapia
comentários(0)comente



Victor 26/07/2013

Captação do tempo-espaço
Nessas leituras você para e pensa, que raios é a realidade ? Do que é composta ?
De onde vem autoridades ou fama ? O que significa tudo isso ?

Até que ponto a realidade é real e não uma projeção de nossas mentes prostituídas e preguiçosas ? Até que ponto nós não cansamos de reparar e reconstruir a realidade e deixamos essa tarefa pra autoridades externas ?

Fui longe demais? Imagina o policial que fez fluir suas lágrimas ?
comentários(0)comente



Nick 21/12/2013

Isso não é uma Resenha
Considerações sobre o Livro.

Gostei. Gosto muito dos livros de PKD. A história desse livro é interessante, mas ficou a impressão de obra inacabada.
Não que o livro não tenha final. Ele fecha satisfatoriamente a história.
Mas os ganchos e a progressão segue de forma meio atropelada. Me deu a impressão de ter sido tirado do forno um pouco antes do tempo.
comentários(0)comente



Sandro 25/07/2016

E se um dia você acordasse e ninguém lembrasse de você ou o reconhecesse? E como reverter isso? Esse é o drama do protagonista que, como em todo livro do PKD, vive em uma realidade paralela e alternativa.
Experiências genéticas, roubos de identidade, estudantes confinados a campos de trabalhos forçados, drogas (muitas!), um mercado negro voltado a pessoas viciadas em orgias por telefone (!), brinquedos falantes, telepatas e ainda por cima um incesto entre dois personagens são alguns dos elementos dessa obra que faz o leitor viajar em um mundo psicótico, paranoico, porém irresistível.
Mas mesmo em meio a essa loucura e absurdos todos, há beleza e um desfecho inesperadamente emocionante.
Alguns dias depois de ter terminado a leitura, ainda me vejo pensando na história, da mesma forma que aconteceu quando li "Andróides Sonham Com Ovelhas Elétricas?" do mesmo autor.
anjapsi 09/07/2020minha estante
... pronta para começar a reler depois de D A R K... e dentro da Quarentena rsrsrrsrsrsr... B O R A...




Rittes 26/04/2022

A leitura flui... já as lágrimas...
Segundo livro que leio de PKD (apesar de ter 12 títulos dele) e me impressiona a facilidade que ele tem de desenvolver temas complexos. Nesse caso específico, a noção que temos daquilo chamado realidade. Movimentado no início e bem mais reflexivo no final, pode se dizer que estamos diante de um clássico da FC, como vários que ele produziu. Gostei, mas é bem diferente. Me parece bem representativo da obra dele e, apesar de ter sido lançado em 1975, não perdeu sua força. Experimente.
comentários(0)comente



42 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR